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sábado, 16 de agosto de 2025

A Arte de Contar os Nossos Dias (Antonio Magno Figueira Netto)

        A história das artes coleciona, por milênios, as mais representativas peças de pintura, escultura, poesia e música — peças que vivem a encantar olhos, corações e mentes da humanidade. Entre tantas, muitas se tornaram célebres, imorredouras e, ainda hoje, buscam imaginativa, prazerosa e, talvez, perfeita interpretação. Portanto, não seria exagero dizer-se que a relíquia dessas obras permanece nas paredes do tempo para cumprir missão inacabada: relançar entre gerações o repto da imortal Esfinge de Tebas — Decifra-me ou te devoro.

De tudo que se tem visto, nada mais excede em beleza que o corpo imensurável da Criação divina, consumada em seis dias, cuja contemplação nos faz captar, no instante de um momento, o estro do salmista Davi:

“Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem palavra, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir, e as suas palavras até aos confins do mundo.” (Sl 39.1–4)

Com que propósito tudo isso foi realmente feito?

·     Para que a criatura humana estime o melhor lugar que Deus, com todo amor, lhe deu;

·     reconheça com gratidão o seu valor;

·     dele cuide com senso de responsabilidade;

·     e goze sempre com prazer as primícias desse ditoso bem.

Nessa linha de pensamento, lembremos que o profeta Abraão foi convidado por Deus a contemplar miríades de estrelas — e, por descortino, desafiado a contá-las, para assim calcular quantos de seus descendentes iriam povoar a futura nação de Israel.

“Abraão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado por justiça.” (Rm 4:3)

Com esse gesto paradigmático, ele nos convida a seguir seus passos — passos movidos por linhas de propósito, cadência da esperança e ânimo da fé.

A despeito da ação predatória do homem sobre os bens da natureza, ainda é possível observar, no espectro do planeta Terra, que tempo e espaço revelam expressões de mútua estima. Por esse exemplo, a humanidade pode — e deve — aprender a conviver em sábia paz. Com generosa predisposição, iniciativa e atração sugestiva, o corpo do universo físico e toda a sua cobertura vegetal se expõem a pintores e escultores como modelo ambiental gracioso e perfeito. Assim também se apresenta a exuberância hídrica do planeta Terra.

Daí, por sua mão e estro, o tempo pode revelar-se às sucessivas gerações como, por exemplo, um grande escultor — título, aliás, de um belo texto da escritora Marguerite Yourcenar. Porém, nem sempre percebemos, face a face, os aspectos desse mistério. Em seu encantador livro Mantendo um Olho Aberto, Julian Barnes confessa:

“Eu mesmo não entendia — ainda não conseguia enxergar — que, em todas as artes, há normalmente duas coisas acontecendo ao mesmo tempo: o desejo de fazer o novo e um diálogo contínuo com o passado. Todos os grandes inovadores olham para os anteriores, para aqueles que lhes deram a permissão para seguir adiante e fazer de outro modo. E as homenagens a precursores, em forma de pintura, são um tropo presente.”

Coube ao grande líder Moisés enriquecer a literatura bíblica com um único salmo de profundo apelo existencial, no qual, em favor de seu povo, clamou ao Senhor Deus:

“Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios.” (Sl 90:12)

Moisés enfrentava a imensa missão de conduzir milhares de israelitas por quarenta anos de jornada, iniciada com a travessia do Mar Vermelho e estendida por um longo e árduo caminho pelo deserto. Essa marcha, marcada por provações e milagres, culminaria em batalhas decisivas que antecederiam a conquista da tão esperada Terra Prometida.

Neste salmo, Moisés nos faz perceber que ele e seus companheiros estavam no ponto culminante da promessa que Jeová fez ao “pai da fé” – Abraão, o patriarca Abraão. Faz-nos imaginar que seu texto foi inspirado enquanto contemplava as mesmas estrelas que testemunharam aquele encontro maravilhoso. O brilho desse cenário nos remete ao encantamento do verso de Fernando Pessoa:

“O homem e a hora são um só / Quando Deus faz e a história é feita.”

Afinal, este é o segredo do estado da arte:

“Falava o Senhor a Moisés face a face, como quem fala a seu amigo.” (Êx 33:11)

Nas lidas práticas da vida, o verbo contar, designado por Moisés, é mais aplicado com conotação aritmética, visando soma, subtração, multiplicação e divisão do tempo — desde milênios até frações de segundos. Tal tendência talvez se explique pela força da noção de finitude: essa marca determinante e iniludível da condição humana, contra a qual, mesmo inconscientemente, o ser existente, avesso a perdas, adota recursos de recusa e fuga.

