INSCREVA-SE!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Daniel 5:1-31 - O ULTRAJE DE BELSAZAR E A INTERPRETAÇÃO DE DANIEL

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Estamos vendo agora as suas narrativas. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Esta primeira parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em seis seções: A. a defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – já vimos; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49) – já vimos; C. Livramento da fornalha (3.1-30) – já vimos; D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37) – já vimos; E. O julgamento de Belsazar (5.1-31) - veremos agora; e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28).
E. O julgamento de Belsazar (5.1-31).
Neste capítulo, veremos em seus 31 versículos, Deus julgando Belsazar, primogênito de Nabonido, genro de Nabucodonosor. Nessa narrativa, o rei é condenado pelo insolente menosprezo que demonstrou pela santidade do Deus de Israel e pelo seu templo.
Conforme a BEG, Belsazar significa "Bel, protege o rei". Não deve ser confundido com Beltessazar, o nome babilônico dado a Daniel (1.7 - "Bel protege a sua vida" ou "Senhora, protege o rei”.).
De fontes babilônicas sabemos que Nabonido, genro de Nabucodonosor foi o último rei da Babilônia. Belsazar, o filho mais velho de Nabonido foi feito corregente com o seu pai e designado como o encarregado dos negócios da Babilônia enquanto Nabonido passava extensos períodos de tempo em Tema, na Arábia.
Os acontecimentos desse capítulo tiveram lugar em 539 a.C., o ano em que a Babilônia caiu diante dos persas e em que foi publicado o decreto libertando os israelitas do seu cativeiro, quarenta e dois anos depois da morte de Nabucodonosor em 563 a.C.
O rei Belsazar estava em grande festa com ais de 1000 convidados e ali, diante deles, bebia seu vinho e festejava. Essa cena do banquete justapõe o esplendor do acontecimento com o julgamento de Deus que logo seria realizado (cf. Gn 40.20-22; Mc 6.21-28).
Foi naqueles momentos de bebida quando o vinho já tomava conta do rei e sob a influência do vinho que Belsazar cometeu um ato sacrílego. Mesmo de um ponto de vista gentílico, os utensílios sagrados de outras religiões deveriam ser considerados com reverência.
Os que se enveredam por esse caminho de beber e se drogar tornam-se instrumentos do mal para práticas terríveis que poderão ter consequências irreparáveis. Conhecendo os seus efeitos e esses resultados de tantas e tantas histórias e testemunhos, melhor e mais inteligente é não ir por esse caminho de morte e destruição.
Álcool na Bíblia (exemplos)[1]
Não se embriaguem com vinho,
que leva à libertinagem,
mas deixem-se encher pelo Espírito,
Efésios 5:18
Ora, as obras da carne são manifestas:
imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes.
Eu os advirto, como antes já os adverti:
Aqueles que praticam essas coisas
não herdarão o Reino de Deus.
Gálatas 5:19-21
Assim diz o Senhor:
"Quando ainda se acha suco
num cacho de uvas,
os homens dizem: 'Não o destruam,
pois ainda há algo bom';
assim farei em favor dos meus servos;
não os destruirei totalmente.
Isaías 65:8
O vinho é zombador
e a bebida fermentada provoca brigas;
não é sábio deixar-se dominar por eles.
Provérbios 20:1
Não ande com os que
se encharcam de vinho,
nem com os que
se empanturram de carne.
Pois os bêbados e os glutões
se empobrecerão,
e a sonolência os vestirá de trapos.
Provérbios 23:20-21
Nabucodonosor é chamado de pai de Belsazar aqui – vs. 2 - e nos vs. 11, 13,18, e no v. 22, Belsazar é chamado de "filho" de Nabucodonosor. Pela BEG, vemos que embora saibamos que Belsazar era realmente filho de Nabonido e não de Nabucodonosor, os termos pai e filho eram usados com frequência no mundo antigo num sentido mais amplo de "ancestral" ou "predecessor" e de "descendente" ou "sucessor", respectivamente. É possível que Belsazar fosse neto de Nabucodonosor por meio de sua mãe, Nitócris.
Foi o próprio Belsazar que mandara trazer as taças e objetos sagrados dos hebreus para neles beberem suas bebidas e zombarem de Deus e assim darem louvores aos seus deuses.
Os vasos do templo foram profanados não apenas por terem sido utilizados de maneira profana, mas também por terem sido usados para honrar as divindades falsas da Babilônia.
