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sábado, 3 de janeiro de 2015

Isaías 37:1-38 - COMAMOS E BEBAMOS PORQUE AMANHÃ MORREREMOS?




Estamos no capítulo 37/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá. Veja nosso mapinha de nossas reflexões:
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
C. A invasão de Senaqueribe – 28:1 a 39:8.
b. A invasão e seus desdobramentos (36.1-39.8).
Estaremos vendo, como já dissemos, nesses capítulos de ligação, o relato da invasão de Senaqueribe pela ótica de Isaías. Grande parte do material presente aqui, conforme nossa BEG, é paralelo a II Re 18:13 a 20:19 e essas duas passagens formam uma ponte histórica entre os blocos compostos pelos caps. 1 a 35, aos quais acabamos de ver, e do bloco do capítulo 40 ao 66, que ainda veremos. Ligando esses dois blocos temos essa invasão de Senaqueribe que ocupa os capítulos de 36 ao 39.
A presente seção foi dividida em três partes para nossa melhor compreensão: (1) O primeiro encontro com o exército assírio (36:1 – 37:8) – estamos vendo e concluiremos agora. (2) O segundo encontro (37:9 - 38) – veremos agora; e (3) O resultado da escolha fatal de Ezequias (38:1 a 39:8).
(1) O primeiro encontro com o exército assírio (36:1 – 37:8) - continuação.
Como também já falamos, a partir do verso primeiro deste capítulo até o final do próximo – 36:1 ao 37:8 -, estaremos vendo como foi esse primeiro encontro.
Também dividiremos esta parte em quatro para melhor compreensão do assunto dessa invasão interessante e do desfecho que Deus proveu por pura graça ao povo de Jerusalém.
O profeta descreve o primeiro estágio da crise provocada pela invasão da Assíria registrando: (a) O sucesso assírio (36:1-3) – já vista; (b) O desafio do comandante de campo (36:4-20) – já vista;  (c) As reações ao desafio (36:21 ao 37:7) – veremos em continuação agora;  e (d) A partida do exército assírio (37:8).
(c) As reações ao desafio (36:21 ao 37:7) - continuação.
Como havíamos dito, os assírios foram vitoriosos nessa campanha militar, especialmente conquistado a maior parte de Judá, depois disso, passaram a ameaçar, como se era de esperar, a própria Jerusalém.
Tendo o rei Ezequias ouvido essas coisas terríveis, diz a palavra de Deus, que ele entrou na Casa do SENHOR e diante dele manifestou expressões de lamento ou arrependimento que significam humildade, dependência e anseio por comunhão com Deus. Na verdade, havia pânico nele e em todos os habitantes de Jerusalém que se não fosse Deus, eles estariam em grandes apuros.
Ezequias então enviou ao profeta Isaías os seus representantes das principais famílias sacerdotais (Jr 19.1), Eliaquim, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e os anciãos dos sacerdotes, todos cobertos de sacos.
Quando estamos sem saída alguma, a quem procuramos? Assim, Ezequias, que não é bobo, juntou os seus melhores representantes e foi ao encontro do profeta, com quem estava a palavra de Deus para saber o que fazer?
Esse era um tempo de adversidade, durante o qual a lealdade do povo seria testada no seu limite (5:30; 8:22; 9:1; 25:4; 26:16; 33:2). Na verdade havia chegado a hora de nascer, e não havia força alguma – vs. 3. A situação era tão terrível que nesses versos se vê o reconhecimento da futilidade das estratégias humanas.
Em Ezequias havia a esperança de que Deus falaria com ele, por isso que o invoca e faz perguntas ao seu Deus vivo, que é uma expressão da fé renovada e do zelo de Ezequias pelo Senhor. Ele confiava que o Senhor defenderia o seu nome glorioso. Era essa a sua esperança! Era como se estivesse querendo lembrar ao Senhor dizendo que lhe afrontaram o nome e o que ele faria acerca disso? O profeta, no entanto, permaneceu fiel e destemido diante dos estratagemas e das soluções pragmáticas pelos que ainda subsistem, enquanto o seu país estava todo dizimado (1:9; 6:11; 10:20).
De fato, Deus estava atento a tudo isso e envia uma palavra de vitória para Ezequias. A despeito de tudo, Isaías encorajou Ezequias a confiar no Senhor, do mesmo modo como anteriormente encorajara Acaz (7:4).
(d) A partida do exército assírio (37:8)
O Senhor cumpriu a palavra profética, fazendo com que o comandante fosse até Senaqueribe, que havia trocado Laquis por Libna, uma cidade não identificada, ao pé das colinas de Judá (cf. II Re 8.22).
(2) O segundo encontro (37:9 - 38)
Houve então um segundo encontro registrado dos versos de 9 ao 38. Não demorou muito até que Senaqueribe colocasse novamente seus olhos sobre Jerusalém. Ele parecia sedento e hávido por essa conquista como se fosse algo pessoal para ele.
Podemos dividir esse segundo encontro em três partes: a carta de desafio de Senaqueribe (37:9-13), a resposta a esse desafio (37:14-35) e a partida dos assírios (37:36-38).
Carta de desafio de Senaqueribe (37:9-13)
Senaqueribe renovou a sua tentativa de persuadir Ezequias a se submeter e depender da Assíria. Ao denegrir os deuses das nações, ele desafia Ezequias a deixar de confiar no Senhor.
