sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
sexta-feira, dezembro 19, 2014
Jamais Desista
Isaías 22:1-25 - COMAMOS E BEBAMOS PORQUE AMANHÃ MORREREMOS?
Estamos no capítulo 22/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1
a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos
apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para
com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o
período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente
divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia
(Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista.
b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista.
d. Damasco – 17:1-14 – já vista. e. A
Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 – já
vista. f. Babilônia – 21:1-10 – já
vista. g. Edom – 21:11-12 – já vista.
h. Arábia – 21:13-17 – já vista. i.
Jerusalém – 22:1-25 – veremos agora.
j. Tiro – 23:1-18.
i. Jerusalém – 22:1-25.
A ocasião desse
oráculo foi o cerco de Jerusalém feito por Senaqueribe em 701 a.C. (22.15).
A sentença é
clara contra o vale da visão, isto é, contra Jerusalém. Talvez aqui vale da visão
era um forma sarcástica de se referir a Jerusalém como um vale que se tem pouca
visão da realidade.
Campanha de Senaqueribe contra Judá
(701 a.C.)[1]
O
reino de Judá tornou-se vassalo assírio ao pedir proteção contra o ataque de
Israel e da Síria (2Rs 16.1-9). Assim, quando o rei Ezequias buscou a
independência de Judá, a sua ação levou o exército assírio até Judá. O rei
assírio sitiou e tomou Laquis e enviou um grande exército contra Jerusalém.
Ezequias, por conselho do profeta Isaías, não se rendeu, e os assírios foram
obrigados a retroceder (2Rs 18.1-8---19.37).
Judá
permaneceu leal à Assíria até que o império foi derrotado pelos babilônios, que
tomaram Nínive, a capital assíria, no ano 612 a.C. (Dn 5).
O rei Ezequias e
o povo de Deus nutriam de certa forma uma confiança absurda na proteção de
outras nações, como o Egito e a Etiópia e criam que mal nenhum poderia sobrevir
a eles enquanto tivessem proteção.
Isaías conhecia o
seu Deus e sabia que essa autoconfiança não refletia uma fé séria no Senhor.
Ele repreendeu o povo e seus líderes por não levarem a sério a ameaça da Assíria,
cuja palavra de Deus advertia.
Os cidadãos de
Jerusalém tolamente consideravam-se invencíveis. Eles se reuniam no telhado das
casas com o propósito de festejar (vs. 13). Parece que Sebna era líder entre
aqueles que comemoravam (vs. 15).
No verso 2, vemos uma cidade cheia de
aclamações, cidade estrepitosa, cidade alegre! Os cidadãos agitados e animados
não haviam testemunhado o que o profeta viu. Isaías, pelo contrário, anteviu o
que aconteceria a Jerusalém. Muitos morreriam devido a doenças e por causa das
dificuldades causadas pelo iminente cerco de Jerusalém pelos assírios. Realmente
a cidade não percebia o perigo e as consequências do cerco assírio.
Isaías viu que depois de destruírem grande
parte de Judá, os líderes abandonariam o povo. Em outras passagens, o profeta
foi um duro crítico da liderança humana e das pessoas que não tinham “visão"
do que estava acontecendo ao redor delas – 1:10, 23-26; 3.1-3, 13-15; 7:1-.2; 9:6,14-16;
11:1; 19:13-15; 28:7-11,14; 29:15.
É Deus advertindo e enviando os seus
profetas e o povo não fazendo caso. É como nos dias atuais. É como sempre foi e
sempre será. Raríssimas vezes, o povo depois de advertido tomou juízo, se
arrependeu e Deus mudou o destino previsto para uma nação ou um povo em
especial.
Temos o caso famoso de Nínive que fora
advertida pelo profeta Jonas e se arrependeu e Deus mudou a sorte daquela nação
inteira.
O profeta expressou – vs 4 - o seu
desespero diante do perigo que Jerusalém enfrentava.
