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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

CANSEI! DESISTO DE TUDO!

DESISTO!

Quem dera eu pudesse mesmo desistir de tudo...
Posso não...

Por quê?
  • Isso seria o cúmulo de meu egoísmo.
  • Isso seria o abraço de Judas.
  • Isso seria a vitória da serpente.
  • Isso seria uma grande covardia.
Às vezes me pergunto porque eu criei um blog chamado Jamais Desista?
  • Agora não posso desistir.
Que bom, não é mesmo? Deus é muito sábio e me pegou...

Outra coisa: quem disse que eu sou de mim mesmo e que agora eu é que mando? Não! Nem a mim mesmo eu me pertenço mais; sou dele, comprado por sangue; precioso e eleito, escolhido desde o ventre materno, chamado desde a eternidade.

Meu querido, o Jamais Desista existe para você que pensou em desistir, que se cansou de tudo e de todos, que se iludiu, que se feriu, que se estressou, que cansou, que quer parar, que quer morrer.

Eu não vou desistir, porque
Ele nunca, jamais, desistiu de mim!

EU NUNCA IREI DESISTIR!
Nem você que está lendo isso agora: também foi pego! Já era: você é dele para sempre! Desista de desistir...rs...rs...

Vejamos o que diz a Bíblia:

Foi ele quem nos prometeu: “JAMAIS TE DEIXAREI, NUNCA JAMAIS TE ABANDONAREI” (Hb 13:5). Se ele prometeu, ele cumprirá, então eu te convido a ousar e replicar a ele, ao Senhor, com toda a convicção de teu coração, almas, forças e entendimento:

- Senhor, eu jamais te abandonarei, nunca jamais te deixarei.

A ação da palavra de Deus sendo dirigida a mim dessa forma provoca em mim uma reação. Eu sou obrigado a reagir. Pela ênfase com que o Espírito Santo se dirige a mim, a garantia que tenho é reforçada pelo fato de que não serei deixado, nem abandonado. Sendo assim, posso, com ousadia também afirmar, como se a palavra pronunciada por Deus estivesse se rebatendo num espelho e se voltando para ele mesmo que a pronunciou: Senhor, eu também jamais te abandonarei, nunca também jamais te deixarei. Eu apenas estou pegando carona no reflexo de sua palavra. Eu somente tenho essa ousadia porque Deus foi ousado. Eu somente tenho esta convicção porque o Senhor a pronunciou. A minha garantia não é minha própria: é Deus falando com Deus na infinitude de seu ser a meu respeito.

Hb 13:5  Ἀφιλάργυρος ὁ τρόπος, ἀρκούμενοι τοῖς παροῦσιν. αὐτὸς γὰρ εἴρηκεν, Οὐ μὴ σε ἀνῶ οὐδ’ οὐ μὴ σε ἐγκαταλίπω,

Vemos aqui, no grego, que há 5 negativas dando reforço a idéia positiva. Literalmente, a tradução do grego do trecho nunca te deixarei, nunca jamais te abandonarei, pode ser: NUNCA, NÃO te deixarei NÃO MESMO, NUNCA, NÃO te abandonarei. O que isso quer dizer para mim que estou lendo essa palavra ou que estou pregando isso? NÃO TE DEIXAREI, NÃO MESMO, NUNCA, JAMAIS TE ABANDONAREI. Eu não vou te deixar. Eu não vou te abandonar. Eu não vou me esquecer de ti. Eu não vou abandoná-lo. Eu não vou mesmo, jamais, nunca, never, never, never. O Espírito Santo está falando conosco e a sua palavra é de que temos a garantia máxima dada pelo próprio Deus de que ele estará conosco e não nos deixará nem nos abandonará. Amém!

No comentário de Matheus Henry está dito que nessa promessa simples e perfeitamente aplicada aos filhos de Deus – a nós a quem Jesus Cristo animou-se a morrer sendo nós ainda pecadores, sim, a nós, com certeza absoluta, esta promessa também a nós se aplica! – está contida a soma e a essência de todas as promessas. Aleluias! Diz mais ainda: o verdadeiro crente terá a graciosa presença de Deus com ele na vida, na morte e para sempre e sempre, amém! Aleluias!

E ai, meu irmão continua querendo desistir? Desiste não... eu estou aqui ao seu lado, nessa caminhada longa e difícil. Vamos juntos. Eu te ajudo e você me ajuda. Vamos orar?

Você está vendo? Ele te ama tanto!!! Calma, já vai passar a tempestade e logo virá a bonança.

...


