INSCREVA-SE!

terça-feira, 23 de junho de 2015

A vida é feita de escolhas

Então, que tal escolher o melhor?



39Vós examinais criteriosamente as Escrituras,porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testemunham acerca de mim. 40Todavia, vós não quereis vir a mim para terdes a vida. (João 5:39-40).

Veja que o texto diz aos que examinavam criteriosamente as Escrituras julgando nelas ter a vida eterna: VÓS NÃO QUEREIS VIR A MIM...

Isso mesmo, eles não queriam vir a ele, mas e você? Que tal você vir até o seu Criador que criou coisas tão belas para você?

O dia de hoje, por exemplo, não é mais um dia para você, mas é o dia! Sim, o dia, especialmente feito para você! Veja a natureza que ele criou e como são belas as flores, os insetos e tudo mais. 

A vida é feita de escolhas e em todo tempo estamos escolhendo algo. Será que você está fazendo boas escolhas? Murmurar, reclamar, xingar, odiar, invejar são péssimas escolhas. Também a tristexa, a depressão, o medo. Que tal a fé, o amor, a coragem e a vontade de seguir ao Senhor?

Escolha andar com Jesus! 
 36Portanto dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele seja a glória perpetuamente! Amém. (Rm 11:36).

Amós 8 1:14 - A FOME E A SEDE PELA PALAVRA DE DEUS

Como já dissemos, o livro de Amós é um livro que revela a severidade do julgamento divino por causa da infidelidade pactual em Israel e em Judá e declara a esperança de grande restauração depois da destruição e do exílio que estava se aproximando.
Agora, estaremos vendo o capítulo 8, da seção “B”, da parte IV. VISÕES CONTRA ISRAEL (7.1 - 9.10).
B. Julgamentos não abrandados (7.7 - 9.10) - continuação.
Já dissemos que até 7.6, Deus havia se arrependido do mal que iria fazer, mas depois a história seria diferente.
Assim, tínhamos dividido essa seção “B” seis etapas: 1. A visão do prumo (7.7-9) – já vimos; 2. Elaboração (7.10-17) – já vimos; 3. A visão do cesto de frutos (8.1-3) – veremos agora; 4. Elaboração (8.4-14) – veremos agora; 5. A visão do altar (9.1-4); e, 6. Elaboração (9.5-10).
3. A visão do cesto de frutos (8.1-3).
Amós teve uma visão de um cesto de frutos de verão - 2Sm 16.1-2, o qual ilustrava a condição de Israel.
O Senhor mostra a Amós e com ele interage perguntando o que tinha visto para em seguida dar o seu recado profético. Amós dizia que tinha visto um cesto de frutos.
Conforme a BEG, em hebraico “cesta de frutos” significa "frutos de verão... o fim havia chegado". As palavras hebraicas para "frutos de verão" e "fim" são semelhantes e são colocadas juntas num jogo de palavras. A visão dos frutos de verão indicava que o fim se aproximava rapidamente para Israel.
O fim chegava rápido e o Senhor não mais o pouparia – vs. 2.
Assim, naquele dia, isto é, o dia do Senhor (2.16; 5.18) declara o Senhor, o Soberano Senhor que as canções no templo se tornariam lamentos, por causa da multidão de corpos atirados por todos os lados.
Os cânticos do templo, cujo estrondo Deus não mais podia tolerar (5.23), dariam lugar a uivos de privação quando o Senhor viesse em julgamento.
Uma abundância de cadáveres era típica nas cidades derrotadas do antigo Oriente Próximo, especialmente naquelas conquistadas pelos assírios (cf. Na 3.19).
4. Elaboração (8.4-14).
Até o verso 14, veremos que o profeta desenvolveu a visão do cesto de frutos por meio de oráculos que revelavam as acusações que Deus fazia:
·         De injustiça social.
·         De desonestidade comercial.
·         De indiferença quanto aos dias sagrados.
A palavra inicial é destinada aos que pisavam os pobres e arruinavam os necessitados da terra. Eles pisavam os necessitados, e destruíam os miseráveis da terra com suas atitudes egoístas, gananciosas e enganosas.
O ponto aqui não era que os ricos deliberadamente tinham gana contra os necessitados, mas sim que a opressão privava os necessitados de tal modo que eles sequer tinham recursos para as necessidades mais básicas da vida e, portanto, pereciam.
A Lua Nova (festa) era celebrada toda quarta semana com várias oferendas (Nm 28.11-15). Por costume, se não explícito pela lei, nesse período as compras e vendas eram suspensas. O que eles desejavam era que esse período passasse para poderem ganhar alguma coisa.
O sábado, o qual era observado todas as semanas, era baseado nos atos da criação (Êx 20.8-11) e redenção (ou seja, nova criação; Dt 5.12-15) de Deus. O trabalho de qualquer espécie era proibido. Isso também os incomodava, pois que não poderiam ganhar o dinheiro sujo deles.
Além de nada respeitarem, nem observarem em temor a Deus e respeito ao povo de Deus, ainda se valiam de balanças enganosas e pesos injustos, além de muitas outras trapaças. Tais práticas de trapaça eram contra a lei do Senhor (cf. Lv 19.36; Dt 25.14) e resultariam em julgamento.
O objetivo deles era comprarem pobres por dinheiro e os necessitados por um par de sandálias, pois que estariam tão arruinados (isso repete 2.6).
Até mesmo o refugo do trigo era vendido – vs. 6. Os proprietários rurais vendiam até mesmo os resíduos que caiam no chão após o trigo ter sido trilhado. Eles os misturavam com o trigo, desse modo enganando o comprador.
Assim, jurou o Senhor pela glória de Jacó - a expressão pode se referir ao Senhor ou à terra de Israel, que é chamada em outro lugar de "nossa herança, a glória de Jacó" (SI 47.4) – que nunca haveria de se esquecer de nenhuma de suas obras. Ou seja, o juízo estava decretado e era certo.
A terra haveria de estremecer e todos os que nela habitam, haveriam de gemer. Toda ela se levantaria como o Nilo e seria agitada e diminuída – vs. 8.
