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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Salmo 17: 1-15 - DAVI NOS ENSINA A CLAMAR A DEUS


Davi novamente está invocando a Deus e pedindo sua proteção, ajuda, livramento. Eu sempre me impressiono com a forma de Davi orar e quero aprender. Ele ora como quem conhece a seu Deus e sabe que ele está ouvindo e já já responderá suas súplicas.
Ele sabe que não obterá de Deus a perversão do direito e da justiça, mas reconhece que nesta vida as pessoas que rejeitam a Deus são perversas, sem escrúpulos e prontas para torcerem o direito a seu favor. Davi não quer isso, apenas clama sabendo que Deus irá socorrê-lo, dentro da sua justiça.
Vamos ver o comentário de Calvino sobre o início deste salmo:
Este salmo contém uma triste reclamação contra o orgulho cruel dos inimigos de Davi. Ele protesta que ele não mereceu ser perseguido com tanta desumanidade, na medida em que ele não lhes deu nenhuma causa para exercer sua crueldade contra ele. Ao mesmo tempo, ele pede a Deus, como seu protetor, que lhe mostre seu poder para sua libertação. A inscrição do salmo não se refere a nenhum momento em particular, mas é provável que David aqui reclame de Saul e seus associados.
Uma oração de David..
O que fez Davi para ser tão perseguido assim? Nada! Era por causa do Espírito de Deus que estava nele e que todos já sabiam disso.
Sl 17:1 Ouve,
SENHOR,
a causa justa,
atende
ao meu clamor,
dá ouvidos
à minha oração,
que procede de lábios não fraudulentos.
Sl 17:2 Baixe de tua presença
o julgamento a meu respeito;
os teus olhos veem com equidade.
Sl 17:3 Sondas-me
o coração,
de noite
me visitas,
provas-me
no fogo
e iniquidade nenhuma encontras em mim;
a minha boca não transgride.
Sl 17:4 Quanto às ações dos homens,
pela palavra dos teus lábios,
eu me tenho guardado dos caminhos do violento.
Sl 17:5 Os meus passos
se afizeram às tuas veredas,
os meus pés
não resvalaram.
Sl 17:6 Eu te invoco,
ó Deus,
pois tu me respondes;
inclina-me
os ouvidos
e acode às minhas palavras.
Sl 17:7 Mostra
as maravilhas da tua bondade,
ó Salvador dos que à tua destra
buscam refúgio
dos que se levantam contra eles.
Sl 17:8 Guarda-me
como a menina dos olhos,
esconde-me
à sombra das tuas asas,
Sl 17:9 dos perversos que me oprimem,
inimigos que me assediam de morte.
Sl 17:10 Insensíveis,
cerram o coração,
falam com lábios insolentes;
Sl 17:11 andam agora
cercando os nossos passos
e fixam em nós os olhos
para nos deitar por terra.
Sl 17:12 Parecem-se
com o leão,
ávido por sua presa,
ou o leãozinho,
que espreita de emboscada.
Sl 17:13 Levanta-te,
SENHOR,
defronta-os,
arrasa-os;
livra do ímpio
a minha alma
com a tua espada,
Sl 17:14 com a tua mão,
SENHOR,
dos homens mundanos,
cujo quinhão é desta vida
e cujo ventre
tu enches dos teus tesouros;
os quais se fartam de filhos
e o que lhes sobra
deixam aos seus pequeninos.
Sl 17:15 Eu, porém,
na justiça
contemplarei a tua face;
quando acordar,
eu me satisfarei
com a tua semelhança.

Quem vê a justiça, vê Deus; quem vê Deus, vê a justiça! Se pudéssemos personificar a Justiça e fazê-la materializar-se diante de nós, teríamos de nos curvar diante dela em adoração por que ela seria Deus. Deus é justo, isto é, Deus é mais do que justo, ele é a justiça! Davi sabia disso...
