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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

LUA DE SANGUE, SUPER LUA E A VOLTA DE CRISTO.

Muito legal as fotos do nosso amado Pastor Junior Grosse que estão disponíveis para o seu deleite em seu facebook - foram mais de 60 fotos!
 É curioso que esse fenômeno "coincide" com a Festa dos Tabernáculos (Sukkot ou Cabana), comemorado duas semanas após o 1º Hosh Hashaná 5776, que neste ano aconteceu em 14 de setembro de 2015 (uma terça feira)
A festa começa dia 28 de setembro e termina dia 4 de outubro, sendo o oitavo dia da festa - chamado de o grande dia da festa - Shmini Atzeret (5 de outubro). Foi nesse dia que jesus exclamou em alta voz dizendo que se alguém tivesse sede que viesse a ele para beber e que se alguém nele cresse como dizem as Escrituras, do seu interior correriam rios de água viva - Jo 7.37, 38.

O Sukkot é realizado no 15º dia do sétimo mês de Tishri, sendo um tempo de regozijo e ações de graça. A festa dura uma semana e nele o povo deve habitar em tendas. Ela é uma festa agrícola, assim como a Páscoa e o Pentecoste. 
O toque das trombetas durante a festa convocava o povo, que se postava nas ruas para assistir à marcha dos sacerdotes que iam ao tanque de Siloé, enchiam uma vasilha de prata de água e depois rumavam para o templo e a derramavam no altar.
Esse ritual de derramamento de água simbolizava ações de graça pela CHUVA (olha a chuva ai pregada ontem pelo Pr. Sabino Leila Dourado) que possibilitou a colheita do ano. Orações por mais chuva eram feitas para possibilitar a colheita da próxima estação.Esse ritual simbolizava também a alegria espiritual e salvação.


quanto à volta de Cristo?

Você já reparou que todos os eventos principais da vida de Jesus Cristo estão relacionadas de alguma forma com as festas judaicas?

As festas sempre fizeram parte do calendário judeu e nosso Deus, com certeza, é Deus que gosta de festas e da alegria que há em nossos corações. Deus é alegre como é alegre a vida e tudo o que ele criou, por isso devemos celebrá-lo.


Não adianta nem resolve nada fecharmos nossa cara e ficarmos emburrados pelos rumos que as coisas estão seguindo como que contrariados. Deus reina e governa soberanamente e nos convidou para junto com ele sermos seus cooperadores na administração e no governo de muitas coisas na terra que ele nos deu. Os mandados de Deus, cultural, social e espiritual, não foram anulados com o novo testamento. Antes foram ratificados e confirmados.

Eu repito: “É interessante observar essas festas e associá-las com Cristo e com sua vida terrestre e com todos os eventos relacionados a ele, por que as festas, em suma, falarão dele ou de eventos relacionados a vida dele, de alguma forma.
Tudo tem a sua razão de ser justamente por causa da semente que Deus está preservando e guardando. Ali Moisés está recebendo a lei e os preceitos e conduzindo um povo, uma nação, separada e santa para o Senhor, não por causa, exclusivamente, do povo em si, mas por que no meio daquele povo há a semente messiânica.

(...) Há uma forte relação entre as festas e todo cerimonial no Tabernáculo, inclusive o próprio tabernáculo, com o Messias, o Cristo que haveria de vir.” (do livro do mesmo autor: SAINDO DO CATIVEIRO - Reflexões bíblicas no livro de Êxodo).
Dentro do tópico A PRÁTICA DA SANTIDADE  - Lv 17:1 a 27:34 -, estão instruções e detalhes das santas convocações, ou seja, das festas solenes do Senhor. Depois de uma pequena introdução dos vs. 1-2, ele trata das festas solenes:
·           O sábado – vs. 3 (Ex 23:12).
·           A páscoa – vs. 4 – 8 (Ex 23:14,15; 34:18; Dt 16:1-8).
·           As primícias – vs. 9 – 14 (Ex 23:16; 34:22-26).
·           O pentecostes – vs. 15-25 (Dt 16:9-12).
·           O dia da expiação – vs. 26 – 32 .
·           A festa dos tabernáculos – vs. 33-44.
Aqui também as festas são orientações e mandamentos de Deus ao homem para serem cumpridas e observadas. O quadro a seguir foi copiado da Bíblia de Estudo de Genebra - BEG. Nele poderemos ver didaticamente as festas organizadas de acordo com seu dia de celebração, uma descrição sucinta, o propósito e as respectivas referências bíblicas.
OU DIA
DIA DE (*)
CELEBRAÇÃO
DESCRIÇÃO
PROPÓSITO
Ref.:
Sábado
A cada sete dias
Dia de descanso; ninguém deveria trabalhar.
Dar descanso
para a as pessoas e os animais.

