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quarta-feira, 2 de março de 2016

Hebreus 7 1-28 - MELQUISEDEQUE - FIGURA ENCARNADA DO PRÓPRIO SENHOR JESUS?



Como dissemos, a epístola de Hebreus foi escrita, provavelmente, antes de 70 d.C., com a finalidade de incentivar a fidelidade a Cristo e à sua nova aliança mostrando que ele é o novo, último e superior sumo sacerdote. Estamos vendo o capítulo 7/13.
Breve síntese do capítulo 7.
Estou sem palavras! De onde, se não do Espírito Santo, este autor tirou tudo isso? Que sabedoria e que profundidade. Estou boquiaberto e, mesmo, sem palavras. Não tenho como comentar algo tão superior. Somente o Espírito Santo para nos ajudar a crer e a entender.
Alguns interpretam este Melquisedeque como uma figura pré-encarnada do próprio Senhor Jesus, mas há quem discorde por causa de alguns problemas, como por exemplo como ele poderia ser semelhante ao Filho? Ora, não seria semelhante, mas seria o próprio Filho.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. CRISTO É SUPERIOR A ARÃO (4.14-7.28) - continuação.
Como dissemos, o eterno sumo sacerdócio de Cristo é muito superior ao sumo sacerdócio temporário dado a Arão e a sua família.  Dos vs. 4.14 ao 7.28, veremos que Cristo é superior a Arão.
Para isso, dividimos essa parte III em 4 seções, conforme a BEG: A. Cristo, o eterno sumo sacerdote (4.14-5.10) – já vimos; B. Exortação à maturidade espiritual (5.11-6.12) – concluiremos agora; C. Um sacerdote eterno por juramento divino (6.13-20); e, D. Um sacerdote eterno da ordem de Melquisedeque (7.1-28).
D. Um sacerdote eterno da ordem de Melquisedeque (7.1-28).
Veremos nos 28 próximos versículos o eterno sacerdócio de Cristo após a ordem de Melquisedeque.
A maravilhosa promessa em SI 110.4 de um sacerdote real como Melquisedeque foi cumprida em Jesus Cristo. O eterno sumo sacerdócio de Jesus é explicado em duas passagens do Antigo Testamento que mencionam Melquisedeque: Gn 14.17-20 (vs. 1-10) e SI 110.4 (vs.11-28).
A apresentação de Melquisedeque enfatiza que ele era tanto rei como sacerdote. Como tal, Melquisedeque foi um tipo de Cristo, enquanto Jesus é o último rei e sumo sacerdote. Salém é provavelmente o nome antigo de Jerusalém (SI 76.2).
No hebraico, o nome Melquisedeque é composto por duas partes: melek, que significa "Rei", e tsedek, que significa "justiça". Assim, o nome significa "o rei da justiça", um nome apropriado para um tipo de Cristo.
Enquanto os sacerdotes eram normalmente legitimados por estarem localizados numa linha genealógica, Melquisedeque aparece na Escritura sem ascendentes, descendentes ou informações a respeito de seu nascimento ou morte.
Isso não significa que Melquisedeque não tinha ascendente e nem indica que ele não tinha mãe ou um túmulo. Na verdade, o autor fez uso dessas frases para indicar que Melquisedeque não tinha o direito genealógico de ser chamado de sacerdote do Senhor.
Ele foi um homem que Deus designou como sacerdote real (7.13-28). A singularidade do sacerdócio de Melquisedeque prenunciou Cristo e seu sacerdócio especial.
Alguns acreditam que Melquisedeque foi um aparecimento pré-encarnado de Cristo. Isso é improvável desde que são usados termos de comparação e analogia: primeiro Melquisedeque é descrito como sendo "semelhante ao Filho de Deus" (uma comparação do Filho com ele mesmo seria estranha). Segundo, o Filho se tornou um sacerdote "segundo a ordem de Melquisedeque" (6.20) somente mais tarde, mediante a sua encarnação, morte expiatória e exaltação.
Além do mais, em Gn 14 Melquisedeque é apresentado como alguém que tinha uma posição política reconhecida (rei de Salem).
Duas ações demonstram a superioridade sacerdotal de Melquisedeque sobre os descendentes levitas de Abraão: Abraão pagou o dizimo para Melquisedeque (vs. 4-6,8-10), e Melquisedeque abençoou Abraão (vs. 6-7).