Atos 24 1-27 - O ESPÍRITO DA GANÂNCIA CONSOME O SEU POSSUIDOR

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 24, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 24
Paulo faz a sua defesa diante de Félix e de sua esposa judia, Drusila, e a eles prega a palavra de Deus, mas esse e sua esposa estão atrás de dinheiro e seus corações encontram-se empedernidos. A palavra neles não encontra terreno apropriado e eles morrem em seus pecados.
Imaginem Paulo falando sobre justiça, domínio próprio e juízo vindouro. Mesmo assim, o máximo que ocorreu com seus ouvintes foi o medo e somente isso. O espírito da ganância sobressai mais do que o medo e a consequência é terrível. (Provérbios 1:19 Tal é a sorte de todo ganancioso; e este espírito de ganância tira a vida de quem o possui).
Paulo é mantido em prisão, mas ele continua a ser assistido pelos seus irmãos e a palavra de Deus na vida dele não está aprisionada.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – já vimos; C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22) – já vimos; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14) – já vimos; E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32) – estamos vendo; F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32) - continuação.
Como dissemos, veremos até o capítulo 26, a detenção, o julgamento e a prisão de Paulo na Palestina. Lucas registra como os judeus incrédulos fizeram falsas acusações contra Paulo quando este retornou a Jerusalém para celebrar a festa de Pentecostes. Essa série de acontecimentos mostra que Paulo não foi responsável pela discórdia que ocorreu entre ele e os judeus incrédulos.
Paulo estava detido, por ordem de Félix, no pretório de Herodes enquanto os seus acusadores não vinham. Passou-se cinco dias e eles chegam: o sumo sacerdote Ananias com alguns dos líderes judeus e um advogado de nome Tértulo com as acusações contra Paulo.
Esse nome é um diminutivo do termo em latim para tertius, que significa "o terceiro”. Tértulo provavelmente era um judeu da Diáspora que conhecia a lei romana e, presumivelmente, era fluente em latim.
Paulo foi chamado e Tértulo apresentou a sua causa a Félix. Ele faz uma breve introdução respeitosa e de gratidão e dos versos 5 ao 7, expõe suas acusações.
Três acusações que foram apresentadas a Tértulo:
·         Paulo era um agitador e perturbador contumaz da paz imperial sendo líder da seita dos nazarenos. Os cristãos eram identificados como seguidores de Jesus de Nazaré. Os judeus consideram Nazaré um termo depreciativo (Jo 1.46).
·         Paulo era um líder de uma seita religiosa infame.
·         Paulo procurava profanar o templo.
Paulo refutou todas essas acusações em sua defesa perante Félix (vs. 10-21).
Ele alega que eles não tinham provas contra ele e confessa que era ele mesmo seguidor do Caminho que apontava para o Deus dos antepassados deles todos.
Paulo garantiu a Félix que sua crença estava no judaísmo, uma religião lícita que era protegida por Roma. Como seguidor do – “Caminho", Paulo adorava o “Deus de nossos pais” e cria na ressurreição dos justos e dos iníquos (Dn 12.1-2; lTs 4.13-18).
Também comenta e faz a ligação correspondente entre a sua crença e o tema da ressurreição dos mortos. Paulo fez uma afirmação crucial que não dizia respeito aos interesses políticos de Roma, mas à teologia judaica e cristã, um conflito que claramente não cabia ser julgado numa corte civil. Paulo afirmava que estava ali, sendo julgado diante deles, simplesmente por causa da ressurreição dos mortos - vs. 21.
Félix era bom conhecedor do Caminho e resolveu adiar a causa em questão sinalizando que iria aguardar o comandante Lísias (23.26 – Cláudio Lísias) para decidir-se sobre o caso deles – vs. 22.
Félix facilitou as coisas para Paulo na prisão permitindo que recebesse visitas e fosse servido pelos seus amigos. Como cidadão romano e tendo um caso judicial em andamento, Paulo tinha direito a certa liberdade (28.16).
Passou-se algum tempo e veio Drusila com sua mulher, que era judia e mandaram chamar Paulo para ouvirem ele falar de sua fé em Cristo Jesus.
Drusila era filha de Herodes Agripa 1 (12.1-23) e irmã de Herodes Agripa II (25.13) e de Berenice (25.13). Drusila se divorciou de Azizo (rei de Emesa, na Síria) para se casar com Félix, o procurador romano. Ela e seu filho Agripa morreram na erupção vulcânica do monte Vesúvio, que soterrou a cidade de Pompeia em 79 d.C.