Ademais, o verbo contar denota um aspecto muito positivo, verazmente proveitoso, próprio de um viver envolto por esperança de melhores dias, com os quais desde já se quer contar. O próprio Deus, Senhor da vida, sabe quanto sua criatura preza o valor da longevidade, e assim a concede como prêmio por soberana vontade — mais ainda àqueles que o temem e servem.

Nesse sentido, Ele próprio se admirou de Salomão lhe ter rogado, logo no início do seu reinado, tão somente “entendimento para discernir o que é justo”; sem escolher ou rogar maior longevidade, ou qualquer outro bem que lhe foi facultado como oferta franca e ilimitada:

“Pede o que queres que eu te dê” (2Rs 3:5)

Conclusão: a decisão divina centrou-se no estrito pedido, mas desbordou por concessão complementar:

“Eis que faço segundo as tuas palavras: dou-te coração sábio e inteligente... e prolongarei os teus dias.” (vs. 12–13)

Note-se, pela própria construção da frase anterior, que a palavra sabedoria guarda primazia da citação em relação à palavra que se lhe segue — inteligência (relevante faculdade mental). Além de ser uma dádiva de Deus, “que a todos dá, liberalmente” (Tg 1:5), a sabedoria se impõe como dotação intelectiva revestida de elementos de caráter ético que se irradiam após nutrição no âmbito social, e se aperfeiçoam no seio espiritual, onde ela, como prova de desenvolvimento:

1.        Estima o que é bom e verdadeiro

2.        Cultiva e aplica sentimentos santos

3.        Enfim, capacita o indivíduo a discernir o que é justo — exatamente aquilo que o coração do novo rei Salomão idealizava em seu sábio pedido

Para melhor entendimento dessa questão, vale lembrar, à luz de fatos correntes, o comportamento desastrado de políticos extremamente inteligentes, portadores de ilustres títulos universitários, porém tão pobres em sabedoria. Até porque já sabemos que a soberba — que “precede a ruína” — assalta com danos a inteligência, não à sabedoria.

Pois bem, atendido por Deus, o rei Salomão nos legou grande número de seus provérbios, pelos quais podemos saber o que é indispensável para percorrermos com brilho a vereda dos justos.

✨ Conclusão: A Arte de Contar os Nossos Dias

Creio que as imagens ideativas apresentadas no início do presente texto encontram melhor moldura em fatos bíblicos que envolvem a presença de Jesus Cristo. Um deles nos revela que é possível contar mais mostrando aparentemente menos, ou ainda, multiplicar o significado de um simples gesto — que por si só desvenda o postulado de virtude própria de um coração verdadeiramente sábio: a generosidade.

“Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento.” (Mc 12:42–43)

Eis um dia a ser contado sempre por corações sábios — contado também àqueles “que não viram e creram”. Jesus viu duas pequenas moedas em tesouro encastelado numa alma aparentemente simples; milagre que não estava ao alcance das mãos do rei Midas.

Sentindo-se em desvantagem com o poder limitante do tempo sobre a vida humana, o poeta Carlos Drummond de Andrade houve por bem desconsiderar o papel prepotente que a mitologia concedeu às Parcas. Preferiu submeter-se à fórmula freudiana que implica dois mecanismos de defesa do Eu: racionalização e projeção. Percebam isso e sintam com delícia a graça de sua chistosa poética:

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação, e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui em diante tudo vai ser diferente.”

Mas esse sortilégio temporal contemplaria a beleza da Medusa, da qual só 15 dos 147 náufragos se salvaram após lutarem por 30 dias contra a morte? Com respeito que ameniza a dor, o famoso pintor Géricault dedicou três dos seus anos para transformar a tragédia em arte.

Por sua vez, o poeta Fernando Pessoa nos convida com prece:

“E outra vez conquistemos a distância /-- do mar, ou outra, mas que seja nossa.”

À vida, pois, melhor destino: o porto da eternidade.

🕰️ Epílogo: Como lidar bem com o tempo?