Todos os anos o Nilo subia e inundava as suas margens, alagando os campos e deixando ricos depósitos aluviais. A imagem é usada aqui para descrever a inundação do julgamento que estava por vir, a saber, os assírios (cf. Is 8.7-8), que trariam grande convulsão social e política.
O Senhor, então, naquele dia, faria o sol se pôr ao meio-dia e em plena luz do dia, escureceria a terra. O sol era adorado em Judá (cf. 2Rs 23.5,11) e provavelmente em Israel também, uma vez que Israel estava envolvida com a adoração dos astros (cf. 5.26), embora essa prática fosse proibida pela aliança (Dt 4.19).
Conforme a BEG, a adoração das estrelas e do sol eram práticas universais no antigo Oriente Próximo. Aqui a afirmação de que o Senhor faria o sol se pôr confirma que ele é Deus e o sol é apenas uma das suas criações.
O escurecimento da terra pode ser traduzido mais especificamente como o escurecimento do reino, uma vez que o reino de Israel seria punido. A fraseologia recorda diretamente a praga de escuridão que o Senhor mandou sobre a terra do Egito (cf. Êx 10.21-22; SI 105.28).
Aqui o Senhor estava prestes a julgar Israel com um veredicto similar - para outras menções sobre escuridão em dia claro no dia do julgamento a BEG recomenda ver Jó 5.14; Is 58.10; Jr 15.9.
Assim, esse dia seria um dia triste, de grande luto, de sofrimento e de dores, de forma que todos vestiriam roupas de luto e raspassem a cabeça.
Esse era o material rústico – o pano de saco - do qual os sacos eram feitos, era áspero contra a pele e normalmente não era para ser vestido, mas era usado pelas pessoas que estavam de luto para indicar que os prazeres da vida não mais importavam (cf. Gn 37.34; 2Sm 3.31) por causa do grande sofrimento e das tragédias que tinham por que passar.
Outro sinal de luto – a calva sobre toda cabeça -  era proibido na aliança (Dt 14.1); talvez porque fosse visto como uma deformação do corpo que degradava a imagem de Deus e porque era praticada pelos pagãos (cf. Is 15.2-3; Ez 27.30-31).
O Senhor faria que aquele dia fosse um dia de luto por um filho único, e o fim dele, como um dia de amargura – vs. 10 – como consequência final do pecado (cf. 2Sm 2.26; Pv 5.4).
Também o Senhor faria que houvesse fome na terra, não a fome comum, mas a fome pela ausência da palavra do Senhor, ou seja, fome e sede de ouvir as palavras do Senhor.
Essa maldição tem origem na aliança (Dt 4.28-29; 32.20; cf. Os 3.4). No período dos juízes, quando o pecado abundava (Jz 21.25), "a palavra do SENHOR era mui rara" (1Sm 3.1). Compare com Lc 17.22 (Depois disse aos seus discípulos: "Chegará o tempo em que vocês desejarão ver um dos dias do Filho do homem, mas não verão).
»AMÓS [8]
1 O Senhor Deus assim me fez ver:
e eis aqui um cesto de frutos do verão.
Am 8:2 E disse:
Que vês, Amós?
Eu respondi: um cesto de frutos do verão.
Então o Senhor me disse:
Chegou o fim sobre o meu povo Israel;
nunca mais passarei por ele.
Am 8:3 Mas os cânticos do templo serão gritos de dor naquele dia,
diz o Senhor Deus;
muitos serão os cadáveres;
em todos os lugares serão lançados fora em silêncio.
Am 8:4 Ouvi isto,
vós que pisais os necessitados,
e destruís os miseráveis da terra,
Am 8:5 dizendo:
Quando passará a lua nova, para vendermos o grão?
e o sábado, para expormos o trigo,
diminuindo a medida,
e aumentando o preço,
e procedendo dolosamente
com balanças enganadoras,
Am 8:6 para comprarmos os pobres por dinheiro,
e os necessitados por um par de sapatos,
e para vendermos o refugo do trigo?
Am 8:7 Jurou o Senhor pela glória de Jacó:
Certamente nunca me esquecerei de nenhuma das suas obras.
Am 8:8 Por causa disso não estremecerá a terra?
e não chorará todo aquele que nela habita?
Certamente se levantará ela toda como o Nilo,
e será agitada, e diminuirá como o Nilo do Egito.
Am 8:9 E sucederá, naquele dia, diz o Senhor Deus,
que farei que o sol se ponha ao meio dia,
e em pleno dia cobrirei a terra de trevas.
Am 8:10 E tornarei as vossas festas em luto,
e todos os vossos cânticos em lamentações;
porei saco sobre todos os lombos,
e calva sobre toda cabeça;
e farei que isso seja como o luto por um filho único,
e o seu fim como dia de amarguras.
Am 8:11 Eis que vêm os dias, diz o Senhor Deus,
em que enviarei fome sobre a terra;
não fome de pão, nem sede de água,
mas de ouvir as palavras do Senhor.
Am 8:12 Andarão errantes de mar a mar,
e do norte até o oriente; correrão por toda parte,
buscando a palavra do Senhor,
e não a acharão.
Am 8:13 Naquele dia as virgens formosas
e os mancebos desmaiarão de sede.
Am 8:14 Os que juram pelo pecado de Samária, dizendo:
Pela vida do teu deus, ó Dã;
e: Pelo caminho de Berseba; esses mesmos cairão,
e não se levantarão mais.
A busca pela palavra do Senhor naqueles dias seria intensa e de uma extremidade à outra, mas nada encontrariam.
Mesmo os jovens e vigorosos estariam no fim de suas forças (cf. Is 51.20) e desmaiariam de sede - isso inclui a sede física (cf. 4.7-8) e também a espiritual (8.11) – sem nada encontrarem.
No fim, cairiam todos os que juram:
·         Pelo pecado de Samaria.
·         Pela vida do teu deus, ó Dã.
·         Pelo caminho de Berseba.
No antigo Oriente Próximo, jurar por um deus significava tomar esse deus como seu. Os idólatras juravam pelo que não era deus (Jr 5.7), mas demônio (Dt 32.17). Os israelitas, no entanto, eram ordenados a jurar pelo Senhor (Dt 6.13; 10.20).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
 http://www.jamaisdesista.com.br
...


