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sábado, 29 de agosto de 2015

Mateus 25 1-46 - JESUS ESTÁ VOLTANDO - AS DEZ VIRGENS E OS TALENTOS.

Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Estamos ainda na parte VI, veremos o capítulo 25.
VI. AS MUDANÇAS DO REINO (19.1-25.46) - continuação.
As ações de Jesus, suas parábolas e respostas a desafios revelaram que o seu reino traz mudanças extraordinárias na crença e nas práticas do povo de Deus. Jesus condenou fortemente líderes religiosos de Israel por causa de sua hipocrisia e advertiu-os quanto ao julgamento divino.
Os caps. 19-25 focalizam essas mudanças ocasionadas pela vinda do reino em Cristo. O material foi também dividido em duas seções, seguindo a BEG: A. Narrativa: parábolas e "ais" (19.1-23.39) – já vimos e B. Sermão: o julgamento do reino (24.1-25.46) – concluiremos agora.
B. Sermão: o julgamento do reino (24.1-25.46) - continuação.
Aqui temos outras parábolas sobre o reino dos céus que são advertências para todos nós e falam principalmente da volta de Jesus.
Veremos nessa primeira parábola, que pela prontidão, os sábios se distinguem dos tolos durante a demora do retorno de Cristo. Estar "pronto" (v. 10) inclui estar preparado para uma longa espera; o zelo passageiro é inadequado.
Todas as virgens que estavam esperando, adormecem e quando acordam com o chamado do noivo, 50% delas não tinham mais azeite em suas lamparinas, nem dava mais para comprar do que vendia.
Conclusão: elas ficaram de fora e não puderam entrar no gozo do seu Senhor. A advertência é para a vigilância sabendo que em breve voltará o noivo e se a noiva se descuidar, perderá seu momento e não entrará no gozo do seu Senhor.
A outra parábola tem a mesma finalidade de advertir os que esperam o Senhor, mas agora fala de pessoas que receberam talentos.
Um talento (mais ou menos 34 kg) de ouro seria o equivalente ao salário de vinte anos de um trabalhador diário. Mesmo um talento de prata equivaleria ao pagamento de mais de um ano de salário.
Sendo que aqueles que receberam esses talentos, mas o desprezaram e o enterraram, na vinda de Cristo novamente à terra, irão se dar muito mal.
Aqueles que receberam cinco e dois talentos, negociaram com eles e duplicaram o que tinham, mas os que receberam apenas um talento, foram negligentes.
Eles deveriam ter feito algo, mas nada fizeram, apenas, depois, quiseram se justificar, mas a justificativa foi péssima. O terceiro servo não se mostrou disposto a investir seus esforços no desenvolvimento do talento para o benefício de outros. Sua atitude não foi de mordomia ou serviço.
Jesus está voltando. O anúncio está sendo dado em alta voz e por todo o mundo. Muita gente está adormecida e com talentos enterrados. Conclusão, muitos que caminham conosco não chegarão ao objetivo principal por falta pura de vigilância que é o desprezo pela palavra de Deus.
Depois, dos versos 31 a 46, Jesus fala do grande julgamento. Ele disse que quando viesse na sua majestade e junto com ele todos os anjos, ele se assentará em seu trono de glória para julgar todas as nações. Literalmente, "eles”. A divisão diz respeito a indivíduos, não nações, como o pronome grego “eles" deixa claro.
Como verdadeiro pastor separará os cabritos das ovelhas. A imagem do Cristo eleito como ovelha é baseada em Ez 34 e já apareceu nos ensinos de Jesus (10.16; 18.12). Para esse contexto, observe Ez 34.17.
Os discípulos de Cristo (cf. 10.42; 12.48-49; 18.1), como opostos a todos os judeus ou os pobres e necessitados em geral. O julgamento das nações depende de como elas respondem aos cristãos e, portanto, ao evangelho (10.40-42), não só porque é pelo testemunho desses cristãos que os gentios podem ouvir e crer (Rm 10.14), mas também porque Cristo se identifica tão intimamente com o seu povo que o sofrimento deles é o sofrimento dele, e a compaixão demonstrada a eles é a compaixão mostrada a ele.
Mt 25:1 Então, o reino dos céus
será semelhante a dez virgens que,
tomando as suas lâmpadas,
saíram a encontrar-se com o noivo.
Mt 25:2 Cinco dentre elas eram néscias,
e cinco, prudentes.