Os sacerdotes levitas herdaram o direito de cobrar (ou seja, recolher o dízimo) até mesmo dos descendentes de Abraão (Nm 18.21-29).
Conceder bênçãos, assim como receber o dízimo, demonstrava claramente superioridade - nesse caso, a superioridade de Melquisedeque sobre Abraão.
Os que são "homens mortais" – vs. 8 - são os levitas, cujo ofício e autoridade eram transmitidos pela descendência e herança em associação com as provisões da lei (vs. 5): o sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, no entanto, é tido como aquele que "vive".
A declaração de que ele está vivo encontra-se em SI 110.4, citado em Hb 5.6 e que retornou ao primeiro plano com as alusões em 6.20; 7.3. A importância dessa declaração, ou "juramento" (vs. 21), é explicada nos vs. 20-22.
O argumento aqui quando diz que “pagou-os na pessoa de Abraão” – vs. 9 - não depende simplesmente do relacionamento genealógico, como se fosse possível dizer de qualquer pessoa que ela participa das ações dos seus ancestrais.
Ao contrário, depende da posição representativa de Abraão como o progenitor de um sistema sacerdotal baseado na descendência genealógica. Afinal de contas, quando Melquisedeque se encontrou com Abraão, Levi ainda estava no corpo do seu antepassado. Ele seria seu bisneto algum tempo depois.
Se, portanto, a perfeição houvera sido, em outras palavras, se o sacerdócio levítico pudesse dar às pessoas permanente e livre acesso a Deus, não seria necessário outro sacerdócio, segundo a ordem de Melquisedeque.
Como em 4.8; 8.7, o autor argumentou que certas promessas no Antigo Testamento indicam que a lei, como foi dada a Moisés, nunca foi intencionada para ser tomada como o estágio final da revelação de Deus.
Era sempre entendido que a lei mosaica apontava para adiante no tempo, para os "últimos dias" (1.2). A pergunta retórica no vs. 11 anuncia que a efetividade do sistema levítico será comparada com aquela do “outro sacerdote" que seria levantado, pois nele baseado o povo recebeu a lei.
O sacerdócio levítico, juntamente com a lei mosaica que o proporcionou, foi estabelecido por causa do pecado e da necessidade de um ministério de reconciliação. A lei e o sacerdócio estão aqui sendo considerados juntos, como um sistema de vida religiosa. Eles foram tanto temporários como concebidos para propósitos particulares. (A BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "Os três usos da lei", em SI 119 – pedagógico, civil e moral).
A mudança de sacerdócio implica necessariamente na mudança da lei – vs. 12.
As diferenças entre Jesus e os levitas são agora revisadas rapidamente:
·         Jesus é descendente de Judá, e não de Levi (vs. 14).
·         Ele vive eternamente (vs. 16).
·         Seu sacerdócio é baseado no juramento divino (vs. 20).
Tudo fica mais claro quando surge outro sacerdote semelhante a Melquisedeque, alguém que se tornou sacerdote, não por regras relativas à linhagem, mas conforme o poder de uma vida indissolúvel. O eterno sacerdócio de Cristo (SI 110.4) é fundamentado no poder indômito da sua ressurreição (Rm 6.9-10).
Pois sobre ele é afirmado: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque". A ordenança anterior é revogada, porquanto era fraca e inútil pois a lei não havia aperfeiçoado coisa alguma, sendo introduzida uma esperança superior, pela qual nos aproximamos de Deus. (vs. 17 a 19).
Essa esperança e a promessa/juramento foram mencionadas junto em 6.17-18. Os vs. 20-28 continuam a demonstrar a ligação entre a nossa esperança e a certeza da promessa e do juramento de Deus.
Isso não aconteceu sem juramento, como os outros, pelo contrário, veio sob juramento do próprio Deus que disse "O Senhor jurou e não se arrependerá: ‘Tu és sacerdote para sempre" – Sl 110.4
O divino juramento expresso em SI 110.4 ("O Senhor jurou") demonstra que assim como a família de Davi governa para sempre o reino de Deus, o sacerdócio real da família de Davi é também permanente. Esse ofício real e sacerdotal conjunto foi finalmente cumprido em Jesus (6.17-18). Jesus tornou-se, por isso mesmo, a garantia (ou fiador) de uma aliança superior – vs. 22.
