INSCREVA-SE!

domingo, 17 de agosto de 2014

Jó 38:1-41 - DEUS RESPONDE A JÓ DO MEIO DE UM REDEMOINHO

Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A 42:6.
C. As respostas de Deus – 38:1 a 42:6.
Nos monólogos, vimos o discurso final de Jó e depois os quatro discursos de Eliú e agora fechando esta parte, veremos as respostas de Deus.
Diz-nos a BEG: até esse momento, Deus tinha permanecido em silêncio. Embora os leitores saibam, desde o começo, que Deus tem propósitos mais elevados para o caso específico do sofrimento em Jó, Jó não estava a par dessa informação.
Agora Deus fala com ele, corrigindo-o e convocando-o a um serviço fiel. Deus nem menciona o assunto do seu sofrimento, muito menos dá uma resposta à pergunta que os seus conselheiros e o próprio Jó consideram tão importante – a razão para o seu sofrimento.
Isso também deveria estar presente em nossas vidas quando passamos por situações semelhantes. Nada adianta ficar querendo entender quando nem sabemos o mínimo para perguntar corretamente.
A confiança em Deus e a gratidão decorrentes devem estar impregnadas em nossas mentes e corações independentemente de quaisquer fatos, sejam eles bons ou não.
Jó aprende que terá de deixar a defesa, incluindo o desejo ardente de ser justificado, nas mãos de um Deus bom e soberano, cujos caminhos não podem ser sondados, mas a quem se deve, não obstante, temer e em que se deve confiar.
Igualmente será ela dividida em partes: 1. O primeiro discurso de Deus – 38:1 a 40:2. 2. A humildade de Jó – 40:3-5. 3. O segundo discurso de Deus – 40:68 a 41:34. 4. O arrependimento de Jó – 42:1-6.
1. O primeiro discurso de Deus – 38:1 a 40:2.
Em resumo, veremos no primeiro discurso de Deus, que ele exporá a fraqueza e a insensatez de Jó e o convocará a retirar as acusações que havia feito contra ele.
O verso primeiro começa expondo o nome do Senhor como o nome da aliança (Yahweh), provavelmente porque o autor era israelita e por meio de quem essa revelação divina estava sendo mediada.
Há tantas maneiras que o Senhor lhe poderia aparecer teofanicamente, no entanto, escolheu para aquele momento especial com Jó justamente um redemoinho. Era do meio dele que ele lhe falava.
Redemoinho, todos sabemos, é vento em movimento, normalmente circular e afunilado que tem sua ponta tocando a terra e a sua boca aberta em direção ao céu, sempre em movimento.
Não se dá para saber se ele lhe falava estando ali no meio imóvel ou se era o próprio redemoinho que falava, mas esta foi a forma que Deus se manifestou e que ficou registrada na Bíblia para nossa leitura e reflexão.
E os amigos de Jó, viram ou ouviram alguma coisa? Jó em momento algum duvidou, nem perguntou ao redemoinho quem lhe falava, mas sabia tratar-se de Deus.
Era claramente uma manifestação teofânica de Deus com um propósito específico, pois Deus se dirigia a ele somente e a mais ninguém.
Jó estava cheio de perguntas, no entanto, nenhuma foi capaz de pronunciar diante do Senhor. Repetindo o que já disse antes, nem Jó, nem os seus amigos eram conhecedores e capazes de dar explicações corretas sobre o que estava acontecendo, por isso que não tinham nem respostas, nem sabiam quais seriam as perguntas certas a se fazer naqueles momentos.
Também o Senhor nada respondeu das dúvidas de Jó, nem deu explicação alguma para o seu sofrimento ou para a sua situação ou porque ele estaria passando por tudo aquilo, antes fez questionamentos e mais questionamentos a Jó que nada sabia que responder. Ficou totalmente mudo, sem palavras!
Que isso nos sirva de lição para nossas vidas aqui nesta terra e neste pequeno espaço de tempo desprezível. Tanto o nosso espaço que ocupamos quanto o tempo, se fossem consideradas medidas astronômicas, seríamos todos desprezíveis.
A primeira coisa que Deus faz é perguntar quem é o atrevido a falar palavras sem conhecimento. Estava ele se referindo a Eliú, certamente, pois fora o último a falar.
Depois se dirige a Jó e pede a ele que cinja os seus lombos como homem, que ele, o Senhor, começara a perguntar, e ele Jó, a ensiná-lo!
Deus desafiou Jó a ensiná-lo! – vs 3. Seria possível? Óbvio que se trata de uma figura de linguagem e que é impossível Jó ensinar qualquer coisa a quem é o próprio ensino em pessoa, ali em um redemoinho. A ironia aqui não se trata de sarcasmo, antes um lembrete amoroso de que Deus é o Criador!
Deus começa então a lhe fazer perguntas de todas as espécies e nenhuma delas Jó sabe coisa alguma, nem sonhava com as perguntas, imagine com as respectivas respostas.
Dos versos 4 ao 30, O Senhor revela a sua soberania sobre o mundo natural:
·         Como criador da terra, do mar, do dia e da noite – vs 4-7; 8-11; 12-15.
·         Como Senhor da natureza inanimada – vs 16 – 38.
·         Como Senhor da natureza animada – 38:39 – 39:30.
Jó 38:1 Depois disto o SENHOR respondeu a Jó
                de um redemoinho, dizendo:
                               Jó 38:2 Quem é este que escurece o conselho
                                               com palavras sem conhecimento.
                Jó 38:3 Agora cinge os teus lombos, como homem;
                               e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.
                Jó 38:4 Onde estavas tu, quando eu fundava a terra?
                               Faze-mo saber, se tens inteligência.
                Jó 38:5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes?
                               Ou quem estendeu sobre ela o cordel.