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Amós 7 1-14 - AS VISÕES DE AMÓS.

Como já dissemos, o livro de Amós é um livro que revela a severidade do julgamento divino por causa da infidelidade pactual em Israel e em Judá e declara a esperança de grande restauração depois da destruição e do exílio que estava se aproximando. Agora, estaremos vendo o capítulo 7.
IV. VISÕES CONTRA ISRAEL (7.1 - 9.10).
Nessa quarta parte, veremos que Amós relatará visões que indicarão que o julgamento de Deus contra Israel era justo, porém severo. Essas visões estão em dois grupos principais: julgamentos dos quais Deus se arrependeu (7.1 - 6) e julgamentos dos quais ele não se arrependeu (7.7 - 9.10).
Nossa proposta de divisão, então ficará desta forma: A. Julgamentos abrandados (7 1-6) - veremos agora - e B. Julgamentos não abrandados (7. 7 9.10) – começaremos a ver agora.
A. Julgamentos abrandados (7 1-6).
Amós viu Deus preparando duas maldições para o seu povo – os gafanhotos e o fogo -, e o profeta intercedeu por eles por medo de que as maldições destruíssem todos em Israel.
1. A visão dos gafanhotos (7.1-3).
Amós visualizou Deus preparando uma praga de gafanhotos para amaldiçoar Israel. O profeta intercedeu e Deus se arrependeu.
A palavra hebraica relacionada a “gafanhotos”, que aparece somente aqui e em Na 3.17, indica uma horda de gafanhotos que haviam acabado de nascer.
Essa horda de gafanhotos surgia no princípio do rebento da erva serôdia, literalmente, "a colheita posterior", ou seja, a erva que começa a crescer depois das chuvas "atrasadas" da primavera de março e abril (4.7-8). E elas surgiam depois de findas as ceifas do rei, ou seja, a ceifa que ocorre antes que o povo faça a colheita.
Esses gafanhotos comeram completamente de toda a erva da terra. A palavra para "erva" aqui é a mesma utilizada em Gn 1.11; consequentemente a referência é a toda erva, não apenas às plantações.
Em hebraico a frase toda reflete Êx 10.12,15 quase palavra por palavra ("devoraram toda a erva da terra"). A repetição deliberada indica que, ironicamente, o Senhor puniria Israel assim como havia punido o Egito antes do êxodo.
O profeta, então, angustiado com o resultado dessa destruição, clamou ao Senhor Deus, rogando que houvesse perdão, pois como subsistiria Jacó, sendo ele pequeno?
A preocupação de Amós era que ninguém em Israel sobrevivesse. Isso violaria a promessa de Deus de sempre manter algum remanescente para construir gerações futuras (cf. Is 10.22; JI 2.32; Mq 2.12; 4.7; 5.7-8, 7.18; Sf 2.7; 3.13; Ag 1.12,14, Zc 8.6).
No verso 3, atendendo a intercessão de Amós, o Senhor se arrependeu do mal que iria dar ocasião em juízo ao seu povo. Movido pela intercessão, o Senhor estava disposto a redirecionar a História ou "se arrepender" das punições pretendidas (cf. Êx 32.12,14; Jr 18.8; JI 2.13; Jn 3.10).
Aqui, como em outro lugar, a perspectiva é da interação de Deus com as criaturas, não de seus decretos imutáveis e eternos.
2. A visão do fogo (7.4-6).
Outra visão semelhante à primeira teve Amós, dessa vez a visão do fogo. Amós viu Deus chamando o fogo. Ele intercedeu novamente e Deus, também novamente, se arrependeu.
O fogo que Deus clamava era tão terrível que consumiu o grande abismo e parte da terra. O "grande abismo" pode se referir ao mar Mediterrâneo, embora a mesma frase seja usada para o oceano (Gn 7.11) e para o mar Vermelho durante a passagem de Israel (Is 51.10).
A perspectiva de um julgamento por fogo que devoraria o mar e a terra reflete a advertência do julgamento da aliança em Dt 32.22 – “Porque um fogo se acendeu na minha ira, e arderá até ao mais profundo do inferno, e consumirá a terra com a sua colheita, e abrasará os fundamentos dos montes.”.
Amós intercede e Deus o atende novamente, dizendo Deus a Amós que isso não aconteceria.
B. Julgamentos não abrandados (7.7 - 9.10).
Até aqui, Deus havia se arrependido do mal (quando eu falo Deus fazendo o mal não significa executando algo moralmente errado ou maligno em essência, mas, sim, seu juízo que é justo, verdadeiro e não contradiz sua natureza de amor) que iria fazer, mas doravante a história seria diferente.
Em relação aos julgamentos não abrandados – 7.7 a 9.10 - Amós relatou três visões da ira de Deus que estava por vir que não o motivaram a interceder para que Deus se arrependesse. As visões do prumo (7.7-9), do cesto de frutos (8.1-3) e do altar (9.1-4) são seguidas por elaborações (7.10-17; 8.4-14; 9.5-10).
Elas geraram as seguintes divisões que estaremos seguindo, conforme a BEG: 1. A visão do prumo (7.7-9) – veremos agora; 2. Elaboração (7.10-17) – veremos agora; 3. A visão do cesto de frutos (8.1-3); 4. Elaboração (8.4-14); 5. A visão do altar (9.1-4); e, 6. Elaboração (9.5-10).
1. A visão do prumo (7.7-9).
Era sempre em visão que Deus mostrava a Amós o que iria fazer e ele mostrou-lhe agora a visão do prumo.