Fiador é a tradução de uma palavra grega encontrada somente aqui no Novo Testamento. O próprio Jesus, como a substância do que foi prometido e o possuidor da vida ressurreta indissolúvel (vs. 16), é o fiador de uma nova e superior aliança.
Essa “superior" aliança corresponde à "nova aliança" em Cristo que é descrita em Jr 31.31-34 (citado em 8.8-12; 10.16-17). É superior no sentido de ser mais completa, mais madura e plena.
Também executará julgamentos maiores dos que eram possíveis sob as alianças anteriores, e concederá bênçãos maiores do que as que foram anteriormente concedidas.
A ideia de que a aliança final seria melhor e maior tem as suas raízes no anúncio de Moisés de que depois do arrependimento de Israel no exílio, Deus concederia ao seu povo maiores bênçãos do que seus pais haviam recebido (Dt 30.5).
A referência no vs. 23 aos muitos sacerdotes é explicada por causa da morte que obrigava a substituição deles. Muitos sumo sacerdotes surgiram que sucederam um ao outro no ofício.
A lei da sucessão sacerdotal (Êx 29.29-30) pressupunha a morte do sacerdote. Essa falta de permanência, juntamente com a repetição dos sacrifícios do Antigo Testamento (10.11), revela a imperfeição da antiga ordem.
Agora, no entanto, como Jesus tem um sacerdócio permanente, pode salvar totalmente. A vida e o sacerdócio eternos de Jesus tomam possível sua eterna intercessão pelos adoradores que "por ele se chegam a Deus”, levando à completa e eterna salvação. A palavra "totalmente" contrasta com a aliança com Moisés que oferecia somente alívio temporário das consequências do pecado porque somente levava o povo de Deus para frente, para a culminação na nova aliança.
Desse modo, Jesus pode dar a salvação compreensiva (satisfazendo todas as nossas necessidades) e a eterna salvação (enraizada no fato de que Cristo sempre vive para interceder por nós).
O vs. 26 resume tudo isso: é de um sumo sacerdote como este que precisávamos: santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus. Em 2.18; 4.15-5.3, o autor mostrou a importância da identificação de Jesus conosco no sofrimento da tentação. Mas também foi decisivo o fato de Jesus ser "sem pecado" (4.15), um critério que o qualificou para entrar no santuário celestial em nosso favor (8.1-2; 9.11-12,24-25).
Bem ao contrário dos outros sumos sacerdotes, ele não tem necessidade – vs. 27 – de oferecer sacrifícios dia após dia, primeiro por seus próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo. Ele resolveu essa questão de uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu.
O contraste entre a repetição diária (e anual) dos sacrifícios dos sacerdotes levitas e a oferta de Jesus de si mesmo de uma vez por todas é desenvolvido em 9.25-10.18.
Esse versículo 28 resume o contraste entre o sacerdócio da antiga aliança e o da nova.
(1)   Em primeiro lugar, a antiga aliança sacerdotal foi ordenada pela lei sem um juramento divino específico (vs. 20), enquanto o sacerdócio eterno de Cristo foi ordenado por um juramento à casa de Davi (vs. 21).
(2)   Segundo, a designação temporária de sacerdotes fracos e pecadores (vs. 27) é contrastada com a designação eterna do puro "Filho, perfeito para sempre".
Hb 7:1 Porque este Melquisedeque,
                rei de Salém,
                sacerdote do Deus Altíssimo,
                               que saiu ao encontro de Abraão,
                                               quando voltava da matança dos reis,          
                               e o abençoou,
                                               Hb 7:2 para o qual também Abraão
                                                               separou o dízimo de tudo
                (primeiramente se interpreta rei de justiça,
                depois também é rei de Salém,
                ou seja, rei de paz;
                Hb 7:3 sem pai,
                sem mãe,
                sem genealogia;
                que não teve princípio de dias,
                nem fim de existência, entretanto,
                feito semelhante ao Filho de Deus),
                permanece sacerdote perpetuamente.
Hb 7:4 Considerai, pois, como era grande
                esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo
                               tirado dos melhores despojos.
Hb 7:5 Ora, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio
                têm mandamento de recolher,
                               de acordo com a lei,
                                               os dízimos do povo,
                                                               ou seja, dos seus irmãos,
                                                               embora tenham estes
descendido de Abraão;
Hb 7:6 entretanto,
                aquele cuja genealogia não se inclui entre eles
                               recebeu dízimos de Abraão
                               e abençoou o que tinha as promessas.