Eis a questão desafiante, cuja resposta convincente deve proceder de um coração sábio — dádiva divina pela qual nos habilitamos por bem contar os dias. Quer somando, subtraindo, multiplicando ou dividindo, o tempo deve ser destinado:

·     A si mesmo, com propósito

·     Ao próximo, com compaixão

·     Aos listados por Jesus Cristo, com amor: os famintos, os sedentos, os forasteiros, os nus, os enfermos, os presos

sábado, 8 de fevereiro de 2025

O Universo em Números: As 4 Forças Fundamentais e as 26 Constantes que as Sustentam

JD [1]

Imagem gerada por IA via ChatGPT (DALL·E) – OpenAI.

As quatro forças abaixo elencadas são regidas por 26 constantes universais, que definem sua intensidade e alcance, e juntas explicam todos os fenômenos físicos no Universo.

1.      Força Gravitacional: Descreve a atração entre massas. Relacionada à constante gravitacional (G).

2.      Força Eletromagnética: Descreve a interação entre cargas elétricas. Relacionada à carga elementar (e) e à constante de estrutura fina (α).

3.      Força Nuclear Forte: Mantém prótons e nêutrons unidos no núcleo atômico. Relacionada à constante de acoplamento forte.

4.      Força Nuclear Fraca: Responsável por processos como o decaimento radioativo. Relacionada à constante de Fermi (G_F).

Essas quatro forças fundamentais existem porque cada uma desempenha um papel único e essencial na estrutura e no funcionamento do Universo. Elas surgiram como resultado das condições iniciais do Universo e das simetrias que governam as interações entre partículas. Abaixo, uma explicação resumida de porque existem essas quatro forças:

1. Força Gravitacional

  • Por que existe? A gravidade é uma consequência da curvatura do espaço-tempo causada pela presença de massa e energia. Ela é fundamental para a formação de estruturas em grande escala, como galáxias, estrelas e planetas.
  • Relação com o Universo: É a força mais fraca, mas atua em grandes distâncias, sendo essencial para a cosmologia e a dinâmica do Universo.

2. Força Eletromagnética

  • Por que existe? Surge da interação entre partículas carregadas (prótons e elétrons). É responsável por manter os átomos unidos e por fenômenos como luz, eletricidade e magnetismo.
  • Relação com o Universo: É crucial para a formação de moléculas e a estrutura da matéria, além de ser a base da química e da biologia.

3. Força Nuclear Forte

  • Por que existe? Mantém prótons e nêutrons unidos no núcleo atômico, superando a repulsão eletromagnética entre prótons. Sem ela, os núcleos atômicos não existiriam.
  • Relação com o Universo: É essencial para a estabilidade da matéria e a existência de elementos químicos.

4. Força Nuclear Fraca

  • Por que existe? Responsável por processos como o decaimento beta, onde nêutrons se transformam em prótons (ou vice-versa). Ela permite a transformação de partículas e é crucial para a nucleossíntese estelar.
  • Relação com o Universo: Permite a produção de energia em estrelas e a criação de elementos pesados.

Por que não mais (ou menos) forças?

  • Unificação das forças: No início do Universo, durante o Big Bang, acredita-se que as quatro forças eram uma única força unificada. À medida que o Universo esfriou, elas se separaram em forças distintas devido à quebra de simetrias.
  • Necessidade física: Cada força atua em escalas e contextos diferentes, cobrindo todos os fenômenos observados. Não há evidências de uma quinta força fundamental, embora teorias como a supersimetria ou a teoria das cordas sugiram a possibilidade de novas interações em escalas de energia muito altas.

Em resumo, as quatro forças fundamentais existem porque são necessárias para explicar todos os fenômenos físicos, desde o comportamento das partículas subatômicas até a estrutura do cosmos.

Elas refletem a complexidade e a beleza das leis que governam o Universo. 

Tudo isso sendo sustentado por 26 constantes universais que são valores fundamentais que desempenham um papel crucial na descrição do Universo e em como ele funciona. Essas constantes são usadas em conjunto com as leis da física e as condições iniciais do Universo para criar modelos que podem simular e prever fenômenos físicos.

A seguir, vamos explorar algumas dessas constantes e seu significado:

1. Velocidade da Luz (c)

  • Valor: Aproximadamente 299,792,458299,792,458 metros por segundo (m/s).
  • Significado: A velocidade da luz no vácuo é a velocidade máxima na qual toda a matéria e informação no Universo pode viajar. É uma constante fundamental na teoria da relatividade de Einstein e aparece em várias equações físicas, como E=mc2E=mc2.