                Jó 38:6 Sobre que estão fundadas as suas bases,
                               ou quem assentou a sua pedra de esquina.
                 Jó 38:7 Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam,
                               e todos os filhos de Deus jubilavam.
                Jó 38:8 Ou quem encerrou o mar com portas,
                               quando este rompeu e saiu da madre.
                Jó 38:9 Quando eu pus as nuvens por sua vestidura,
                               e a escuridão por faixa.
                Jó 38:10 Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos.
                Jó 38:11 E disse:
                               Até aqui virás, e não mais adiante,
                                               e aqui se parará o orgulho das tuas ondas.
                Jó 38:12 Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada,
                               ou mostraste à alva o seu lugar.
                Jó 38:13 Para que pegasse nas extremidades da terra,
                               e os ímpios fossem sacudidos dela.
                Jó 38:14 E se transformasse como o barro sob o selo,
                               e se pusessem como vestidos.
                Jó 38:15 E dos ímpios se desvie a sua luz,
                               e o braço altivo se quebrante.
                Jó 38:16 Ou entraste tu até às origens do mar,
                               ou passeaste no mais profundo do abismo.
                Jó 38:17 Ou descobriram-se-te as portas da morte,
                               ou viste as portas da sombra da morte.
                Jó 38:18 Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra?
                               Faze-mo saber, se sabes tudo isto.
                Jó 38:19 Onde está o caminho onde mora a luz?
                               E, quanto às trevas, onde está o seu lugar.
                Jó 38:20 Para que as tragas aos seus limites,
                               e para que saibas as veredas da sua casa.
                Jó 38:21 De certo tu o sabes, porque já então eras nascido,
                               e por ser grande o número dos teus dias!
                Jó 38:22 Ou entraste tu até aos tesouros da neve,
                               e viste os tesouros da saraiva.
                Jó 38:23 Que eu retenho até ao tempo da angústia,
                               até ao dia da peleja e da guerra.
                Jó 38:24 Onde está o caminho em que se reparte a luz,
                               e se espalha o vento oriental sobre a terra.
                Jó 38:25 Quem abriu para a inundação um leito,
                               e um caminho para os relâmpagos dos trovões.
                Jó 38:26 Para chover sobre a terra, onde não há ninguém,
                               e no deserto, em que não há homem.
                Jó 38:27 Para fartar a terra deserta e assolada,
                               e para fazer crescer os renovos da erva.
                Jó 38:28 A chuva porventura tem pai?
                               Ou quem gerou as gotas do orvalho.
                Jó 38:29 De que ventre procedeu o gelo?
                               E quem gerou a geada do céu.
                Jó 38:30 Como debaixo de pedra as águas se endurecem,
                               e a superfície do abismo se congela.
                Jó 38:31 Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo
                               ou soltar os cordéis do Órion.
                Jó 38:32 Ou produzir as constelações a seu tempo,
                               e guiar a Ursa com seus filhos.
                Jó 38:33 Sabes tu as ordenanças dos céus,
                               ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra.
                Jó 38:34 Ou podes levantar a tua voz até às nuvens,
                               para que a abundância das águas te cubra.
                Jó 38:35 Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam:
                               Eis-nos aqui.
                Jó 38:36 Quem pôs a sabedoria no íntimo,
                               ou quem deu à mente o entendimento.
                Jó 38:37 Quem numerará as nuvens com sabedoria?
                               Ou os odres dos céus, quem os esvaziará.
                Jó 38:38 Quando se funde o pó numa massa,
                               e se apegam os torrões uns aos outros.
                Jó 38:39 Porventura caçarás tu presa para a leoa,
                               ou saciarás a fome dos filhos dos leões.
                Jó 38:40 Quando se agacham nos covis,
                               e estão à espreita nas covas.
                Jó 38:41 Quem prepara aos corvos o seu alimento,
                               quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando,
                                               por não terem o que comer?
São somente, neste capítulo, uns 32 pontos de interrogação que correspondem, obviamente, a 32 perguntas que Deus está fazendo a Jó sem que ele saiba responder a uma delas sequer.
Era como se Deus estivesse dizendo por meio dessas perguntas que ele não tinha condições de entender ainda que Deus lhe explicasse todas elas, portanto o melhor que poderia fazer é confiar.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
...

0 comentários:

Postar um comentário

Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.