Paulo aproveita a oportunidade para pregar a eles acerca da justiça, do domínio próprio e do juízo vindouro. Félix teve medo, e alegando que o ouviria mais tarde, fez com que parasse de pregar.
Na verdade mesmo, Félix estava mesmo atrás de dinheiro em sua louca ganância, mas o tempo passou – dois anos – e Félix foi sucedido por Pórcio Festo; todavia, porque desejava manter a simpatia dos judeus, Félix deixou Paulo na prisão.
Já Pórcio Festo era um romano que pertencia ao clã dos Pórcia, era membro de uma família nobre de Roma e, ao contrário de Félix, era um homem sábio e honrado.
At 24:1 Cinco dias depois,
desceu o sumo sacerdote, Ananias, com alguns anciãos
e com certo orador, chamado Tértulo,
os quais apresentaram ao governador libelo contra Paulo.
At 24:2 Sendo este chamado, passou Tértulo a acusá-lo, dizendo:
Excelentíssimo Félix, tendo nós, por teu intermédio,
gozado de paz perene,
e, também por teu providente cuidado,
se terem feito notáveis reformas em benefício deste povo,
At 24:3 sempre e por toda parte,
isto reconhecemos com toda a gratidão.
At 24:4 Entretanto, para não te deter por longo tempo,
rogo-te que, de conformidade com a tua clemência,
nos atendas por um pouco.
At 24:5 Porque, tendo nós verificado
que este homem é uma peste
e promove sedições entre os judeus esparsos
por todo o mundo,
sendo também o principal agitador
da seita dos nazarenos,
At 24:6 o qual também tentou profanar o templo,
nós o prendemos [com o intuito de julgá-lo segundo a nossa lei.
At 24:7 Mas, sobrevindo o comandante Lísias,
o arrebatou das nossas mãos com grande violência,
At 24:8 ordenando que os seus acusadores
viessem à tua presença].
Tu mesmo, examinando-o,
poderás tomar conhecimento de todas
as coisas de que nós o acusamos.
At 24:9 Os judeus também concordaram na acusação,
afirmando que estas coisas eram assim.
At 24:10 Paulo, tendo-lhe o governador feito sinal que falasse, respondeu:
Sabendo que há muitos anos és juiz desta nação,
sinto-me à vontade para me defender,
At 24:11 visto poderes verificar que não há mais de doze dias
desde que subi a Jerusalém para adorar;
At 24:12 e que não me acharam no templo
discutindo com alguém,
nem tampouco amotinando o povo,
fosse nas sinagogas ou na cidade;
At 24:13 nem te podem provar as acusações
que, agora, fazem contra mim.
At 24:14 Porém confesso-te que,
segundo o Caminho, a que chamam seita,
assim eu sirvo ao Deus de nossos pais,
acreditando em todas as coisas
que estejam de acordo com a lei
e nos escritos dos profetas,
At 24:15 tendo esperança em Deus,
como também estes a têm,
de que haverá ressurreição,
tanto de justos
como de injustos.
At 24:16 Por isso, também me esforço
por ter sempre consciência pura
diante de Deus e dos homens.
At 24:17 Depois de anos,
vim trazer esmolas à minha nação
e também fazer oferendas,
At 24:18 e foi nesta prática
que alguns judeus da Ásia me encontraram
já purificado no templo,
sem ajuntamento
e sem tumulto,
At 24:19 os quais deviam comparecer diante de ti e acusar,
se tivessem alguma coisa contra mim.
At 24:20 Ou estes mesmos digam que iniqüidade
acharam em mim,
 por ocasião do meu comparecimento
perante o Sinédrio,
At 24:21 salvo estas palavras que clamei, estando entre eles:
hoje, sou eu julgado por vós
acerca da ressurreição dos mortos.
At 24:22 Então, Félix, conhecendo mais acuradamente as coisas
com respeito ao Caminho,
adiou a causa, dizendo:
Quando descer o comandante Lísias,
tomarei inteiro conhecimento do vosso caso.
At 24:23 E mandou ao centurião que conservasse a Paulo detido,
tratando-o com indulgência
e não impedindo que os seus próprios o servissem.
At 24:24 Passados alguns dias,
vindo Félix com Drusila, sua mulher, que era judia,
mandou chamar Paulo
e passou a ouvi-lo
a respeito da fé em Cristo Jesus.
At 24:25 Dissertando ele
acerca da justiça,
do domínio próprio
e do Juízo vindouro,
ficou Félix amedrontado e disse:
Por agora, podes retirar-te,
e, quando eu tiver vagar,
chamar-te-ei;
At 24:26 esperando também,
ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro;
pelo que, chamando-o mais freqüentemente,
conversava com ele.
At 24:27 Dois anos mais tarde,
Félix teve por sucessor Pórcio Festo;
e, querendo Félix assegurar o apoio dos judeus,
manteve Paulo encarcerado.
Quão triste é para o homem perseguir valores que não trazem a vida que tanto buscam porque seus corações estão enganados por causa do pecado.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Atos 23 1-35 - A CORAGEM DE PAULO PARA TESTEMUNHAR