O dia do Senhor que aconteceria quando os
assírios lançassem o cerco a Jerusalém, traria consigo ansiedade desvairada,
gritos de angustia, alvoroço, desolação e destruição - Dt 7:23; 28:20: I Sm 5:9;
Ez 7:7; 22:5; Am 3:9: Zc 14:13).
No verso 6,
as cidades de Elão e de Quir, situadas a leste da Babilónia, se uniriam
à Assina no cerco a Jerusalém, que seria completamente rodeada e não teria
qualquer defesa. Os vales seriam cheios de carros e os cavaleiros estariam
todos a postos prontos para invadirem – vs 7.
A casa do Bosque, do verso 8, era um complexo
adjacente ao templo - I Rs 7:2-6 - que era usado como depósito de armas - 39:.2.
Quando ficou claro que a ameaça assina era real, Ezequias preparou-se
freneticamente para a chegada dos invasores.
Ezequias, preparando-se para a iminente
invasão de Senaqueribe, construiu um açude inferior - conhecido como açude de
Selá - Ne 3:15 - ou tanque de Siloé - Lc 13:4; Jo 9:7,11 - o qual era um reservatório
de água e um túnel de ligação.
Em relação a esse tanque, temos nos
evangelhos a história da cura de um cego por Jesus.
Jesus não respondeu a pergunta deles como
eles queriam identificando uma culpa ou uma origem para a cegueira, mas disse
que aquele cego tinha nascido assim para que nele fosse manifesta a glória de
Deus.
Então disse a todos que ele era a luz do mundo
– Jo 9:5 – depois, cuspiu no chão, e com a saliva fez lodo e aplicou-o no cego
e mandou que este fosse se lavar nesse tanque de Siloé. Foi após ter se lavado,
que o cego de nascença voltou vendo claramente!
No verso 10, temos uma preparação sendo
feita com relação à fortificação dos muros. Foi feita urna inspeção nas
construções de Jerusalém como preparação para a batalha. Algumas foram
deliberadamente demolidas e o entulho foi usado para fortificar o muro (II Cr
32:5).
Enquanto se ocupava com o planejamento e a
fortificação de Jerusalém - açude velho, provavelmente a fonte de Giom – 7:37.
36:2 -, o povo esqueceu-se do Senhor, justamente daquele que suscitou essas
calamidades e que teria poder sobre elas. Deus é tanto o criador de tudo quanto
o mantenedor de toda vida que ele formou para a sua glória e louvor. Deus
criara a cidade que Ezequias tentava desesperadamente proteger e ele mesmo
planejara esse cerco. Portanto, era urna completa tolice ignorar a Deus nesse
momento de dificuldade.
Deus chamou o povo ao arrependimento, não a
uma preparação frenética para uma inútil defesa contra a ameaça de Senaqueribe.
O Senhor exigia que eles se voltassem para ele em vez de confiar em seus
próprios planos.
Era necessário chorar, prantear, rapar a
cabeça e cingir o cilício – vs 12 – em suma, mostrar-se de fato arrependido. Porém,
somente havia gozo e alegria. Isaías
destacou a insensatez e a confiança mal orientada do povo. Em vez disso, as
pessoas deveriam voltar-se para o Senhor em humildade.
“Comamos e bebamos que amanhã morreremos”
era uma frase que resumia bem o que pensavam aqueles do povo. Era, sem dúvida,
uma declaração que evidencia um desprezo insensato pela advertência que o
profeta fizera quanto a preparar-se de modo adequado para o julgamento iminente
– I Co 15.32: cf. Lc 12.19.
A mentalidade deles era a seguinte: - já
que estamos mesmo perdidos com Senaqueribe nos cercando e amanhã haveremos de
morrer, então, vamos aproveitar o último momento para comermos e nos divertirmos, porque amanhã morreremos.
O apóstolo Paulo fazendo a defesa da
ressurreição de Cristo, também cita esse versículo como que dizendo que se
Cristo não ressuscitou, então que comamos e bebamos que amanhã morreremos.