2. Constante Gravitacional (G)

  • Valor: Aproximadamente 6.674×10−11m3kg−1s−26.674×10−11m3kg−1s−2.
  • Significado: Esta constante determina a intensidade da força gravitacional entre duas massas. Ela aparece na lei da gravitação universal de Newton, F=Gm1m2r2F=Gr2m1m2​​, onde FF é a força gravitacional, m1m1 e m2m2 são as massas dos objetos, e rr é a distância entre eles.

3. Constante de Planck (h)

  • Valor: Aproximadamente 6.626×10−34Js6.626×10−34Js.
  • Significado: A constante de Planck é fundamental na mecânica quântica. Ela relaciona a energia de um fóton à sua frequência através da equação E=hνE=, onde EE é a energia e νν é a frequência. Também define a escala na qual os efeitos quânticos se tornam significativos.

4. Carga Elementar (e)

  • Valor: Aproximadamente 1.602×10−19Coulombs1.602×10−19Coulombs.
  • Significado: Esta é a carga elétrica de um próton (ou o negativo de um elétron). É a unidade básica de carga elétrica e é essencial para entender a eletricidade e o magnetismo.

5. Constante de Avogadro (N_A)

  • Valor: Aproximadamente 6.022×1023mol−16.022×1023mol−1.
  • Significado: Esta constante define o número de átomos ou moléculas em um mol de uma substância. É fundamental na química e na física para relacionar quantidades macroscópicas com quantidades microscópicas.

6. Constante de Boltzmann (k)

  • Valor: Aproximadamente 1.381×10−23J/K1.381×10−23J/K.
  • Significado: Esta constante relaciona a energia térmica das partículas em um gás com a temperatura do gás. É fundamental na termodinâmica e na física estatística.

7. Constante de Estrutura Fina (α)

  • Valor: Aproximadamente 1/1371/137.
  • Significado: Esta constante adimensional descreve a força da interação eletromagnética entre partículas carregadas. É uma medida da intensidade da força eletromagnética em relação à força nuclear forte.

8. Massa do Elétron (m_e)

  • Valor: Aproximadamente 9.109×10−31kg9.109×10−31kg.
  • Significado: A massa do elétron é uma constante fundamental que aparece em várias equações da física quântica e do eletromagnetismo.

9. Massa do Próton (m_p)

  • Valor: Aproximadamente 1.673×10−27kg1.673×10−27kg.
  • Significado: A massa do próton é importante na física nuclear e na química, pois define a massa dos núcleos atômicos.

10. Constante de Rydberg (R_∞)

  • Valor: Aproximadamente 1.097×107m−11.097×107m−1.
  • Significado: Esta constante é usada para descrever os comprimentos de onda das linhas espectrais do hidrogênio e outros elementos.

11. Permissividade do Vácuo (ε_0)

  • Valor: Aproximadamente 8.854×10−12F/m8.854×10−12F/m.
  • Significado: Esta constante descreve a capacidade do vácuo de permitir o campo elétrico. É fundamental no eletromagnetismo.

12. Permeabilidade do Vácuo (μ_0)

  • Valor: Aproximadamente 4π×10−7N/A24π×10−7N/A2.
  • Significado: Esta constante descreve a capacidade do vácuo de permitir o campo magnético. Juntamente com a permissividade do vácuo, define a velocidade da luz no vácuo.

13. Constante de Hubble (H_0)

  • Valor: Aproximadamente 70km/s/Mpc70km/s/Mpc.
  • Significado: Esta constante descreve a taxa de expansão do Universo. É fundamental na cosmologia.

14. Constante de Stefan-Boltzmann (σ)

  • Valor: Aproximadamente 5.670×10−8W/m2K45.670×10−8W/m2K4.
  • Significado: Esta constante relaciona a energia radiada por um corpo negro com sua temperatura.

15. Constante de Faraday (F)

  • Valor: Aproximadamente 96,485C/mol96,485C/mol.
  • Significado: Esta constante relaciona a carga elétrica com a quantidade de matéria em uma reação eletroquímica.

16. Constante de Gás Ideal (R)

  • Valor: Aproximadamente 8.314J/molK8.314J/molK.
  • Significado: Esta constante relaciona a pressão, o volume e a temperatura de um gás ideal.