Ele era ousado e afrontava mesmo a Deus falando a Ezequias que não deixasse Deus enganá-lo prometendo a ele liberdade. Era essa uma afronta direta à capacidade do Senhor de libertar
Senaqueribe estava crente que seu sucesso militar era decorrente de seus deuses que eram mais fortes e poderosos que os outros deuses das nações, inclusive o Senhor. Ele achava que o seu deus estava com ele, baseado naquele fato de que a Assíria vinha obtendo sucesso há várias gerações.
Nenhum rei de nenhuma outra nação pode livrar o seu povo dele e assim ele estava todo confiante. Jerusalém seria apenas mais uma dessas nações e desses deuses.
A resposta a esse desafio (37:14-35)
Ezequias e Isaías respondem à ameaça assíria de uma maneira que demonstrava a confiança deles no Senhor.
Ezequias não responde à ostentação de Senaqueribe, mas, ao contrário, volta-se para o Senhor em oração. Ao contrário de Acaz, Ezequias orou, confessando sua confiança radical no Senhor como Rei, Criador e Redentor. A ênfase teológica resume a visão que Isaías tinha sobre Deus (38:2).
Há determinados momentos em nossas vidas que nos encontramos numa situação sem saída e com o inimigo nos cercando por todos os lados não deixando a nós saída alguma e pior, ainda nos afrontando em nosso ser, em nossas crenças e contra o nosso Deus que, pela sua graça e misericórdia, resolvemos seguir.
Assim se encontrava Israel, sem saída! A perspectiva boa naquele momento era uma morte rápida. O terror tomava conta de todos e o pavor da morte estava estampado em cada rosto.
Ele pede no verso 17 para que o Senhor se inclina e ouça suas orações, bem ao contrário dos deuses da Assíria, o Senhor podia ver, ouvir e agir (I Re 8:52).
Como todos sabemos a ressurreição de Cristo é o pilar de sustentação do cristianismo. Sem ressurreição, diz Paulo, “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos” (I Co 15:32). Ele disse isso no capítulo 15 de Primeira aos Coríntios que fala, justamente, da ressurreição de Cristo.
Isaías também fala em “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos” (Is 22:13), mas referindo-se ao povo de Jerusalém, por parte de alguns deles, que ao invés de se humilharem como pedia o Senhor, diante do exército de Senaqueribe que os ameaçava, resolveram fazer uma espécie de banquete de despedida, já que iriam morrer mesmo.
A sentença de morte estava sobre eles e por medo da morte ou para recepcioná-la uma vez que seria inevitável, resolveram banquetearem-se até a morte.
Do mesmo modo, Paulo, pelo Espírito Santo captou isso no povo que está escravo do pecado por medo da morte. Já que vamos mesmo morrer, por que conservarmos nossa fidelidade a Deus? Vamos comer! Vamos beber! Que venha a morte!
Paulo, no capítulo 15 de I Coríntios, destaca a importância vital da ressurreição de Cristo. Sem ela, não há cristianismo. Sem ela, do que adiantou eles lutarem contras as bestas feras e enfrentarem a sentença de morte dia após dia?
O medo da morte os escravizava à morte pelo fim da esperança, mas a ressurreição de Cristo nos liberta da morte para uma nova esperança em Cristo Jesus.
Eles estavam sem esperança e não criam numa saída, por isso se desesperaram da vida a ponto de quererem se entregar à morte como uma espécie de despedida, mas havia um socorro da parte de Deus para eles!
Ezequias foi buscar essa esperança com Isaías, com lágrimas, humilhando-se diante de seu Deus.
Em sua oração a Deus motivada pelo recebimento de uma carta com mais afrontas, como já começamos a explorá-la um pouco mais atrás, ele a apresenta a Deus e começa a orar exaltando em primeiro lugar Deus como aquele que está assentado entre os querubins e que é o Deus de todos os reinos e que foi o que criou os céus, a terra e tudo o que neles há.
O Senhor era o Deus das doze tribos (representadas por Samaria e Jerusalém) por aliança (cf. vs. 21; 17:6; 21:17; 24:15; 29:23; 41:17; 45,3; 48:2; 52:12).  Ele estava entronizado acima dos querubins, mas apesar disso, Deus estava com o seu povo e governava sobre ele (I Sm 4:4; II Sm 6:2; Sl 80:1; 99:1), conforme representado por sua presença no templo no Santo dos Santos, que continha a arca da aliança (o estrado de Deus), debaixo dos dois querubins. Somente Deus é Deus, era uma declaração exclusiva e singular de divindade (44:8; 45:5-6; 14:22; 46:9), um reconhecimento de que fora ele, o Senhor, quem fez os céus e a terra e tinha, portanto, domínio sobre todos os reinos. A ênfase distinta era de que o Senhor era o soberano e absoluto Criador de tudo (42:5; 45:8,12,18). Essa situação difícil não estava fora do controle total e absoluto de Deus.
Em seguida, roga a Deus que peste atenção na afronta e na ousadia deste homem que não parece ter temor algum e cujo objetivo seria mesmo afrontar como se ele fosse o deus da terra.
Ele reconhece que os assírios foram instrumentos de Deus para juízo de muitas nações e que eles acabaram por fazer um importante papel eliminando e humilhando esses deuses das outras nações que não são deuses, antes objetos de adoração criados pelo próprio homem.
Finaliza sua oração pedindo um livramento da morte certa a fim de que todos os reinos da terra saibam que há um Senhor nos céus que ouve as nossas orações e que é fiel e guarda a sua aliança e exerce sua misericórdia e graça na vida daqueles que lhe são fieis, como Davi o foi.