Na mesma hora daquele ultraje, repentinamente, apareceram dedos de mão humana que começaram a escrever no reboco da parede, da parte mais iluminada do palácio real. O rei observou a mão enquanto ela escrevia e seu rosto ficou pálido, e ele ficou tão assustado que os seus joelhos batiam e as suas pernas vacilaram.
Aos gritos, o rei mandou chamar os encantadores, os astrólogos e os adivinhos e disse a esses sábios da Babilônia para darem a ele o significado e qualquer que lesse esta escritura e declarasse sua interpretação, o rei o vestiria de púrpura, e traria uma cadeia de ouro ao pescoço, e no reino seria o terceiro governante, o próximo em poder abaixo de Nabonido e de seu corregente Belsazar (5.1).
Novamente o rei determinou urna dupla exigência: declarar o presságio e interpretá-lo (cf. 2.3). Novamente, também, os caldeus não puderam ler a escritura, nem fazer saber ao rei sua interpretação, pelo que o rei ficou irado em extremo.
Foi naquele momento que entrou no banquete a rainha-mãe por causa da grande confusão do rei. É improvável que ela fosse a esposa de Belsazar, uma vez que essas mulheres já estavam presentes no banquete (vs. 2-3). Pode ser que se tratasse da viúva de Nabucodonosor; entretanto, é mais provável que fosse Nitócris, esposa de Nabonido, filha de Nabucodonosor e mãe de Belsazar (BEG).
Ela então tranquiliza o rei e fala, testemunha, acerca de Daniel que, segundo ela, tinha o espírito dos deuses santos – vs. 11. Não deveríamos nos surpreender com o fato de que a rainha-mãe estivesse mais familiarizada com os acontecimentos do tempo de Daniel do que Belsazar.
É provável que, em 539 a.C., Daniel estivesse com cerca de oitenta anos. Ele era jovem quando fora levado para a Babilônia, sessenta e seis anos atrás, em 605 a.C. (1.1).
Em função do que disse a rainha-mãe mandaram chamar a Daniel cuja capacitação divina pode ser descrita teologicamente como uma presença do Espírito de Deus numa pessoa possuidora de um espírito extraordinário.
Daniel foi introduzido à presença do rei – vs. 13 – e o rei falou com ele perguntando se era ele um dos cativos de Judá que seu pai havia trazido e que tinha ouvido falar dele como aquele que tinha o espírito dos deuses e que se achavam nele a luz, o entendimento e excelente sabedoria.
Depois lhe fala da tentativa dos magos que o antecederam, de sua frustração e o indaga novamente se seria ele mesmo capaz de dar ao rei significado ao acontecido. Então lhe promete honrarias, presentes e uma alta posição no seu reino.
Daniel, de forma até um pouco ríspida e sem mostrar interesse, lhe responde dizendo que os presentes poderiam ficar com ele mesmo, isso é, não fazia questão deles, nem se deixaria motivar-se por isso.
Alguns pensam que Daniel rejeitou a oferta de recompensa de Belsazar não apenas porque ele não procurava tais honras, mas também em razão da consciência que tinha de que era apenas pela misericórdia de Deus que ele tinha sido capaz de responder à exigência do rei; ele não queria usar essa dádiva de Deus como meio para obter lucro pessoal (Gn 14.23).
Entretanto, havia aceitado tais recompensas antes (2 48) e o fez novamente mais tarde (v. 29). Talvez ele estivesse evitando qualquer pressão para modificar a mensagem sinistra (Nm 22.18; Mq 3.5,11).
A partir do verso 18, começa então a interpretar o ocorrido.
Primeiro ele fala do tempo de seu pai, Nabucodonosor, que Deus tinha dado a ele soberania, grandeza, glória e majestade e que, em função disso, homens de todas as nações, povos e línguas tremiam diante dele e o temiam.
O rei era tão poderoso que a quem o rei queria matar, matava; a quem queria poupar, poupava; a quem queria promover, promovia; e a quem queria humilhar, humilhava.
No entanto, o seu coração se tornou arrogante e endurecido por causa do orgulho e ele foi deposto de seu trono real e despojado da sua glória.
Daniel continuou a explicar em detalhes o fato já comentado no capítulo anterior que ocasionou a transformação em animal e depois que reconheceu o Senhor, voltou a ser homem novamente e tudo lhe foi devolvido o que lhe permitiu, depois, maior crescimento.