Mt 25:3 As néscias,
ao tomarem as suas lâmpadas,
não levaram azeite consigo;
Mt 25:4 no entanto, as prudentes,
além das lâmpadas,
levaram azeite nas vasilhas.
Mt 25:5 E, tardando o noivo,
foram todas tomadas de sono
e adormeceram.
Mt 25:6 Mas, à meia-noite,
ouviu-se um grito:
Eis o noivo!
Saí ao seu encontro!
Mt 25:7 Então, se levantaram
todas aquelas virgens
e prepararam as suas lâmpadas.
Mt 25:8 E as néscias disseram às prudentes:
Dai-nos do vosso azeite,
porque as nossas lâmpadas estão-se apagando.
Mt 25:9 Mas as prudentes responderam:
Não,
para que não nos falte a nós
e a vós outras!
Ide, antes, aos que o vendem
e comprai-o.
Mt 25:10 E, saindo elas para comprar,
chegou o noivo,
e as que estavam apercebidas
entraram com ele para as bodas;
e fechou-se a porta.
Mt 25:11 Mais tarde,
chegaram as virgens néscias, clamando:
Senhor, senhor, abre-nos a porta!
Mt 25:12 Mas ele respondeu:
Em verdade vos digo que não vos conheço.
Mt 25:13 Vigiai, pois,
porque não sabeis o dia nem a hora.
Mt 25:14 Pois será como um homem que,
ausentando-se do país,
chamou os seus servos
e lhes confiou os seus bens.
Mt 25:15 A um deu cinco talentos,
a outro, dois
e a outro, um,
a cada um segundo a sua própria capacidade;
e, então, partiu.
Mt 25:16 O que recebera cinco talentos
saiu imediatamente a negociar com eles
e ganhou outros cinco.
Mt 25:17 Do mesmo modo,
o que recebera dois ganhou outros dois.
Mt 25:18 Mas o que recebera um,
saindo, abriu uma cova
e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Mt 25:19 Depois de muito tempo,
voltou o senhor daqueles servos
e ajustou contas com eles.
Mt 25:20 Então,
aproximando-se o que recebera cinco talentos,
entregou outros cinco, dizendo:
Senhor, confiaste-me cinco talentos;
eis aqui outros cinco talentos que ganhei.
Mt 25:21 Disse-lhe o senhor:
Muito bem, servo bom e fiel;
foste fiel no pouco,
sobre o muito te colocarei;
entra no gozo do teu senhor.
Mt 25:22 E, aproximando-se também
o que recebera dois talentos, disse:
Senhor, dois talentos me confiaste;
aqui tens outros dois que ganhei.
Mt 25:23 Disse-lhe o senhor:
Muito bem, servo bom e fiel;
foste fiel no pouco,
sobre o muito te colocarei;
entra no gozo do teu senhor.
Mt 25:24 Chegando, por fim,
o que recebera um talento, disse:
Senhor, sabendo que és homem severo,
que ceifas onde não semeaste
e ajuntas onde não espalhaste,
Mt 25:25 receoso,
escondi na terra o teu talento;
aqui tens o que é teu.
Mt 25:26 Respondeu-lhe, porém, o senhor:
Servo mau e negligente,
sabias que ceifo onde não semeei
e ajunto onde não espalhei?
Mt 25:27 Cumpria, portanto, que entregasses
o meu dinheiro aos banqueiros,
e eu, ao voltar, receberia com juros
o que é meu.
Mt 25:28 Tirai-lhe, pois, o talento
e dai-o ao que tem dez.
Mt 25:29 Porque
a todo o que tem
se lhe dará, e terá em abundância;
mas ao que não tem,
até o que tem lhe será tirado.
Mt 25:30 E o servo inútil,
lançai-o para fora,
nas trevas.
Ali haverá choro
e ranger de dentes.
Mt 25:31 Quando vier o Filho do Homem
na sua majestade
e todos os anjos com ele,
então,
se assentará no trono da sua glória;
Mt 25:32 e todas as nações
serão reunidas em sua presença,
e ele separará uns dos outros,
como o pastor separa dos cabritos as ovelhas;
Mt 25:33 e porá as ovelhas à sua direita,
mas os cabritos, à esquerda;
Mt 25:34 então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita:
Vinde, benditos de meu Pai!
Entrai na posse do reino que vos está preparado
desde a fundação do mundo.