17. Constante de Coulomb (k_e)

  • Valor: Aproximadamente 8.988×109Nm2/C28.988×109Nm2/C2.
  • Significado: Esta constante descreve a força eletrostática entre duas cargas pontuais.

18. Constante de Planck Reduzida (ħ)

  • Valor: Aproximadamente 1.055×10−34Js1.055×10−34Js.
  • Significado: Esta constante é a constante de Planck dividida por 2π2π e é usada em mecânica quântica para descrever o momento angular.

19. Constante de Wien (b)

  • Valor: Aproximadamente 2.898×10−3mK2.898×10−3mK.
  • Significado: Esta constante relaciona a temperatura de um corpo negro com o comprimento de onda no qual ele emite a maior parte de sua radiação.

20. Constante de Rydberg para o Hidrogênio (R_H)

  • Valor: Aproximadamente 1.097×107m−11.097×107m−1.
  • Significado: Esta constante é usada para calcular os níveis de energia do átomo de hidrogênio.

21. Constante de Josephson (K_J)

  • Valor: Aproximadamente 483,597.9GHz/V483,597.9GHz/V.
  • Significado: Esta constante é usada em supercondutividade e na definição do volt.

22. Constante de von Klitzing (R_K)

  • Valor: Aproximadamente 25,812.807Ω25,812.807Ω.
  • Significado: Esta constante é usada em física de estado sólido e na definição do ohm.

23. Constante de Boltzmann para a Entropia (k)

  • Valor: Aproximadamente 1.381×10−23J/K1.381×10−23J/K.
  • Significado: Esta constante relaciona a entropia de um sistema com o número de microestados possíveis.

24. Constante de Faraday para o Gás (F)

  • Valor: Aproximadamente 96,485C/mol96,485C/mol.
  • Significado: Esta constante relaciona a carga elétrica com a quantidade de matéria em uma reação eletroquímica.

25. Constante de Gás Universal (R)

  • Valor: Aproximadamente 8.314J/molK8.314J/molK.
  • Significado: Esta constante relaciona a pressão, o volume e a temperatura de um gás ideal.

26. Constante de Planck para a Energia (h)

  • Valor: Aproximadamente 6.626×10−34Js6.626×10−34Js.
  • Significado: Esta constante relaciona a energia de um fóton à sua frequência.

Essas constantes são essenciais para a física, química e engenharia, pois permitem a quantificação e previsão de fenômenos naturais. Elas são determinadas experimentalmente e são consideradas invariantes no tempo e no espaço, embora haja discussões teóricas sobre se algumas delas poderiam variar em diferentes condições ou em diferentes partes do Universo.

 



[1]  Postagem elaborada com a ajuda da IA em perguntas sobre as constantes universais e as forças que regem o universo. "Resposta fornecida pelo DeepSeek-V3, um modelo de inteligência artificial desenvolvido pela DeepSeek, disponível em https://www.deepseek.com."

 

terça-feira, 16 de julho de 2024

USE O PODER DE DEUS...


 Como usar o poder de Deus para tomar, e manter, a iniciativa na guerra contra o mal

Wilbur N. Pickering, ThM PhD

Isaías 47.10: “Confiaste na tua iniquidade e disseste, ‘Ninguém me vê’.” Esta é uma palavra dirigida à Babilônia, que no contexto vivia usando bruxaria. A tradução feita por judeus para o inglês diz, ‘estavas seguro’. Acho que no nosso país e no mundo de hoje muitos servos de Satanás, porque nunca viram um cristão que soubesse como manusear o poder de Deus (ver Ef. 3.20 a seguir), chegaram à conclusão de que o poder de Satanás é maior do que o poder de Deus, pelo menos para efeito prático neste mundo. Se sentem tranquilos e seguros.

Efésios 3.20-21: “Agora, Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou imaginamos, de acordo com o poder que está operando em nós,[1] a Ele seja a glória na Igreja em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.[2]

Efésios 1.19 fala da “incomparável grandeza do poder dEle dentro de nós que estamos crendo” – notar que o verbo está no tempo presente; ter crido ontem não resolve, temos de estar crendo hoje. Este incomparável poder que Deus disponibiliza dentro de nós, “que está operando em nós”, também presente (ao passo que cremos), excede a nossa capacidade de imaginar. Ora vejam, o meu horizonte particular é limitado e definido por minha capacidade de imaginar. Qualquer coisa que não consigo imaginar fica do lado de fora do meu horizonte, e obviamente não posso pedi-la. Com tristeza confesso que ainda não alcancei um nível espiritual que me permita manusear esse poder – ainda não consegui fazer a verdade descrita neste verso funcionar na minha vida. Pior, muito pior, durante os 90 anos de minha vida, nunca vi alguém que manuseava esse poder.[3]  Não é de admirar que os servos de Satanás se sentem seguros—eis aí uma calamidade pública do tamanho do mundo!![4]