Éx 20:8-11
Lv 23:3;
Mt 12:1-14;
Hb 4:1-11

Lua
Nova
O primeiro dia do
mês lunar
Festa religiosa; as atividades comerciais eram suspensas.
Celebrar o início do mês lunar.
Nm 10:10;28:11-15::
1Sm 20:5-6,29;
2Rs 4:23;
Am 8:5
Ano de
descanso
A cada sete anos
Ano de descanso; as terras não eram cultivadas.
Dar descanso para a terra
Éx 2310-11:
Lv 25:1-7, 18-22,
Dt 15:1-18
Ano do
jubileu
A cada cinquenta
anos
Libertação dos escravos; devolução das terras aos donos originais.
Ajudar os pobres; preservar a ordem social.
Lv 25:8-11; 27:17-24;
Nm 36:4
Páscoa  
14 ele nisã
(março-abril)
_
Um cordeiro era morto e comido com ervas amargas e pão sem fermento.
Lembrar a libertação de Israel do Egito.
Èx 12:1-14;
Lv 23:5;
Jo 2:13
Pães Asmos
15-21 de nisã
(março-abril)
Eram preparados pães
sem fermento; reuniões
de adoração.
Lembrar como Deus havia tirado os israelitas do Egito às pressas.
Êx 12:15-20; 13:3-10; Lv 23:6-8;
Mc 14:1:12
Primícias – primeiras colheitas
16 de nisã
 (março-abril)
Oferta dos primeiros frutos das colheitas,
Reconhecer que os frutos da terra vinham de Deus
Lv 23:9-14
'
Semanas
('Pentecostes)
6 de sivã
(maio-junho)
Celebrada cinquenta dias depois da oferta das primícias; celebrava a colheita do trigo.
Mostrar alegria e gratidão a Deus pela colheita.
Èx 23:16;
Lv 23:15-21; At 2:1
Trombetas (**)
1 de tisri '
(setembro-outubro)
Dia de descanso e de fazer ofertas; as trombetas e os chifres eram tocados o dia inteiro.
Comemorar o início do ano civil.
LV 23:23-25;
Nm 29:1-6

Dia da
Expiação
(Yom Kippur)
10 de tisri
(setembro-outubro)
Dia de descanso e jejum;
eram oferecidos sacrifícios,
Oferecer sacrifícios pelos pecados dos sacerdotes e do povo; purificar o santuário.
Lv 16; 23:26-32;
Hb 9:7
Tabernáculos
(ou Cabanas)
1 5-21 de tisri
(setembro-outubro)
Uma semana de festa por causa da colheita; o povo morava em cabanas e oferecia sacrifícios.
Lembrar a peregrinação
do povo pelo deserto.

Lv 23:33-36a, 39-43:
Jo 7:22,37
Santa
convocação

22 de tísrí
(setembro-outubro)
Dia de convocação, descanso e sacrifícios.
Comemorar o encerramento do ciclo de festas.
Lv 23:36b;
Nm 29:35-38
Purim
14-15 de adar (fevereiro-março
Dia de alegria e festas; o livro de Ester era lido.
Comemorara libertação dos judeus no tempo de Ester.
Et 9:18- 32
(*) - e equivalência em nosso calendário;
(**) - depois chamado Rosh Hashaná ou Ano novo

Eu acredito que, no futuro, quando estudarmos o fato histórico da volta de Cristo, veremos que ele estava relacionado a algumas das festas judaicas. Você já sabe qual? Então se prepare, pois ele está voltando!

...



Ouça A LUZ DA AURORA de 26 de setembro

Bom dia!