Ele procurou pelo servo de Deus que lhe deu uma palavra profética em meio ao caos total da desgraça iminente ou da morte certa e já anunciada.
Senaqueribe não iria entrar na cidade, nem uma flecha se quer seria disparada contra Jerusalém e da mesma forma que veio, voltaria por causa de um rumor que lhe chegaria aos ouvidos o obrigando a partir imediatamente. E tem mais, lá em sua terra teria um encontro terrível com a morte!
Como falara o homem de Deus assim se sucedeu. Um anjo do Senhor, naquela mesma noite, feriu a 185.000 assírios e eles morreram obrigando Senaqueribe a voltar urgente para a Assíria.
A partida dos assírios (37:36-38).
O profeta descreve o julgamento do Senhor contra o exército assírio.
No verso 36, um Anjo do SENHOR saiu e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil homens de uma única vez. Essa libertação de Jerusalém foi realizada por meios sobrenaturais, como aconteceu na morte dos primogênitos no Egito (Éx 12:12; II Sm 24:16).
Ainda assim, com todos os acontecimentos em Jerusalém que não tinha explicação humana, o coração insensível e insensato de Senaqueribe não havia mudado. A sua morte no templo de Nisroque contrasta com a vida que Ezequias encontrara no templo do Senhor ( vs. 1,14).
Vinte anos depois, Senaqueribe foi assassinado pelos seus próprios filhos (681 a.C. – a primeira impressão da leitura mais descuidada nos faz pensar que sua morte foi quase imediata após sua derrota em Jerusalém) que fugiram para Ararate, região montanhosa de Urartu e, no lugar de Senaqueribe, Esar-Hadom, outro de seus filhos, tornou-se rei da Assíria, no período de 681-669 a.C.  
Is 37:1 E aconteceu que, tendo ouvido isso,
               o rei Ezequias rasgou as suas vestes, e se cobriu de saco,
                              e entrou na casa do SENHOR.
               Is 37:2 Então enviou Eliaquim, o mordomo, e Sebna, o escrivão,
                              e os anciãos dos sacerdotes, cobertos de sacos,
                                            ao profeta Isaías, filho de Amós.
               Is 37:3 E disseram-lhe:
                              Assim diz Ezequias:
                                            Este dia é dia de angústia, e de vitupério,
                                                           e de blasfêmias; porque chegados são os
                                            filhos ao parto, e força não há para dá-los à luz.
                                            Is 37:4 Porventura o SENHOR teu Deus terá ouvido
                                            as palavras de Rabsaqué, a quem o rei da Assíria,
                                            seu senhor, enviou para afrontar o Deus vivo,
                                            e para vituperá-lo com as palavras que o SENHOR
                                                           teu Deus tem ouvido;
                                            faze oração pelo remanescente que ficou.
               Is 37:5 E os servos do rei Ezequias foram ter com Isaías.
               Is 37:6 E Isaías lhes disse:
                              Assim direis a vosso senhor:
                                            Assim diz o SENHOR:
                                                           Não temas à vista das palavras que ouviste,
                              com as quais os servos do rei da Assíria me blasfemaram.
                              Is 37:7 Eis que porei nele um espírito, e ele ouvirá um rumor,
                                            e voltará para a sua terra; e fá-lo-ei cair morto
                                                           à espada na sua terra.
               Is 37:8 Voltou, pois, Rabsaqué, e achou ao rei da Assíria
                              pelejando contra Libna; porque ouvira que já se havia                                                      
                                 retirado de Laquis.
               Is 37:9 E, ouviu ele dizer que Tiraca, rei da Etiópia,
                              tinha saído para lhe fazer guerra.
                                            Assim que ouviu isto, enviou mensageiros
                                                           a Ezequias, dizendo:
               Is 37:10 Assim falareis a Ezequias, rei de Judá, dizendo:
                              Não te engane o teu Deus, em quem confias, dizendo:
                              Jerusalém não será entregue na mão do rei da Assíria.
               Is 37:11 Eis que já tens ouvido o que fizeram os reis da Assíria
                              a todas as terras, destruindo-as totalmente; e escaparias tu?
               Is 37:12 Porventura as livraram os deuses das nações
                              que meus pais destruíram: Gozã, e Harã, e Rezefe, e os filhos
                                            de Éden, que estavam em Telassar?
               Is 37:13 Onde está o rei de Hamate, e o rei de Arpade,
                              e o rei da cidade de Sefarvaim, Hena e Iva?
               Is 37:14 Recebendo, pois, Ezequias as cartas das mãos dos
                              mensageiros, e lendo-as, subiu à casa do SENHOR;
                                            e Ezequias as estendeu perante o SENHOR.
               Is 37:15 E orou Ezequias ao SENHOR, dizendo:
Is 37:16 O SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel,
               que habitas entre os querubins; tu mesmo, só tu és Deus de todos
                              os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra.
               Is 37:17 Inclina, ó SENHOR, o teu ouvido, e ouve; abre, SENHOR,
                              os teus olhos, e vê; e ouve todas as palavras de Senaqueribe,
                                            as quais ele enviou para afrontar o Deus vivo.
               Is 37:18 Verdade é, SENHOR, que os reis da Assíria assolaram todas
                              as nações e suas terras. Is 37:19 E lançaram no fogo os seus
                              deuses; porque deuses não eram, senão obra de mãos de
                                            homens, madeira e pedra; por isso os destruíram.
               Is 37:20 Agora, pois, ó SENHOR nosso Deus, livra-nos da sua mão;
                              e assim saberão todos os reinos da terra,
                                            que só tu és o SENHOR.