Mt 25:35 Porque tive fome,
e me destes de comer;
tive sede,
e me destes de beber;
era forasteiro,
e me hospedastes;
Mt 25:36 estava nu,
e me vestistes;
enfermo,
e me visitastes;
preso,   
e fostes ver-me.
Mt 25:37 Então, perguntarão os justos:
Senhor, quando foi que te vimos com fome
e te demos de comer?
Ou com sede
e te demos de beber?
Mt 25:38 E quando te vimos forasteiro
e te hospedamos?
Ou nu
e te vestimos?
Mt 25:39 E quando te vimos
enfermo ou preso
e te fomos visitar?
Mt 25:40 O Rei, respondendo, lhes dirá:
Em verdade vos afirmo que,
sempre que o fizestes a um destes
meus pequeninos irmãos,
a mim o fizestes.
Mt 25:41 Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda:
Apartai-vos de mim, malditos,
para o fogo eterno,
preparado para o diabo e seus anjos.
Mt 25:42 Porque tive fome,
e não me destes de comer;
tive sede,
e não me destes de beber;
Mt 25:43 sendo forasteiro,
não me hospedastes;
estando nu,
não me vestistes;
achando-me enfermo e preso,
não fostes ver-me.
Mt 25:44 E eles lhe perguntarão:
Senhor, quando foi que te vimos
com fome,
com sede,
forasteiro,
nu,
enfermo
ou preso
e não te assistimos?
Mt 25:45 Então, lhes responderá:
 Em verdade vos digo que,
sempre que o deixastes de fazer a um destes
mais pequeninos,
a mim o deixastes de fazer.
Mt 25:46 E irão estes
para o castigo eterno,
porém os justos,
para a vida eterna.
Eu quero estar do lado direito de Jesus nesta hora por ter feito o que ele me pediu e por estar atento e vigilante aguardando e falando e pregando sobre a sua volta em breve.
p.s.: link da imagem original:
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Mateus 24 1-51 - JESUS ESTÁ VOLTANDO, MAS CUIDADO PARA NÃO SER ENGANADO.

Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Estamos ainda na parte VI, veremos o capítulo 24.
VI. AS MUDANÇAS DO REINO (19.1-25.46) - continuação.
As ações de Jesus, suas parábolas e respostas a desafios revelaram que o seu reino traz mudanças extraordinárias na crença e nas práticas do povo de Deus. Jesus condenou fortemente líderes religiosos de Israel por causa de sua hipocrisia e advertiu-os quanto ao julgamento divino.
Os caps. 19-25 focalizam essas mudanças ocasionadas pela vinda do reino em Cristo. O material foi também dividido em duas seções, seguindo a BEG: A. Narrativa: parábolas e "ais" (19.1-23.39) – já vimos e B. Sermão: o julgamento do reino (24.1-25.46) – começaremos a ver agora.
B. Sermão: o julgamento do reino (24.1-25.46).
Mateus 24 começa com os discípulos de Jesus querendo lhes mostrar o templo e sua grandeza e beleza, mas Jesus lhes diz que nada daquilo ficaria de pé. Ele estava no templo, sendo ele o templo do Deus vivo. Não poderia haver dois templos, assim ele profetiza que seria destruído em breve.
Tanto ele mesmo morreria e em três dias ressurgiria, como também o templo físico seria destruído, mas não seria reerguido. Hoje não temos um templo físico, mas temos um templo vivo: Jesus Cristo, nosso Deus!
A resposta provocou curiosidade neles e perguntaram a Jesus quando aquilo se daria e que sinais haveria de sua vinda. No monte das Oliveiras, então, assentado, como era de seu costume e com tempo para um bom bate-papo, lá estava o Mestre e Senhor, pacientemente explicando as suas ovelhas todas as coisas.
Foram duas as perguntas dos discípulos: quando ocorreriam essas coisas e que sinais haveria de dois eventos: a volta de Jesus e a consumação dos séculos.
Amados, estamos esperando A VOLTA DE JESUS!
Os caps. 24-25 compreendem o último dos cinco grandes sermões de Jesus em Mateus e focaliza julgamento do reino.
Essa seção é geralmente chamada de "sermão profético" por causa do seu conteúdo. A maior parte dela é também relatada em Mc 13.
O capítulo é difícil de interpretar porque a linguagem é simbólica e porque está relacionado com um com um conjunto de acontecimentos, não somente um único incidente.