Se dirigindo, depois, a Belsazar comenta que ele sabia disso e que deveria ter se humilhado, mas pelo contrário, tornou-se pior e se exaltou acima do Senhor dos céus. Por fim, para agravar a sua situação e entrar em juízo com Deus, ainda mandou trazer as taças do templo do Senhor para que nelas bebessem ele, os seus nobres, as suas mulheres e as suas concubinas. Ainda louvaram os deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não podem ver nem ouvir nem entender. Para piorar ainda mais, não glorificaram o Deus que sustentava em suas mãos a vida dele e todos os seus caminhos.
E disse que a mão e os dedos que escreveram aquilo foi enviado por Deus, cujo significado era este: Mene: Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim. Tequel: Foste pesado na balança e achado em falta. Peres: Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas".
Dn 5:1 O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes,
e bebeu vinho na presença dos mil.
Dn 5:2 Havendo Belsazar provado o vinho,
mandou trazer os vasos de ouro e de prata
que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo
que estava em Jerusalém,
para que bebessem por eles o rei, e os seus grandes,
as suas mulheres e concubinas.
Dn 5:3 Então trouxeram os vasos de ouro que foram tirados do templo
da casa de Deus, que estava em Jerusalém,
e beberam por eles o rei, os seus grandes,
as suas mulheres e concubinas.
Dn 5:4 Beberam vinho, e deram louvores aos deuses de ouro,
e de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de pedra.
Dn 5:5 Na mesma hora apareceram uns dedos de mão de homem,
e escreviam, defronte do castiçal,
na caiadura da parede do palácio real;
e o rei via a parte da mão que estava escrevendo.
Dn 5:6 Mudou-se, então, o semblante do rei,
e os seus pensamentos o perturbaram;
as juntas dos seus lombos se relaxaram,
e os seus joelhos batiam um no outro.
Dn 5:7 E ordenou o rei em alta voz, que se introduzissem
os encantadores, os caldeus e os adivinhadores;
e falou o rei, e disse aos sábios de Babilônia:
Qualquer que ler esta escritura, e me declarar
a sua interpretação, será vestido de púrpura,
e trará uma cadeia de ouro ao pescoço,
e no reino será o terceiro governante.
Dn 5:8 Então entraram todos os sábios do rei;
mas não puderam ler o escrito,
nem fazer saber ao rei a sua interpretação.
Dn 5:9 Nisto ficou o rei Belsazar muito perturbado,
e se lhe mudou o semblante;
e os seus grandes estavam perplexos.
Dn 5:10 Ora a rainha, por causa das palavras do rei
e dos seus grandes, entrou na casa do banquete;
e a rainha disse:
Ó rei, vive para sempre;
não te perturbem os teus pensamentos,
nem se mude o teu semblante.
Dn 5:11 Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses s
antos; e nos dias de teu pai se achou nele luz, e inteligência,
e sabedoria, como a sabedoria dos deuses;
e teu pai, o rei Nabucodonosor, sim, teu pai,
ó rei, o constituiu chefe
dos magos, dos encantadores, dos caldeus,
e dos adivinhadores;
Dn 5:12 porquanto se achou neste Daniel um espírito excelente,
e conhecimento e entendimento para interpretar sonhos,
explicar enigmas e resolver dúvidas,
ao qual o rei pôs o nome de Beltessazar.
Chame-se, pois, agora Daniel, e ele dará a interpretação.
Dn 5:13 Então Daniel foi introduzido à presença do rei.
Falou o rei, e disse à Daniel:
És tu aquele Daniel, um dos cativos de Judá,
que o rei, meu pai, trouxe de Judá?
‘              Dn 5:14 Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses
está em ti, e que em ti se acham
a luz, o entendimento e a excelente sabedoria.
Dn 5:15 Acabam de ser introduzidos à minha presença
os sábios, os encantadores, para lerem o escrito,
e me fazerem saber a sua interpretação;
mas não puderam dar a interpretação destas palavras.
Dn 5:16 Ouvi dizer, porém, a teu respeito que podes
dar interpretações e resolver dúvidas.
Agora, pois, se puderes ler esta escritura
e fazer-me saber a sua interpretação,
serás vestido de púrpura,
e terás cadeia de ouro ao pescoço,
e no reino serás o terceiro governante.
Dn 5:17 Então respondeu Daniel, e disse na presença do rei:
Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outro;
todavia vou ler ao rei o escrito,
e lhe farei saber a interpretação.
Dn 5:18 O Altíssimo Deus, ó rei, deu a Nabucodonosor, teu pai,
o reino e a grandeza, glória e majestade;
Dn 5:19 e por causa da grandeza que lhe deu, todos
os povos, nações, e línguas tremiam e temiam diante dele;
a quem queria matava, e a quem queria conservava em vida;
a quem queria exaltava, e a quem queria abatia.