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. 
Estamos no capítulo 23, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 23
Paulo muito esperto atiçou os ânimos da plateia acusadora que queriam o seu fim e jogou-os uns com os outros ao levantar a questão sobre a ressurreição que os fariseus criam, mas que os saduceus não criam.
A confusão sobre o assunto foi tanta que não conseguiram unanimidade e Paulo pode ser poupado pelo livramento provido por parte do comandante da guarda que temia que algo viesse a acontecer com Paulo, cidadão romano.
Nesta noite, estando Paulo retido, o próprio Senhor se manifesta a ele e se põe ao seu lado o animando com palavras e lhe revelando que ele iria dar o seu testemunho também em Roma. Na verdade Paulo estava tão seguro da soberania de Deus no assunto que não temia as circunstâncias contrárias.
Já os judeus, mais de 40 deles, tinham jurado entre si com juramento de morte e estavam em jejum absoluto até matarem Paulo. No entanto, o socorro vem para Paulo e este é enviado para o governador Félix.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – já vimos; C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22) – já vimos; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14) – já vimos; E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32) – estamos vendo; F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32) - continuação.
Como dissemos, veremos até o capítulo 26, a detenção, o julgamento e a prisão de Paulo na Palestina. Lucas registra como os judeus incrédulos fizeram falsas acusações contra Paulo quando este retornou a Jerusalém para celebrar a festa de Pentecostes. Essa série de acontecimentos mostra que Paulo não foi responsável pela discórdia que ocorreu entre ele e os judeus incrédulos.
No último capítulo, o comandante Cláudio Lisias (vs. 26) tinha ordenado que se reunissem todo o sinédrio e os principais sacerdotes para Paulo se apresentar a eles e ele conhecer os verdadeiros motivos de ele estar sendo acusado pelos judeus.
Estava ali o sumo sacerdote, Ananias, filho de Nebedeu, esse Ananias era um homem cruel e violento que exerceu o ofício de sumo sacerdote entre 48-59 d.C., e não deve ser confundido como Anás de Jo 18.13. Ananias foi assassinado pouco antes do início da guerra contra Roma em 66-70 d.C.
Paulo, corajosamente, fixou seus olhos no sinédrio e começou seu discurso se defendendo, principalmente defendendo a sua consciência. O sumo sacerdote porém deu ordens para baterem na sua boca.
Paulo, então, não perde a oportunidade e o chama de parede branqueada e ainda diz que Deus o julgará! Os túmulos que continham ossos de mortos geralmente eram pintados de branco para que ficassem claramente visíveis (Mt 23.27-28). Aqui Paulo está homenageando esse oficial corrupto de maneira apropriada.
Paulo estava indignado pois Ananias estava ali para julgar segundo a lei e ele estava sendo acusado contra a lei. De acordo com a lei judaica, Paulo tinha direito a um julgamento e era necessário que o tribunal o declarasse culpado antes que a punição pudesse ser executada.
Não haveria como Paulo se dar bem no meio daquelas feras, mas, sabiamente, incitou uns contra os outros, pois a plateia deles era composta de fariseus e saduceus.
Esses dois grupos que surgiram no período intertestamentário tinham posturas políticas e religiosas bastante diferentes. Paulo aproveitou a oportunidade para enfatizar as diferenças religiosas e colocar-se ao lado do grupo dos fariseus, uma vez que era filho de fariseu e aceitava a doutrina da ressurreição dos mortos apresentada no Antigo Testamento, coisa que os saduceus rejeitavam, juntamente com a existência de anjos e espíritos (Mt 22.23-32).
Pronto, a confusão estava armada entre os fariseus - mestres da lei (do grego gram-Mateus) eram especialistas na interpretação da lei judaica - e os saduceus e vendo que a celeuma crescia demasiadamente, o comandante temeu que Paulo fosse ali despedaçado por eles e mandou que ele fosse retirado dali e guardado na fortaleza.
Enquanto isso, na noite seguinte Paulo recebe uma visita divina. O Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: "Coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar também em Roma" – vs. 11.
Já os judeus, inflamados pelo ódio, pela raiva e pelo inferno, se reuniram sob anátema, uns 40 deles, jurando que iriam dar fim a vida de Paulo e até que isso se cumprisse, não comeriam, nem beberiam nada. Não haveria escapatória para Paulo depois disso, mas Deus proveu a ele uma saída.
A estratégia deles era simples, avisar ao comandante que eles iriam ver com Paulo uma certa questão e depois o devolveriam e nisso iriam matá-lo.
No entanto, alguém mais ouviu esse plano maluco deles, era o filho da irmã de Paulo. Evidentemente, alguns membros da família de Paulo viviam ou estavam hospedados em Jerusalém.
Paulo foi avisado em uma visita de seus parentes. Os prisioneiros recebiam suprimentos por meio de parentes e amigos que os visitavam regularmente. Paulo então diz aos guardas que levassem aquele rapaz até ao comandante que ele teria algo importante a dizer.
Aquele rapaz falou do plano dos 40 judeus para o comandante que logo preparou uma estratégia para defender Paulo deles.
O comandante imediatamente destacou dois centuriões e ordenou a eles que escoltassem Paulo até Cesareia. Um destacamento militar fortemente armado (um destacamento de duzentos soldados, setenta cavaleiros e duzentos lanceiros) foi incumbido de entregar Paulo ao governador Félix, procurador da província imperial da Judeia, cujo centro de operações ficava na Cesareia. Eles iriam sair dali às 9h da noite e irem direto para o Governador Félix.
Félix era um ex-escravo liberto que ascendeu à posições de influência no governo romano. Em 52 d.C., o imperador Cláudio o enviou para governar a Cesareia, ocasião em que Félix foi chamado de "excelentíssimo" (24.3) durante o seu oitavo ano de administração. O historiador romano Tácito (c. 56-120 d.C.) o caracterizou como um homem cruel e ávido por lucros, que praticava 'toda sorte de crueldade e luxúria, exercendo o poder de um rei com os instintos de um escravo' (História 5.9).
O comandante escreveu uma carta para explicar o caso de Paulo. O teor da carta se encontra resumido nos vs. 27 ao 30. Basicamente ela contém as seguintes informações básicas:
·         Foi preso pelos judeus.
·         Estava para ser morto por eles.
·         Foi resgatado por Cláudio Lisias, comandante, da mão deles, principalmente por ser ele cidadão romano.
·         Foi levado ao Sinédrio.
·         As acusações contra ele eram de cunho religioso, portanto nada havia nele digno de morte ou mesmo prisão.
·         Prepararam cilada contra a vida dele.
Os soldados em cumprimento do seu dever, chegaram a Antipátride. Uma cidade construída por Herodes, o Grande, em honra a seu pai, Antipater. Situava-se cerca de 50 km a noroeste de Jerusalém. No dia seguinte, deixaram a cavalaria (setenta cavaleiros) prosseguir com ele e eles voltaram para a fortaleza.
A cavalaria chegou e deu a carta para o governador, juntamente com Paulo. Ele leu a carta e se informou de que Paulo era da Cicília, mas somente anunciou que o ouviria depois de que chegassem os acusadores dele.
Enquanto isso, Paulo foi mantido sob custódia no pretório de Herodes. A residência oficial, construída por Herodes, o Grande, que mais tarde se tornou também um pretório romano, que incluía celas para prisioneiros (Jo 18.28; Fp 1.13).