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Salmo 16: 1-11 - OS NOTÁVEIS QUE ESTÃO NA TERRA

Quando lemos e meditamos em Salmos, a ideia do Messias, de Cristo, do Ungido do Senhor parece dominar a nossa mente. Ele mesmo Jesus e o Espírito Santo aplicou muitas das coisas que aconteceram com Davi e com outros salmistas à vida do Messias.
O salmo começa com um pedido por proteção e guarda, e um motivo porque deveria Deus guardá-lo, por que ele Nele busca refugio. Onde é que temos nos refugiado? Se for no Senhor, poderemos orar para ele nos guardar e ele nos guardará. Jesus, o Messias, era o máximo exemplo de alguém que se refugiava plenamente em Deus e por isso era guardado em sua jornada.
Ele chamou os santos que há na terra de notáveis! Ele me chamou de notável por que quem são os santos se não aqueles que ele tem separado para sua glória e prazer pelos quais morreu e depois ressuscitou?
Vejamos a introdução do comentário de Calvino sobre este salmo também de Davi:
No começo, David recomenda-se à proteção de Deus. Ele então medita sobre os benefícios que recebeu de Deus e, assim, se prepara para a ação de graças. Por seu serviço, é verdade, ele não pode, em nenhum caso, ser lucrativo para Deus, mas ele, no entanto, se rende e dedica-se inteiramente a ele, protestando que ele não terá nada a ver com as superstições. Ele também declara o motivo disso, que a felicidade plena e substancial consiste em descansar somente em Deus, que nunca fez sofrer de forma vingativa seu próprio povo para dele querer qualquer coisa boa.
Mictam de David.
Quanto ao significado da palavra mictam, os expositores judeus não são de uma só mente. Alguns derivam de ktm, catham, como se fosse uma crista dourada ou jóia. Outros pensam que é o início de uma música, que na época era muito comum. Para os outros parece ser um pouco de melodia, e essa opinião estou inclinada a adotar.
Não há Deus como nosso Deus que nos deixou a Bíblia e, especialmente Salmos – o seu coração – para nele, nossa alma encontrar descanso, abrigo, proteção e alimento.
Sl 16:1 Guarda-me,
ó Deus,
porque em ti me refugio.
Sl 16:2 Digo ao SENHOR:
Tu és o meu Senhor;
outro bem não possuo,
senão a ti somente.
Sl 16:3 Quanto aos santos que há na terra,
são eles os notáveis
nos quais tenho todo o meu prazer.
Sl 16:4 Muitas serão as penas
dos que trocam o SENHOR por outros deuses;
não oferecerei as suas libações de sangue,
e os meus lábios não pronunciarão o seu nome.
Sl 16:5 O SENHOR
é a porção da minha herança
e o meu cálice;
tu és
o arrimo da minha sorte.
Sl 16:6 Caem-me as divisas
em lugares amenos,
é mui linda a minha herança.
Sl 16:7 Bendigo o SENHOR,
que me aconselha;
pois até durante a noite
o meu coração me ensina.
Sl 16:8 O SENHOR,
tenho-o sempre à minha presença;
estando ele à minha direita,
não serei abalado.
Sl 16:9 Alegra-se,
pois, o meu coração,
e o meu espírito
exulta;
até o meu corpo repousará seguro.
Sl 16:10 Pois não deixarás a minha alma na morte,
nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.
Sl 16:11 Tu me farás ver
os caminhos da vida;
na tua presença
há plenitude
de alegria,
na tua destra,
delícias perpetuamente.
Onde é que estão as delícias perpétuas e a plenitude da alegria? Não é isso que o homem busca e sempre buscou, mesmo usando meios ilícitos? Pois bem, Deus colocou tudo isso e muito mais em Jesus Cristo: ele é o caminho da vida, conforme Sl 16:11. Fico triste de ver que nós, apesar de Cristo, continuamos a buscar aquilo que nos aprisiona e não pode nos libertar, jamais: o pecado!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Salmo 15: 1-5 - QUEM, SENHOR, HABITARÁ NO TEU TABERNÁCULO?