Mas, Cristo ressuscitou! Aleluias!
Deus, em resposta não quis lhes perdoar
essa maldade do coração. Deus não desprezaria a recusa de Jerusalém de
voltar-se para ele. A ameaça da destruição de Jerusalém permanecia.
O profeta fala diretamente a Sebna – vs 15
-, que de maneira audaciosa desconsiderou as sérias circunstâncias que
Jerusalém enfrentava. Sebna era um estrangeiro, um alto funcionário em Jerusalém
que aparentemente não levara a sério a advertência de Isaías em relação ao
ataque assírio.
Isaias questionou a razão de Sebna estar
tão ocupado consigo mesmo em vez de levar a cidade ao arrependimento. Até uma
sepultura na rocha foi feita por que Sebna para ser sua morada eterna. Ele,
ironicamente, é considerado um homem forte, sinal de sua presunção.
No entanto, o Senhor ameaçou destituir Sebna
(Jr 22:26 ) lançando-o fora do seu posto – vs 19. Durante o período do cerco em
si, Sebna já havia sido rebaixado para servir torno secretário e Eliaquim estaria
assumindo o antigo cargo de Sebna (36:3.22).
Deus considerava Eliaquim – 36:3, 11,22;
37:2 - seu “servo”, uma designação especial de alguém próximo a Deus. Ele era
um pai, ou seja, um líder piedoso que servia bem a seu povo.
Deus estaria pondo a chave da casa de Davi
sobre o seu ombro – vs 22. A chave dava acesso a uma audiência com o rei e era,
portanto, um símbolo de autoridade – Mt 16:19; Ap 3:7. Com ela, somente ele
poderia abrir e fechar e fechar e abrir.
Embora Eliaquím
tenha sido fiel naquele momento, até mesmo ele terminaria sendo derrubado do poder.
Is 22:1 Peso do vale da visão.
Que
tens agora, pois que com todos os teus subiste aos telhados?
Is
22:2 Tu, cheia de clamores, cidade turbulenta, cidade alegre,
os
teus mortos não foram mortos à espada,
nem
morreram na guerra.
Is
22:3 Todos os teus governadores juntamente fugiram,
foram
atados pelos arqueiros; todos os que em ti se acharam,
foram
amarrados juntamente, e fugiram para longe.
Is
22:4 Portanto digo:
Desviai
de mim a vista, e chorarei amargamente;
não
vos canseis mais em consolar-me
pela
destruição da filha do meu povo.
Is
22:5 Porque dia de alvoroço, e de atropelamento, e de confusão
é
este da parte do Senhor DEUS dos Exércitos,
no
vale da visão;
dia
de derrubar o muro e de clamar até aos montes.
Is
22:6 Porque Elão tomou a aljava, juntamente com
carros
de homens e cavaleiros; e Quir descobriu os escudos.
Is
22:7 E os teus mais formosos vales se encherão de carros,
e
os cavaleiros se colocarão em ordem às portas.
Is
22:8 E ele tirou a coberta de Judá, e naquele dia olhaste
para
as armas da casa do bosque.
Is
22:9 E vistes as brechas da cidade de Davi,
porquanto
já eram muitas, e ajuntastes as águas
do
tanque de baixo.
Is
22:10 Também contastes as casas de Jerusalém,
e
derrubastes as casas, para fortalecer os muros.
Is
22:11 Fizestes também um reservatório entre os dois muros
para
as águas do tanque velho, porém não olhastes acima,
para
aquele que isto tinha feito, nem considerastes
o
que o formou desde a antiguidade.
Is
22:12 E o Senhor DEUS dos Exércitos, chamou naquele dia
para
chorar e para prantear, e para raspar a cabeça, e cingir
com
o cilício.
Is
22:13 Porém eis aqui gozo e alegria, matam-se bois
e
degolam-se ovelhas, come-se carne, e bebe-se vinho,
e diz-se:
Comamos
e bebamos, porque amanhã morreremos.