Há três abordagens interpretativas básicas, conforme a BEG:
(1)     Todo o cap. 24 ou a sua maior parte (pelo menos até o vs.. 35) fala exclusivamente da destruição de Jerusalém, e a “vinda” e a exaltação de Jesus no céu.
(2)     Todo esse sermão se relaciona com a vinda final em julgamento.
(3)     Esse sermão contém uma mistura de acontecimentos de um futuro próximo e de um futuro distante ou lida com Jerusalém como simbólica do julgamento do mundo de tal maneira que é difícil separá-los com nitidez.
Essa terceira interpretação pode explicar melhor a presença de linguagem que focaliza acontecimentos próximos e distantes.
Jesus estava se retirando do templo quando os seus discípulos chamaram a atenção dele para a grandeza daquela obra, pela qual estavam admirados, mas Jesus profetiza ali dizendo que não ficaria ali pedra sobre pedra. De fato, o templo foi destruído em 70 d.C. Nenhuma pedra foi deixada sobre outra.
Eles estavam indo para o monte das Oliveiras e Jesus se achava assentado ali quando, curiosos, os seus discípulos lhe perguntaram duas coisas, como já dissemos:
(1)     Quando sucederiam essas coisas.
(2)     Que sinal haveria de sua vinda e da consumação do século.
Os discípulos estavam certos ao entenderem de que a destruição de Jerusalém e a vinda de Jesus em julgamento estão intimamente ligadas, mas assumiram incorretamente que os dois acontecimentos ocorreriam ao mesmo tempo. Não deveríamos supor que todos os acontecimentos nesse sermão sejam cronologicamente simultâneos ou necessariamente sequenciais.
A primeira advertência de Jesus sobre o assunto foi para que eles estivessem atentos, pois poderiam ser enganados por causa de que muitos iriam vir em seu nome, dizendo ser o Cristo e eles enganariam a muitos.
Conforme a BEG, guerras, terremotos, perseguições e falsos mestres são todos "princípios das dores" messiânicos (vs. 8) ou sinais da volta de Jesus, mas eles são somente indicações de que Jesus está vindo em julgamento, não indicações de quando ele vem.
Observe que essas coisas devem acontecer, mas que "ainda não é o fim” (vs. 6) e que essas coisas são o "princípio das dores" (vs. 8). Esses sinais caracterizam todo o período entre a ressurreição de Jesus e a sua vinda em julgamento.
A BEG afirma que saber quando o seu Senhor retornaria faria com que os discípulos ficassem preguiçosos e se tomassem negligentes quanto a vigiar. O único “quando” que Jesus dá é orientado em relação à tarefa deles: depois que o evangelho tiver sido pregado a todo o mundo.
O trecho dos versos de 15 ao 21, embora alguns intérpretes considerem essa passagem, juntamente com o restante do sermão, como se referindo exclusivamente à Segunda vinda em julgamento, alguns elementos contêm referências indiscutíveis com relação à destruição de Jerusalém em 70 d.C.
Que isso está em pauta é claro a partir do relato paralelo em Lc 21.20.24. Essa seção lida com a primeira pergunta feita pelos discípulos (vs. 3).
A destruição de Jerusalém, entretanto, foi uma amostra típica do julgamento final e, então, serve como um sinal da ira vindoura. Isso permanece como uma declaração única da aniquilação dos tempos antigos e é também um específico e unicamente importante "princípio das dores" (vs. 8).
Quanto ao abominável da desolação, literalmente, "a abominação da desolação". A expressão poderia ser interpretada como a abominação que resulta da desolação.
Se for assim, ela talvez pudesse ser lida sob a luz de 23.38. O abominável cerco de Jerusalém que resultou no fato de essa cidade ter sido deixada desolada aconteceu por causa da recusa obstinada e sem arrependimento das pessoas de se submeterem a Deus (cf. Jr 12.7; 22.5).
Essa interpretação concorda de modo apropriado com Lucas que substitui "o abominável da desolação" pela advertência "Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos" (Lc 21.20). Também corresponderia a Dn 8.13, em que a rebelião do povo de Deus resultou na desolação do templo.
Por outro lado, embora o "lugar santo" aqui possa significar a cidade, seria mais natural que significasse a área do templo, e pelo tempo que os romanos permaneceram no templo, já era tarde demais para fugir.