Amós teve uma visão de Deus medindo Israel com um prumo; com ele, media a inclinação de cada muro, para ver se eles deveriam ser derrubados ou deixados de pé.
Conforme a BEG, o muro que havia sido originalmente levantado a prumo era Israel, em sua antiga e relativa inocência e tinha um prumo na mão.
Muitos interpretam essa frase como referência à palavra da aliança de Deus (lei) como o seu modo de julgar se Israel era ou não "levantada a prumo".
No antigo Oriente Próximo, era necessário avaliar regularmente se os muros eram levantados a prumo. Aqueles que não eram, tinham que ser derrubados e reconstruídos, mas aqueles que se sustentavam adequadamente eram mantidos.
Depois dessa visão de julgamento, Amós não intercedeu, pois a salvação de um remanescente era certa (cf. vs. 2,5).
Deus pergunta para Amós o que ele tinha visto e ele disse que via um prumo. Deus então disse que poria o prumo no meio do povo e nunca mais passaria por ele. A expressão completa é "passar sobre a transgressão [de alguém]” (veja Mq 7.18; cf. Pv 19.11).
No entanto, continua Deus dizendo, que os altos de Isaque e os santuários de Israel seriam assolados e destruídos. Os altos eram montes naturais ou feitos pelo homem, locais de adoração idólatra (cf. Dt 12.2; 2Rs 17.10-12). Os santuários podem ter sido pretendidos para adoração idólatra ou, mais provavelmente, para adoração do Senhor misturado com práticas de adoração de outros deuses (Mq 1.3-5).
Além disso, que levantaria com a espada contra a casa de Jeroboão. A família de Jeroboão (6.11; cf. Is 31.2). Isso deixa aberta a perspectiva de que, embora Jeroboão não fosse morrer pela espada, a sua família seria afetada.
Jeroboão aparentemente morreu de morte natural (2Rs 14.29), mas o seu filho Zacarias, no entanto, foi assassinado (2Rs 15.10).
2. Elaboração (7.10-17).
Do versículo 10 ao 17, estaremos vendo essa seção chamada de elaboração, onde Amós será acusado de conspirador pelo sacerdote Amazias, de Betel.
Essa seção, autobiográfica, relata como o sacerdote Amazias reagiu à visão de Amós da destruição dos altos de Israel e da casa do seu protetor Jeroboão. Ela também mostra como Amós serviu fielmente a Deus apesar dessa oposição.
Amazias era o sacerdote de Betel, provavelmente o sumo sacerdote, e ele tinha uma acusação contra Amós de conspiração. Do mesmo modo, Jeremias foi injustamente acusado de ser um traidor, devido às suas profecias contra Judá (Jr 26.7-11; 37.11-13; 38.1-4).
Ele estava inquieto porque Amós tinha dito que Jeroboão morreria à espada. Uma alusão ao vs. 9, onde o Senhor declarou, "levantar-me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão".
Amazias citou Amós incorretamente, de modo a fazer Jeroboão se sentir mais pessoalmente ameaçado do que a profecia de Amós justificava.
Também lhe falou que Amós tinha dito que Israel seria levado em cativeiro. Essa é uma citação exata de 5.5, exceto que "Israel" é substituído por "Gilgal" (a qual representa todo o Israel na citação anterior).
No verso 12, o comer ali o seu pão e ali profetizar, possivelmente – conforme a BEG -, é uma hendíade (uma ideia expressa por duas palavras ou frases independentes ligadas por e). Aqui as duas frases se unem para significar "Ganhe o seu sustento profetizando ali [em Judá]".
Embora fosse adequado que um profeta fosse pago pelo seu trabalho (1Sm 9.7-8; cf., porém, Mq 3.5,11), Amazias acusou Amós de ser meramente um profeta de aluguel.
A ordem de Amazias aqui e no versículo seguinte é um exemplo do pecado anteriormente citado por Amós: "Mas vós... ordenastes, dizendo: Não profetizeis" (2.12).
Amazias estava como tentando despachar Amós dali para não ficar profetizando em Betel porque era o santuário do rei e a casa real.
Quando Jeroboão 1 estabeleceu a idolatria em Betel (3.14), os reis de Israel exerciam enorme influência sobre a adoração no Reino do Norte. Amazias estava preocupado com o santuário do seu rei terreno, e não com o santuário do grande Rei, o Senhor.
Ironicamente, Amazias era o oficial religioso que, sendo pago pelo seu trabalho, estava preocupado em proteger interesses terrenos - a mesma acusação que ele havia feito a Amós (vs. 12).
Uma futura geração de sacerdotes também entregaria Jesus, o maior de todos os profetas, à morte, com base numa preocupação errada de protegerem seus próprios reinos e templos (Jo 11.48).
Como nosso coração é enganoso e falho, por causa de nossa velha natureza adâmica morta – eu, particularmente alcunhei isso de VENAM. Os sacerdotes, aqueles que deveriam estar mais próximos a Deus e ao povo de Deus acabavam se pervertendo em seus zelos ao valorizarem mais as aparências e os objetos e ritos do que as pessoas de Deus e dos seus semelhantes.
Amós responde ao sacerdote dizendo que não era profeta, nem discípulo de profeta. Amós não era originalmente um profeta, nem era discípulo de profetas (1 Rs 20.35; 2Rs 7,15).
