terça-feira, 12 de agosto de 2014
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Jamais Desista
Jó 33:1-33 - ELIÚ DIRIGE-SE A JÓ PELO SEU NOME E LHE ACONSELHA
Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A
42:6.
B. Os discursos de Eliú – 32:1 a
37:24.
Como já visto, essa seção “B. Os discursos
de Eliú – 32:1 a 37:24” foi subdividida em 5 partes: 1. Introdução aos seus
discursos – 32:1-5 – já vista. 2. O primeiro discurso – 32:6 – 33:33 –
estaremos concluindo neste capítulo. 3. O segundo discurso – 34:1 – 37. 4. O
terceiro discurso – 35:1 – 16. 5. O quarto discurso – 36:1 – 37:24.
2. O primeiro discurso – 32:6 – 33:33 - continuação.
Vimos que Eliú parecia ter mais consciência
e humildade, combinada a fortes convicções, do que os outros amigos de Jó. Vimos,
ainda, que ele já fez a sua introdução, um breve solilóquio e agora, neste
capítulo, entrará na razão de ser de seu primeiro discurso.
Como tínhamos falado, até agora Jó não
tinha sido tratado pelo seu nome e Eliú começa seu discurso resgatando o nome
de Jó. O seu primeiro discurso pode ser dividido da seguinte forma: a. A defesa
de Eliú (de sua própria qualificação para poder discutir) – 32:6-14 – já vista.
b. Um solilóquio – 32:15-22 – também já vista. c. Palavras de aconselhamento
para Jó – 33:1-33 – veremos agora.
c. Palavras de aconselhamento para Jó – 33:1-33.
Em resumo aqui, Eliú fala diretamente com
Jó, conforme se vê seu tratamento direto da fala para ele, referindo-se às próprias
palavras de Jó para mostrar-lhe que Jó estaria mais preocupado em se justificar
do que em justificar a Deus – 32:2.
Inicia chamando a sua atenção ao pronunciar
o seu nome – vs 1 – e diz que estaria a falar em pura sabedoria – vs 3. A sua
sinceridade em sua fala seria demonstrada pelas suas razões as quais daria a
ele agora conhecimento.
Eu costumo dizer que se a sinceridade –
essa apontada por Eliú – fosse a minha parceira de cama, dela eu duvidaria como
fiel companheira.
Mas voltemos para Eliú e suas razões que
provam sua sinceridade ao falar com Jó e aconselhá-lo. Eliú não se põe acima,
nem se diz melhor, mas se coloca ao lado de Jó e mesmo ao lado de seus
companheiros que ali estavam discursando.
No entanto, alega ele que eles estavam
errados, assim como Jó. O seu apelo são para os seus arrazoados que comparados
com os de Jó e os de seus amigos, não poderiam competir, estando muito aquém do
desejado.
Eliú usa os próprios discursos de Jó contra
ele – 33:10b-11; 13:24b e 27a -, mas,
como era o costume, não as cita literalmente.
Dos versos 12 ao 22, o apelo de Eliú à transcendência
de Deus repete o que os conselheiros há haviam dito mas ele lida com o tema de
maneira diferente.
Seu propósito é mostrar que, a despeito da transcendência
divina, Deus fala ao homem, por meio da revelação – vs 14 ao 18 – e por meio da
experiência de encontrar humildade e gratidão pela misericórdia de Deus em meio
ao sofrimento – vs 19-30.
Dos versos de 23 ao 30, ao contrário dos
conselheiros que não viam lugar algum para a graça ou a mediação – 5:1 -, Eliú
entende que Deus provê ambas as coisas.
No verso 23 isso fica claro, pois Eliú
entende que Deus provê um mediador para representar os justos que sofrem,
exatamente como desejou Jó. Essa sua compreensão prevê o que os cristãos sabem
ser verdadeiro acerca de Cristo – I Tm 2:5.
Como já disse quando meditava no capítulo 9,
no verso 15, Jó afirma ser justo, mas não “o justo”, nem justo na essência por
que ele se reconhece pecador e pelo seu Deus clama por misericórdia como alguém
que necessitasse de um resgatador, de alguém que poderia ser a sua justiça. Era
esse o clamor de Jó por um mediador entre Deus e os homens – I Tm 2:5. Esse
Mediador necessário e imaginado por Jó é Jesus Cristo, que faz esse papel.