Dn 5:20 Mas quando o seu coração se elevou,
e o seu espírito se endureceu para se haver arrogantemente,
foi derrubado do seu trono real,
e passou dele a sua glória.
Dn 5:21 E foi expulso do meio dos filhos dos homens,
e o seu coração foi feito semelhante aos dos animais,
e a sua morada foi com os jumentos monteses;
deram-lhe a comer erva como aos bois,
e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo,
até que conheceu que o Altíssimo Deus tem domínio
sobre o reino dos homens,
e a quem quer constitui sobre ele.
Dn 5:22 E tu, Belsazar, que és seu filho,
não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste tudo isso;
Dn 5:23 porém te elevaste contra o Senhor do céu;
pois foram trazidos a tua presença os vasos da casa dele,
e tu, os teus grandes, as tua mulheres
e as tuas concubinas, bebestes vinho neles;
além disso, deste louvores aos deuses
de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira
e de pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem;
mas a Deus, em cuja mão está a tua vida,
e de quem são todos os teus caminhos,
a ele não glorificaste.:
Dn 5:24 Então dele foi enviada aquela parte da mão
que traçou o escrito.
Dn 5:25 Esta, pois, é a escritura que foi traçada:
MENE, MENE, TEQUEL, UFARSlM.
Dn 5:26 Esta é a interpretação daquilo:
MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou.
Dn 5:27 TEQUEL:
Pesado foste na balança, e foste achado em falta.
Dn 5:28 PERES:
Dividido está o teu reino,
e entregue aos medos e persas.
Dn 5:29 Então Belsazar deu ordem,
e vestiram a Daniel de púrpura, puseram-lhe
uma cadeia de ouro ao pescoço,
e proclamaram a respeito dele que seria
o terceiro em autoridade no reino.
Dn 5:30 Naquela mesma noite Belsazar, o rei dos caldeus,
foi morto.
Dn 5:31 E Dario, o medo, recebeu o reino,
tendo cerca de sessenta e dois anos de idade.
A interpretação foi terrível, difícil e nada amigável, pelo contrário detonava ao rei Belsazar, no entanto, o rei percebeu que estava diante da verdade e diante de um homem da verdade e por sua ordem, vestiram Daniel com um manto vermelho, puseram-lhe uma corrente de ouro no pescoço, e o proclamaram o terceiro em importância no governo do reino.
Depois disso, naquela mesma noite, tendo já Daniel recebido os presentes e a sua promoção, o rei foi morto e no seu lugar passou a reinar Dario, o medo, com a idade de 62 anos.
Como havíamos dito no início, os acontecimentos deste capítulo tiveram lugar em 539 a.C., o ano em que a Babilônia caiu diante dos persas. No livro de Esdras veremos que ele resume cronologicamente várias tentativas de interromper os trabalhos de reconstrução do templo[2], durante os reinados de:
·         Ciro em 559-530 a.C. (vs. 1-5).
·         Xerxes em 486-465 a.C. (v. 6).
·         Artaxerxes 1 em 465-424 a.C. (vs. 7-23).
·         Dario 1 em 522-486 a.C. (v. 24).
Pretendemos, depois, fazer um paralelo com essas histórias e com os contemporâneos de Daniel. Aguardem.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br


[2] Do livro do mesmo autor - GRANDES LÍDERES DO POVO DE DEUS NO PÓS-EXÍLIO - Aprendendo o segredo da liderança com Esdras, Ester, Neemias e os reis persas Ciro, Dario, Xerxes e Artaxerxes.
...


quinta-feira, 21 de maio de 2015

Daniel 4:1-37 - DANIEL INTERPRETA O SEGUNDO SONHO DE NABUCODONOSOR

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Estamos vendo agora as suas narrativas. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Esta primeira parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em seis seções: A. a defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – já vimos; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49) – já vimos; C. Livramento da fornalha (3.1-30) – já vimos; D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37) - veremos agora; E. O julgamento de Belsazar (5.1-31); e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28).
D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37).
Neste capítulo, veremos em seus 37 versículos, Deus usando Daniel para dar a interpretação do segundo sonho de Nabucodonosor. O profeta narra a história do segundo sonho do rei e a sua interpretação. Uma vez mais Daniel foi exaltado e Nabucodonosor humilhado diante de Deus.