Ele não era um profeta profissional pago, ele era um boieiro (1.1), colhedor de sicômoros. Isso descreve alguém que cuida das frutas ao colhê-las de maneira apropriada para garantir maior doçura uma vez que a fruta amadureça.
O fato de Amós mencionar essas duas profissões, que são diferentes da do pastor em 1.1, demonstra que ele era possuidor de diversas habilidades.
Ele continua a explicar para Amazias dizendo que apesar de ser boieiro e colhedor de sicômoros, o SENHOR o tirou de após o gado para ir e profetizar ao povo de Israel. Amós rejeita de maneira direta a acusação de Amazias (7.12) e deixa claro que o Senhor soberanamente o chamou para profetizar.
Ele não havia ido ao Reino do Norte para ganhar dinheiro, nem desejava mal algum a Israel. Havia ido somente porque foi chamado.
Fraseologia idêntica é usada para relatar a escolha do Senhor de coroar Davi: "Tomei-te da malhada, de detrás das ovelhas, para que fosses príncipe sobre o meu povo, sobre Israel" (2Sm 7.8).
O uso das mesmas palavras implica que o Senhor tinha o direito soberano de escolher reis e profetas — e, implicitamente, que um profeta escolhido dessa maneira tinha todo o direito de profetizar no "santuário do rei" (v. 13).
»AMÓS [7]
Am 7:1 O Senhor Deus assim me fez ver:
e eis que ele formava gafanhotos no princípio do rebentar
da erva serôdia, e eis que era a erva serôdia
depois da segada do rei.
Am 7:2 E quando eles tinham comido completamente a erva da terra,
eu disse:
Senhor Deus, perdoa, peço-te; como subsistirá Jacó?
pois ele é pequeno.
Am 7:3 Então o Senhor se arrependeu disso.
Não acontecerá, disse o Senhor.
Am 7:4 Assim me mostrou o Senhor Deus:
eis que o Senhor Deus ordenava que por meio do fogo
se decidisse o pleito;
o fogo, pois, consumiu o grande abismo,
e também queria consumir a terra.
Am 7:5 Então eu disse:
Senhor Deus, cessa agora; como subsistirá Jacó?
pois ele é pequeno.
Am 7:6 Também disso se arrependeu o Senhor.
Nem isso acontecerá, disse o Senhor Deus.
Am 7:7 Mostrou-me também assim:
eis que o senhor estava junto a um muro levantado a prumo,
e tinha um prumo na mão.
Am 7:8 Perguntou-me o Senhor:
Que vês tu, Amós?
Respondi:
Um prumo.
Então disse o Senhor:
Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel;
nunca mais passarei por ele.
Am 7:9 Mas os altos de Isaque serão assolados,
e destruídos os santuários de Israel;
e levantar-me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão.
Am 7:10 Então Amazias, o sacerdote de Betel,
mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel:
Amós tem conspirado contra ti no meio da casa de Israel;
a terra não poderá suportar todas as suas palavras.
Am 7:11 Pois assim diz Amós:
Jeroboão morrerá à espada, e Israel certamente será levado
cativo para fora da sua terra.
Am 7:12 Depois Amazias disse a Amós:
Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá,
e ali come o pão, e ali profetiza;
Am 7:13 mas em Betel daqui por diante não profetizarás mais,
porque é o santuário do rei, e é templo do reino.
Am 7:14 E respondeu Amós, e disse a Amazias:
Eu não sou profeta, nem filho de profeta,
mas boieiro, e cultivador de sicômoros.
Am 7:15 Mas o Senhor me tirou de após o gado,
e o Senhor me disse:
Vai, profetiza ao meu povo Israel.
Am 7:16 Agora, pois, ouve a palavra do Senhor:
Tu dizes:
Não profetizes contra Israel,
nem fales contra a casa de Isaque.
Am 7:17 Portanto assim diz o Senhor:
Tua mulher se prostituirá na cidade,
e teus filhos e tuas filhas cairão à espada,
e a tua terra será repartida a cordel;
e tu morrerás numa terra imunda,
e Israel certamente será levado cativo
para fora da sua terra.
Depois dessa explicação a Amazias, Amós profetiza contra ele porque ele dizia – vs. 16 - “Não profetizarás.” (2.12; 7.12; 7.13) contra Israel, nem falará contra a casa de Isaque.
Amós, em nome do Senhor diz para ele– vs. 17:
·         Tua mulher se prostituirá na cidade. Ela desceria a esse nível de desespero para prover algum dinheiro uma vez que a riqueza do seu marido lhe seria tirada e seus filhos seriam mortos.
·         Teus filhos e tuas filhas cairão à espada. Compare com Ez 24.21. Os filhos e as filhas eram geralmente punidos juntamente com seus pais por transgressões da aliança (Dt 28.32,53; Jr 5.17); "cairão à espada" era uma punição pactual típica (Is 3.25; Jr 39.18).
·         Tua terra será repartida a cordel.
·         Tu morrerás na terra imunda. O exílio seria especialmente desagradável para Amazias, um sacerdote, pois numa terra pagã ele seria forçado a ações que o tornariam ritualmente imundo (cf. Lv 11).
Para outros julgamentos proféticos contra sacerdotes desobedientes, veja 1Sm 2.34 (filhos de Eli) e Jr 20.1-6 (Pasur).
·         Israel certamente será levado cativo para fora da sua terra. Amós citou, com terrível ironia, o resumo de Amazias de sua profecia (v. 11) de volta para ele.
Não era para ser assim com Amazias, mas seu coração enganoso o enganou e o matou.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...