Is
22:14 Mas o SENHOR dos Exércitos revelou-se aos meus ouvidos,
dizendo:
Certamente
esta maldade não vos será expiada
até
que morrais, diz o Senhor DEUS
dos
Exércitos.
Is
22:15 Assim diz o Senhor DEUS dos Exércitos:
Anda
e vai ter com este tesoureiro, com Sebna, o mordomo,
e
dize-lhe:
Is
22:16 Que é que tens aqui, ou a quem tens tu aqui,
para
que cavasses aqui uma sepultura?
Cavando
em lugar alto a sua sepultura, e cinzelando
na
rocha uma morada para ti mesmo?
Is
22:17 Eis que o SENHOR te arrojará violentamente
como
um homem forte, e de todo te envolverá.
Is
22:18 Certamente com violência te fará rolar,
como
se faz rolar uma bola num país espaçoso; ali morrerás,
e
ali acabarão os carros da tua glória, ó opróbrio
da
casa do teu senhor.
Is
22:19 E demitir-te-ei do teu posto, e te arrancarei do teu assento.
Is
22:20 E será naquele dia que chamarei a meu servo Eliaquim,
filho
de Hilquias;
Is
22:21 E vesti-lo-ei da tua túnica, e cingi-lo-ei com o teu cinto,
e
entregarei nas suas mãos o teu domínio,
e
será como pai para os moradores de Jerusalém,
e
para a casa de Judá.
Is
22:22 E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro,
e
abrirá, e ninguém fechará; e fechará, e ninguém abrirá.
Is
22:23 E fixá-lo-ei como a um prego num lugar firme,
e
será como um trono de honra para a casa de seu pai.
Is
22:24 E nele pendurarão toda a honra da casa de seu pai,
a
prole e os descendentes, como também todos os vasos
menores,
desde as taças até os frascos.
Is
22:25 Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos,
o
prego fincado em lugar firme será tirado;
e
será cortado, e cairá, e a carga que nele estava
se
desprenderá, porque o SENHOR o disse.
Até que ponto Deus é invisível se suas
ações se fazem visíveis na história dos povos? Aqui, no vs 25 ele está fincando
Eliaquim, mas ele mesmo iria tirá-lo do poder por causa de suas ações.
[1] Trecho do
mapa das campanhas dos assírios
contra Israel e Judá, referente ao texto bíblico de II Re 15 - p. 506, da BEG:
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
quinta-feira, dezembro 18, 2014
Jamais Desista
Isaías 21:1-17 - CAIU, CAIU A GRANDE BABILÔNIA! PROFECIA DE ISAÍAS...
Estamos no capítulo 21/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1
a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos
apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para
com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o
período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente
divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia
(Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista.
b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista.
d. Damasco – 17:1-14 – já vista. e. A
Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 – já
vimos. f. Babilônia – 21:1-10 – veremos
agora. g. Edom – 21:11-12 – veremos
agora também. h. Arábia – 21:13-17 - veremos
ainda este capítulo. i. Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
f. Babilônia – 21:1-10.
Das dez nações/reinos, este é o sexto,
contra o império da Babilônia.
A Babilônia foi derrotada
pelos assírios em 689 a.C., mas a Babilônia por sua vez, derrotou Nínive
(Assíria) em 612 a.C., antes de subjugar Judá. Por fim, a Babilônia caiu em outubro
de 539 a.C. diante do Império Persa, com o rei Ciro, uma das personagens principais
do livro de Esdras.
A luz do contexto
dos outros oráculos próximos, parece mais provável que Isaías tenha predito a
derrota da Babilônia pelos assírios em 689 a.C. para demonstrar a insensatez de
confiar na ajuda da Babilônia contra a Assíria.
Ezequias buscou a
ajuda dos babilônios contra a Assíria em 701 a.C., e Isaías o repreendeu severamente
por sua falta de fé no Senhor (39.1-8).