Aqui, conforme o primeiro versículo, se tem a impressão de quem ocupa a pena é o rei Nabucodonosor que em sua escrita se dirige a todos os povos, nações e línguas. Esse é o último incidente do livro associado a Nabucodonosor. Tem também uma data posterior, ambientado no quadragésimo terceiro ano do seu reinado, quando todos os seus projetos estavam terminados e o seu poder estava no auge (cf. vs. 4,30).
Por esse tempo, Nabucodonosor reinava sobre o mais poderoso império da terra. Como não tinha sobre ele quem fosse superior, ele se achava o máximo, um escolhido dentre os mortais para ser imortalizado.
A confissão de Nabucodonosor nesses versículos iniciais e nos vs. 34-35 apresenta um dos temas centrais do livro de Daniel, ou seja, a absoluta soberania do Deus de Israel sobre os reinos da terra e os seus governantes.
Diz Nabucodonosor, o rei do grande império mundial, que estava sossegado em sua casa, e próspero no seu palácio, quando, de repente, teve um sonho que o espantou; e estando ele na sua cama, os seus pensamentos e as visões da sua cabeça o perturbaram.
Ele expede um decreto e chama a sua presença, dentro do seu império, os sábios da Babilônia para que interpretassem o sonho dele. Dessa vez, ele se lembrava e contou primeiro o sonho – vs. 7 -, mas ninguém foi capaz de interpretá-lo, até que chegou a ele, Daniel que tinha o “espírito dos deuses” – linguagem do rei – e era o chefe dos magos.
Embora tenha falado em termos pagãos, Nabucodonosor proferiu uma verdade importante. A presença do Espírito de Deus numa pessoa tem efeitos extraordinários.
Aqui vemos a sua capacidade de conferir percepções notáveis sobre o mistério de Deus, como mais tarde foi dado a Paulo e à igreja (1 Co 2.6-16). Nenhum mistério te é difícil. (2.10; 47).
Para Daniel, está escrito que ele pediu a ele que lhe contasse as visões de sua cabeça, em sonhos e a sua interpretação. Em seguida, passa a lhe falar de suas visões.
Ele olhava e viu uma árvore no meio da terra. Conforme nos lembra a BEG, em Ez 31, veremos uma ampla descrição de uma nação (Assíria) pelo uso do simbolismo de uma árvore. Simbolismo semelhante é encontrado também em SI 1.3; 37.35; 52.8; 92.12; Jr 11.16-17; 17.8; Mt 13.32.
A árvore era muito grande e crescia e se fazia cada vez mais forte de maneira que sua altura chegava até o céu. O termo céu também pode significar "reino do céu", uma ideia-chave nesse capítulo.
A árvore representava o reino de Nabucodonosor que ia da terra até o céu (vs. 11, 20,22) e protegia os pássaros, os quais desafiavam a separação entre as duas esferas (vs. 12,21).
Na realidade, o rei estava sujeito não só ao julgamento do céu por causa do seu orgulho (vs. 13, 23,31), mas também dependia do Deus do céu para a sua existência (15, 22, 25,33) e sanidade (v. 34).
Ele continua a falar de sua visão e da maneira como era grande e importante tal árvore, mas que em determinado momento, estando ainda em sua cama, começou a ver que alguém – um vigia, um santo – descia do céu e clamava em alta voz dizendo para que se derrubasse a árvore, cortarem-se lhe os ramos, sacudissem-lhes as suas folhas e espalhassem-se os seus frutos, fazendo, destarte, fugirem todos os animais de debaixo dela e também as aves de seus ramos, mas que se deixasse o tronco, com suas raízes numa cinta de ferro e de bronze.
Embora Nabucodonosor continuasse a falar em termos de sua religião pagã, ele reconheceu que viu um ser santo e celestial em sua visão. Essa crença comum no antigo Oriente Próximo, encaixa-se bem com a verdade bíblica de que Deus se envolve nos negócios da terra por meio de revelações trazidas pelos anjos.
Torna-se claro – vs. 15 - que o sonho se refere a uma pessoa humana e não apenas a uma árvore (vs. 22). O juízo sobre essa pessoa envolvia que ela ficasse no chão, em meio à relva do campo e seria ela molhada com o orvalho do céu e com os animais comeria a grama da terra. Também que a sua mente humana lhe seria tirada, e ele seria como um animal, até que se passasse sobre ele sete tempos.
Essa era uma decisão anunciada por sentinelas angelicais que tinha o propósito de ensinar aos homens que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem ele quer e que ele põe no poder o homem mais simples, se assim o desejar – vs. 17.