Aos amigos, ouvintes e simpatizantes que perderam o último programa ou aos que desejarem ouvi-lo novamente para melhor refletir na palavra pregada pelo Pr. James de Melo, compartilhamos em seguida a gravação do programa.

... A Luz da Aurora 26-09-2015

     RÁDIO REDENTOR AM - 1110 Kwz
Entre em contato. Peça sua música. Peça sua oração! Envie sua opinião. Responda nossas perguntas.
Por causa da tecnologia, nosso alcance agora é mundial: temos recebido mensagens de diversos lugares do Brasil e do mundo: Guarulhos/SP, Maranhão e até da Inglaterra...
Nós cremos na oração e estamos aqui para orar e abençoar a sua vida! 

...


Lucas 11.1-62 - UMA LOUCURA: REJEITAR/DESDENHAR JESUS.

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 11, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração (11.1-13) – veremos agora; C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26) – veremos agora; D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – começaremos a ver agora; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17); F O reino de Deus (13.18-14.24); G. Ensino sobre discipulado (14.25-35); H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32); I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10); J. Os dez leprosos (17.11-19); K. A vinda do reino (17.20-37); L. Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças (18.15-17); N. O jovem rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
Breve síntese do capítulo 11.
Jesus está ensinando seus discípulos a orar, por solicitação deles. Na verdade, a vida de Jesus era tão pautada na oração que isso despertou neles a curiosidade. Eles deviam pensar, se este homem que tem autoridade e poder e faz tantos milagres e prodígios e fala coisas incríveis, vive orando é por que na oração há algo que eles também precisam praticar.
Sim, o crente que não ora, não conhece Deus, nem entende nada, mas é carnal e cheio de si mesmo.
Na oração que Jesus ensinou, vemos que ele se dirige ao Pai ao qual em primeiro lugar expressa seu desejo pela santificação do nome do Pai. Deus está acima de tudo e deve estar em nossos corações acima de qualquer coisa por mais valiosa e necessária que seja esta coisa. Deus não é negociável nem entra em disputa com nada, ele é soberano.
Depois, vem as demais coisas das quais não falarei pormenorizadamente neste momento. Se ele é soberano, então deve haver um reino, um domínio e um trono. Quando eu invoco o seu reino, eu estou invocando tudo o que Deus é: o amor, a justiça, a verdade, a bondade.
Nesta oração, vemos que quem nos dá o pão de cada dia é Deus, por isso lhe devemos graças. Muitas vezes pensamos que é nosso esforço, trabalho, dedicação que enche o nosso celeiro, mas não, é a pura graça de Deus quem nos alimenta. Quanto ao perdão, vemos que ele é uma garantia, mas condicional: se eu não perdoar, como serei perdoado?
E se eu cair em tentação? A oração é clara: não nos deixe cair em tentação! Quem é que não nos deixa cair? Deus! E se caímos, por que caímos em tentação? Não se engane, meu amado, Deus é 100% soberano e você é 100% responsável.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:

B. Ensino sobre oração (11.1-13).

O capítulo onze começa com os discípulos pedindo a Jesus que ensinassem eles a orarem. Lucas registra as instruções de Jesus quanto à oração, acrescentado esse material talvez com o objetivo de fazer uma ponte entre o questionamento dos discípulos sobre a oração e o ensino sobre o custo do discipulado.
Lucas ensinou a seus leitores a importância da oração à medida que a igreja enfrenta as dificuldades deste mundo.
É importante salientar que esse pedido não nasceu por acaso, mas fora motivado pelo exemplo da vida de Jesus que era em constante oração. Senhor, ensina-nos a orar. Os mestres piedosos costumavam ensinar seus discípulos a orar.
A forma dessa oração difere um pouco da encontrada em Mt 6.9-13, sendo ambas provavelmente um sumário das palavras que Jesus disse em contextos diferentes; logo, é natural que surjam algumas diferenças.
Em Mateus, Jesus inseriu uma oração padrão como parte do seu sermão; aqui, ele está respondendo a uma pergunta.
Repare como Jesus ensina os discípulos a se achegarem a Deus; chamando-o de “papai”. Um termo que corresponde ao aramaico aba, que as crianças no tempo de Jesus usavam para se dirigirem a seus pais, mas que era também um título carinhoso que os filhos adultos continuavam a usar.
A BEG comenta do nome que representa uma pessoa - assim a oração pede que as pessoas reverenciem a Deus; do vir o reino de Deus - com frequência, Jesus ensinou a respeito do reino de Deus, e aqui a sua oração contempla o estabelecimento desse reino; do perdão - os pecadores buscam perdão de pecados que cometem todos os dias, e precisam reconhecer que, se não perdoarem aos outros, eles mesmos não estarão em condições de serem perdoados.
Em seguida, lhes conta a parábola do amigo importuno. O amigo é tão insistente e chato que o outro o atende, mas não pelo fato de ser amigo, mas por causa da importunação.
A amizade talvez não fosse suficiente para fazer o homem levantar-se, mas a persistência da parte do suplicante certamente o seria. Ou seja, a oração eficaz deve ser persistente.
Naquele tempo, numa casa com apenas um cômodo, toda a família dormia numa plataforma elevada; então, quando uma pessoa se levantava, acordava todas as outras.
Ele ainda reforça seu ensino da persistência com o fato de que sendo nós maus, somos capazes de fazer o bem, imaginem Deus que nem mal é? A natureza pecaminosa é entendida como sendo universal.
Assim, se até mesmo os pais terrenos (que são maus) dão coisas boas a seus filhos, quanto mais não dará Deus por meio do Espírito Santo? 
C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26).
Novamente um episódio envolvendo os espíritos maus. Lucas relata uma agressão ao caráter e ao ministério de Jesus, expresso no questionamento "Jesus expulsa demônios pelo poder de Satanás?".
Os inimigos de Jesus não negaram o fato de que ele expulsava demônios, porém atribuíram esse poder a Belzebu, um nome que havia sido utilizado no passado para se referir a um deus pagão, mas que nessa época passou a designar Satanás (2Rs 1.2; Mt 10.25).
Ainda havia outros que duvidando dele, pediam um sinal no céu para poderem crer. Não somente não criam, mas atribuíam o poder de Deus ao diabo.
União é força, divisão é fraqueza; se Jesus estava se associando a Satanás e, ao mesmo tempo, trabalhando contra Satanás, então estava enfraquecendo o seu próprio reino.
Os seguidores daqueles que acusavam Jesus também expulsavam demônios. Se os demônios só podiam ser exorcizados pelo poder de Satanás, então os seguidores dos acusadores de Jesus também eram culpados. O fato de os acusadores não condenarem seus próprios seguidores é prova de que as suas acusações eram falsas.
A obra do próprio Deus (veja Êx 8.19). Mt 12.28 registra "o Espírito de Deus". Ambas as expressões salientam a verdade de que Jesus não expulsava demônios pelo poder de Belzebu; pelo contrário, era o poder de Deus que estava com ele.
Isso aponta para a verdade adicional de que, com a vinda de Jesus, o reino de Deus havia chegado. Os milagres que estavam sendo realizados eram evidências para aqueles que tinham olhos para ver que Deus estava trabalhando.