Efésios 1.19-21: “e qual a incomparável grandeza do poder dEle dentro de nós que estamos crendo, segundo a demonstração do alcance de Sua força, a qual Ele exerceu no Cristo quando O ressuscitou dentre os mortos e O fez sentar à Sua direita nas regiões celestiais, muito acima de todo governo, autoridade, poder e domínio – mesmo todo nome que se pode nomear, não só nesta era, mas também na vindoura.”

Geralmente se entende que a referência é à hierarquia angelical. Os dois terços (do total) que permaneceram fiéis a Deus nunca foram problema, de sorte que podemos entender que o ‘ponto’ é que Cristo derrotou Satanás, com o terço que acompanhou ele (Apocalipse 12.3-4), e que agora (sendo o Deus/homem, o segundo Adão) Ele está assentado ‘muito acima’ daquele inimigo. Agora vejamos Efésios 2.5-6.

Efésios 2.5-6: “mesmo estando nós mortos nas transgressões – nos vivificou juntamente com Cristo (vocês têm sido salvos por graça); sim, nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus.”

Isto é tremendo! Aqui temos a nossa autoridade. Agora Cristo está assentado à direita do Pai, “muito acima” (1.21) do inimigo e seu exército. Este verso afirma que nós estamos lá também! Então, em Cristo nós também estamos muito acima do inimigo e seu exército. Deveríamos estar agindo conscientemente nessa base, mas como são poucas as igrejas que ensinam isso, a maioria dos cristãos vivem em derrota espiritual. Como não conhecem outra coisa, acham que isso é a vida cristã normal. Que triste!

Mas tem um ‘senão’! Agora vejamos João 5.19-20: “Então Jesus reagiu e disse-lhes: ‘Com toda certeza eu vos digo: o Filho não pode fazer por si mesmo coisa alguma, a não ser o que vê o Pai fazendo; porque quaisquer coisas que Ele faz, precisamente elas o Filho também faz.[5] Pois o Pai ama[6] o Filho e mostra a Ele todas as coisas que Ele próprio está fazendo.’”

O Filho “não pôde” fazer o que o Pai não estava fazendo. Ora, ora, se Jesus não podia, quanto menos nós! O que esse dizer do Soberano me ensina é que manusear o poder de Deus de maneira agressiva, na ofensiva, tem de ser de acordo com a vontade do Pai, coisa que Ele ‘está fazendo’. Segue-se que antes de agir, eu preciso gastar tempo na presença do Pai para ouvir dEle o que Ele está fazendo. Jesus estava sempre em contato com o Pai, mas eu não, pelo menos não no mesmo sentido.

Considero merecer menção que Deus está preparado para usar apenas uma pessoa que esteja disponível para Ele. Deus usou Moisés, Josué, Elias, Eliseu e Paulo: Atos 13.9 diz que Paulo estava “cheio do Espírito Santo”, então cegar Elimas era algo que Deus queria fazer. Ezequiel 22.30 diz que Deus procurou ao menos um homem para ficar na brecha, mas não havia nenhum. Malaquias 1.10 também diz que Deus procurou “ao menos um”. Eu gostaria de ser uma pessoa assim.

Entendo existir uma diferença fundamental entre defesa e ofensiva. Vejamos Lucas 10.19: “Atenção, eu estou dando1 a vocês a autoridade para pisotear serpentes e escorpiões,[7] bem como sobre todo o poder do inimigo,[8] e nada poderá lhes fazer mal algum.” Em Mateus 28.18 Soberano Jesus declara que Ele detém “toda a autoridade no céu e na terra”, de sorte que Ele é claramente competente para delegar uma parcela dessa autoridade a nós. “Nada poderá lhes fazer mal algum” claramente diz respeito a defesa própria. Então, entendo que já temos a autorização de Deus para u lizar o poder dEle em defesa própria. Porém, exatamente como será que funciona na prática a “autoridade sobre todo o poder do inimigo”? Devemos u lizar a nossa autoridade para proibir o uso do poder de Satanás, isto é, o uso desse poder em situações específicas – na minha experiência temos de ser específicos.