Sete períodos de duração não especificada (cf. vs. 23,25). A maioria dos intérpretes conclui que "tempo" representa o período de um ano. O vs. 33 sugere que o período era mais longo do que um dia, urna semana, ou um mês.
A BEG nos diz que Nabucodonosor talvez sofresse de uma conhecida doença mental chamada licantropia que deriva das palavras gregas lukos (lobo) e anthropos (homem) na qual a pessoa é levada ilusoriamente a comportar-se como um lobo ou outro animal (vs. 33).
Daniel ouve o sonho e fica estarrecido. Nabucodonosor percebe e lhe fala carinhosamente para que não se perturbasse, mas que contasse a interpretação sem medo. Parecia ele saber, no íntimo que a pessoa do sonho sobre o qual viria o juízo era ele mesmo.
Sobre o império babilônico, a BEG nos diz, em seu quadro – página 1098 – que a cidade de Babilônia alcançou grande poder por volta de 1 850 a.C., mas por pouco tempo. Hamurábi foi o seu rei mais destacado. Mil e duzentos anos depois, a Babilônia recuperou a sua glória sob Nabucodonosor II. Era a época do Império Neobabilônico.
No século 82. a.C., a Assíria era a grande potência do Oriente Próximo; porém, em 614 a.C., Assur foi derrotado pelos medos, os quais se aliaram com os babilônios e tomaram Nínive no ano 612 a.C. Rapidamente os babilônios controlaram toda a área. O Faraó Neco (2Rs 23.29-35) marchou em direção ao Eufrates e lutou junto com os assírios em Carquemis, no ano 615 a.C., mas o exército babilônico, comandado por Nabucodonosor, derrotou-o; o Egito teve de se retirar.
 Daniel então começa a dar a sua interpretação, mas não sem antes afirmar que assim fosse com quem fosse inimigo do rei e não com o rei, mas ele daria as respostas e o significado. Também lhe aconselharia, mas quem disse que Nabucodonosor o ouviria?
Então ele afirma claramente que aquela grande árvore era ele mesmo, o rei. Com essa afirmação muito semelhante à de Natã perante Davi (2Sm 12.7) — foi feita uma aplicação direta a Nabucodonosor. E aquilo que viu e ouviu daquele vigia celestial era, na verdade, um decreto do Altíssimo sobre a vida dele onde, em breve, seria expulso de entre os homens, e a sua morada seria com os animais do campo.
Em termos mais específicos do que os usados no v. 15, Daniel indica um tipo de doença mental que Deus traria sobre o poderoso Nabucodonosor. É curiosos observar, conforme nos fala a BEG, que sintomas semelhantes ocasionalmente afligiram o rei Jorge III da Inglaterra (1738-1820) e Oto da Bavária (1848-1916).
O propósito da humilhação de Nabucodonosor era compeli-lo a reconhecer a soberania de Deus.
À Nabucodonosor foi assegurado de que, apesar da severidade e duração de sua enfermidade, ele receberia novamente o seu trono depois que reconhecesse a soberania de Deus.
No verso 26 foi dito que a ordem para deixar o toco da árvore com as raízes significa que o reino dele seria a ele devolvido quando reconhecesse que os Céus dominam, ou seja, pela primeira vez nas Escrituras, o termo "céu" é usado como substituto para o nome de Deus (cf. v. 37; compare Mt 5.3 com Lc 6.20).
Em seguida vem o conselho sábio de um homem de Deus, mas que não foi ouvido. Por que será que ninguém ouve esses homens? Eu sei que o termo “ninguém” é forte demais, mas isso foi feito para chamar sua atenção para a voz de Deus que os homens insistem em não ouvir (obedecer).
O seu conselho seria para ele renunciar aos seus pecados e à sua maldade, para praticar a justiça e passar a ter compaixão dos necessitados. Fazendo isso, talvez, então, continuaria ele a viver em paz. Em resumo:
·         Renunciar aos seus pecados.
·         Renunciar à sua maldade.
·         Praticar a justiça.
·         Passar a ter compaixão dos necessitados.
Deus lhe avisou sobre tudo isso 12 meses antes do fato! Um ano depois estava ele meditando no terraço do palácio real da Babilônia, orgulhando-se de tudo o que possuía e era entre os homens. A palavra de jactância ainda estava em sua boca – vs. 31 – quando dos céus ouviu-se uma voz de juízo:
"É isto que está decretado quanto a você, rei Nabucodonosor: Sua autoridade real lhe foi tirada. Você será expulso do meio dos homens, viverá com os animais selvagens e comerá capim como os bois. Passarão sete tempos até que admita que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer" (NVI).