Hb 7:7 Evidentemente, é fora de qualquer dúvida
                que o inferior é abençoado pelo superior.
Hb 7:8 Aliás, aqui são homens mortais
                os que recebem dízimos,
porém ali,
                aquele de quem se testifica
                               que vive.
Hb 7:9 E, por assim dizer,
                também Levi,
                               que recebe dízimos,
                                               pagou-os na pessoa de Abraão.
Hb 7:10 Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai,
                quando Melquisedeque saiu ao encontro deste.
Hb 7:11 Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico
                (pois nele baseado o povo recebeu a lei),
                               que necessidade haveria ainda
de que se levantasse outro sacerdote,
                                                               segundo a ordem de Melquisedeque,
                                               e que não fosse contado
segundo a ordem de Arão?
Hb 7:12 Pois, quando se muda o sacerdócio,
                necessariamente há também mudança de lei.
Hb 7:13 Porque aquele de quem são ditas estas coisas
                pertence a outra tribo,
                               da qual ninguém prestou serviço ao altar;
                                               Hb 7:14 pois é evidente que nosso Senhor
                                                               procedeu de Judá,
                                                               tribo à qual Moisés
nunca atribuiu sacerdotes.
Hb 7:15 E isto é ainda muito mais evidente,
                quando, à semelhança de Melquisedeque,
                               se levanta outro sacerdote,
                               Hb 7:16 constituído não conforme
a lei de mandamento carnal,
                                                               mas segundo o poder de vida indissolúvel.
Hb 7:17 Porquanto se testifica:
                Tu és sacerdote para sempre,
                               segundo a ordem de Melquisedeque.
Hb 7:18 Portanto, por um lado,
                se revoga a anterior ordenança,
                               por causa
                                               de sua fraqueza
                                               e inutilidade
Hb 7:19 (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma),
e, por outro lado,
                se introduz esperança superior,
                               pela qual nos chegamos a Deus.
Hb 7:20 E, visto que não é sem prestar juramento
                (porque aqueles, sem juramento,
                               são feitos sacerdotes,
                Hb 7:21 mas este,
                               com juramento,
                                               por aquele que lhe disse:
                                                               O Senhor jurou e não se arrependerá:
                                                                              Tu és sacerdote para sempre);
Hb 7:22 por isso mesmo,
                Jesus se tem tornado
                               fiador de superior aliança.
Hb 7:23 Ora, aqueles são feitos sacerdotes
                em maior número,
                               porque são impedidos pela morte de continuar;
Hb 7:24 este, no entanto,
                porque continua para sempre,
                               tem o seu sacerdócio imutável.
Hb 7:25 Por isso, também
                pode salvar totalmente
                               os que por ele se chegam a Deus,
                vivendo sempre
                               para interceder por eles.
Hb 7:26 Com efeito, nos convinha
                um sumo sacerdote como este,
                               santo,
                               inculpável,
                               sem mácula,
                               separado dos pecadores
                               e feito mais alto do que os céus,
                               Hb 7:27 que não tem necessidade,
                                               como os sumos sacerdotes,
                                                               de oferecer todos os dias
                                                                              sacrifícios,
                                                               primeiro, por seus próprios pecados,
                                                                              depois, pelos do povo;
                porque fez isto uma vez por todas,
                               quando a si mesmo se ofereceu.
Hb 7:28 Porque a lei constitui
                sumos sacerdotes
                               a homens sujeitos à fraqueza,
                                               mas a palavra do juramento,
                                                               que foi posterior à lei,
                                                                              constitui o Filho,
                                                                                              perfeito para sempre.
Uma coisa é certa o sacerdócio é eterno e temos um sumo-sacerdote, eterno, diante de Deus que não oferece sacrifícios, primeiro, pelo seu próprio pecado, porque simplesmente não os tem (apesar de ser homem!), e, depois, continuamente, pelos do povo, porque ele próprio foi o sacrifício feito, eterno e aprovado.
Pare e pense! Temos um sumo-sacerdote eterno diante de Deus: Jesus Cristo, nosso Senhor!