domingo, 21 de junho de 2015

Amós 6 1-14 - ELES TRANSFORMAVAM O DIREITO EM VENENO E O FRUTO DA JUSTIÇA EM AMARGURA.

Como já dissemos, o livro de Amós é um livro que revela a severidade do julgamento divino por causa da infidelidade pactual em Israel e em Judá e declara a esperança de grande restauração depois da destruição e do exílio que estava se aproximando.
Estamos vendo agora a ver a parte III - ORÁCULOS CONTRA ISRAEL (3.1 6.14). Encontramos-nos na seção “B”, no capítulo 6.
B. A severidade do julgamento (5.1 6.7) - continuação.
Estamos vendo até ao verso 7, a severidade do julgamento. Num oráculo de lamentação (5.1-17) e em dois oráculos de angústia (5.18-27; 6.1-7), Amós expressou o quanto seriam terríveis os julgamentos que estavam por vir. Assim, também dividiremos essa seção “B”, em três partes: 1. Lamento pela virgem Israel (5.1-17) – já vimos; 2. Ai daqueles que desejam (5.18-27) – já vimos; e, 3. Ai dos complacentes (6.1-7) – veremos agora.
3. Ai dos complacentes (6.1-7).
Até o verso 7, estaremos vendo como é este ai dos complacentes. Em acréscimo ao "ai" pronunciado sobre aqueles que oravam e aguardavam pelo dia do Senhor, o profeta também declarou um "ai" sobre os habitantes complacentes da Samaria e de Sião, que se imaginavam salvos de qualquer mal. Era este o terceiro ai.
O ai era sobre aqueles que viviam sossegados em Sião e daqueles que estavam seguros no monte de Samaria. Eles se julgavam homens notáveis da primeira entre as nações (a frase também ocorre em Nm 24.20 - sobre Amaleque. Israel se tornou poderosa e próspera sob Jeroboão II e pode ter imaginado a si mesma como a primeira entre as nações), aos quais o povo de Israel recorria.
Como seus contemporâneos (veja, p. ex., Is 9.8-21; Os 6.11; Mq 1.3-5), Amós recebeu uma profecia que falava sobre ambos os reinos (cf. 2.4-5).
A palavra dizia para esses irem a Calné e olharem para ela. A identidade dessa cidade é incerta, mas pode ser a Calno que é mencionada em Is 10.9, a qual foi conquistada por Sargão II da Assíria em 710 a.C.
Depois deveriam prosseguir até a grande Hamate a qual era localizada ao norte de Dã no rio Orontes na Síria e teve o seu controle recuperado pelos israelitas por Jeroboão II (2Rs 14.23-28).
Em seguida até Gate. Uma das cinco maiores cidades da Filístia (1.8). Uzias a recuperou do controle sírio (2Rs 12.17; 2Cr 26.6).
Seriam esses territórios melhores ou maiores? Significa "sois melhores que estes reinos?" O paralelismo indica a resposta para ambas as perguntas. Os territórios dessas cidades não eram maiores do que Israel; então, a resposta para a segunda pergunta deve ser negativa.
A resposta implícita para a primeira pergunta retórica também deve ser negativa. Isso era trágico, pois com a revelação especial de Deus, Israel e Judá deveriam ser muitos melhores que esses outros reinos. Porém, se esses pagãos, não escapariam da conquista, Israel e Judá também não escapariam.
Israel havia entronizado a violência (p. ex., extorsão e abuso dos pobres) como estilo de vida, enquanto simultaneamente negava que o dia do mal, o dia do julgamento (cf. 5.13), estava por vir.
Em seguida, o profeta elenca uma série de características negativas deles pelos quais não haveriam de escapar e ainda serem os primeiros a irem ao cativeiro – vs. 4-6:
·         Deitavam-se em camas de marfim.
·         Espreguiçavam-se em seus sofás.
·         Comiam os melhores cordeiros e os novilhos mais gordos - esses bezerros eram mantidos no cevadouro onde eram engordados para ocasiões especiais. Esse era o alimento normal dos ricos da Samaria.
·         Dedilhavam em suas liras como Davi, ou cantavam à toa. O significado é incerto, mas (a julgar pelo cognato árabe – conforme a BEG) pode significar algo como "cantar canções fúteis". Essa comparação com Davi é intensamente irônica. As canções de Davi nunca foram fúteis, mas ele compôs muitos salmos para a glória do Senhor (cf. 2Sm 23.1).
·         Improvisavam instrumentos musicais.