Mais um salmo de Davi e aqui ele fala dos habitantes, daqueles que irão morar no tabernáculo e no santo monte do Senhor. Obviamente que isso requer a presença de Deus onde habita o bem, a justiça e o amor.
Quem pratica a justiça é justo, assim como ele é o único justo. Quem anda no temor do Senhor fará isso tudo e muito mais. Não que em nós há a capacidade de cumprirmos a justiça que Deus requer, mas por causa de Cristo Jesus, o justo, somos justificados e preparados para toda boa obra.
Vejam o que nos diz as primeiras linhas do Comentário de Calvino sobre este lindo salmo de Davi:
Este salmo ensina-nos sobre em que condição Deus escolheu os judeus para ser seu povo, e colocou seu santuário no meio deles. Esta condição era que eles deveriam se mostrar serem pessoas peculiares e sagradas, conduzindo uma vida justa e correta.
Uma canção de David..
A pergunta de Davi é respondida a seguir por ele mesmo e ele passa a citar práticas que são deveres gerais de todos os homens que vivem junto com outros homens aos quais devemos respeitar por causa de nosso temor a Deus.

Sl 15:1 Quem,
SENHOR,
habitará no teu tabernáculo?
Quem
há de morar no teu santo monte?
Sl 15:2 O que vive com integridade,
e pratica a justiça,
e, de coração, fala a verdade;
Sl 15:3 o que não difama com sua língua,
não faz mal ao próximo,
nem lança injúria contra o seu vizinho;
Sl 15:4 o que, a seus olhos,
tem por desprezível ao réprobo,
mas honra aos que temem ao SENHOR;
o que jura com dano próprio
e não se retrata;
Sl 15:5 o que não empresta o seu dinheiro
com usura,
nem aceita suborno
contra o inocente.
Quem deste modo procede
não será jamais abalado.
Davi não está falando neste salmo 15 de ermitões, mas daqueles que vivem em sociedade e que juntos precisam conviver. O segredo da convivência está na tolerância, na paciência e no amor. Não somos todos iguais, nem podemos exigir de cada um que seja igual a nós mesmos, mas cada um de nós deve ser à imagem e à semelhança de Deus.
Se formos, poderemos conviver; se não, imperará o egoísmo, o orgulho, a vaidade que são exclusivistas: Provérbios 18:1 O solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Salmo 14: 1-7 - DIZ O INSENSATO QUE NÃO HÁ DEUS

A Bíblia é um livro, ou um conjunto de 66 livros, escrito por mais de 40 autores diferentes, em épocas diferentes, em regiões geográficas diferentes. Pois bem, em nenhum lugar encontraremos quaisquer questionamentoa sobre a existência de Deus. Sabem por que nada encontraremos? Pela simples razão de que a Bíblia parte do pressuposto básico de que Deus existe!
Deus existe! Mas o insensato diz que Deus não existe. Ora, quem chama os que afirmam que Deus não existe de insensatos é a própria Bíblia. Se a Bíblia afirma isso, então ela tem razão, pois ela é a Palavra de Deus.
Vejam o que nos diz as primeiras linhas do Comentário de Calvino sobre este lindo salmo de Davi:
No início, o salmista descreve o incompreenssível desprezo de Deus por causa do povo que estava afligido. Para dar maior peso a sua queixa, ele representa o próprio Deus enquanto o projeta. Depois, ele consome a si mesmo e aos outros com a esperança de um remédio, que ele assegura que Deus irá providenciar em breve, embora, entretanto, ele gema e sinta uma profunda angústia diante da desordem que ele vê.
Ao músico-chefe de David.