O versículo 1
começa com o peso ou sentença do deserto do mar – tanto um como o outro são lugares
desertos, mas completamente diferentes entre si, uma vez que um é cheio de pó e
o outro cheio de água insalubre. No deserto não há água potável, também no mar
não há.
A expressão
deserto do mar é uma referência sarcástica à Babilônia. A região sul da
Babilônia, no Golfo Pérsico, era conhecida como "a Terra do Mar", mas
ela se tornaria um deserto e/ou mostraria ser um deserto a qualquer um que
buscasse salvação naquele local.
Os seus tufões de
ventos sul, ventos terríveis do deserto (vs 1; Os 13.15) tanto indicam sua ação
destruidora e devastadora por onde passa, como também sua situação de desolação
como um deserto tanto para si como também para todos que confiassem nela os
quais cairiam juntamente.
Uma dura visão
foi anunciada para o profeta onde o pérfido e o destruidor continuariam a agir
perfidamente e destruindo aumentando destarte a medida da taça da ira de Deus sobre
eles.
Veja como também
é falado em Apocalipse quando, no último capítulo, é dito que não se selasse as
palavras da profecia do apocalipse; porque próximo estaria o tempo. E, em consequência,
um anúncio para o profeta João onde quem é
injusto, que faça injustiça ainda; e quem está sujo, que se suje ainda; e quem
é justo, que faça justiça ainda; e quem é santo, que seja santificado ainda.
(Ap 22:10,11).
Elão era uma
região importante da Pérsia que aliou-se à Média – vs 2 - em 700 a.C. Talvez
como uma parte do exército imperial assírio, essa aliança ajudou a derrotar a
Babilônia em 689 a.C.
A ordem – vs 2 -
era para que subisse Elão e que a Média sitiasse a cidade. Era uma ordem às
nações para que atacassem a Babilônia, uma vez que já fizera Deus cessar todo
gemido da Babilônia sob a Assíria.
Nos versos 3 e 4,
a angústia e sofrimento do profeta (16:8-11; 22:4; cf. Dn 8:27; 10:16-17), pois.
o relato da queda da Babilônia o perturbou e agora ninguém poderia livrar Judá
da Assíria (Dn 8.27). Foi desse modo que Isaías contorceu-se e mesmo desfaleceu
diante do que viu e ouviu a noite. O seu coração estava agitado, angustiado, em
pavor pelo que aconteceria de noite e pelo que reservaria a luz da manhã. O
profeta não sabia o que o novo dia poderia trazer.
No verso 5 uma
palavra que poderia apontar para uma preparação para a batalha. O dia amanheceu e a mesa está posta para o
café da manhã, mas todos estão apostos e há sentinelas prontos para soarem o
alarme. Eles comem e bebem, mas untam os seus escudos – vs 5 – para se
prepararem para a guerra.
Não há paz ali, mas
inquietação pelas coisas que em breve estariam acontecendo. Quando vissem um
carro com um par de cavaleiros, um carro com jumentos e com camelos que os
cuidados fosse redobrados, principalmente pelos sentinelas.
E soou o primeiro
brado: um leão, meu Senhor! – vs 8.
Continuam a
vigiar agora de dia e de noite todos apostos esperando os acontecimentos e foi
visto então um carro com homens e um par de cavaleiros.
A resposta do que
clamou “um leão, meu Senhor!” foi depois do que foi visto, em suas palavras: “Caída
é Babilônia, caída é!” e assim todas as imagens de escultura se quebraram no
chão. Era o fim de seu reinado.
Vejamos como João
narra a queda da grande Babilônia que engana as nações com suas feitiçarias.
Apocalipse
14:8 Seguiu-se outro anjo,
o segundo, dizendo: Caiu, caiu a
grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da
sua prostituição.
|
Apocalipse
18:2 Então, exclamou com
potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a
grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de
espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,
|
Caiu a Babilônia!
O povo de Deus
seria esmagado pelos assírios como um grão por um moedor (28:27-28; 41:15-16;
Am 1:3). A Babilônia não poderia ajudar.