Voltando aos procedimentos de ofensiva, confesso que na minha exposição de textos como Salmo 149.5-9, 2 Coríntios 10.3-6 e 1 João 3.8, pelo menos até aqui, tenho deixado de lado a necessidade de consultar o Pai primeiro, para saber o que Ele está fazendo. Omissão que tenciono corrigir, doravante. 

Em tempo: o que estou propondo é ‘briga de cachorro grande’; certamente haverá contra-ataque. Então, quem for participar precisa se proteger de antemão: proteger a própria pessoa, a família e os seus interesses. Mulher só deve participar debaixo da proteção espiritual do marido (1 Coríntios 11.10), e filha solteira do pai (Números 30.3-8).

 

1 Em vez de “estou dando”, talvez 2,5% dos manuscritos gregos, de qualidade objetivamente inferior, trazem ‘dei’, (seguidos por NVI, LH, Atual, Cont, etc.) – um erro sério. Jesus disse isso faltando talvez quatro meses para Sua morte e ressurreição, se dirigindo aos setenta (não só os doze). O Senhor estava falando do futuro, não o passado; um futuro que nos inclui a nós!



[1] O propósito dessa verdade (verso 21) é que Deus seja glorificado [não para eu ficar curtindo, se bem que, se um dia eu chegar lá, certamente vou curtir!], e na medida em que nós não utilizamos o poder dEle, estaremos privando-o da glória que Ele poderia e deveria receber.

[2] A glória que Deus recebe a partir da Igreja seguirá para sempre.

[3] Mas entendo que a verdade aqui afirmada é literal, e espero que outros alcancem antes de mim (para eu poder aprender com eles), caso eu continuar demorando.

[4] E tem mais: não conheço ninguém neste Brasil que tem o dom de discernir espíritos (ou pelo menos que faz uso do dom). Como existem humanoides (cria de demônio com mulher) e ‘aparelhos’ (pessoa que se entrega ao controle total de um demônio), atuando por todo lado, precisamos desesperadamente desse dom! Será que o Espírito Santo não está dando a ninguém? Ou seria que nenhuma igreja está dando espaço para o exercício desse dom? (Nesse caso, pessoa com o dom fica calada, inerte.) E para que denunciar um espírito maligno se ninguém na igreja sabe o que fazer a respeito?

[5] Durante muito tempo, eu olhei só para o ‘via’, não o ‘podia’, o que não deixa de ser verdade. Jesus só fazia o que via o Pai fazendo; e nós? Eu diria que meu problema ‘ministerial’ maior é que geralmente eu não sei o que o Pai está fazendo, e com isso perco muito tempo e esforço.

[6] Para surpresa minha, o verbo aqui é filew, não agapaw – o Pai tem vínculo afetivo com o Filho. Bem, se nós temos emoções, é porque Deus as tem; Ele criou o homem na Sua imagem. E Deus afirma que Ele próprio tem alma (Isaías 42.1, Mateus 12.18, Hebreus 10.38).

[7] O Senhor nos outorga a autoridade “para pisotear serpentes e escorpiões”. Ora, para esmagar o inseto literal, um escorpião, você não precisa de poder do Alto, basta um chinelo. Matar cobras literais também podemos fazer sem auxílio sobrenatural. Torna-se evidente que Jesus estava se referindo a algo diferente do que répteis e insetos. Entendo que Marcos 16.18 se refere à mesma coisa. Para uma explicação mais detalhada, favor de ver meu artigo, “Havemos de manusear serpentes?”.

[8]  Na armadura em Efésios 6 encontramos “espada do Espírito” (verso 17). Uma espada é arma para ofensiva, mas é usada também para defesa. O Texto nos diz que essa espada é “a rhma de Deus” – rhma, não logoV. É a Palavra de Deus falada, ou aplicada. Claro, que adianta uma espada que é deixada na bainha? Por mais maravilhosa que a nossa Espada possa ser (Hebreus 4.12), para produzir efeito tem que sair da bainha. A Palavra precisa ser falada, ou escrita – aplicada de forma específica.