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
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terça-feira, 1 de março de 2016

Hebreus 6 1-20 - A ESPERANÇA COMO A ÂNCORA DE NOSSA ALMA!

Como dissemos, a epístola de Hebreus foi escrita, provavelmente, antes de 70 d.C., com a finalidade de incentivar a fidelidade a Cristo e à sua nova aliança mostrando que ele é o novo, último e superior sumo sacerdote. Estamos vendo o capítulo 6/13.
Breve síntese do capítulo 6.
O autor de Hebreus nos fala para deixarmos os princípios elementares e continuarmos a caminhada rumo à perfeição.
Em seguida, bruscamente, adverte com muita severidade, aos que uma vez iluminados e já conhecedores e já experimentadores das bênçãos celestiais resolvem cair. Parece haver um limite, que passando dele, o destino do pecador não é outro se não estar perto da maldição e ser queimado.
Podemos ver isso claramente na vida de Judas! Andou com o Senhor, participou, foi iluminado, recebeu dons, poder, viu maravilhas, sinais e prodígios, mas caiu...
Com isso estou afirmando que o salvo perde a salvação? Absurdo! Somente perdem a salvação os perdidos, jamais os salvos, isso me parece tão óbvio.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. CRISTO É SUPERIOR A ARÃO (4.14-7.28) - continuação.
Como dissemos, o eterno sumo sacerdócio de Cristo é muito superior ao sumo sacerdócio temporário dado a Arão e a sua família.  Dos vs. 4.14 ao 7.28, veremos que Cristo é superior a Arão.
Para isso, dividimos essa parte III em 4 seções, conforme a BEG: A. Cristo, o eterno sumo sacerdote (4.14-5.10) – já vimos; B. Exortação à maturidade espiritual (5.11-6.12) – concluiremos agora; C. Um sacerdote eterno por juramento divino (6.13-20); e, D. Um sacerdote eterno da ordem de Melquisedeque (7.1-28).
B. Exortação à maturidade espiritual (5.11-6.12) - continuação.
Dos vs. 5.11 ao 6.12, o autor de Hebreus está nos exortando à maturidade espiritual. O ministério sacerdotal de Cristo após a ordem de Melquisedeque era "difícil de explicar" (5.11) por causa da imaturidade dos leitores. O autor, no entanto, estimulou seus leitores a deixar-se "levar para o que é perfeito" (6.1).
Portanto, seria oportuno deixarmos os princípios elementares da doutrina de Cristo, ou seja, os princípios fundamentais do evangelho e a instrução básica a respeito da inclusão na igreja, os quais são brevemente enumerados nos vs. 1-2. São eles:
·         Do arrependimento de atos que conduzem à morte.
·         Da fé em Deus.
·         Da instrução a respeito de batismos.
O plural é inesperado; há somente um batismo cristão (Ef 4.5). É provável que o autor tivesse em mente outros tipos de "batismos" ou "lavagens" (p. ex., as lavagens do templo e o batismo de João) que estavam presentes nos primeiros anos da igreja, mas distintos do batismo cristão (9.10; Mt 3.11; 28.19; Mc 1.4; Jo 4.1; At 1.5; 1Co 15.29).
Ele também pode estar se referindo aos atos do batismo e não ao próprio conceito do batismo.
Nos tempos do Novo Testamento, essa ação acompanhava as bênçãos que curavam doentes, ordenavam ministros da igreja e especialmente a concessão do dom do Espírito, o qual também era associado com o batismo (Mt 19.13-15; Lc 4.40; At 6.6; 8.17; 9.17; 28.8; 1Tm 4.14).
·         Da imposição de mãos.
·         Da ressurreição dos mortos.
·         Do juízo eterno.
E ele diz que assim faria, se Deus permitisse – vs. 3. Essa frase convencional reconhece a necessidade da ajuda de Deus para aprender e para ensinar a doutrina cristã. O seu uso sugere que o material a seguir é difícil, como de fato ele é.
Dos vs. 4 ao 12, ele entra na questão delicada dos perigos espirituais. A primeira das duas sérias advertências (10.26-29) contra a apostasia em face das grandes bênçãos e dos privilégios da nova aliança (cf. 2.1-4; 4.1-2).
Embora Jesus salve completamente (7.25) e tenha tornado perfeitos para sempre (10.13) aqueles que aceitaram a sua palavra com fé salvadora, todos são exortados a provar a sinceridade de sua fé pela perseverança.