               Is 37:21 Então Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias:
                              Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Quanto ao que pediste
                                            acerca de Senaqueribe, rei da Assíria,
               Is 37:22 Esta é a palavra que o SENHOR falou a respeito dele:
                              A virgem, a filha de Sião, te despreza, de ti zomba;
                              a filha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti.
                              Is 37:23 A quem afrontaste e blasfemaste?
                              E contra quem alçaste a voz, e ergueste os teus olhos ao alto?
                                            Contra o Santo de Israel.
                               Is 37:24 Por meio de teus servos afrontaste o Senhor,
                                            e disseste:
                                                           Com a multidão dos meus carros subi eu
                                                           aos cumes dos montes, aos últimos recessos
                                                           do Líbano; e cortarei os seus altos cedros e
                                                           as suas faias escolhidas, e entrarei na
                                                           altura do seu cume, ao bosque do seu
                                                                          campo fértil.
                              Is 37:25 Eu cavei, e bebi as águas; e com as plantas de meus
                                            pés sequei todos os rios dos lugares sitiados.
                              Is 37:26 Porventura não ouviste que já há muito tempo
                                            eu fiz isto, e já desde os dias antigos
                                                           o tinha formado?
                                            Agora porém o fiz vir, para que tu fosses o que
                                            destruísse as cidades fortificadas, e as reduzisse
                                                           a montões de ruínas.
                              Is 37:27 Por isso os seus moradores, dispondo de pouca
                                            força, andaram atemorizados e envergonhados;
                                            tornaram-se como a erva do campo, e a relva verde,
                                                           e o feno dos telhados, e o trigo queimado
                                                                          antes da seara.
                              Is 37:28 Porém eu conheço o teu assentar, e o teu sair,
                                            e o teu entrar, e o teu furor contra mim.
                              Is 37:29 Por causa do teu furor contra mim, e porque a tua
                                            arrogância subiu até aos meus ouvidos,
                                            portanto porei o meu anzol no teu nariz e o meu freio
                                                           nos teus lábios, e te farei voltar pelo
                                                                          caminho por onde vieste.
                              Is 37:30 E isto te será por sinal:
                                            Este ano se comerá o que espontaneamente nascer,
                                                           e no segundo ano o que daí proceder;
                                            porém no terceiro ano semeai e segai,
                                                           e plantai vinhas, e comei os frutos delas.
                                            Is 37:31 Porque o que escapou da casa de Judá,
                                                           e restou, tornará a lançar raízes para baixo,
                                                                          e dará fruto para cima.
                                            Is 37:32 Porque de Jerusalém sairá o restante,
                                                           e do monte de Sião os que escaparem;
                                                           o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.
               Is 37:33 Portanto, assim diz o SENHOR acerca do rei da Assíria:
                              Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma;
                                            tampouco virá perante ela com escudo, ou levantará
                                                           trincheira contra ela.
                              Is 37:34 Pelo caminho por onde vier, por esse voltará;
                                            porém nesta cidade não entrará, diz o SENHOR.
                              Is 37:35 Porque eu ampararei esta cidade, para livrá-la,
                                            por amor de mim e por amor do meu servo Davi.
               Is 37:36 Então saiu o anjo do SENHOR, e feriu no arraial dos assírios
                              a cento e oitenta e cinco mil deles; e, quando se levantaram
                                            pela manhã cedo, eis que todos estes
                                                           eram corpos mortos.
               Is 37:37 Assim Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou, e se foi,
                              e voltou, e habitou em Nínive.
               Is 37:38 E sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nisroque,
                              seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos,
                                            o feriram à espada;
                                                           escaparam para a terra de Ararate;
                              e Esar-Hadom, seu filho,  reinou em seu lugar.
Teria sido melhor para ele não ter afrontado ao Deus de Israel. Ai dos que contendem com o Senhor!
I Samuel 2:10 Os que contendem com o SENHOR são quebrantados; dos céus troveja contra eles. O SENHOR julga as extremidades da terra, dá força ao seu rei e exalta o poder do seu ungido.
Salmos 35:1 Contende, SENHOR, com os que contendem comigo; peleja contra os que contra mim pelejam.
Isaías 41:11 Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que estão indignados contra ti; serão reduzidos a nada, e os que contendem contigo perecerão.
Isaías 49:25 Mas assim diz o SENHOR: Por certo que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano fugirá, porque eu contenderei com os que contendem contigo e salvarei os teus filhos.
Jeremias 18:19 Olha para mim, SENHOR, e ouve a voz dos que contendem comigo.
Melhor e mais fácil não contender com o Senhor, por que quem somos nós para irmos contra aquele que nos dá a vida?
A Assíria tinha orgulho de sua habilidade na guerra e do seu arsenal militar, sua confiança estava apenas na sua própria força e em seus deuses que não eram deuses.

Senaqueribe não foi bem-sucedido no cerco a Jerusalém. O Senhor lutou pelo seu povo por causa de sua fidelidade à promessa feita a Davi (8:8,10; II Sm 7:16).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Isaías 36:1-22 - UMA GRANDE AMEAÇA, UMA GRANDE TENTAÇÃO - O QUE FAZER?

Estamos no capítulo 36/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá. Veja nosso mapinha de nossas reflexões:
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
C. A invasão de Senaqueribe – 28:1 a 39:8.
b. A invasão e seus desdobramentos (36.1-39.8).
