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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Jó 36:1-33 - O QUARTO E ÚLTIMO DISCURSO DE ELIÚ: OS PROPÓSITOS DIVINOS

Estamos avançando em nossa meditação e reflexão por capítulo. Nossa localização na leitura atual:
Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A 42:6.
B. Os discursos de Eliú – 32:1 a 37:24.
Como já visto, essa seção “B. Os discursos de Eliú – 32:1 a 37:24” foi subdividida em 5 partes: 1. Introdução aos seus discursos – 32:1-5 – já vista. 2. O primeiro discurso – 32:6 – 33:33 – já vista. 3. O segundo discurso – 34:1 – 37 – já vista. 4. O terceiro discurso – 35:1 – 16 – já vista. 5. O quarto discurso – 36:1 – 37:24 – iniciaremos agora.
5. O quarto discurso – 36:1 – 37:24.
Aqui, Eliú se concentrará no sofrimento de Jó pela perspectiva da justiça perfeita e do poder absoluto de Deus.
Dividiremos esta última parte, o seu quarto e último discurso, antes da fala de Deus, em 5 subpartes. a. Apologia – 36:1-4; b. Lembrança das palavras equivocadas de Jó – 36:5-15; c. Chamado ao arrependimento – 36:16-21; d. Explicação de como os propósitos divinos são incompreensíveis – 36:22-37:13; e. Nova chamada ao arrependimento – 37:14-24.
a. Apologia – 36:1-4.
Eliú em sua apologia reafirma suas credenciais – 32:6-14. Em resumo aqui, Eliú reforçará as suas justificativas para falar em favor de Deus.
Na sua fala, conforme já vimos anteriormente, quem faz o homem sábio é Deus e não a sua idade ou a sua experiência, embora tenham o seu devido valor. Antes de falar, ele faz questão de dizer que a Deus atribuirá todo o conhecimento e toda a justiça.
Ele afirma, repetidamente, que irá declarar a sua opinião como se estivesse já preparando o leitor para mostrar a sua convicção e certeza dos fatos a que bem deveria atentar Jó e todos os demais.
Novamente, ressaltamos que Eliú, apesar de jovem, tinha personalidade, além de que mostrava grande maturidade e inteligência. Ele não apoia nem se rende à posição de Jó, mas também não apoia a posição dos amigos.
b. Lembrança das palavras equivocadas de Jó – 36:5-15.
Eliú está aborrecido e luta contra a ideia que ele entendeu que Jó defendia de que o ímpio prospera e que o justo sofre – vs 6. Com isso em mente, ele frisa o poder – vs 5, a bondade – vs 6, a justiça – vs 5 a 9 e a misericórdia de Deus – vs 10, 15.
O problema com Jó era a sua exagerada valorização de sua dor como alguém que gostaria que as pessoas tivessem mais compaixão dele e o deixassem em paz e não ficassem acusando ele e colocando ainda mais peso sobre os seus ombros.
Por isso que Jó luta contra tais afirmações e no seu afã de provar que não sofria por motivos justos, acabava valorizando demais a sua dor o que o fez falar insensatamente, sem reflexão.
Jó era homem justo, temente a Deus e que se desviava do mal, assim falou Deus e testemunho dele a Satanás. E ele era mesmo essa pessoa, por isso se defendia e ficava irado contra seus amigos que insistiam em acusá-lo.
Não se trata de um axioma, nem na mente de Jó de que o ímpio prospera enquanto o justo sofre, mas poderia acontecer isso sim e durar a vida toda do ímpio e do justo, o que, certamente, lhe pareceria injustiça.
Há justiça para esses casos? Eu creio sim, nelas, por que creio na continuidade da vida, mesmo após a morte, ou seja, ressuscitaremos e Deus nos fará justiça e ficaremos satisfeitíssimos com ela, embora no presente seja intragável.
Depois de corrigir Jó, Eliú defende o poder – vs 5, a bondade – vs 6, a justiça – vs 5 a 9 e a misericórdia de Deus – vs 10, 15, cuja leitura e consequente reflexão é muito edificante.
c. Chamado ao arrependimento – 36:16-21.
Eliú assegura a Jó os bons propósitos de Deus no seu sofrimento e o adverte severamente a se apegar com firmeza à esperança de ser livrado da aflição.
Há propósitos no sofrimento? Ou ele é fruto do acaso ou do inferno apenas para nos atormentar e causar-nos dor e morte? Ninguém quer sofrer! Aliás, ninguém quer sair de sua zona de conforto e todas as vezes que algo nos cutuca, somos obrigados a reagir a isso.
Eu não creio que Deus nos faz sofrer para nos punir e nos fazer choramingar, mas antes, como Eliú estava pregando para Jó, com propósitos. Deus é bom, apesar de nossos sofrimentos. Precisamos confiar mais em Deus, é só isso.
É interessante a nota da BEG sobre o vs 16 onde Eliú explica que Deus está usando o sofrimento de Jó para levá-lo a uma vida de bênção.
Esse é um processo de teste e refinamento que exige constante compromisso e paciência – I Pe 4:19; II Tm 2:5; I Co 9:24-27. (Recomendo assistir um vídeo de um atleta que enquanto malha, prega a palavra de Deus fazendo um paralelo entre os exercícios físicos e os espirituais: http://youtu.be/sLamiY4IcOI).