Jó 33:1 Assim, na verdade, ó Jó, ouve as
minhas razões,
e
dá ouvidos a todas as minhas palavras.
Jó
33:2 Eis que já abri a minha boca;
já falou a minha língua debaixo do meu paladar.
Jó
33:3 As minhas razões provam a sinceridade do meu coração,
e
os meus lábios proferem o puro saber.
Jó
33:4 O Espírito de Deus me fez;
e
a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida.
Jó
33:5 Se podes, responde-me, põe em ordem as tuas razões
diante de mim, e apresenta-te.
Jó
33:6 Eis que vim de Deus, como tu;
do
barro também eu fui formado.
Jó
33:7 Eis que não te perturbará o meu terror,
nem
será pesada sobre ti a minha mão.
Jó
33:8 Na verdade tu falaste aos meus ouvidos;
e
eu ouvi a voz das tuas palavras. Dizias:
Jó
33:9 Limpo estou, sem transgressão; puro sou,
e
não tenho iniquidade.
Jó
33:10 Eis que procura pretexto contra mim,
e
me considera como seu inimigo.
Jó
33:11 Põe no tronco os meus pés,
e
observa todas as minhas veredas.
Jó
33:12 Eis que nisso não tens razão; eu te respondo;
porque maior é Deus do que o homem.
Jó
33:13 Por que razão contendes com ele,
sendo
que não responde acerca de todos os seus feitos?
Jó
33:14 Antes Deus fala uma e duas vezes;
porém
ninguém atenta para isso.
Jó
33:15 Em sonho ou em visão noturna,
quando
cai sono profundo sobre os homens,
e
adormecem na cama.
Jó
33:16 Então o revela ao ouvido dos homens,
e
lhes sela a sua instrução,
Jó
33:17 Para apartar o homem daquilo que faz,
e
esconder do homem a soberba.
Jó
33:18 Para desviar a sua alma da cova,
e
a sua vida de passar pela espada.
Jó
33:19 Também na sua cama é castigado com dores;
e
com incessante contenda nos seus ossos;
Jó
33:20 De modo que a sua vida abomina até o pão,
e
a sua alma a comida apetecível.
Jó
33:21 Desaparece a sua carne a olhos vistos,
e
os seus ossos, que não se viam, agora aparecem.
Jó
33:22 E a sua alma se vai chegando à cova,
e
a sua vida aos que trazem a morte.
Jó
33:23 Se com ele, pois, houver um mensageiro, um intérprete,
um
entre milhares, para declarar ao homem a sua retidão,
Jó
33:24 Então terá misericórdia dele, e lhe dirá:
Livra-o,
para que não desça à cova; já achei resgate.
Jó
33:25 Sua carne se reverdecerá mais do que era na mocidade,
e
tornará aos dias da sua juventude.
Jó
33:26 Deveras orará a Deus, o qual se agradará dele,
e
verá a sua face com júbilo,
e
restituirá ao homem a sua justiça.
Jó
33:27 Olhará para os homens, e dirá:
Pequei,
e perverti o direito, o que de nada me aproveitou.
Jó
33:28 Porém Deus livrou a minha alma de ir para a cova,
e
a minha vida verá a luz.
Jó
33:29 Eis que tudo isto é obra de Deus,
duas
e três vezes para com o homem,
Jó
33:30 Para desviar a sua alma da perdição,
e
o iluminar com a luz dos viventes.
Jó
33:31 Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei.
Jó
33:32 Se tens alguma coisa que dizer, responde-me;
fala,
porque desejo justificar-te.
Jó
33:33 Se não, escuta-me tu; cala-te,
e
ensinar-te-ei a sabedoria.
Eliú parece bem convicto de seu papel e a
sua língua não para um instante e ele conclui essas palavras de conselhos para
Jó pedindo a sua atenção e sempre se dirigindo a ele pelo seu nome.
Eliú não quer que ele fale, mas que apenas
escute; no entanto, antes de prosseguir, oferece-lhe a palavra em resposta e
prossegue dizendo que iria ensinar a ele agora a sabedoria.
Há uma forte convicção em Eliú ao falar, ao
exortar e ao aconselhar que beira à presunção.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.