At 23:1 Fitando Paulo os olhos no Sinédrio, disse:
                Varões, irmãos, tenho andado diante de Deus
                               com toda a boa consciência até ao dia de hoje.
At 23:2 Mas o sumo sacerdote, Ananias,
                mandou aos que estavam perto dele que lhe batessem na boca.
At 23:3 Então, lhe disse Paulo:
                Deus há de ferir-te, parede branqueada!
                Tu estás aí sentado para julgar-me segundo a lei
                e, contra a lei, mandas agredir-me?
At 23:4 Os que estavam a seu lado disseram:
                Estás injuriando o sumo sacerdote de Deus?
At 23:5 Respondeu Paulo:
                Não sabia, irmãos, que ele é sumo sacerdote;
                               porque está escrito:
                                               Não falarás mal de uma autoridade do teu povo.
At 23:6 Sabendo Paulo
                que uma parte do Sinédrio se compunha de saduceus
                e outra, de fariseus, exclamou:
                               Varões, irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus!
                               No tocante à esperança
                               e à ressurreição dos mortos sou julgado!
At 23:7 Ditas estas palavras,
                levantou-se grande dissensão entre fariseus e saduceus,
                               e a multidão se dividiu.
At 23:8 Pois os saduceus declaram
                não haver ressurreição,
                nem anjo,
                nem espírito;
ao passo que os fariseus
                admitem todas essas coisas.
At 23:9 Houve, pois, grande vozearia.
E, levantando-se alguns escribas da parte dos fariseus, contendiam, dizendo:
                Não achamos neste homem mal algum;
                e será que algum espírito ou anjo lhe tenha falado?
At 23:10 Tomando vulto a celeuma,
                temendo o comandante que fosse Paulo espedaçado por eles,
                               mandou descer a guarda para que o retirassem dali
                               e o levassem para a fortaleza.
t 23:11 Na noite seguinte,
                o Senhor,
                               pondo-se ao lado dele, disse:
Coragem!
                Pois do modo por que deste testemunho
a meu respeito em Jerusalém,
                                assim importa que também o faças em Roma.
At 23:12 Quando amanheceu,
                os judeus se reuniram
                e, sob anátema, juraram
                               que não haviam de comer, nem beber,
                                               enquanto não matassem Paulo.
At 23:13 Eram mais de quarenta os que entraram nesta conspirata.
At 23:14 Estes, indo ter com os principais sacerdotes e os anciãos, disseram:
                Juramos, sob pena de anátema,
                               não comer coisa alguma, enquanto não matarmos Paulo.
At 23:15 Agora, pois,
                notificai ao comandante, juntamente com o Sinédrio,
                               que vo-lo apresente como se estivésseis para investigar
                                               mais acuradamente a sua causa;
                e nós, antes que ele chegue,
                               estaremos prontos para assassiná-lo.
At 23:16 Mas o filho da irmã de Paulo,
                tendo ouvido a trama,
                               foi, entrou na fortaleza
                                               e de tudo avisou a Paulo.
At 23:17 Então, este, chamando um dos centuriões, disse:
                Leva este rapaz ao comandante,
                               porque tem alguma coisa a comunicar-lhe.
At 23:18 Tomando-o, pois,
                levou-o ao comandante, dizendo:
                               O preso Paulo, chamando-me, pediu-me que trouxesse
à tua presença este rapaz,
                                               pois tem algo que dizer-te.
                At 23:19 Tomou-o pela mão o comandante
                e, pondo-se à parte, perguntou-lhe:
                               Que tens a comunicar-me?
                At 23:20 Respondeu ele:
                               Os judeus decidiram rogar-te que, amanhã,
apresentes Paulo ao Sinédrio,
                               como se houvesse de inquirir mais acuradamente
a seu respeito.
                At 23:21 Tu, pois, não te deixes persuadir,
                               porque mais de quarenta entre eles estão pactuados entre si,
                                               sob anátema, de não comer, nem beber,
                                                               enquanto não o matarem;
                                               e, agora, estão prontos, esperando a tua promessa.
At 23:22 Então, o comandante despediu o rapaz,
                recomendando-lhe que a ninguém dissesse
ter-lhe trazido estas informações.
At 23:23 Chamando dois centuriões, ordenou:
                Tende de prontidão, desde a hora terceira da noite,
                               duzentos soldados,
                               setenta de cavalaria
                               e duzentos lanceiros para irem até Cesareia;
                At 23:24 preparai também animais para fazer Paulo montar
                               e ir com segurança ao governador Félix.
                At 23:25 E o comandante escreveu uma carta nestes termos:
At 23:26 Cláudio Lísias ao excelentíssimo governador Félix, saúde.
At 23:27 Este homem foi preso pelos judeus
e estava prestes a ser morto por eles,
                quando eu, sobrevindo com a guarda,
                               o livrei, por saber que ele era romano.
At 23:28 Querendo certificar-me do motivo por que o acusavam,
                fi-lo descer ao Sinédrio deles;
At 23:29 verifiquei ser ele acusado de coisas referentes à lei que os rege,
                nada, porém, que justificasse morte ou mesmo prisão.
At 23:30 Sendo eu informado de que ia haver uma cilada contra o homem,
                tratei de enviá-lo a ti, sem demora,
                intimando também os acusadores
                               a irem dizer, na tua presença, o que há contra ele. [Saúde.]
At 23:31 Os soldados, pois, conforme lhes foi ordenado,
                tomaram Paulo
                e, durante a noite,
                               o conduziram até Antipátride;
At 23:32 no dia seguinte,
                voltaram para a fortaleza,
                               tendo deixado aos de cavalaria o irem com ele;
                               At 23:33 os quais, chegando a Cesareia,
                                               entregaram a carta ao governador
                                               e também lhe apresentaram Paulo.
At 23:34 Lida a carta,
                perguntou o governador de que província ele era;
                e, quando soube que era da Cilícia,
At 23:35 disse:
                Ouvir-te-ei quando chegarem os teus acusadores.
E mandou que ele fosse detido
                no pretório de Herodes.
O que houve com estes mais de 40 judeus? Morreram como juraram? Duvido! A Bíblia não fala, mas eu aposto que eram covardes e covardes não cumprem os seus votos treslocados.
Continuo a me admirar de que a verdade estava ali com Paulo, mas as pessoas do mundo não viam a salvação da vida deles que estava ali com Paulo e, pior, resolvem persegui-lo e até matá-lo.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