A sentença anunciada pela voz se cumpriu de imediato – vs. 33. É de repente que acontecem as coisas. Quando menos esperamos, já se torna tarde demais para choros e arrependimentos. O tempo acabou! Ele foi expulso de entre os homens e passou a comer capim e a se comportar como os animais.
A BEG nos fala de que pelo fato de Nabucodonosor exibir traços característicos do gado, o tipo de doença mental da qual ele sofria é algumas vezes denominado boantropia.
Passado o tempo de seu juízo – vs. 34 -, ele percebeu que o seu entendimento lhe tinha voltado e ai pode louvar o Altíssimo e também honrar e glorificÁ-lo. Entendeu que o seu domínio é eterno e o seu reino dura de geração em geração, sendo todos os povos como que nada diante dele. O seu agir é conforme lhe agrada, tanto nos céus como na terra, e quem poderia se lhe opor ou dizer a ele – o que fazes?
Dn 4:1 Nabucodonosor rei, a todos os povos, nações, e línguas,
que moram em toda a terra:
Paz vos seja multiplicada.
Dn 4:2 Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas
que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
Dn 4:3 Quão grandes são os seus sinais,
e quão poderosas as suas maravilhas!
O seu reino é um reino sempiterno,
e o seu domínio de geração em geração.
Dn 4:4 Eu, Nabucodonosor, estava sossegado em minha casa,
e próspero no meu palácio.
Dn 4:5 Tive um sonho que me espantou;
e estando eu na minha cama, os pensamentos
e as visões da minha cabeça me perturbaram.
Dn 4:6 Portanto expedi um decreto,
que fossem introduzidos à minha presença todos
os sábios de Babilônia, para que me fizessem saber
a interpretação do sonho.
Dn 4:7 Então entraram os magos, os encantadores, os caldeus,
e os adivinhadores, e lhes contei o sonho;
mas não me fizeram saber a interpretação do mesmo.
Dn 4:8 Por fim entrou na minha presença Daniel,
cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus,
e no qual há o espírito dos deuses santos;
e eu lhe contei o sonho, dizendo:
Dn 4:9 Ó Beltessazar, chefe dos magos,
porquanto eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos,
e nenhum mistério te é difícil,
dize-me as visões do meu sonho que tive
e a sua interpretação.
Dn 4:10 Eram assim as visões da minha cabeça,
estando eu na minha cama:
eu olhava, e eis uma árvore no meio da terra,
e grande era a sua altura;
Dn 4:11 crescia a árvore, e se fazia forte,
de maneira que a sua altura chegava até o céu,
e era vista até os confins da terra.
Dn 4:12 A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante,
e havia nela sustento para todos;
debaixo dela os animais do campo achavam sombra,
e as aves do céu faziam morada nos seus ramos,
e dela se mantinha toda a carne.
Dn 4:13 Eu via isso nas visões da minha cabeça,
estando eu na minha cama,
e eis que um vigia, um santo, descia do céu.
Dn 4:14 Ele clamou em alta voz e disse assim:
Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos,
sacudi as suas folhas e espalhai o seu fruto;
afugentem-se os animais de debaixo dela,
e as aves dos seus ramos.
Dn 4:15 Contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes,
numa cinta de ferro e de bronze,
no meio da tenra relva do campo;
e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção
com os animais na erva da terra.
Dn 4:16 Seja mudada a sua mente,
para que não seja mais a de homem,
e lhe seja dada mente de animal;
e passem sobre ele sete tempos.
Dn 4:17 Esta sentença é por decreto dos vigias,
e por mandado dos santos;
a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo
tem domínio sobre o reino dos homens,
e o dá a quem quer, e até o mais humilde dos homens
constitui sobre eles.
Dn 4:18 Este sonho eu, rei Nabucodonosor, o vi.
Tu, pois, Beltessazar, dize a interpretação;
porquanto todos os sábios do meu reino
não puderam fazer-me saber a interpretação;
mas tu podes;
pois há em ti o espírito dos deuses santos.
Dn 4:19 Então Daniel, cujo nome era Beltessazar,
esteve atônito por algum tempo,
e os seus pensamentos o perturbaram.
Falou, pois, o rei e disse:
Beltessazar, não te espante o sonho,
nem a sua interpretação.