No Blog “O TEMPORA! O MORES!”, há uma postagem interessante intitulada “Coisas Que Até Um Ateu Pode Ver”, postada em 30 de janeiro de 2013, quarta-feira, às 11h08 AM, por Augustus Nicodemus Lopes. Recomendamos a leitura e reflexão:
Coisas que até um ateu pode ver[1]
Um número razoável de cientistas e filósofos ateus ou agnósticos vem em anos recentes engrossando as fileiras daqueles que expressam dúvidas sérias sobre a capacidade da teoria da evolução darwinista para explicar a origem da vida e sua complexidade por meio da seleção natural e da natureza randômica ou aleatória das mutações genéticas necessárias para tal.
Poderíamos citar Anthony Flew, o mais notável intelectual ateísta da Europa e Estados Unidos que no início do século XXI anunciou sua desconversão do ateísmo darwinista e adesão ao teísmo, por causa das evidências de propósito inteligente na natureza. Mais recentemente o biólogo molecular James Shapiro, da Universidade de Chicago, ele mesmo também ateu, publicou o livro Evolution: A View from 21st Century onde desconstrói impiedosamente a evolução darwinista.
Thomas Nagel
E agora é a vez de Thomas Nagel, professor de filosofia e direito da Universidade de Nova York, membro da Academia Americana de Artes e Ciências, ganhador de vários prêmios com seus livros sobre filosofia, e um ateu declarado. Ele acaba de publicar o livro Mind & Cosmos (“Mente e Cosmos”) com o provocante subtítulo Why the materialist neo-darwinian conception of nature is almost certainly false (“Por que a concepção neo-darwinista materialista da natureza é quase que certamente falsa”), onde aponta as fragilidades do materialismo naturalista que serve de fundamento para as pretensões neo-darwinistas de construir uma teoria do todo (Não pretendo fazer uma resenha do livro. Para quem lê inglês, indico a excelente resenha feita por William Dembski e o comentário breve de Alvin Plantinga).
Estou mencionando estes intelectuais e cientistas ateus por que quando intelectuais e cientistas cristãos declaram sua desconfiança quanto à evolução darwinista são descartados por serem "religiosos". Então, tá. Mas, e quando os próprios ateus engrossam o coro dos dissidentes?
Neste post eu gostaria apenas de destacar algumas declarações de Nagel no livro que revelam a consciência clara que ele tem de que uma concepção puramente materialista da vida e de seu desenvolvimento, como a evolução darwinista, é incapaz de explicar a realidade como um todo. Embora ele mesmo rejeite no livro a possibilidade de que a realidade exista pelo poder criador de Deus, ele é capaz de enxergar que a vida é mais do que reações químicas baseadas nas leis físicas e descritas pela matemática. A solução que ele oferece – que a mente sempre existiu ao lado da matéria – não tem qualquer comprovação, como ele mesmo admite, mas certamente está mais perto da concepção teísta do que do ateísmo materialista do darwinismo.
Ele deixa claro que sua crítica procede de sua própria análise científica e que mesmo assim não será bem vinda nos círculos acadêmicos:
“O meu ceticismo [quanto ao evolucionismo darwinista] não é baseado numa crença religiosa ou numa alternativa definitiva. É somente a crença de que a evidência científica disponível, apesar do consenso da opinião científica, não exige racionalmente de nós que sujeitemos este ceticismo [a este consenso] neste assunto” (p. 7).
“Eu tenho consciência de que dúvidas desta natureza vão parecer um ultraje a muita gente, mas isto é porque quase todo mundo em nossa cultura secular tem sido intimidado a considerar o programa de pesquisa reducionista [do darwinismo] como sacrossanto, sob o argumento de que qualquer outra coisa não pode ser considerada como ciência” (p.7).
Ele profetiza o fim do naturalismo materialista, o fundamento do evolucionismo darwinista:
“Mesmo que o domínio [no campo da ciência] do naturalismo materialista está se aproximando do fim, precisamos ter alguma noção do que pode substitui-lo” (p. 15).