       Na Bíblia temos muitos exemplos onde pessoas fizeram o poder de Deus entrar em ação por falar. O nosso mundo começou com uma palavra criativa de Deus – falada (Gênesis 1.3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26; ver também Hebreus 11.3). Moisés falou bastante. Elias falou (1 Reis 17.1; 18.36; 2 Reis 1.10). Eliseu falou (2 Reis 2.14, 21, 24; 4.16, 43; 6.19). Jesus falou muito! Ananias falou (Atos 9.17). Pedro falou (Atos

9.34, 40). Paulo falou (Atos 13.11; 14.3, 10; 16.18; 20.10). Enfim, temos de falar! Mas convém ouvir o Pai primeiro. 

sexta-feira, 26 de abril de 2024

SE VOCÊ MORRER, TUDO MELHORA! Pr. Labieno Palmeira

Se você morrer, tudo na sua vida melhora!

Se você morrer, o seu casamento será indissolúvel e produzirá glória a Deus!

Se você morrer, sua família será forte!

Se você morrer, a sua igreja será forte e frutífera!

Se você morrer, seu corpo e sua saúde achará cura para muitas enfermidades! Se você morrer, seu bairro melhora, sua cidade será mais justa, seu estado será prospero e seu país será referencial!

Se você morrer, a depressão e fobias da alma, não se alojarão mais!

Se você morrer, você consegue entrar numa faculdade e concluir seu curso e pega seu diploma! 

Se você morrer, você nasce, vive e morre! E, tudo isso, com qualidade!

Se você morrer, a política não será de esquerda, centro, ou, de direita, ela será simplesmente do bem para o bem!

Se você morrer, o perdão será possível sempre e para todos os tipos de pessoas e para todos os tipos de pecados!

Se você morrer, Cristo aparece sempre!

Se você morrer, a Palavra sempre será a vontade de Deus!

Se você morrer, você se educa!


Se você morrer
, sua vida será SENSATA, JUSTA E PIEDOSA!

Se você morrer, você faz discípulos de todas as nações!

Se você morrer, você ora sem cessar!

Se você morrer, o dízimo perde valor na sua vida e a contribuição conforme a necessidade do reino domina suas prioridades!

Se você morrer, a pregação do reino de Deus se dará a tempo e a fora de tempo!

Se você morrer, a koinonia (comunhão) te faz congregar com alegria e prodigalidade! Se você morrer, o culto nunca será apenas dominical, será contínuo, sem início, meio e fim!

Se você morrer, a adoração sempre será em espírito e em verdade!

Se você morrer, todas as coisas são puras para os puros, e, tudo é impuro para os impuros!

Se você morrer, nada mais te escraviza nesta vida! Para a liberdade foi que Cristo te libertou!

Se você morrer, o templo fica menor! 

Se você morrer, a mesa cabe mais pessoas para comer e beber contigo!

Se você morrer, servir é melhor do que ser servido!

Se você morrer, vidas serão alcançadas!

Se você morrer, as missões cumprem a MISSÃO (missio Dei = Glória de Deus) Se você morrer, o narcisismo cede lugar ao altruísmo!

Se você morrer, dar é melhor do que receber!

Se você morrer, você desiste de pensar em você!

Se você morrer, a terra será cheia da Glória de Deus, e, nela, não haverá nada de você!

Se você morrer, Judas Iscariotes come e bebe na mesa!

Se você morrer, as crianças não são embaraçadas e podem desfrutar dos sacramentos!

Uau, que benção! O reino é delas! Vixe! 

Se você morrer, os eleitos são salvos! 

Se você morrer, a soberania de Deus vai sobressair em relação à vontade humana! 

Se você morrer, a paternidade e a maternidade serão de fato e de verdade!

Se você morrer, a cultura se submete ao Reino!

Se você morrer, a democracia não se enlouquece!

Se você morrer, a religião fica domesticada e domada!

Se você morrer, você vive! Outros vivem! E, Jesus, aparece, como Filho, no qual o Pai tem todo Prazer!

 

“Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele con4nua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto”. João 12  

 

“quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la”. Mateus 16

 

“Por amor de 4 somos entregues à morte todos os dias; fomos considerados como ovelhas para o matadouro”. Romanos 8

 

Se você entendeu o que foi dito acima, continue, dê sequência, você precisa morrer para que aconteça o quê? 

Receba o abraço de alguém que tá entendendo que foi salvo porque um dia, Jesus me tirou da morte, e, me deu vida, mas, depois de vivo, pela Graça, descobri que preciso decidir todos os dias MORRER.

 

Pastor Labieno Palmeira

Pronasce e Igreja Remidi

Moçambique – África