Nos versos 21 e 22, Satanás é representado como um homem valente que tem total controle sobre a sua casa (isto é, as pessoas sob sua influência). Porém, Jesus é mais forte do que Satanás e o derrotou.
Essa é uma maneira vívida de descrever que o reino de Deus não é apenas um conjunto de ensinamentos proveitosos; envolve o poder para derrotar Satanás.
O fato é que não existe neutralidade nem meio-termo: a mensagem do reino traz a real possibilidade para se vencer o mal, e qualquer pessoa que rejeite essa mensagem estará implicitamente aceitando o caminho do mal.
Jesus deixou claro que não estava se referindo a uma reforma moral, em que o pecador abandona alguma coisa má, mas não coloca nada em seu lugar. O demônio deixou o homem e foi para um lugar árido (era comum a crença de que os demônios viviam no deserto); porém, insatisfeito, o demônio volta para a casa de onde saiu e, como ninguém ocupou o seu lugar, sua reentrada é fácil.
O demônio que saiu continua se referindo ao lugar vago como se fosse seu, mas ao voltar a encontra varrida e ornamentada – vs. 25. Esperto, o demônio sai e procura outros sete espíritos piores do que ele e a invadem.
O homem havia colocado sua vida em ordem, porém ficou apenas nisso; o seu coração ainda estava vazio e aberto à influência do mal. O resultado foi que sete demônios, piores do que o primeiro, tomaram conta dele.
D. Bênção e julgamento (11.27-13.9).
A partir do vs. 27 ao 13.9, iremos ver bênção e julgamento. Lucas compilou uma série de relatos nos quais Jesus definiu contrastes entre aqueles que recebem as bênçãos de Deus e aqueles que recebem o julgamento de Deus.
Em seguida, uma mulher elogiou a mãe de Jesus. Em sua resposta, ele não negou que Maria era de fato abençoada; disse que ouvir a palavra de Deus e obedecer a ela traz bênçãos muito maiores.
Jesus julga a multidão que se reunia e estava indignado que ela pedisse a ele sinais. Jesus respondeu à exigência de um "sinal do céu" (vs. 16).
Um pedido como esse só podia ser motivado pela descrença, especialmente em vista das numerosas demonstrações de poder messiânico que Jesus já havia realizado (7.20-23).
Para Lucas, a presença de Jesus já era um "sinal" da atividade redentora de Deus (2.34; 11.30).
Jesus responde a eles que do mesmo modo que a experiência de Jonas, que passou três dias dentro do grande peixe, era um sinal para o povo de Nínive, assim a ressurreição de Jesus, depois de três dias no túmulo, seria um sinal para os judeus desses dias.
Então, motivado por isso, ele começa a citar exemplos de povos que, no julgamento, haveriam de os preceder e os condenarem.
Ele fala da rainha do Sul. Ou seja, a rainha de Sabá (atual Iêmen), que fez uma longa viagem para visitar Salomão (1 Rs 10). Embora fosse pagã, ela contrastava de maneira favorável com as pessoas que se recusaram a ouvir Jesus, que era "maior do que Salomão", quando ainda estava com eles.
Ele fala dos ninivitas. Esse povo se arrependeu quando Jonas pregou (In 3.6-10). Do mesmo modo que a rainha de Sabá, o argumento de Jesus começa do menor para o maior: as pessoas haviam prestado atenção a Salomão e Jonas; tanto mais agora deveriam ouvir o Filho de Deus que caminhava entre elas!
Em seguida fala por parábolas, primeira sobre a candeia. Aqui é retratada uma casa com apenas um cômodo, onde uma lâmpada colocada embaixo de uma vasilha (alqueire) seria inútil; porém se colocada num suporte (velador) apropriado iluminaria toda a casa
Depois afirma que os olhos são como a candeia do corpo, ou a lâmpada do corpo. Quando os olhos funcionam corretamente, o corpo recebe o benefício da luz ("derrama luz nas minhas trevas", cf. SI 18.28).
As pessoas que buscavam sinais não precisavam de mais luz; ao contrário, precisavam prestar mais atenção à luz que já estava iluminando. Ou seja, o que Deus estava fazendo por intermédio de Jesus já era mais do que suficiente.