Para ele, quanto mais descobrimos acerca da complexidade da vida, menos plausível se torna a explicação naturalista materialista do darwinismo para sua origem e desenvolvimento:
“Durante muito tempo eu tenho achado difícil de acreditar na explicação materialista de como nós e os demais organismos viemos a existir, inclusive a versão padrão de como o processo evolutivo funciona. Quanto mais detalhes aprendemos acerca da base química da vida e como é intrincado o código genético, mais e mais inacreditável se torna a explicação histórica padrão [do darwinismo]” (p. 5).
“É altamente implausível, de cara, que a vida como a conhecemos seja o resultado da sequência de acidentes físicos junto com o mecanismo da seleção natural” (p. 6).
Não teria havido o tempo necessário para que a vida surgisse e se desenvolvesse debaixo da seleção natural e mutações aleatórias:
“Com relação à evolução, o processo de seleção natural não pode explicar a realidade sem um suprimento adequado de mutações viáveis, e eu acredito que ainda é uma questão aberta se isto poderia ter acontecido no tempo geológico como mero resultado de acidentes químicos, sem a operação de outros fatores determinando e restringindo as formas das variações genéticas” (p. 9).
Nagel surpreendentemente defende os proponentes mais conhecidos do design inteligente:
“Apesar de que escritores como Michael Behe e Stephen Meyer[1] sejam motivados parcialmente por suas convicções religiosas, os argumentos empíricos que eles oferecem contra a possibilidade da vida e sua história evolutiva serem explicados plenamente somente com base na física e na química são de grande interesse em si mesmos... Os problemas que estes iconoclastas levantam contra o consenso cientifico ortodoxo deveriam ser levados a sério. Eles não merecem a zombaria que têm recebido. É claramente injusta” (p.11).
Num parágrafo quase confessional, Nagel reconhece que lhe falta o sentimento do divino que ele percebe em muitos outros:
“Confesso um pressuposto meu que não tem fundamento, que não considero possível a alternativa do design inteligente como uma opção real – me falta aquele sensus divinitatis [senso do divino] que capacita – na verdade, impele – tantas pessoas a ver no mundo a expressão do propósito divina da mesma maneira que percebem num rosto sorridente a expressão do sentimento humano” (p.12).
Para Nagel, o evolucionismo darwinista, com sua visão materialista e naturalista da realidade, não consegue explicar o que transcende o mundo material, como a mente e tudo que a acompanha:
“Nós e outras criaturas com vida mental somos organismos, e nossa capacidade mental depende aparentemente de nossa constituição física. Portanto, aquilo que explicar a existência de organismos como nós deve explicar também a existência da mente. Mas, se o mental não é em si mesmo somente físico, não pode, então, ser plenamente explicado pela ciência física. E então, como vou argumentar mais adiante, é difícil evitar a conclusão que aqueles aspectos de nossa constituição física que trazem o mental consigo também não podem ser explicados pela ciência física. Se a biologia evolutiva é uma teoria física – como geralmente é considerada – então não pode explicar o aparecimento da consciência e de outros fenômenos que não podem ser reduzidos ao aspecto físico meramente” (p. 15).
“Uma alternativa genuína ao programa reducionista [do darwinismo] irá requerer uma explicação de como a mente e tudo o que a acompanha é inerente ao universo” (p.15).
“Os elementos fundamentais e as leis da física e da química têm sido assumidos para se explicar o comportamento do mundo inanimado. Algo mais é necessário para explicar como podem existir criaturas conscientes e pensantes, cujos corpos e cérebros são feitos destes elementos” (p.20).
Menciono por último a perspicaz observação de Nagel, que se a mente existe porque sobreviveu através da seleção natural, isto é, por ter se tornado na coisa mais esperta para sobreviver, como poderemos confiar nela? E aqui ele cita e concorda com Alvin Plantinga, um filósofo reformado renomado:
“O evolucionismo naturalista provê uma explicação de nossas capacidades [mentais] que mina a confiabilidade delas, e ao fazer isto, mina a si mesmo” (p. 27).