WebRadio Os Semeadores - A Radio que gera vida!

Estamos nascendo! Nossa fase atual é de testes e sua abertura oficial deverá ocorrer no início de 2016.

Ainda nem somos nada, nem temos nossas vinhetas, mas já começamos a ter uma carinha, um sonzinho e em breve muita coisa boa para você ouvir. Estaremos contando com a assessoria inicial do Pr. Natsan, de Goiânia, responsável pelo programa do Augusto Nicodemos "EM POUCAS PALAVRAS".

Natsan P. Matias tem uma empresa de Assessoria e consultoria em Tecnologia de Comunicação e auxilia seus clientes na Produção de Slides e treinamento em Apresentações Multimídia. Seu site comercial é o  www.technollogica.com, sendo seu email para contatos, natsanpm@terra.com.br.

A WebRadio Os Semeadores está nascendo para trazer aos seus ouvidos coisas saudáveis, boas, edificantes e que poderão agregar valor à sua vida neste mundão de nosso Deus.

Teremos diversas programações, entre elas músicas bem variadas para o seu gosto, conforme o seu horário. Teremos programas ao vivo; entrevistas, pregações e sermões, clássicos, radionovelas, reflexões bíblicas do Jamais Desista; canal social, dos imigrantes, comerciais, cultos com transmissões online e muito, mas muito mais coisas. Estaremos 24x7 no ar!

Por enquanto, vá ouvindo uma boa música e esteja atento às nossas programações. Entrem em nosso site da rádio (http://radio.ossemeadores.com.br/contato) e cadastre-se como ouvinte e colaborador.

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Atos 22 1-30 - ESCOLHIDO PARA CONHECER, VER E OUVIR