·         Bebiam vinho em grandes taças (literalmente, "em bacias". A palavra hebraica faz referência a grandes bacias, como aquelas utilizadas para aspergir sangue sobre o altar - Lv 1.5,11. Elas eram aparentemente pesadas, feitas de metal valioso. Naassom ofereceu "uma bacia de prata, [do peso] de setenta siclos" - Nm 7.13 - para a consagração do altar do tabernáculo mosaico) e ungiam-se com os mais finos óleos, mas não se entristecem com a ruína de José.
A consequência disso é que iriam para o cativeiro e ainda na fileira da frente! Em hebraico, essa frase é um trocadilho com a expressão anterior "principal das nações" (6.1).
Os líderes da Samaria e de Jerusalém se imaginavam como os primeiros em importância, mas na verdade eles seriam os primeiros entres os prisioneiros.
C. A certeza do juramento divino (6.8-14).
Doravante, até o versículo 14, estaremos vendo a certeza do juramento divino.
Esse juramento é posicionado ao fim desses oráculos (3.1-6.14) porque ele representa a conclusão final do Senhor. Ele jurou que a cidade da Samaria seria destruída, fazendo com que esse resultado fosse inevitável. Os assírios realizaram isso em 722 a.C.
Diz a palavra que o Senhor soberano jurou por si mesmo. Para, essencialmente, a mesma frase, do juramento, veja 4.2; Gn 22.16; Êx 32.13; Is 45.23. Esse juramento declarava que a questão era irreversível (Hb 6.13-14), embora alguns detalhes (como? quando? quanto? precisamente para quem? etc.) pudessem variar.
Ele começa falando, em seu juramento, de sua ojeriza pela soberba de Jacó. Isso pode se referir ao orgulho dele, às coisas das quais ele tinha orgulho ou (mais provavelmente) a ambos. Também que ele odiava os seus palácios ou castelos. Logo, a cidade e tudo o que nela havia seria entregue aos invasores.
Ainda que se numa casa ficarem dez homens, também eles haveriam de morrer. O significado aqui não é claro. As possibilidades – conforme a BEG – são:
(1)   Apenas dez homens deixados numa casa grande e rica.
(2)   Apenas dez membros restantes de uma casa.
(3)   Apenas dez soldados (sendo as unidades de dez homens as menores do exército) deixados na única casa que restou.
Mais ainda que se um parente que tiver de queimar os corpos vier para tirá-los da casa e perguntar a alguém que ainda estiver escondido ali se haveria mais alguém com ele e a resposta fosse que não, ele diria “Calado! Não devemos sequer mencionar o nome do SENHOR”.
A BEG comentando este versículo nos diz que provavelmente a referência seja a uma mesma pessoa. Ele não veio para "queimar corpos", mas para fazer uma fogueira em honra dos mortos (cf. Jr 34.5).
Já o fato de não mencionar o nome do SENHOR, essa tradução dá a entender que seria perigoso mencionar o Senhor. Também pode ser traduzido "não invoques o nome do SENHOR" (veja Is 48.1).
Se essa ultima tradução está correta, significa que podemos invocar o nome do Senhor em circunstâncias normais, mas no dia do julgamento não devemos fazê-lo, pois o Deus da aliança viria para julgar o seu próprio povo. Particularmente, entendo que devamos invocar o Senhor em todo o tempo, quer seja estando em juízo ou não.
Salmos 145: 18 diz: “Perto está o SENHOR, de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.” Em Lamentações 3:55-57 lemos: “Invoquei o teu nome, SENHOR, desde a mais profunda masmorra (cova, situação de morte, perigo, tristeza etc...). Ouviste a minha voz; não escondas o teu ouvido ao meu suspiro, ao meu clamor. Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; e me disseste: Não temas.” e Salmos 116:3- 6 diz: “Os cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza. Então invoquei o nome do SENHOR, dizendo: Ó SENHOR, livra a minha alma. Piedoso é o SENHOR e justo; o nosso Deus tem misericórdia. O SENHOR guarda aos símplices; fui abatido, mas ele me livrou.”.
A ordem é do Senhor – vs. 11 – para ser destroçada, feita em pedaços, em ruínas, a casa grande e a pequena.