Estaremos vendo, nesses capítulos de ligação, o relato da invasão de Senaqueribe pela ótica de Isaías. Esses capítulos apresentam um relato da invasão de Judá promovida por Senaqueribe em 601 a.C.
Grande parte do material presente aqui, conforme nossa BEG, é paralelo a II Re 18:13 a 20:19 e essas duas passagens formam uma ponte histórica entre os blocos compostos pelos caps. 1 a 35, aos quais acabamos de ver, e do bloco do capítulo 40 ao 66, qua ainda veremos. Ligando esses dois blocos temos essa invasão de Senaqueribe que ocupa os capítulos de 36 ao 39.
A presente seção será dividida em três partes para nossa melhor compreensão: (1) O primeiro encontro com o exército assírio (36:1 – 37:8). (2) O segundo encontro (37:9 - 38) e (3) O resultado da escolha fatal de Ezequias (38:1 a 39:8).
(1) O primeiro encontro com o exército assírio (36:1 – 37:8).
A partir do verso primeiro deste capítulo, até o final do próximo – 36:1 ao 37:8 -, estaremos vendo como foi esse primeiro encontro.
Também dividiremos esta parte em 4 para melhor compreensão do assunto dessa invasão interessante e do desfecho que Deus proveu por pura graça ao povo de Jerusalém.
O profeta descreve o primeiro estágio da crise provocada pela invasão da Assíria registrando: (a) O sucesso assírio (36:1-3); (b) O desafio do comandante de campo (36:4-20);  (c) As reações ao desafio (36:21 ao 37:7);  e (d) A partida do exército assírio (37:8).
(a) O sucesso assírio (36:1-3).
Os assírios foram vitoriosos nessa campanha militar, especialmente conquistado a maior parte de Judá, depois disso, passaram a ameaçar, como se era de esperar, a própria Jerusalém.
Foi no ano décimo quarto, 701 a.C.,  do reinado independente de Ezequias, que Senaqueribe, rei da Assíria, subiu contra todas as cidades foritificadas de Judá e as tomou – vs. 1. O décimo quarto ano pode ser considerado, se levarmos em conta que Ezequias governou de forma independente, pois ele tinha sido corregente juntamente com seu pai, Acaz (729-715 a.C.), e, depois ele governou sozinho (715-686 a.C.).
Senaqueribe foi rei da Assíria (705-681 a.C.). É fato histórico que ele tomou as cidades fortificadas registrando quarenta e seis delas em seus anais (II Re 18:14).
No verso 2, Isaías nos fala que ele enviou a Rabsaqué, seu conselheiro real, de Laquis – Uma cidade fortificada em Sefelá, na planície ocidental, que guardava uma importante estrada que levava às montanhas ao sul de Jerusalém (cf. Jr 34:7).- até Jerusalém. De acordo com II Re 18:17, o rei também enviou Tartã ("general", cf. Is 20:1) e Rabe-Saris ("oficial principal"), juntamente com um grande exército de mais de cento e oitenta e cinco mil soldados (veja 3736).
Rabsaqué foi e parou junto ao aqueduto do açude superior, o mesmo lugar em que anteriormente Isaías tinha encontrado Acaz (7:3).
Quem saiu a mando do rei a encontrá-lo – vs. 3 - foi Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, juntamente com Joá, filho de Asafe, o cronista, um importante funcionário público.
Israel já não mais existia e Judá tinha sido toda conquistada, Jerusalém parecia mais como um simples  formigueiro diante do grande enxame de tamanduás.
(b) O desafio do comandante de campo (36:4-20). 
Dos versos de 4 ao 20, veremos o grande desafio de Rabsaqué, o comandante de campo. O comandante do exército assírio faz pronunciamentos aos líderes e ao povo de Jerusalém numa tentativa de persuadi-los a se renderem.
Isto nos lembra também outro grande desafiador de Israel à época, Golias, que por 40 dias perturbou os exércitos de Israel levando pânico e terror, até que Deus levantou um simples jovem, Davi, cuidador de ovelhas para o abater.
Ai dos que se levantam contra Deus achando que pelo seu poder e força podem fazer o que quiser.
Rabsaqué dá iníco ao seu discurso intimidador falando em nome do sumo ou grande rei – vs. 4:  -  Que confiança é esta, em que esperas? Diante de quem Jerusalém, afinal seria fiel? A outras nações?
À Assíria que os pressionava contantemente e os deixava sem saída ou escolha, como era o presente caso deste cerco com mais de 185.000 homens armados e prontos para guerra?
A Deus, o Senhor, cujo seu profeta Isaías estva entregando sua palavra para Ezequias?
O desafio de determinar a quem seria dada lealdade - à Assíria, a outros poderes ou ao Senhor - é a mensagem central nessa porção do livro de Isaías.
Lembramos que Ezequias havia confiado no apoio do Egito (20:1-6; 28:1-33:24; 30:26-7,13,15; 31:1,3; 32:2) mas, como Isaías dissera por meio de revelação, o Egito, também debaixo de julgamento divino, jamais poderia livrar Judá (19:1-15: 30:3,7; 31:3).
Ezequias havia feito uma pequena reforma e retirado muitos locais pagãos e idólatras de Judá (II Re 18:4; II Cr 31:1), sem dúvida para desalento e ira de seus muios habitantes que haviam misturado sua fé com outras religiões.
Assim é o que acontece nos dias atuais onde a liberdade religiosa permitiu a expansão cada vez maior de seitas e heresias que somente levam o homem mais para o fundo do poço do que verdadeiramente o salvar. Pior ainda do que essa liberdade, seria a tirania de governos que proíbem qualquer outra religião de ser disseminada em seus condões.