“Eu concordo com Alvin Plantinga que, ao contrário da benevolência divina, a aplicação da teoria da evolução à compreensão de nossas capacidades cognitivas acaba por minar nossa confiança nelas, embora não a destrua por completo. Mecanismos formadores de crenças e que têm uma vantagem seletiva no conflito diário pela sobrevivência não merecem a nossa confiança na construção de explicações teóricas do mundo como um todo... A teoria da evolução deixa a autoridade da razão numa posição muito mais fraca. Especialmente no que se refere à nossa capacidade moral e outras capacidades normativas – nas quais confiamos com frequência para corrigir nossos instintos. Eu concordo com Sharon Street [professora de filosofia na Universidade de Nova York] que uma auto-compreensão evolucionista quase que certamente haveria de requerer que desistíssemos do realismo moral, que é a convicção natural de que nossos juízos morais são verdadeiros ou falsos independentemente de nossas crenças” (p.28).
Não consegui ler Nagel sem lembrar do que a Bíblia diz:
"Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim" (Eclesiastes 3:11).
"De um só Deus fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós" (Atos 17:26-27).
Nagel tem o sensus divinitatis, sim, pois o mesmo é o reflexo da imagem de Deus em cada ser humano, ainda que decaídos como somos. Infelizmente o seu ateísmo o impede de ver aquilo que sua razão e consciência, tateando, já tocaram.
[1] Os dois são os mais conhecidos defensores da teoria do design inteligente. Ambos já vieram falar no Mackenzie sobre este assunto.
Você já ouviu falar da discussão sobre a existência da Abóbora-Falante de duas cabeças? Não, nunca ouviu, nem nunca ouvirá. Sabe por quê? Ela não existe!
Sl 14:1 Diz o insensato no seu coração:
Não há Deus.
Corrompem-se
e praticam abominação;
já não há quem faça o bem.
Sl 14:2 Do céu olha o SENHOR
para os filhos dos homens, para ver
se há quem entenda,
se há quem busque a Deus.
Sl 14:3 Todos se extraviaram
e juntamente se corromperam;
não há quem faça o bem,
não há nem um sequer.
Sl 14:4 Acaso,
não entendem todos os obreiros da iniquidade,
que devoram o meu povo,
como quem come pão,
que não invocam o SENHOR?
Sl 14:5 Tomar-se-ão de grande pavor,
porque Deus está com a linhagem do justo.
Sl 14:6 Meteis a ridículo o conselho dos humildes,
mas o SENHOR é o seu refúgio.
Sl 14:7 Tomara de Sião
viesse já a salvação de Israel!
Quando o SENHOR restaurar a sorte do seu povo,
então,
exultará Jacó,
e Israel se alegrará.
Por um tempo ainda viveremos como que “sem saber sabendo”, mas chegará um tempo em que Deus tem preparado para o fim, a consumação de todas as coisas. Em breve, conforme suas palavras, ele voltará e tudo será claro como o sol ao meio dia.
Hoje o pecado forma uma barreira nos corações dos homens impedindo de ver a luz do dia, mas logo, logo Jesus voltará e estaremos com ele para sempre.
Quanto aos que buscam a verdade (teoricamente os cientistas usando a ciência buscam a verdade na explicação dos fenômenos), na verdade hão de encontrar a Verdade, exceto, talvez, aqueles que não a buscarem de verdade.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Salmo 13: 1-6 - DAVI SE MOSTRA CANSADO DE TANTO ESPERAR, MAS NÃO DESISTE DE AD(ORAR)

Neste salmo podemos notar um coração que está aflito, que tem clamado de dia e de noite e a resposta esperada parece não ter vindo ainda, mas continua a aguardar e a orar. O final é surpreendente, pois iria se esperar uma queixa ou algo assim, mas o que vemos é um ato de adoração a Deus.