Jesus termina de falar e explicar pacientemente, um fariseu o convida para comer com ele e Jesus aceita o convite e vai com ele. O fariseu logo nota que Jesus não lavara as mãos, como era costume entre eles.
Esse ato de lavar as mãos não estava relacionado com a higiene, mas com o ritual de purificação, pois as mãos entravam em contato com todo tipo de coisas, algumas das quais poderiam estar cerimonialmente impuras.
Assim, os judeus mais zelosos se lavavam antes de comer, porque era dito que as mãos contaminadas (ou seja, que tivessem tocado alguma coisa proibida pela lei) deixariam entrar no corpo essa corrupção, por meio da comida que as mãos haviam tocado.
Os fariseus tinham muito cuidado com os rituais de limpeza, porém essas regras se aplicavam somente ao exterior. As pessoas poderiam fazer isso muitas vezes ao dia, mas, por dentro, continuavam corrompidas pela avareza e outras formas de iniquidade.
Jesus os repreende e os chama de hipócritas que somente se preocupavam com sua aparência externa pouco importando o interior. Então ele aconselha a eles a darem esmola do que tiverem. Literalmente, "dê as coisas do íntimo como esmolas". Jesus estava dizendo que há necessidade de uma atitude íntima correta quando se dá aos pobres. Quando o interior está em ordem, tudo fica limpo.
A NVI, nesse versículo, diz que era para darem do que tinham dentro do prato como esmola e tudo ficaria limpo para eles.
Começa agora uma série de “ais” - ai de vós contra os fariseus: que eram bons nos dízimos, mas desprezavam a justiça e o amor de Deus. A oferta do dízimo foi planejada para refletir uma atitude de alegria e espontaneidade de amor para com Deus, mas os fariseus, com a atitude meticulosa de contar até mesmo talos de hortaliças, haviam transformado esse ato num dever opressivo; que amavam os primeiros lugares e as saudações em público e que eram como túmulos que não se veem, pelos quais os homens andam por cima sem saberem.
Não que a sepultura não tivesse um nome, mas que o próprio lugar da sepultura não estava demarcado. Tocar num túmulo tornava a pessoa cerimonialmente imunda (Nm 19.16), de modo as sepulturas eram caiadas com o objetivo de advertir as pessoas. Logo, um túmulo não demarcado era uma fonte oculta de contaminação.
Um dos peritos na lei - um advogado e também um religioso, já que "Lei" se refere à lei de Deus - ouvindo isso se ofendeu e buscou explicações de Jesus, mas também contra eles Jesus falou.
Eles eram daqueles que gostavam da primeira cadeira - os assentos que ficavam à frente, voltados para a congregação, e que eram reservados para as pessoas mais importantes – e das primeiras saudações - eram cumprimentos elaborados que demonstravam a importância da pessoa que os recebia.
Eles ainda eram dos que atavam fardos superiores às forças dos homens. Os peritos legais acrescentavam à lei uma multidão de regulamentos com o objetivo de impedir que a lei fosse quebrada, porém essas restrições causavam uma enorme opressão.
Jesus continua com seus “ais” e se dirige aos peritos na lei que edificam túmulos aos profetas. Os peritos na lei construíam túmulos para os profetas e pensavam que dessa maneira estavam honrando esses homens de Deus.
Contudo, isso era, na verdade, uma complementação da obra daqueles que os mataram, porque estavam se opondo ao Cristo de quem aqueles profetas haviam falado.
A própria atitude deles os colocavam em grandes apuros uma vez que davam testemunho de que aprovavam os feitos dos antepassados que mataram os profetas. Os antepassados mataram os profetas e eles lhes edificaram os túmulos.
Essa declaração de Jesus – vs. 49 – de que lhe mandará profetas e apóstolos não é uma citação do Antigo Testamento, nem de nenhum escrito antigo conhecido. Jesus pode estar descrevendo a maneira providencial na qual Deus interage com o seu povo.
A própria geração de Jesus era culpada, pois ao rejeitá-lo estava também rejeitando implicitamente todos os profetas que haviam falado dele.
Assim, também eram culpados do sangue daqueles homens justos. Abel foi a primeira vítima de homicídio (Gn 4.8) e Zacarias foi o último assassinato registrado pelo Antigo Testamento (2Cr 24.21-22; Mt 23.35).