Então, a maioria entende "abominável" como se referindo a algum catalisador que ocasionou o derramamento do julgamento temporal de Deus sobre Jerusalém, não o julgamento em si.
Talvez a apropriação (e também profanação) dos arredores do templo pelos zelotes durante a guerra seja a abominação em vista.
O termo aponta para a expressão "abominação desoladora" em Dn 11.31 (e termos semelhantes em Dn 8.13; 9.27; 12.11). Dn 9.27 acontece no clímax da visão das setenta semanas; essa interpretação é controversa.
Dn 11.31 faz referência à abominação pelo anticristo arquetípico, geralmente considerado como tendo sido Antíoco Epífanes, que profanou o templo ao oferecer sacrifícios a Zeus no seu interior em 168 a.C.
Dn 12.11 pode se referir à destruição de Jerusalém, aos atos cruéis do último anticristo ou talvez a ambos.
Provavelmente esse trecho assinalado de “quem lê entenda” é um comentário feito não por Mateus, mas por Jesus. Qualquer que seja o caso, o significado não é "que o leitor deste evangelho entenda”, mas "que o leitor de Daniel entenda sobre o que o profeta estava, em última análise, falando".
O fato era que quando vissem isso deveriam fugir, sair de perto daquilo, fugir para os montes. De acordo com o historiador da igreja primitiva Eusébio, os cristãos fugiram de Jerusalém durante a guerra dos judeus "em obediência a uma profecia" (História Eclesiástica 3.5).
Aqui fica a ideia de uma perseguição cruel, rápida e precisa, por isso que Jesus fala do abreviamento desses dias, caso contrário, ninguém conseguiria escapar. Embora isso seja normalmente tomado juntamente com os vs. 15.21, é também possível que seja entendido como revertendo ao "princípio das dores" geral dos vs. 4-14.
Embora o engano dos próprios eleitos seja intenção dos falsos mestres, trata-se apenas da intenção deles e não uma possibilidade real. Entretanto, a advertência é ainda real porque as pessoas podem pensar que são eleitas sem que realmente o sejam.  
Se não fosse pelos eleitos, aqueles dias não seriam abreviados, mas mesmo os eleitos estavam em perigo por causa dos falsos mestres e dos próprios enganadores.
Não era para acreditar quando dissessem que o Cristo retornou, pois sua volta seria tão notória como um relâmpago e onde houvesse um cadáver, ali se ajuntariam os abutres.
A vinda de Cristo será evidente, sem ambiguidade e clara para todos. Se, portanto, restaram dúvidas, não creia nela.
Onde estiver o cadáver do vs. 28, compare com Jó 39.30. Assim como o cadáver inevitavelmente resulta no ajuntamento de pássaros, do mesmo modo a impiedade das pessoas certamente resultará no julgamento delas. Ou talvez o provérbio simplesmente signifique que o sinal de sua vinda será tão claro como o fato de que há carne putrefata no local em que urubus se ajuntam. Compare o paralelo em Lc 17.37.  
Conforme a BEG, alguns entenderam que esses versículos – vs. 29 a 31 - representam a derrota dos seguidores de Satanás, a vingança do Filho do Homem e a expansão do evangelho a todo o mundo, o que ocorreu simbolicamente na destruição de Jerusalém.
Mas a linguagem do vs. 31 é paralela a outras passagens (13.41; 16,27; 25.31: 1Co 15.52; 1Tm 4.14-17). Portanto, é difícil não interpretar essa passagem como uma referência à vinda final de Jesus em julgamento.
A vinda do Senhor Jesus Cristo, conforme anunciado por ele mesmo, em detalhes aqui e em outros trechos dos evangelhos e em toda a Bíblia confirmando sua volta, é mais do que certíssima, mas não sabemos, ou melhor, temos problemas com alguns textos, pois cada interpretação tem suas dificuldades, no entanto, é melhor focalizarmos na mensagem principal de Jesus nesse capítulo: esteja sempre alerta contra Satanás que tentará enganá-lo e pronto para o julgamento.
A sua volta, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem – vs. 30. É a bandeira do exército de Cristo vindo para conquistar e julgar. O lamento das tribos da terra é uma alusão a Zc 12.10-12, e a vinda nas nuvens se refere à admissão da soberania de Cristo profetizado em Dn 7.13-14.  