Mesmo para aqueles que não têm a fé salvadora, o envolvimento com a igreja traz bênçãos nesta vida. Todavia, aqueles que, na igreja, nunca chegam à fé salvadora, serão submetidos a julgamento mais severo do que os não cristãos que nunca foram membros da igreja.
Os vs. 4-5 descrevem aqueles que caíram da fé em termos de bênçãos que compartilharam, em algum grau, com os verdadeiros cristãos até o momento de sua apostasia.
Os iluminados desse vs. 4 são aqueles informados do conhecimento de Deus como revelado na mensagem do evangelho (10.26; Jo 1.9; 2Co 4.4-6) que provaram o dom celestial. Alguns veem aqui uma referência à participação no sacramento da Ceia do Senhor.
Alternativamente, a frase também pode ser equiparada a "iluminados" como uma ampla descrição da conversão aparente.
Esses também acabaram sendo participantes do Espírito Santo, ou seja, tiveram alguma experiência do/com o Espírito Santo. Além disso, ainda provaram "os poderes do mundo vindouro" (vs. 5), ou seja, os sinais e maravilhas que acompanharam a apresentação do evangelho, bem como os dons do Espírito Santo (2.4).
O Espírito Santo às vezes presenteia até mesmo os incrédulos ou os infiéis com o objetivo de beneficiar o seu povo (p. ex., Balaão; veja Nm 22-24; 2Pe 2.15-17).
Dessa forma, os que:
·         Uma vez foram iluminados.
·         Provaram o dom celestial.
·         Tornaram-se participantes do Espírito Santo.
·         Experimentaram a bondade da palavra de Deus.
·         Experimentaram ainda os poderes da era que há de vir.
·         E caíram...
Esses que caíram – vs. 6 -, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento. Há um tipo ou um grau de queda que é irreversível. Somente Deus sabe com certeza quando a severidade da queda atinge esse nível. Essa flagrante apostasia não pode ser revertida.
Os apóstatas geralmente parecem ser verdadeiros cristãos até que cometam a apostasia (cf. 1Jo 2.19). Judas Iscariotes é o mais claro exemplo bíblico de alguém que participou de muitas bênçãos do reino de Cristo (até mesmo possuindo grandes dons espirituais; Mt 10.5-8), mas que deixou de entrar no reino dos céus (Mt 26.47-49; Jo 17.12; cf. Mt 7.21-23).
No caso de Judas, o diabo entrou em seu corpo e ele traiu o Senhor, depois se enforcou. Aqueles que rejeitam as bênçãos de Deus correm o mesmo risco de endurecimento do coração de forma irreversível. Obviamente que somente serão endurecidos os perdidos, jamais os salvos. No caso de Judas, a bíblia afirma que ele era do diabo – Jo 6.70; filho da perdição – Jo 17.12.
Os tais que rejeitam as bênçãos de serem partes da igreja, comportam-se como aqueles que literalmente crucificaram Cristo, visto que estão rejeitando Cristo na medida em que ele oferece a eles as bênçãos de Deus.
Assim, estariam expondo-o à ignomínia novamente. A apostasia descrita não é uma questão de dúvida interior, privada. É uma rejeição aberta, total e pública que desonra Cristo e seu corpo.
Nos vs. 7 e 8, de acordo com os símbolos convencionais do Antigo Testamento, a terra é o povo de Deus (Is 5.1-7), e a chuva que cai é a palavra de Deus (Is 55.10-11) ou o Espírito de Deus (Is 44.3-4). A colheita proveitosa é a boa ação de Deus que traz a bênção da vida eterna. Os espinhos e abrolhos são obras do mal que conduz ao julgamento eterno de Deus, se não houver arrependimento (Is 5.4-6).
O autor tinha visto provas que deram a ele a certeza a de que os verdadeiros leitores continuariam a produzir boas obras e receber a bênção da salvação de Deus. No entanto, os leitores precisavam livrar-se da indolência a fim de receberem a herança prometida aos cristãos perseverantes.
Deus não é injusto. Deus não é impiedoso; ele não se esquecerá do empenho sincero do seu povo e nem renunciará a ele, portanto todo trabalho no Senhor nunca será em vão. Os que cuidam das coisas do Senhor são sábios e não ficarão esquecidos jamais.