Ainda mais um ai contra os peritos da lei que tinham tomado a chave da ciência. Ao sobrecarregar a lei de Deus com tradições humanas, os "intérpretes da Lei" tornaram impossível para as pessoas comuns compreenderem a lei, quanto mais obedecer a ela.
Os fariseus e intérpretes da lei utilizavam até mesmo suas próprias tradições para escapar das exigências da lei (cf. Mc 7.5-13).
Depois disso, desse enfrentamento de Jesus contra os fariseus e os peritos e mestres na lei, eles começaram a opor-se fortemente a Jesus e buscavam interrogá-lo afim de terem algo do que o acusarem, ou "apanharem", uma palavra que traduz um termo grego usado para caçar animais selvagens.
Lc 11:1 De uma feita,
estava Jesus orando em certo lugar;
quando terminou,
um dos seus discípulos lhe pediu:
Senhor, ensina-nos a orar
como também João ensinou aos seus discípulos.
Lc 11:2 Então, ele os ensinou:
Quando orardes, dizei:
Pai,
santificado seja o teu nome;
venha o teu reino;
Lc 11:3 o pão nosso cotidiano
dá-nos de dia em dia;
Lc 11:4 perdoa-nos os nossos pecados,
pois também nós perdoamos
a todo o que nos deve;
e não nos deixes cair em tentação.
Lc 11:5 Disse-lhes ainda Jesus:
Qual dentre vós, tendo um amigo,
e este for procurá-lo à meia-noite e lhe disser:
Amigo, empresta-me três pães,
Lc 11:6 pois um meu amigo,
chegando de viagem, procurou-me,
e eu nada tenho que lhe oferecer.
Lc 11:7 E o outro lhe responda lá de dentro, dizendo:
Não me importunes;
a porta já está fechada,
e os meus filhos comigo também já estão deitados.
Não posso levantar-me para tos dar;
Lc 11:8 digo-vos que,
se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo,
todavia, o fará por causa da importunação
e lhe dará tudo o de que tiver necessidade.
Lc 11:9 Por isso, vos digo:
Pedi,
e dar-se-vos-á;
buscai,
e achareis;
batei,
e abrir-se-vos-á.
Lc 11:10 Pois todo o que pede
recebe;
o que busca
encontra;
e a quem bate,
abrir-se-lhe-á.
Lc 11:11 Qual dentre vós é o pai que,
se o filho lhe pedir [pão,
lhe dará uma pedra?
Ou se pedir] um peixe,
lhe dará em lugar de peixe uma cobra?
Lc 11:12 Ou, se lhe pedir um ovo
lhe dará um escorpião?
Lc 11:13 Ora, se vós, que sois maus,
sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos,
quanto mais o Pai celestial
dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?
Lc 11:14 De outra feita,
estava Jesus expelindo um demônio que era mudo.
E aconteceu que, ao sair o demônio,
o mudo passou a falar;
e as multidões se admiravam.
Lc 11:15 Mas alguns dentre eles diziam:
Ora, ele expele os demônios pelo poder de Belzebu,
o maioral dos demônios.
Lc 11:16 E outros,
tentando-o,
pediam dele um sinal do céu.
Lc 11:17 E, sabendo ele o que se lhes passava pelo espírito,
disse-lhes:
Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto,
e casa sobre casa cairá.
Lc 11:18 Se também Satanás estiver dividido
contra si mesmo,
como subsistirá o seu reino?
Isto, porque dizeis que eu expulso
os demônios por Belzebu.
Lc 11:19 E, se eu expulso os demônios por Belzebu,
por quem os expulsam vossos filhos?
Por isso, eles mesmos serão
os vossos juízes.
Lc 11:20 Se, porém, eu expulso os demônios
pelo dedo de Deus, certamente,
é chegado o reino de Deus sobre vós.
Lc 11:21 Quando o valente, bem armado,
guarda a sua própria casa,
ficam em segurança todos os seus bens.
Lc 11:22 Sobrevindo, porém, um mais valente do que ele,
vence-o, tira-lhe a armadura em que confiava
e lhe divide os despojos.
Lc 11:23 Quem não é por mim
é contra mim;
e quem comigo não ajunta
espalha.
Lc 11:24 Quando o espírito imundo sai do homem,
anda por lugares áridos, procurando repouso;
e, não o achando, diz:
Voltarei para minha casa, donde saí.
Lc 11:25 E, tendo voltado,
a encontra varrida e ornamentada.
Lc 11:26 Então,
vai e leva consigo outros sete espíritos,
piores do que ele,
e, entrando, habitam ali;
e o último estado daquele homem se torna pior do que o primeiro.
Lc 11:27 Ora, aconteceu que, ao dizer Jesus estas palavras,
uma mulher, que estava entre a multidão,
exclamou e disse-lhe:
Bem-aventurada aquela que te concebeu,
e os seios que te amamentaram!