Em seguida, a fim de deixar seus discípulos mais preparados ele lhes fala de uma nova parábola, da figueira. Nisso ele afirma que não passaria essa geração sem que tudo isso ocorresse. A BEG diz se referindo a “esta geração” – vs. 34 – que geralmente isso é entendido como significando “esta raça" ou "este tipo de pessoas" (p. ex., pessoas cruéis e adúlteras; cf 12.39), mas, de modo mais natural, a expressão significa as pessoas que estavam vivas quando Jesus disse isso.
E o “tudo isto” – vs. 34 - refere-se a "todas estas coisas" do v 33, que devem ser distinguidas da consumação propriamente dita. Elas são o princípio das dores e os sinas que levam e apontam para o retomo final de Cristo, incluindo a grande tribulação, o domínio e a queda de Jerusalém. Todos as elementos dessa profecia, salvo somente a consumação propriamente dita, ocorreram de alguma maneira antes da morte dos discípulos – (veja a nota sobre Lc 21.32).
Conforme a BEG, todas as tentativas de prever o tempo do retorno de Cristo são aqui condenadas. Se fosse possível deduzir o tempo a partir das Escrituras, não era Jesus um bom estudioso delas para apurar isso?
Como Jesus era totalmente humano assim como inteiramente divino, sem nenhuma mistura entre as duas naturezas, não é de admirar que a sua mente humana tenha permanecido ignorante a respeito de algumas questões.
Esse versículo é difícil para aqueles que negavam que Jesus considerava-se como o "Filho", uma vez que é extremamente improvável de que a igreja primitiva tivesse inventado um dito que parecesse limitar o conhecimento de Jesus.
Como começou, ele termina dando seu alerta máximo de vigilância extrema. Esse é o resumo dos versos de 42 a 51 vigiai e orai. Mordomia ativa, não uma espera preguiçosa.
Mt 24:1 Tendo Jesus saído do templo,
ia-se retirando,
quando se aproximaram dele os seus discípulos
para lhe mostrar as construções do templo.
Mt 24:2 Ele, porém, lhes disse:
Não vedes tudo isto?
Em verdade vos digo
que não ficará aqui pedra sobre pedra
que não seja derribada.
Mt 24:3 No monte das Oliveiras,
achava-se Jesus assentado,
quando se aproximaram dele os discípulos,
em particular,
e lhe pediram:
Dize-nos
quando sucederão estas coisas
e que sinal haverá
da tua vinda
e da consumação do século.
Mt 24:4 E ele lhes respondeu:
Vede que ninguém vos engane.
Mt 24:5 Porque virão muitos em meu nome, dizendo:
Eu sou o Cristo,
e enganarão a muitos.
Mt 24:6 E, certamente,
ouvireis falar de guerras e rumores de guerras;
vede, não vos assusteis,
porque é necessário assim acontecer,
mas ainda não é o fim.
Mt 24:7 Porquanto se levantará
nação contra nação,
reino contra reino,
e haverá fomes e terremotos em vários lugares;
Mt 24:8 porém tudo isto
é o princípio das dores.
Mt 24:9 Então,
sereis atribulados,
e vos matarão.
Sereis odiados de todas as nações,
por causa do meu nome.
Mt 24:10 Nesse tempo, muitos
hão de se escandalizar,
trair
e odiar uns aos outros;
Mt 24:11 levantar-se-ão muitos falsos profetas
e enganarão a muitos.
Mt 24:12 E, por se multiplicar a iniqüidade,
o amor se esfriará de quase todos.
Mt 24:13 Aquele, porém,
que perseverar até o fim,
esse será salvo.
Mt 24:14 E será pregado
este evangelho do reino
por todo o mundo,
para testemunho
a todas as nações.
Então,
virá o fim.
Mt 24:15 Quando, pois, virdes
o abominável da desolação
de que falou o profeta Daniel,
no lugar santo (quem lê entenda),
Mt 24:16 então,
os que estiverem na Judéia
fujam para os montes;
Mt 24:17 quem estiver sobre o eirado
não desça a tirar de casa alguma coisa;
Mt 24:18 e quem estiver no campo
não volte atrás para buscar a sua capa.
Mt 24:19 Ai
das que estiverem grávidas
e das que amamentarem naqueles dias!
Mt 24:20 Orai
para que a vossa fuga
não se dê no inverno,
nem no sábado;
Mt 24:21 porque nesse tempo
haverá grande tribulação,
como desde o princípio do mundo
até agora não tem havido
e nem haverá jamais.