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 22, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 22
Paulo se defende das acusações e avança em seu discurso até ao ponto que disse que foi pregar aos gentios!
Paulo aproveita para explicar sua origem, sua pessoa, sua conversão, seu trabalho e nada disso tinha incomodado ninguém, mas ao falar que tinha ido pregar aos gentios, tudo mudou.
Paulo narra ainda seu encontro poderoso com Jesus, o Senhor e por causa desse encontro, a sua vida foi transformada radicalmente. Tudo o que fazia, cria, buscava e planejava sofreu drástica mudança.
Não dá para continuarmos o mesmo após um encontro com o Senhor. A primeira coisa que ele viu quando encontrou com Jesus foi uma luz tão forte como o sol ao meio dia que o cegou. A segunda coisa, foi que ficou cego. Já não podia conduzir-se por si só, mas dependia que outros o auxiliassem. O nosso encontro com o Senhor então produz cegueira pois tudo o que víamos e críamos está em trevas diante do brilho de sua presença.
Durante esta fase de cegueira, resolve buscar a Deus e se derrama em oração perante ele. A terceira coisa que lhe sucedeu foi essa busca do Senhor, em oração. A quarta coisa foi que Deus levantou e levanta aqueles que irão ajudar a recobrar a vista. Ananias, recebe o chamado de Deus e, em obediência, foi orar por Paulo para que recobrasse a vista.
Ananias lhe diz que Deus o havia escolhido para: “conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires uma voz da sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido”. Logo, em seguida, Paulo vai ao templo ORAR. Na oração, sobreveio-lhe um êxtase e viu a Jesus que lhe deu instruções dizendo que em Jerusalém não receberiam a sua palavra de pregação mas que fosse para os gentios.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – já vimos; C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22) – já vimos; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14) – já vimos; E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32) – estamos vendo; F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32) - continuação.
Como dissemos, veremos até o capítulo 26, a detenção, o julgamento e a prisão de Paulo na Palestina. Lucas registra como os judeus incrédulos fizeram falsas acusações contra Paulo quando este retornou a Jerusalém para celebrar a festa de Pentecostes. Essa série de acontecimentos mostra que Paulo não foi responsável pela discórdia que ocorreu entre ele e os judeus incrédulos.
Ele os chama de irmãos e pais e aí apresenta sua defesa. Falou-lhes em aramaico (Paulo falava o hebraico, aramaico, grego, latim) o que fez com que todos ficassem em silêncio ouvindo atentamente.
Ele começa dizendo que era de judeu de Tarso. Uma importante cidade comercial e universitária situada na Cilicia, a província do extremo sul da Ásia Menor, distante aproximadamente 16 km da costa do Mediterrâneo.
Dos vs. 3 ao 11, ele fala como foi criado, instruído na lei, que era demasiadamente zeloso, que por causa disso perseguia a igreja e assim prendeu e fez sofrer a muitos. Ele até confessa que recebera cartas do sumo sacerdote e do Conselho para ir a Damasco para trazer aquelas pessoas a Jerusalém para serem punidas.
Aí ele relata seu encontro pessoal com o Senhor e como ficou cego e recebera ajuda dos irmãos.
Ananias – vs. 12 - foi a pessoa mais apropriada para se encontrar com Saulo, um fariseu zeloso "hebreu de hebreus" (Fp 3.5), pois Ananias havia se tornado um elo de ligação com o restante dos judeus da cidade que desconfiavam de Paulo (9.10-19).
Ananias recebera do Senhor instruções e ministrou trazendo cura da cegueira para Paulo. Também lhe disse que ele era um escolhido dele para:
·         Conhecer a sua vontade.
·         Ver o justo.
·         Ouvir as palavras de sua boca.
Isso tudo a fim de que ele se tornasse testemunha ao mundo todo das coisas que veria e ouviria. Tendo profetizado na vida dele, questionou porque ainda estava ali prostrado e pediu para se levantar e ai recebeu o batismo – vs. 16 - o batismo do Novo Testamento é, em parte, um sinal exterior de uma purificação interior. Nesse sentido, é comparado à circuncisão do Antigo Testamento (Dt 10.16; 3.6; Ez 44.7).
A instrução de Ananias foi para ele:
·         Levantar-se.
·         Batizar-se (obviamente que não se autobatizou-se, mas Ananias o batizou e também o Espírito Santo).
·         Lavar-se dos seus pecados. Como? Invocando o nome do Senhor Jesus – vs. 16.
Paulo voltou a Jerusalém e estando a orar no templo lhe sobreveio um êxtase e viu o Senhor. O Senhor o orientava que saísse de Jerusalém porque não o ouviriam, mas que fosse para longe, para os gentios.
A multidão prestou atenção em tudo e o tinha ouvido até ele citar os gentios, aí não suportaram mais e se transformaram ficando mesmo inflamados contra ele. Eles queriam mesmo matá-lo.
O comandante vendo aquilo ordenou a prisão de Paulo e que o mesmo fosse açoitado. Refere-se ao açoite romano (do latim, flagellum), um chicote feito com tiras de couro e pedaços de metal em cada ponta, cujo uso poderia aleijar e até mesmo matar (Jesus foi açoitado com um chicote desses; Jo 19.1). Paulo havia recebido muitas surras judaicas, algumas com varas (2Co 11.24-25), mas nunca recebeu esse tipo particular de punição.
Eles ainda o estavam amarrando para receber o açoite quando Paulo diz ao centurião que era cidadão romano e que deveriam tomar cuidado com o que iriam fazer.