Lc 11:28 Ele, porém, respondeu:
Antes, bem-aventurados
são os que ouvem a palavra de Deus
e a guardam!
Lc 11:29 Como afluíssem as multidões, passou Jesus a dizer:
Esta é geração perversa!
Pede sinal;
mas nenhum sinal lhe será dado, senão o de Jonas.
Lc 11:30 Porque, assim como Jonas
foi sinal para os ninivitas,
o Filho do Homem o será
para esta geração.
Lc 11:31 A rainha do Sul se levantará, no Juízo,
com os homens desta geração
e os condenará;
porque veio dos confins da terra
para ouvir a sabedoria de Salomão.
E eis aqui está quem é
maior do que Salomão.
Lc 11:32 Ninivitas se levantarão, no Juízo,
com esta geração e a condenarão;
porque se arrependeram
com a pregação de Jonas.
E eis aqui está quem é
maior do que Jonas.
Lc 11:33 Ninguém, depois de acender uma candeia,
a põe em lugar escondido, nem debaixo do alqueire,
mas no velador,
a fim de que os que entram vejam a luz.
Lc 11:34 São os teus olhos a lâmpada do teu corpo;
se os teus olhos forem bons,
todo o teu corpo será luminoso;
mas, se forem maus,
o teu corpo ficará em trevas.
Lc 11:35 Repara, pois, que a luz que há em ti
não sejam trevas.
Lc 11:36 Se, portanto, todo o teu corpo for luminoso,
sem ter qualquer parte em trevas,
será todo resplandecente como a candeia
quando te ilumina em plena luz.
Lc 11:37 Ao falar Jesus estas palavras,
um fariseu o convidou para ir comer com ele;
então, entrando, tomou lugar à mesa.
Lc 11:38 O fariseu, porém, admirou-se ao ver que Jesus
não se lavara primeiro, antes de comer.
Lc 11:39 O Senhor, porém, lhe disse:
Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato;
mas o vosso interior está cheio
de rapina e perversidade.
Lc 11:40 Insensatos!
Quem fez o exterior
não é o mesmo que fez o interior?
Lc 11:41 Antes, dai esmola do que tiverdes,
e tudo vos será limpo.
Lc 11:42 Mas ai de vós, fariseus!
Porque dais o dízimo
da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças
e desprezais
a justiça e o amor de Deus;
devíeis, porém, fazer estas coisas,
sem omitir aquelas.
Lc 11:43 Ai de vós, fariseus!
Porque gostais da primeira cadeira nas sinagogas
e das saudações nas praças.
Lc 11:44 Ai de vós que sois como as sepulturas invisíveis,
sobre as quais os homens passam sem o saber!
Lc 11:45 Então, respondendo um dos intérpretes da Lei, disse a Jesus:
Mestre, dizendo estas coisas,
também nos ofendes a nós outros!
Lc 11:46 Mas ele respondeu:
Ai de vós também, intérpretes da Lei!
Porque sobrecarregais os homens
com fardos superiores às suas forças,
mas vós mesmos nem com um dedo os tocais.
Lc 11:47 Ai de vós!
Porque edificais os túmulos dos profetas
que vossos pais assassinaram.
Lc 11:48 Assim,
sois testemunhas
e aprovais com cumplicidade as obras dos vossos pais;
porque eles mataram os profetas,
e vós lhes edificais os túmulos.
Lc 11:49 Por isso,
também disse a sabedoria de Deus:
Enviar-lhes-ei profetas e apóstolos,
e a alguns deles matarão
e a outros perseguirão,
Lc 11:50 para que desta geração se peçam contas do sangue
dos profetas,
derramado desde a fundação do mundo;
Lc 11:51 desde o sangue de Abel
até ao de Zacarias,
que foi assassinado
entre o altar e a casa de Deus.
Sim, eu vos afirmo,
contas serão pedidas a esta geração.
Lc 11:52 Ai de vós, intérpretes da Lei!
Porque tomastes a chave da ciência;
contudo, vós mesmos não entrastes
e impedistes os que estavam entrando.
Lc 11:53 Saindo Jesus dali,
passaram os escribas e fariseus
a argüi-lo com veemência,
procurando confundi-lo
a respeito de muitos assuntos,
Lc 11:54 com o intuito de tirar das suas próprias palavras
motivos para o acusar.
Jesus estava expulsando espíritos malignos e o acusavam de que fazia isso pelo poder do principal dos demônios. Imaginem o que não dirão dos seus seguidores que hoje servem ao Senhor? Como se não bastasse, pediam a ele um sinal...
Jesus tinha uma espada afiada em sua boca e com ela não alisava os fariseus, nem os escribas, nem os saduceus, nem os doutores da lei, antes, pregava a verdade, a justiça e o amor.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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