Mt 24:22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados,
ninguém seria salvo;
mas, por causa dos escolhidos,
tais dias serão abreviados.
Mt 24:23 Então, se alguém vos disser:
Eis aqui o Cristo!
Ou:
Ei-lo ali!
Não acrediteis;
Mt 24:24 porque surgirão
falsos cristos
e falsos profetas
operando grandes sinais
e prodígios para enganar,
se possível,
os próprios eleitos.
Mt 24:25 Vede
que vo-lo tenho predito.
Mt 24:26 Portanto, se vos disserem:
Eis que ele está no deserto!,
não saiais.
Ou:
Ei-lo no interior da casa!,
não acrediteis.
Mt 24:27 Porque,
assim como o relâmpago sai do oriente
e se mostra até no ocidente,
assim há de ser
a vinda do Filho do Homem.
Mt 24:28 Onde estiver o cadáver,
aí se ajuntarão os abutres.
Mt 24:29 Logo em seguida à tribulação daqueles dias,
o sol escurecerá,
a lua não dará a sua claridade,
as estrelas cairão do firmamento,
e os poderes dos céus serão abalados.
Mt 24:30 Então, aparecerá no céu
o sinal do Filho do Homem;
todos os povos da terra se lamentarão
e verão o Filho do Homem
vindo sobre as nuvens do céu,
com poder
e muita glória.
Mt 24:31 E ele enviará os seus anjos,
com grande clangor de trombeta, os quais reunirão
os seus escolhidos, dos quatro ventos,
de uma a outra extremidade dos céus.
Mt 24:32 Aprendei, pois, a parábola da figueira:
quando já os seus ramos
se renovam
e as folhas brotam,
sabeis que está próximo o verão.
Mt 24:33 Assim também vós:
quando virdes todas estas coisas,
sabei que está próximo, às portas.
Mt 24:34 Em verdade vos digo
que não passará esta geração
sem que tudo isto aconteça.
Mt 24:35 Passará
o céu e a terra,
porém as minhas palavras
não passarão.
Mt 24:36 Mas a respeito
daquele dia e hora ninguém sabe,
nem os anjos dos céus,
nem o Filho,
senão o Pai.
Mt 24:37 Pois assim
como foi nos dias de Noé,
também será a vinda do Filho do Homem.
Mt 24:38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio
comiam e bebiam,
casavam e davam-se em casamento,
até ao dia em que Noé entrou na arca,
Mt 24:39 e não o perceberam,
senão quando veio o dilúvio
e os levou a todos,
assim será também
a vinda do Filho do Homem.
Mt 24:40 Então,
dois estarão no campo,
um será tomado,
e deixado o outro;
Mt 24:41 duas estarão trabalhando num moinho,
uma será tomada,
e deixada a outra.
Mt 24:42 Portanto,
vigiai,
porque não sabeis
em que dia vem o vosso Senhor.
Mt 24:43 Mas considerai isto:
se o pai de família soubesse
a que hora viria o ladrão,
vigiaria e não deixaria
que fosse arrombada a sua casa.
Mt 24:44 Por isso,
ficai também vós apercebidos;
porque, à hora em que não cuidais,
o Filho do Homem virá.
Mt 24:45 Quem é, pois,
o servo fiel e prudente,
a quem o senhor confiou os seus conservos
para dar-lhes o sustento a seu tempo?
Mt 24:46 Bem-aventurado
aquele servo a quem seu senhor,
quando vier,
achar fazendo assim.
Mt 24:47 Em verdade vos digo
que lhe confiará todos os seus bens.
Mt 24:48 Mas, se aquele servo,
sendo mau, disser consigo mesmo:
Meu senhor demora-se,
Mt 24:49 e passar
a espancar os seus companheiros
e a comer e beber com ébrios,
Mt 24:50 virá o senhor daquele servo
em dia em que não o espera
e em hora que não sabe
Mt 24:51 e castigá-lo-á,
lançando-lhe a sorte com os hipócritas;
ali haverá
choro
e ranger de dentes.
A hora em que não cuidarmos, virá o Filho do Homem! Por isso que ele nos manda estarmos apercebidos. Ora se estivermos apercebidos e atentos, não seremos surpreendidos porque entenderemos os sinais da sua vinda como podemos entender e esperar a tempestade que está vindo.
É comparado a servo mau aquele que negligencia as palavras do Senhor e a desprezam.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete 
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