As referências não são à "casa de verão" e "casa de inverno" de 3.15, uma vez que ambas estas casas pertenciam aos ricos e imaginava-se que fossem "grandes". Na verdade, tanto as casas grandes dos ricos quanto as casas pequenas dos pobres seriam destroçadas pelo julgamento por vir. Aqui, como frequentemente no hebraico, a palavra "casa" pode ter a conotação secundária de "família".
O Senhor estava incitando a Assíria, o seu instrumento de julgamento, a se levantar contra Israel.
»AMÓS [6]
Am 6:1 Ai dos que vivem sossegados em Sião,
e dos que estão seguros no monte de Samária,
dos homens notáveis da principal das nações,
e aos quais vem a casa de Israel!
Am 6:2 Passai a Calné, e vede; e dali ide à grande Hamate;
depois descei a Gate dos filisteus;
porventura são melhores que estes reinos?
ou são maiores os seus termos do que os vossos termos?
Am 6:3 ó vós que afastais o dia mau
e fazeis que se aproxime o assento da violência.
Am 6:4 Ai dos que dormem em camas de marfim,
e se estendem sobre os seus leitos,
e comem os cordeiros tirados do rebanho,
e os bezerros do meio do curral;
Am 6:5 que garganteiam ao som da lira,
e inventam para si instrumentos músicos, assim como Davi; Am 6:6 que bebem vinho em taças,
e se ungem com o mais excelente óleo;
mas não se afligem por causa da ruína de José!
Am 6:7 Portanto agora irão em cativeiro
entre os primeiros que forem cativos;
e cessarão os festins dos banqueteadores.
Am 6:8 Jurou o Senhor Deus por si mesmo,
diz o Senhor Deus dos exércitos:
Abomino a soberba de Jacó,
e odeio os seus palácios;
por isso entregarei a cidade e tudo o que nela há.
Am 6:9 E se ficarem de resto dez homens numa casa, morrerão.
Am 6:10 Quando o parente de alguém, aquele que o queima,
o tomar para levar-lhe os ossos para fora da casa,
e disser ao que estiver no mais interior da casa:
Está ainda alguém contigo?
e este responder:
Ninguém; então lhe dirá ele:
Cala-te, porque não devemos f
azer menção do nome do Senhor.
Am 6:11 Pois eis que o Senhor ordena,
e a casa grande será despedaçada,
e a casa pequena reduzida a fragmentos.
Am 6:12 Acaso correrão cavalos pelos rochedos?
Lavrar-se-á ali com bois?
Mas vós haveis tornado o juízo em fel,
e o fruto da justiça em alosna;
Am 6:13 vós que vos alegrais de nada, vós que dizeis:
Não nos temos nós tornado poderosos
por nossa própria força?
Am 6:14 Pois eis que eu levantarei contra vós,
ó casa de Israel, uma nação, diz o Senhor Deus dos exércitos,
e ela vos oprimirá,
desde a entrada de Hamate até o ribeiro da Arabá.
O Senhor pergunta se acaso corriam os cavalos sobre os rochedos?  E se poderia alguém ará-los com bois? Obviamente, a resposta esperada é um enfático "Não!" É possível lavrar o solo fértil, não rochas; nem os cavalos poderiam correr em lugar tão perigoso.
Ainda sim:
·         Eles transformavam o direito em veneno.
·         Eles transformavam o fruto da justiça em amargura.
·         Eles se regozijam pela conquista de Lo-Debar (fazia fronteira com Gileade) e diziam: “Acaso não conquistamos Carnaim (uma cidade na planície de Basã, no caminho para Damasco) com a nossa própria força?”.
Mas aparentemente ambas foram retomadas das mãos de Hazael por Jeoás (2Rs 10.32-33; 13.25), porém mais tarde foram conquistadas pela Assíria (2Rs 15.29).
Os nomes significam, respectivamente, "nada" e "um par de chifres". Um trocadilho é pretendido, pelo qual Amós declarou que Israel se alegrou pela conquista de nada (pois a conquista de Lo-Debar, que logo seria tomada pela Assíria, foi efêmera) e disse, "Tomamos um par de chifres [símbolo de força militar no antigo Oriente Próximo; cf. 1 Rs 22.11] com nossas próprias forcas".
As conquistas israelitas não dariam em nada e suas forças desapareceriam antes do julgamento do Senhor.
A Assíria seria a nação que Deus levantaria contra a casa de Israel – vs. 14 – que os oprimiria desde a entrada de Hamate até o ribeiro da Arabá. Estas eram as fronteiras ao norte e ao sul do reino, como restauradas por Jeroboão II (2Rs 14.25).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...