O autor quer que mostrem a mesma prontidão desde o início até ao fim – vs. 11. O Novo Testamento repetidamente deixa claro que a fé temporária não é fé salvadora (aqui a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "A perseverança e a preservação dos santos", em Fp 1).
Esse termo “indolentes” – vs. 12 (traduzido como "tardio" em 5.11) marca tanto o início como o final da exortação. Ninguém deve se tornar indolente ou negligente, mas ao contrário, que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas.
Abraão é o exemplo proeminente (vs. 15,17; 11.8-19), mas a história bíblica está cheia de testemunhas que seguiram o exemplo de fé perseverante antes de nós (11.4.38) e que agora receberam a herança prometida conosco por meio da obra perfeita de Cristo (11.13,39-40).
C. Um sacerdote eterno por juramento divino (6.13-20).
Dos vs. 13 ao 20, veremos a imutabilidade das promessas de Deus Para apoiar a sua visão da necessidade de segurar-se firmemente em Cristo, o autor explicou como o sacerdócio de Jesus foi estabelecido por juramento divino.
A fé pode resistir com paciência porque o juramento de Deus assegura a sua palavra de promessa a nós, como fez a Abraão.
A promessa específica aqui – vs. 13 e 14 - é vaga. Pode ser a promessa feita em Gn 22.16-18 no tempo em que Deus fez o juramento em questão, de modo que a promessa é o conteúdo ("te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência") e o voto é o juramento (jurei, por mim mesmo", Gn 22.16). Isso concorda bem com o uso de "juramento" no vs. 16.
Também pode ser que a promessa em questão seja uma ou mais das promessas anteriores de Deus aos descendentes de Abraão (p. ex., Gn 15.5), de terra e descendentes (Gn 15; 17) ou especificamente do nascimento de Isaque (Gn 17.19,21; 18.10-14).
Nesse caso, o juramento em Gn 22.16-18 confirma que Abraão permaneceu fiel a Deus (Gn 22.1,12) ao manter as condições da aliança (p. ex., Gn 17.1-2,14) e dessa maneira garantindo aos herdeiros de Abraão que a fidelidade de Abraão assegurou que as promessas fossem estendidas a eles também.
Essa interpretação é apoiada pela ênfase em Isaque como o herdeiro principal em Gn 22 (Gn 22.17-18), e pelo propósito de Deus de assegurar aos herdeiros de Abraão como declarado aqui no vs. 17.
Foi por isso que jurou por si mesmo. Que Deus, cuja "palavra é a verdade" (Jo 17.17; cf. Tt 1.2), deveria reforçar a certeza da palavra infalível da promessa por meio de um juramento (Gn 22.16-18), sublinha a permanência e a seriedade da promessa divina.
Enquanto os seres humanos pecadores e falíveis "juram pelo que lhes é superior" (vs. 16), Deus, a autoridade maior, "jurou por si mesmo" (vs. 13).
E foi desse modo, depois de esperar com paciência – vs. 15 -, que obteve Abraão a promessa. No nascimento e salvamento de Isaque (Gn 21.1-3; 22.11-12), Abraão recebeu o início da bênção prometida sobre a descendência. Todavia, ele não viu o cumprimento total das promessas pactuais (11.39-40; cf. Rm 4.13,16-17).
A promessa de Deus, ligada por um juramento – vs. 17 -, não foi somente para Abraão, mas também para seus descendentes por meio de Isaque (cf. 11.9) como o cabeça pactual do seu povo (Gn 22.17-18).
Todos os que seguem os passos de Abraão na fé são considerados membros dessa comunidade da aliança (1.14; 2.16; 6.12; 10.36; Rm 4.23-24). O juramento de Deus foi feito por amor aos herdeiros de Abraão para assegurá-los que receberiam as bênçãos anteriormente prometidas a Abraão.
O propósito imutável de Deus foi abençoar o mundo por meio da semente de Abraão (Gn 22.17-18). O significado disso foi revelado no evangelho (GI 3.6-9).
As duas coisas coisas imutáveis do vs. 18, muito provavelmente são:
(1)     A promessa.
(2)     O juramento (vs. 13-14).
Também é possível que seja os dois conteúdos importantes das promessas feitas a Abraão:
(1)     A terra (11.8; Gn 15.7,18-21; 17.8; 22.17).