Isaías (veja com
mais detalhes a BEG) não inventou essa predição do destino da Babilônia para
apoiar a sua opinião sobre aqueles em Judá que poderiam buscar ajuda da
Babilônia durante o julgamento assírio (39:1-8).
Ele, como profeta
de Deus, simplesmente relatou o que ouvira de Deus – vs 10. É interessante a
sua forma de se dirigir ao povo de Deus o chamando de sua malhada e trigo da sua
eira! Ele, finalmente se justifica: O que ouvi do SENHOR dos Exércitos, Deus de
Israel, isso vos anunciei. E nós pregadores, poderíamos dizer igualmente
àqueles que somos enviados a pregar: - O que ouvi do SENHOR dos Exércitos, Deus
de Israel, isso vos preguei.
g. Edom – 21:11-12.
Isaías anuncia
alívio e problemas para Edom.
Dumá – vs 11 – é um
oásis na interseção de duas estradas: uma levava do mar Vermelho a Palmira e
outra ia do golfo Pérsico a Petra, em Seir ou Edom (34:5-17).
Os edomitas perguntaram
ao profeta de maneira retórica o que o futuro lhes reservaria.
O fato é que os
assírios haviam perturbado os edomitas e o futuro lhes reservava tanto
esperança quanto julgamento. De certa forma, eles experimentariam algum alívio
da Assíria, mas isso seria seguido por opressão da Babilônia.
h. Arábia – 21:13-17.
Com relação a
Arábia, o profeta anunciava que a mesma sofreria nas mãos dos assírios.
Os assírios deram
início a repetidos ataques contra os árabes em 732 a.C. onde eles levavam os
bens do leste para o oeste e do norte para o sul.
Apesar de tudo, os
árabes ajudavam aqueles que eram oprimidos pelos assírios que fugiam de diante
das espadas, de diante do arco armado e do peso da guerra- vs 15.
A Arábia também
sofreria a agressão assíria, juntamente com os muitos fugitivos que acorreriam
àquela região.
Toda a glória de Quedar
seria destruída em um ano de jornaleiro. Quedar era o oásis dos beduínos na Arábia (Jr
49:28-29). No entanto, ainda assim não seriam de todo destruídos, mas haveria
um restante, bem diminuto – vs 17. Essa desolação
da guerra afetaria toda a área central do deserto.
Is 21:1 Peso do deserto do mar.
Como
os tufões de vento do sul, que tudo assolam,
ele
virá do deserto, de uma terra horrível.
Is
21:2 Dura visão me foi anunciada:
o
pérfido trata perfidamente, e o destruidor anda destruindo.
Sobe,
ó Elão, sitia, ó Média, que já fiz cessar todo
o
seu gemido.
Is
21:3 Por isso os meus lombos estão cheios de angústia;
dores
se apoderam de mim como as dores daquela
que
dá à luz; fiquei abatido quando ouvi,
e
desanimado vendo isso.
Is
21:4 O meu coração se agita, o horror apavora-me;
a
noite que desejava, se me tornou em temor.
Is
21:5 Põem-se a mesa, estão de atalaia, comem, bebem;
levantai-vos,
príncipes, e untai o escudo.
Is
21:6 Porque assim me disse o Senhor:
Vai,
põe uma sentinela, e ela que diga o que vir.
Is
21:7 E quando vir um carro com um par de cavaleiros,
um
carro com jumentos, e um carro com camelos,
ela
que observe atentamente com grande cuidado.
Is
21:8 E clamou:
Um
leão, meu Senhor!
Sobre
a torre de vigia estou em pé continuamente de dia,
e
de guarda me ponho noites inteiras.
Is
21:9 E eis agora vem um carro com homens,
e
um par de cavaleiros.
Então
respondeu e disse:
Caída
é Babilônia, caída é!
E
todas as imagens de escultura dos seus
deuses
quebraram-se no chão.
Is
21:10 Ah, malhada minha, e trigo da minha eira!