Os assírios presumiram que essa ação também havia irritado o Senhor porque muitos dos altares sincréticos eram feitos em seu nome.
Ezequias havia retirado os outros altares porque Deus havia ordenado que a adoração fosse feita exclusivamente no templo que Salomão havia construído.
Os assírios dispunham de forças sofisticadas e superiores contra Judá. A lógica e a estratégia da Assíria se opunham à sabedoria de Deus. Rabsaqué até zomba de Ezequias prometendo a ele dar-lhe doiz mil cavalos para ele montar neles 2000 soldados, mas teria Ezequias soldados suficientes para isso? Como poderiam então querer enfrentar o exército deles? Não fazia sentido naquela mente essa lógica.
Depois disso, Rabsaqué, no verso 10, faz um apelo ao povo religioso de Judá, alegando que ele tinha subido contra eles com a ajuda do Senhor e como poderiam eles agoar querer enfrentá-los?
Nesse momento, os enviados do rei Ezequias, lhe pedem encarecidamente que não falassem em aramaico, a qual era a língua internacional para a diplomacia e o comércio, mas em siríaco que eles entenderiam muito bem.
Rabsaqué então zoa deles e diz que seu discurso não é para uns poucos mas para todo o povo a fim mesmo de amedrontá-los. Com mais ousadia então ele fala em judaico e se refere ao seu rei como o grande rei. Em contraste com a ênfase colocada na realeza de Senaqueribe, Ezequias é citado sem qualquer título.
Ele procura mesmo desqualificar o rei Ezequias dizendo ao povo que não confiassem nele porque ele não poderia livrá-los. Ele pede a eles para fazerem as pazes com a Assíria – vs. 16. Literalmente "fazer uma bênção". A qual se tratava de um apelo à renovação da aliança com a Assíria.
Os assírios projetavam uma vida ideal e feliz, se eles o obedecessem. Aqui a pressão psicológica era muito forte e suas palavras poderiam desastibilizar toda a Jerusalém que estava toda acoada. No entanto, somente o Senhor estava em posição de cumprir o que eles estavam prometendo.
Os assírios haviam desenvolvido o plano de ação de retirar os povos rebeldes de sua terra natal (cf. II Re 15:29) e quase que imitando o Senhor queria Jerusalém como sua obediente e serva fiel.
Insistia Rabsaqué contra Ezequias e contra toda pregação da palavra de Deus anunciando livramento da parte do Senhor – vs. 18 ao 20. O comandante de campo estava desinformado sobre os elos históricos e religiosos entre Samaria e Jerusalém.
Is 36:1 E aconteceu no ano décimo quarto do rei Ezequias,
               que Senaqueribe, rei da Assíria, subiu contra todas as cidades
                              fortificadas de Judá, e as tomou.
               Is 36:2 Então o rei da Assíria enviou a Rabsaqué, de Laquis
                              a Jerusalém, ao rei Ezequias com um grande exército,
                                            e ele parou junto ao aqueduto do açude superior,
                                                           junto ao caminho do campo do lavandeiro.
               Is 36:3 Então sairam a ter com ele Eliaquim, filho de Hilquias,
                              o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe,
                                            o cronista.
               Is 36:4 E Rabsaqué lhes disse:
                              Ora dizei a Ezequias: Assim diz o grande rei, o rei da Assíria:
                                            Que confiança é esta, em que esperas?
                              Is 36:5 Bem posso eu dizer:
                                            Teu conselho e poder para a guerra são apenas
                                                           vãs palavras; em quem, pois, agora confias,
                                                                          que contra mim te rebelas?
                              Is 36:6 Eis que confias no Egito, aquele bordão de cana
                                            quebrada, o qual, se alguém se apoiar nele lhe
                                            entrará pela mão, e a furará; assim é Faraó,
                                            rei do Egito, para com todos os que nele confiam.
                              Is 36:7 Porém se me disseres:
                                            No SENHOR, nosso Deus, confiamos; porventura
                                            não é este aquele cujos altos e altares Ezequias
                                                           tirou, e disse a Judá e a Jerusalém:
                                                                          Perante este altar adorareis?
                              Is 36:8 Ora, pois, empenha-te com meu senhor,
                                            o rei da Assíria, e dar-te-ei dois mil cavalos,
                                                           se tu puderes dar cavaleiros para eles.
                              Is 36:9 Como, pois, poderás repelir a um só capitão
                                            dos menores servos do meu senhor,
                                                           quando confias no Egito, por causa dos
                                                                          carros e cavaleiros?
                              Is 36:10 Agora, pois, subi eu sem o SENHOR
                                            contra esta terra, para destruí-la?
                                                           O SENHOR mesmo me disse:
                                                                          Sobe contra esta terra, e destrói-a.
               Is 36:11 Então disseram Eliaquim, Sebna e Joá a Rabsaqué:
                              Pedimos-te que fales aos teus servos em siríaco,
                                            porque bem o entendemos, e não nos fales
                                                           em judaico, aos ouvidos do povo que está
                                                                          sobre o muro.
               Is 36:12 Rabsaqué, porém, disse:
                              Porventura mandou-me o meu senhor ao teu senhor e a ti,
                                            para dizer estas palavras e não antes aos homens
                                            que estão assentados sobre o muro, para que comam
                                            convosco o seu esterco, e bebam a sua urina?
               Is 36:13 Rabsaqué, pois, se pôs em pé, e clamou em alta voz
                              em judaico, e disse:
                                            Ouvi as palavras do grande rei, do rei da Assíria.