I Coríntios 9:24 Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.
I Coríntios 9:25 E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível.
I Coríntios 9:26 Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar.
I Coríntios 9:27 Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.
d. Explicação de como os propósitos divinos são incompreensíveis – 36:22-37:13.
Aqui agora, estamos diante dos propósitos divinos os quais merecem de nossa parte um merecido esforço para compreender e uma fé ainda maior para confiar em Deus a despeito de todas as coisas.
Eliú se volta agora à sua tese inicial – vs 5 acerca da soberania de Deus: os caminhos de Deus estão além da compreensão humana, e Jó é exortado a colocar o seu sofrimento e a sua confusão ao lado de um reconhecimento da supremacia de Deus.
Sobre isso, iremos dar continuidade no próximo capítulo onde Eliú encerrará seu discurso.
Jó 36:1 Prosseguiu ainda Eliú, e disse:
                Jó 36:2 Espera-me um pouco, e mostrar-te-ei
                               que ainda há razões a favor de Deus.
                Jó 36:3 De longe trarei o meu conhecimento;
                               e ao meu Criador atribuirei a justiça.
                Jó 36:4 Porque na verdade, as minhas palavras não serão falsas;
                               contigo está um que tem perfeito conhecimento.
Jó 36:5 Eis que Deus é mui grande, contudo a ninguém despreza;
                grande é em força e sabedoria.
                Jó 36:6 Ele não preserva a vida do ímpio,
                               e faz justiça aos aflitos.
                Jó 36:7 Do justo não tira os seus olhos;
                               antes estão com os reis no trono; ali os assenta para sempre,
                                               e assim são exaltados.
                Jó 36:8 E se estão presos em grilhões,
                               amarrados com cordas de aflição,
                Jó 36:9 Então lhes faz saber a obra deles, e as suas transgressões,
                               porquanto prevaleceram nelas.
                Jó 36:10 Abre-lhes também os seus ouvidos, para sua disciplina,
                               e ordena-lhes que se convertam da maldade.
                Jó 36:11 Se o ouvirem, e o servirem, acabarão seus dias em bem,
                               e os seus anos em delícias.
                Jó 36:12 Porém se não o ouvirem, à espada serão passados,
                               e expirarão sem conhecimento.
                Jó 36:13 E os hipócritas de coração amontoam para si a ira;
                               e amarrando-os ele, não clamam por socorro.
                Jó 36:14 A sua alma morre na mocidade,
                               e a sua vida perece entre os impuros.
                Jó 36:15 Ao aflito livra da sua aflição,
                               e na opressão se revela aos seus ouvidos.
Jó 36:16 Assim também te desviará da boca da angústia
                para um lugar espaçoso, em que não há aperto,
                               e as iguarias da tua mesa serão cheias de gordura.
                Jó 36:17 Mas tu estás cheio do juízo do ímpio;
                               o juízo e a justiça te sustentam.
                Jó 36:18 Porquanto há furor, guarda-te de que não sejas atingido
                               pelo castigo violento, pois nem com resgate algum
                                               te livrarias dele.
                Jó 36:19 Estimaria ele tanto tuas riquezas?
                               Não, nem ouro, nem todas as forças do poder.
                Jó 36:20 Não suspires pela noite,
                               em que os povos sejam tomados do seu lugar.
                Jó 36:21 Guarda-te, e não declines para a iniquidade;
                               porquanto isso escolheste antes que a aflição.
Jó 36:22 Eis que Deus é excelso em seu poder;
                quem ensina como ele?
                Jó 36:23 Quem lhe prescreveu o seu caminho?
                               Ou, quem lhe dirá: Tu cometeste maldade?
                Jó 36:24 Lembra-te de engrandecer a sua obra,
                               que os homens contemplam.
                Jó 36:25 Todos os homens a veem,
                               e o homem a enxerga de longe.
                Jó 36:26 Eis que Deus é grande, e nós não o compreendemos,
                               e o número dos seus anos não se pode esquadrinhar.
                Jó 36:27 Porque faz miúdas as gotas das águas que,
                               do seu vapor, derramam a chuva,
                                               Jó 36:28 A qual as nuvens destilam e gotejam
                                                               sobre o homem abundantemente.
                Jó 36:29 Porventura pode alguém entender as extensões das nuvens,
                               e os estalos da sua tenda?
                Jó 36:30 Eis que estende sobre elas a sua luz,
                               e encobre as profundezas do mar.
                Jó 36:31 Porque por estas coisas julga os povos
                               e lhes dá mantimento em abundância.
                Jó 36:32 Com as nuvens encobre a luz,
                               e ordena não brilhar, interpondo a nuvem.
                Jó 36:33 O que nos dá a entender o seu pensamento,
                               como também ao gado, acerca do temporal que sobe.
A soberania de Deus é um de meus assuntos mais prediletos de toda a Bíblia. Para mim, é reconfortante saber que tudo está no controle de Deus, mesmo as tragédias, sofrimentos, alegrias, conquistas.
Eu não tenho crises com a questão do livre-arbítrio por causa de minha forte crença na soberania divina. Deus não nos criou fantoches, disso tenho certeza, nem nós somos livres como pensamos, antes escravos do pecado.
Por isso se manifestou Cristo, para de fato nos tornar livres em Cristo, não autônomos e independentes de Deus. Vamos com calma!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.