Para aplicar o açoite, os soldados geralmente amarravam os braços do prisioneiro ao redor de um poste, para expor as costas, ou então amarravam as mãos dele com correias e o suspendiam acima do chão.
Paulo apelou novamente à sua cidadania romana, uma vez que estava para ser punido sem ter recebido um julgamento justo (16.37).
A cidadania romana se constituía num status social muito valorizado, geralmente conferido àqueles das camadas sociais mais altas e que ocupavam cargos governamentais, ou então às pessoas que houvessem prestado valorosos serviços ao estado. Essa posição era, então, transferida para a família da pessoa.
O centurião ao ouvir isso correu para o comandante e este recuou e ficou curioso de como ele obtera sua cidadania. Eles não seriam loucos de condenarem sem um julgamento um cidadão romano.
Ainda, no dia seguinte, o comandante procurou descobrir exatamente por que Paulo estava sendo acusado pelos judeus. No entanto, ao não encontrar nada que justificasse, libertou-o e ordenou que se reunissem os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio. Então, trazendo Paulo, apresentou-o a eles – vs. 30.
Atos 22:29,30
At 22:1 Irmãos e pais, ouvi, agora, a minha defesa perante vós.
At 22:2 Quando ouviram que lhes falava em língua hebraica,
guardaram ainda maior silêncio. E continuou:
At 22:3 Eu sou judeu,
nasci em Tarso da Cilícia,
mas criei-me nesta cidade
e aqui fui instruído aos pés de Gamaliel,
segundo a exatidão da lei de nossos antepassados,
sendo zeloso para com Deus,
assim como todos vós o sois no dia de hoje.
At 22:4 Persegui este Caminho até à morte,
prendendo
e metendo em cárceres homens e mulheres,
At 22:5 de que são testemunhas o sumo sacerdote
e todos os anciãos.
Destes, recebi cartas para os irmãos;
e ia para Damasco, no propósito
de trazer manietados para Jerusalém os que também lá estivessem,
para serem punidos.
At 22:6 Ora, aconteceu que,
indo de caminho
e já perto de Damasco,
quase ao meio-dia, repentinamente,
grande luz do céu brilhou ao redor de mim.
At 22:7 Então, caí por terra,
ouvindo uma voz que me dizia:
Saulo, Saulo, por que me persegues?
At 22:8 Perguntei:
quem és tu, Senhor?
Ao que me respondeu:
Eu sou Jesus, o Nazareno,
a quem tu persegues.
At 22:9 Os que estavam comigo viram a luz,
sem, contudo, perceberem o sentido da voz
de quem falava comigo.
At 22:10 Então, perguntei:
que farei, Senhor?
E o Senhor me disse:
Levanta-te, entra em Damasco,
pois ali te dirão acerca de tudo
o que te é ordenado fazer.
At 22:11 Tendo ficado cego por causa do fulgor daquela luz,
guiado pela mão dos que estavam comigo,
cheguei a Damasco.
At 22:12 Um homem, chamado Ananias,
piedoso conforme a lei,
tendo bom testemunho de todos os judeus
que ali moravam,
At 22:13 veio procurar-me e, pondo-se junto a mim, disse:
Saulo, irmão, recebe novamente a vista.
Nessa mesma hora,
recobrei a vista
e olhei para ele.
At 22:14 Então, ele disse:
O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu
para conheceres a sua vontade,
veres o Justo
e ouvires uma voz da sua própria boca,
At 22:15 porque terás de ser sua testemunha
diante de todos os homens,
das coisas que tens visto
e ouvido.
At 22:16 E agora, por que te demoras?
Levanta-te, recebe o batismo
e lava os teus pecados,
invocando o nome dele.
At 22:17 Tendo eu voltado para Jerusalém,
enquanto orava no templo,
sobreveio-me um êxtase,
At 22:18 e vi aquele que falava comigo:
Apressa-te
e sai logo de Jerusalém,
porque não receberão o teu testemunho
a meu respeito.
At 22:19 Eu disse:
Senhor, eles bem sabem que eu encerrava em prisão
e, nas sinagogas, açoitava os que criam em ti.
At 22:20 Quando se derramava o sangue de Estêvão,
tua testemunha,
eu também estava presente,
consentia nisso e até guardei as vestes dos que o matavam.
At 22:21 Mas ele me disse:
Vai, porque eu te enviarei para longe, aos gentios.
At 22:22 Ouviram-no até essa palavra
e, então, gritaram, dizendo:
Tira tal homem da terra,
porque não convém que ele viva!
At 22:23 Ora, estando eles gritando,
arrojando de si as suas capas,
atirando poeira para os ares,
At 22:24 ordenou o comandante que Paulo
fosse recolhido à fortaleza
e que, sob açoite, fosse interrogado para saber
por que motivo assim clamavam contra ele.
At 22:25 Quando o estavam amarrando com correias,
disse Paulo ao centurião presente:
Ser-vos-á, porventura, lícito açoitar um cidadão romano,
sem estar condenado?
At 22:26 Ouvindo isto, o centurião procurou o comandante
e lhe disse:
Que estás para fazer?
Porque este homem é cidadão romano.
At 22:27 Vindo o comandante, perguntou a Paulo:
Dize-me: és tu romano?
Ele disse:
Sou.
At 22:28 Respondeu-lhe o comandante:
A mim me custou grande soma de dinheiro este título de cidadão.
Disse Paulo:
Pois eu o tenho por direito de nascimento.
At 22:29 Imediatamente,
se afastaram os que estavam para o inquirir com açoites.
O próprio comandante sentiu-se receoso
quando soube que Paulo era romano,
porque o mandara amarrar.
At 22:30 No dia seguinte,
querendo certificar-se dos motivos
por que vinha ele sendo acusado pelos judeus,
soltou-o,
e ordenou que se reunissem os principais sacerdotes
e todo o Sinédrio,
e, mandando trazer Paulo,
apresentou-o perante eles.
Quando acaba de falar todos queriam matá-lo e a guarda, com soldados e centuriões, iriam acostá-lo, mas se livra por causa de sua cidadania romana e por fim é solto e Paulo vai apresentar-se perante o Sinédrio.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
http://www.jamaisdesista.com.br
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Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
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