               Is 36:14 Assim diz o rei:
                              Não vos engane Ezequias; porque não vos poderá livrar.
               Is 36:15 Nem tampouco Ezequias vos faça confiar no SENHOR,
                              dizendo: Infalivelmente nos livrará o SENHOR,
                                            e esta cidade não será entregue
                                                           nas mãos do rei da Assíria.
               Is 36:16 Não deis ouvidos a Ezequias;
                              porque assim diz o rei da Assíria:
                                            Aliai-vos comigo, e saí a mim, e coma cada um da
                                            sua vide, e da sua figueira, e beba cada um da água
                                                           da sua cisterna;
               Is 36:17 Até que eu venha, e vos leve para uma terra como a vossa;
                              terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas.
               Is 36:18 Não vos engane Ezequias, dizendo:
                              O SENHOR nos livrará. Porventura os deuses das nações
                                            livraram cada um a sua terra das mãos
                                                           do rei da Assíria?
               Is 36:19 Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade?
               Onde estão os deuses de Sefarvaim?
                              Porventura livraram a Samaria da minha mão?
                              Is 36:20 Quais dentre todos os deuses destes países livraram
                                            a sua terra das minhas mãos, para que o SENHOR
                                                           livrasse a Jerusalém das minhas mãos?
               Is 36:21 Eles, porém, se calaram, e não lhe responderam
                              palavra alguma; porque havia mandado do rei, dizendo:
                                            Não lhe respondereis.
               Is 36:22 Então Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna,
                              o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista,
                                            vieram a Ezequias, com as vestes rasgadas,
                                            e lhe fizeram saber as palavras de Rabsaqué.
O que acontece em seguida é algo incrível. Todos ouviram e foram desafiados com uma super proposta tentadora de se aliar ao mais forte e poderoso, pelo menos ali, nas aparências. No entanto, se calaram, não lhes responderam nada, nenhuma palavra disseram, como tinha mandado o rei ao seu povo.
(c) As reações ao desafio (36:21 ao 37:7).
Foi feito um grande desafio ao povo de Jerusalém que se via totalmente acuado por todos os lados e cercado por um exército gigantesco que a qualquer momento poderiam destruir inteiramente a cidade santa.
Nesse momento de tensão, de expectativas, e de espera da resposta à Assíria, que Eliaquim, filho de Hilquias, o mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de Asafe, o cronista, vieram a Ezequias, com as vestes rasgadas, e lhe fizeram saber as palavras de Rabsaqué.
A orientação geral era para que não dissessem nada e se calassem, diante da tentadora oferta deles, por que o rei assim os tinha instruído. O profeta relata a resposta do povo e da corte real.
Tão terrível é quando estamos assim acuados por todos os lados e vemos que chegou o nosso fim, a não ser que algo inusitado aconteça.
Não foi assim que o povo de Deus se sentiu diante do mar vermelho, tendo na sua retaguarda o exército egípcio todo armado até os dentes e prontos para devorá-los? O Senhor fez o mar se abrir e eles passaram por ele a pés enxuto. Tentando fazerem o mesmo, os egípcios foram tragados vidos pelas poderosas águas do mar.

É de Deus que vem a saída diante dos impossíveis de nossas vidas e ali era algo que era impossível, mas Deus haveria de mostrar-lhes uma saída inusitada, espetacular e terrível.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Isaías 35:1-10 - É DEUS QUEM RENOVA AS NOSSAS FORÇAS!

Estamos no capítulo 35/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá. Veja nosso mapinha de nossas reflexões:
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
C. A invasão de Senaqueribe – 28:1 a 39:8.
a. Os oráculos do profeta relacionados a Ezequias (28:1 – 35:10).
Estamos vendo nesses capítulos os oráculos acerca dessa invasão promovida por Senaqueribe que oportunizou ao profeta muita coisa a dizer especialmente importantes para Judá e o rei Ezequias.
Repetimos o que já dissemos que essa compilação de oráculos apresentou três temas principais, ao qual dividimos para melhor compreensão e apresentação do texto de nossas reflexões: 1. Uma comparação entre Samaria e Jerusalém (28:1 – 29:24) com três ais 28.1; 29.1; 29.15 – já vista; 2. O problema do Egito (30:1 – 32:20), com dois ais 30.1 – já vista; 31.1; e 3. O futuro da Assíria e de Jerusalém (33:1 – 35:10), com um ai 33.1 – estamos vendo e concluindo agora.
3. O futuro da Assíria e de Jerusalém (33:1 – 35:10), com um ai 33:1 - continuação.
Até o cap. 35.10, como já falamos, estaremos vendo o futuro da Assíria e de Jerusalém.  Aqui, Isaías encaminha-se para o final de sua mensagem sobre a crise assíria no tempo de Ezequias ansiando pelo resultado final dessa luta.
Agora veremos, nos próximos dez versículos, a maravilha do retorno a Sião, uma palavra de consolo, de conforto e de encorajamento que nos mostrará a mão de Deus em todas as coisas.
Os assírios já haviam exilado o Reino do Norte e muitos outros em Judá à época que chegaram a Jerusalém. Isaías retrata aqui o retorno daqueles e de outros que haviam partido anteriormente, considerando esse acontecimento como algo magnífico.
Essa linda promessa de restauração forma uma espécie de conclusão muito interessante e adequada para toda narrativa desenvolvida desde o segundo verso do primeiro capítulo até o último verso do capítulo anterior que vimos precedente a este (1:2 – 34:17. Do mesmo modo, veja 11:12-16; 27:12-13).