Muitas vezes temos um problemão que insiste em permanecer em nós ou em nossa casa, às vezes na nossa própria vida, às vezes nas vidas daqueles que são muito próximos a nós, por anos a fio. Parece até que nunca terá solução e quanto mais mexemos no problema, mais parece o mesmo se agravar.
São geralmente problemas longos os relacionados à saúde, às finanças, aos vícios. Aqui Davi está cansado da perseguição. Havia uma promessa na sua vida, mas esta demorava-se a se cumprir.
Vejam o que nos diz as primeiras linhas do Comentário de Calvino sobre este lindo salmo de Davi:
O assunto deste salmo é quase o mesmo que o anterior. Davi, afligido, não só com o sofrimento mais profundo, mas também sentindo-se, por assim dizer, dominado por uma longa sucessão de calamidades e aflições multiplicadas, implora a ajuda e o socorro de Deus, o único remédio que lhe restava. Por fim, tendo coragem, ele entretém a esperança segura da vida a partir da promessa de Deus, mesmo em meio aos terrores da morte.
Para o principal músico. Uma música de David.
“Até quando?” – você também já orou assim?
Sl 13:1 Até quando, SENHOR?
Esquecer-te-ás de mim para sempre?
Até quando
ocultarás de mim o rosto?
Sl 13 13:2 Até quando
estarei eu relutando dentro de minha alma,
com tristeza no coração cada dia?
Até quando
se erguerá contra mim o meu inimigo?
Sl 13 13:3 Atenta para mim,
responde-me, SENHOR, Deus meu!
Ilumina-me os olhos,
para que eu não durma o sono da morte;
 Sl 13 13:4 para que não diga o meu inimigo:
Prevaleci contra ele;
e não se regozijem os meus adversários,
vindo eu a vacilar.
Sl 13 13:5 No tocante a mim,
confio na tua graça;
regozije-se o meu coração
na tua salvação.
Sl 13 13:6 Cantarei ao SENHOR,
porquanto me tem feito muito bem.


Davi encerra o salmo em que ele vai construindo seu desespero com uma palavra final de salvação e de esperança. Davi conhecia o Senhor e por isso poderia orar dessa forma, tão próxima. Aqui, Davi nos ensina a orar!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Salmo 12: 1-8 - SOCORRO, SENHOR!

Vejam o que nos diz as primeiras linhas do Comentário de Calvino sobre este lindo salmo de Davi:
Davi, deplorando a condição miserável e desamparada de seu povo, e a ruína absoluta da boa ordem, implora a Deus para lhe dar um rápido alívio. Então, para confortar a si mesmo e a todos os piedosos, depois de ter mencionado a promessa de Deus de ajudar o seu povo, ele magnifica sua fidelidade e constância ao realizar suas promessas. Deste modo, ele conclui que, por fim, Deus guardará os piedosos, mesmo que o mundo esteja em estado de maior corrupção.
Ao músico-chefe no oitavo. Uma música de David..
Já imaginou a terra sem os homens piedosos nela, sem aqueles que buscam ao Senhor? Sem a igreja do Deus vivo? O Senhor destruiu a Sodoma e a Gomorra por não encontrar nela um só justo, alias encontrou sim, Ló, devido a intercessão de Abraão, mas retirou-o de lá e destruiu as cidades.
Também destruiu o mundo inteiro por dilúvio por ver que a maldade tinha se multiplicado e os corações dos homens eram pura malignidade. “Gênesis 6:5 Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração;”. O que fez o Senhor? Poupou a Noé e sua família e destruiu todo o restante. Até os animais foram destruídos.
Sl 12:1 Socorro, SENHOR!
Porque já não há homens piedosos;
desaparecem os fiéis
entre os filhos dos homens.
Sl 12:2 Falam com falsidade uns aos outros,
falam com lábios bajuladores e coração fingido.
Sl 12:3 Corte o SENHOR
todos os lábios bajuladores,
a língua que fala soberbamente, Sl 12:4 pois dizem:
Com a língua prevaleceremos,
os lábios são nossos;
quem é senhor sobre nós?