(2)     Os descendentes (vs. 14; Gn 15.5; 17.7-10,19; 22.17).
Assim, temos esta esperança como âncora da alma, firme e segura e que penetra além do véu. Nossa âncora da vida está firmada na parte mais segura do tabernáculo celestial, o original a partir do qual o santuário terreno foi modelado (8.2; 9.11-12,24-25; 10.19-20).
A entrada no santuário secreto é impossível sem Jesus. Ele entrou primeiro para que seu povo pudesse segui-lo. Sua entrada, e o modo pelo qual seu povo tem parte nisso, requer uma explicação prolongada.
O restante desse versículo começa a discussão sobre o sumo sacerdote "segundo a ordem de Melquisedeque", um tema anunciado primeiro em 5.6.
Hb 6:1 Por isso, pondo de parte os princípios elementares
da doutrina de Cristo,
deixemo-nos levar para o que é perfeito,
não lançando, de novo,
a base do arrependimento
de obras mortas
e da fé em Deus,
Hb 6:2 o ensino
de batismos
e da imposição de mãos,
da ressurreição dos mortos
e do juízo eterno.
Hb 6:3 Isso faremos, se Deus permitir.
Hb 6:4 É impossível, pois, que
aqueles que uma vez foram iluminados,
e provaram o dom celestial,
e se tornaram participantes do Espírito Santo,
Hb 6:5 e provaram
a boa palavra de Deus
e os poderes do mundo vindouro,
Hb 6:6 e caíram,
sim, é impossível outra vez
renová-los para arrependimento,
visto que, de novo,
estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus
e expondo-o à ignomínia.
Hb 6:7 Porque a terra
que absorve a chuva que freqüentemente cai sobre ela
e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada
recebe bênção da parte de Deus;
Hb 6:8 mas, se produz espinhos e abrolhos,
é rejeitada
e perto está da maldição;
e o seu fim é ser queimada.
Hb 6:9 Quanto a vós outros, todavia, ó amados,
estamos persuadidos
das coisas que são melhores
e pertencentes à salvação,
ainda que falamos desta maneira.
Hb 6:10 Porque Deus não é injusto para ficar esquecido
do vosso trabalho
e do amor que evidenciastes para com o seu nome,
pois servistes e ainda servis aos santos.
Hb 6:11 Desejamos, porém,
continue cada um de vós mostrando, até ao fim,
a mesma diligência
para a plena certeza da esperança;
Hb 6:12 para que
não vos torneis indolentes,
mas imitadores daqueles que,
pela fé
e pela longanimidade,
herdam as promessas.
Hb 6:13 Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão,
visto que não tinha ninguém superior por quem jurar,
jurou por si mesmo, Hb 6:14 dizendo:
Certamente,
te abençoarei
e te multiplicarei.
Hb 6:15 E assim, depois de esperar com paciência,
obteve Abraão a promessa.
Hb 6:16 Pois os homens
juram pelo que lhes é superior,
e o juramento, servindo de garantia, para eles,
é o fim de toda contenda.
Hb 6:17 Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa
a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento,
Hb 6:18 para que, mediante duas coisas imutáveis,
nas quais é impossível que Deus minta,
forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio,
a fim de lançar mão da esperança proposta;
Hb 6:19 a qual temos por âncora da alma,
segura
e firme
e que penetra além do véu,
Hb 6:20 onde Jesus,
como precursor,
entrou por nós,
tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedeque.
A palavra “ESPERANÇA” (strong’s: 1680; no grego: ἐλπίδος – transliterado: elpidos) no livro de Hebreus parece uma palavra escolhida a dedo pelo autor. Ele a usa 5x (ARA): Hb 3:6; 6:11, 18; 7:19; 10:23. Ele está sempre nos fazendo lembrar dela. Nós que já corremos para o refúgio – CRISTO – a fim de lançar mão da esperança proposta.
Assim como a fé é a certeza das coisas que se esperam e a plena convicção dos fatos que não se veem, a esperança é uma expectativa certa e de plena convicção, por causa daquele que falou.
Repare que a fé não é certeza das coisas em si, mas das coisas que se esperam; assim como também não é plena convicção dos fatos em si, mas dos fatos que não se veem. Assim também é a esperança que tem o seu nascedouro na fé e é ancora da alma, firme e segura, apoiada plenamente na Palavra de Deus.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
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