Respondeu Beltessazar, e disse:
Senhor meu, seja o sonho para os que te odeiam,
e a sua interpretação para os teus inimigos:
Dn 4:20 A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte,
cuja altura chegava até o céu,
e que era vista por toda a terra;
Dn 4:21 cujas folhas eram formosas,
e o seu fruto abundante,
e em que para todos havia sustento,
debaixo da qual os animais do campo
achavam sombra, e em cujos ramos
habitavam as aves do céu;
Dn 4:22 és ,tu, ó rei, que cresceste, e te fizeste forte;
pois a tua grandeza cresceu, e chegou até o céu,
 o teu domínio até a extremidade da terra.
Dn 4:23 E quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo,
que descia do céu, e que dizia:
Cortai a árvore, e destruí-a;
contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes,
numa cinta de ferro e de bronze,
no meio da tenra relva do campo;
e seja molhado do orvalho do céu,
e seja a sua porção com os animais do campo,
até que passem sobre ele sete tempos;
Dn 4:24 esta é a interpretação, ó rei é o decreto do Altíssimo,
que é vindo sobre o rei, meu senhor:
Dn 4:25 serás expulso do meio dos homens,
e a tua morada será com os animais do campo,
e te farão comer erva como os bois,
e serás molhado do orvalho do céu,
e passar-se-ão sete tempos por cima de ti;
até que conheças que o Altíssimo tem domínio
sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
Dn 4:26 E quanto ao que foi dito,
que deixassem o tronco com as raízes da árvore,
 o teu reino voltará para ti,
depois que tiveres conhecido que o céu reina.
Dn 4:27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho,
e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça,
e às tuas iniqüidades,
usando de misericórdia com os pobres,
se, porventura, se prolongar a tua tranqüilidade.
Dn 4:28 Tudo isso veio sobre o rei Nabucodonosor.
Dn 4:29 Ao cabo de doze meses,
quando passeava sobre o palácio real de Babilônia,
Dn 4:30 falou o rei, e disse:
Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei
para a morada real, pela força do meu poder,
e para a glória da minha majestade?
Dn 4:31 Ainda estava a palavra na boca do rei,
quando caiu uma voz do céu:
A ti se diz, ó rei Nabucodonosor:
Passou de ti o reino.
Dn 4:32 E serás expulso do meio dos homens,
e a tua morada será com os animais do campo;
far-te-ão comer erva como os bois,
e passar-se-ão sete tempos sobre ti,
até que conheças que o Altíssimo
tem domínio sobre o reino dos homens,
e o dá a quem quer.
Dn 4:33 Na mesma hora a palavra se cumpriu sobre Nabucodonosor,
e foi expulso do meio dos homens,
e comia erva como os bois,
e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu,
até que lhe cresceu o cabelo c
omo as penas da águia,
e as suas unhas como as das aves:
Dn 4:34 Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor,
levantei ao céu os meus olhos,
e voltou a mim o meu entendimento,
e eu bendisse o Altíssimo,
e louvei,
e glorifiquei ao que vive para sempre;
porque o seu domínio é um domínio sempiterno,
e o seu reino é de geração em geração.
Dn 4:35 E todos os moradores da terra são reputados em nada;
e segundo a sua vontade ele opera no exército
do céu e entre os moradores da terra;
não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer:
Que fazes?
QDn 4:36 No mesmo tempo voltou a mim o meu entendimento;
e para a glória do meu reino voltou a mim
a minha majestade e o meu resplendor.
Buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes;
e fui restabelecido no meu reino,
e foi-me acrescentada excelente grandeza.
Dn 4:37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor,
louvo, e exalço,
e glorifico ao Rei do céu;
porque todas as suas obras são retas,
e os seus caminhos justos,
e ele pode humilhar aos que andam na soberba.
Depois desse reconhecimento de Deus, por parte do rei,  é que ele foi reconhecido na terra. Depois lhe voltou todo o poder, honras e glórias de seu reino que tinha antes disso. Tudo lhe foi restaurado, e sua grandeza veio a ser ainda maior – vs. 36.
Finaliza o capítulo na primeira pessoa, como iniciou, dizendo que agora ele, Nabucodonosor, louvava e exaltava e glorificava o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos. Também que ele tem poder para humilhar aqueles que vivem com arrogância.
Embora Nabucodonosor tenha confessado a soberania de Deus em termos eloquentes, ele nunca afirmou que o Deus de Israel era o supremo criador do universo.
Esse termo singular, que ele gestava glorificando – Rei do céu -, unifica o tema do capítulo: o governo de Deus vindo do céu (veja 4.26).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...