Reparem que ainda não encerramos a parte III que somente se concluirá no capítulo 39. Já vimos até o presente momento: a Parte I – Apresentação – 1:1; a Parte II – A mensagem de julgamento e restauração pregada por Isaías – 1:2 a 6:13. Nós estamos vendo e ainda nos faltam 4 capítulos: a Parte III – A resposta de Isaías ao julgamento assírio – 7:1 – 39:8. E ainda veremos depois desta parte: a Parte IV – Isaías e o julgamento babilônico – 40:1 – 66:24.
Em todos os lugares Deus está presente renovando e dando e sustentando  a vida que ele mesmo nos deu. E onde está presente o Espírito de restauração de Deus (32:15) ele transforma a natureza e as pessoas, mesmo que elas tenham sido inevitavelmente afetadas por este mundo pecador.
Deus haveria de restaurar o Líbano, o Carmelo e  Sarom – vs 2 - que haviam se  tornado como um deserto (33:7-9) de modo que eles mais uma vez pudessem ser habitados pelos seres humanos.
Deus nos pune para nossa disciplina e correção, mas depois nos renova em sua graça e misericórdia. A vida é um dom gracioso da parte de Deus, por isso que ele nos fala no verso 4 para sermos fortes nos dando uma palavra de encorajamento, são palavras que geram vida, são palavras sempre vinda de Deus (Js 1:6,9,18) para terem esse efeito em nosso ser.
Isto porque quem nos fez foi o Senhor que conhece o nosso interior e processamento cerebral de forma que sua palavra se constitui num código que lido em nossa mente é interpretado, compilado e produz o seu resultado de acordo com os propósitos santos da parte de Deus.
Ele nos diz para não temermos, como se fosse uma garantia de salvação, uma certeza de que ele nos socorre (7:4: 10:.24: 37:6; 40:9; 41:10,13-14; 43:5: 44:2,8; 51:7; 54:4).
O nosso Deus vem (29.6; 30:27; 40:10; 59:19; 62:11; 66:18) e com ele o estabelecimento da justiça na terra (34.8) e a salvação. A sua promessa é de total libertação ao oprimido.
Até os cegos, surdos, coxos, mudos haveriam de se alegrar sobremaneira com essas mudanças que evidenciariam uma restauração sobrenatural. Elas estão associadas ao ministério de Jesus Cristo (Mt 11:5; 12:22; Mc 7:37; Lc 7:22; At 3:8; 26:18).
Somente aqueles que fossem limpos e consagrados teriam o privilégio de andar no caminho da salvação que levava a Sião. As pessoas cegas, surdas e coxas receberiam visão, audição e a capacidade de caminhar (51:10; 62:12), respectivamente.
Elas também receberiam perdão, passariam a ser objeto de compaixão e esperariam pela plenitude da redenção (12:1-6; 30:19; 33:2) do Senhor, o seu Redentor (41:14; 43:14, 44:6,24; 47:4; 48.17; 49:7,26; 54:8; 59:20; 60:16; 63:16; cf. Lc 2.30).
Serão os resgatados do Senhor, os remanescentes que sobraram do juízo, que voltarão e virão a Sião com júbilo e passarão pela entrada e a habitação na cidade de Deus.
Is 35:1 O deserto e o lugar solitário se alegrarão disto;
                e o ermo exultará e florescerá como a rosa.
                Is 35:2 Abundantemente florescerá,
                               e também jubilará de alegria e cantará;
                                               a glória do Líbano se lhe deu,
                                                               a excelência do Carmelo e Sarom;
                               eles verão a glória do SENHOR, o esplendor do nosso Deus.
                Is 35:3 Fortalecei as mãos fracas, e firmai os joelhos trementes.
                Is 35:4 Dizei aos turbados de coração:
                               Sede fortes, não temais;
                                               eis que o vosso Deus virá com vingança,
                                                               com recompensa de Deus;
                                               ele virá, e vos salvará.
                Is 35:5 Então os olhos dos cegos serão abertos,
                               e os ouvidos dos surdos se abrirão.
                Is 35:6 Então os coxos saltarão como cervos,
                               e a língua dos mudos cantará;
                                               porque águas arrebentarão
                                                               no deserto e ribeiros no ermo.
                Is 35:7 E a terra seca se tornará em lagos,
                               e a terra sedenta em mananciais de águas;
                                               e nas habitações em que jaziam os chacais
                                                               haverá erva com canas e juncos.
                Is 35:8 E ali haverá uma estrada, um caminho,
                               que se chamará o caminho santo;
                                               o imundo não passará por ele,
                                                              mas será para aqueles;
                                               os caminhantes, até mesmo os loucos,
                                                               não errarão.
                Is 35:9 Ali não haverá leão,
                                               nem animal feroz subirá a ele, nem se achará nele;
                                                               porém só os remidos andarão por ele.
                Is 35:10 E os resgatados do SENHOR voltarão;
                               e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna
                                               haverá sobre as suas cabeças;
                                                               gozo e alegria alcançarão,
                                                                              e deles fugirá a tristeza e o gemido.
A Alegria no Senhor (9:3-4; 12:3.6; 24:14-16: 26:19) se opõe aos folguedos da cidade do homem, como é o caso das festas produzidas pela chegada de um ano novo, com bombas coloridas, muito barulho e confusão. Na verdade chegamos vazios nela e ainda saímos vazios, pois somente a alegria no Senhor é completa e satisfaz plenamente.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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