Sl 12:5 Por causa da opressão dos pobres
e do gemido dos necessitados,
eu me levantarei agora, diz o SENHOR;
e porei a salvo a quem por isso suspira.
Sl 12:6 As palavras do SENHOR
são palavras puras,
prata refinada em cadinho de barro,
depurada sete vezes.
Sl 12:7 Sim, SENHOR,
tu nos guardarás;
desta geração
nos livrarás para sempre.
Sl 12:8 Por todos os lugares andam os perversos,
quando entre os filhos dos homens
a vileza é exaltada.
Quem são ou quem é a geração que será poupada se não aquela que ele tem separado para a sua própria glória? Não vou citar a igreja tal, nem a teologia x, mas há uma igreja invisível, constituída daqueles que Deus tem reservado para si e que não tem dobrado os seus joelhos diante de Baal.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Gratuito AudioLivro da Fiel - imperdível!!!


Onde Está Deus Quando as Coisas Vão Mal? (audiolivro gratuito)

A tragédia de Santa Maria abalou o Brasil. Segundo o G1 foi a terceira mais fatal tragédia em boate da história. Neste momento a Igreja de Cristo é chamada não para condenar, mas para amar o próximo eajudar como puder, principalmente com nossas orações. Já orou pelos familiares? Que tal tirar 3 min agora?
Uma pergunta recorrente em meio às calamidades é: onde está Deus? É uma pergunta sincera e dolorosa, mas precisa ser respondida biblicamente. Por isso, oferecer gratuitamente o download do audiolivro Onde Está Deus Quando as Coisas Vão Mal? de John Blanchard.

Salmo 11: 1-7 - DAVI TINHA A PROMESSA, MAS SOFRIA PERSEGUIÇÕES

No presente salmo, Davi continua a meditar na sua fuga devido à perseguição de Saul – reparem que ele tinha a promessa do reino de Israel, mas o que acontecia eram perseguições!
Davi tinha como seu escudo o Senhor e nele se refugiava e confiava piamente. Sua sede e busca pela justiça são de impressionar. Ele bem poderia estar se lamentando de sua sorte, uma vez que tinha as promessas, mas não, confiava piamente em Deus e na sua soberania.
Vejam o que nos diz as primeiras linhas do Comentário de Calvino sobre este lindo salmo de Davi:
Este salmo consiste em duas partes. Na primeira parte, David relata os assaltos severos da tentação que ele encontrou, e o estado de ansiedade angustiante para o qual ele havia sido reduzido durante o tempo de sua perseguição por Saul. Na segunda, ele se felicita pela libertação que Deus lhe concedeu e magnifica a justiça de Deus no governo do mundo.
Para o principal músico. Um salmo de David.
Sl 11:1 No SENHOR
me refugio.
Como dizeis, pois, à minha alma:
Foge, como pássaro, para o teu monte?
Sl 11:2 Porque eis aí os ímpios,
armam o arco,
dispõem a sua flecha na corda,
para, às ocultas,
dispararem contra os retos de coração.
Sl 11:3 Ora,
destruídos os fundamentos,
que poderá fazer o justo?
Sl 11:4 O SENHOR
está no seu santo templo;
nos céus
tem o SENHOR seu trono;
os seus olhos
estão atentos,
as suas pálpebras
sondam os filhos dos homens.
Sl 11:5 O SENHOR
põe à prova
ao justo e ao ímpio;
mas, ao que ama a violência,
a sua alma o abomina.
Sl 11:6 Fará chover sobre os perversos
brasas de fogo
e enxofre,
e vento abrasador
será a parte do seu cálice.
Sl 11:7 Porque
o SENHOR é justo,
ele ama a justiça;
os retos
lhe contemplarão a face.

Davi clamava a Deus e orava a ele por justiça. Davi confiava tanto em Deus! Podemos perceber que esses grandes heróis da fé mantinham constante vida de oração e comunhão com Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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