O
que ouvi do SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel,
isso
vos anunciei.
Is 21:11 Peso de Dumá.
Gritam-me
de Seir:
Guarda,
que houve de noite? Guarda, que houve de noite?
Is
21:12 E disse o guarda:
Vem
a manhã, e também a noite; se quereis perguntar,
perguntai;
voltai, vinde.
Is 21:13 Peso contra Arábia.
Nos
bosques da Arábia passareis a noite, ó viandantes de Dedanim.
Is
21:14 Saí com água ao encontro dos sedentos;
moradores
da terra de Tema, saí com pão ao encontro
dos
fugitivos.
Is
21:15 Porque fogem de diante das espadas,
de
diante da espada desembainhada,
e
de diante do arco armado,
e
de diante do peso da guerra.
Is
21:16 Porque assim me disse o Senhor:
Dentro
de um ano, como os anos de jornaleiro,
desaparecerá
toda a glória de Quedar.
Is
21:17 E os restantes do número dos flecheiros,
os
poderosos dos filhos de Quedar, serão diminuídos,
porque
assim disse o SENHOR Deus de Israel.
Isso nos faz refletir nos juízos de Deus.
Primeiro, ele nos adverte e envia os seus profetas e pede arrependimento e
mudança de vida, mas ao invés, muitas vezes, de nos remendarmos, endurecemos os
nossos corações e aí ficamos sem volta, pois assim como a misericórdia é certa,
o juízo igualmente verdadeiro e justo.
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
quarta-feira, dezembro 17, 2014
Jamais Desista
Isaías 20:1-6 - É DO SENHOR QUE VEM A SALVAÇÃO E NÃO DO EGITO OU DA ETIÓPIA.
Estamos no capítulo 20/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde
ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a
20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1
a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos
apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para
com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o
período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente
divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia
(Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista.
b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista.
c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista.
d. Damasco – 17:1-14 – já vista. e. A
Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 – concluiremos
agora. f. Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12. h. Arábia – 21:13-17. i.
Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 - continuação.
Como já dissemos, estamos vendo o quarto
oráculo de Isaías, contra a quarta nação das dez mencionadas, neste caso contra
a Etiópia/Egito, para mostrar as aflições que cairiam sobre elas.
Isaías descreve a destruição de Asdode pelos
assírios (713 a.C.), que os núbios (a Etiópia e o Egito) haviam incentivado a
se rebelar contra a Assíria.
Cientes de que o apoio do Egito não ajudara
em nada a Asdode, Judá estaria sendo ingênua em também confiar no Egito em sua
luta contra os assírios.
Tartã, citado no verso 1, era um dos três
mais graduados oficiais assírios. Foi ele que foi enviado por Sargão,
provavelmente Sargão 11, rei da Assíria (721-705 a.C.), para Asdode, a fim de
guerrear contra ela e prevalecer – vs 1.
Asdode era uma cidade filisteia que se
rebelara contra a Assíria com o incentivo de Shabaka, o rei núbio da 25ª dinastia
do Egito em 713 a.C. e que caiu era 711.
Foram nessas ruínas, dessa cidade, que foram
feitas descobertas arqueológicas onde encontraram uma inscrição citando Sargão
nominalmente.
Nessa época, no ano em que Tartã subjugou
Asdode, nesse mesmo tempo, falou o Senhor a Isaías, filho de Amoz contra o
Egito e a Etiópia e também para Judá.
O Senhor ordenou a Isaías que ficasse parcialmente
vestido, como um cativo indo para o exílio, em sinal do que aconteceria ao
Egito e a Etiópia. Isaías então soltou de seus lombos o pano grosseiro e tirou dos
seus pés os seus calçados. O pano grosseiro, nos ensina a BEG, era uma
vestimenta de luto e jejum (15:3; 22:12; 32:11; 37:1-2; 58:5; Gn 37:24) ou a roupa característica de um
profeta (II Re 1:8; Zc 13:4).
Esse sinal demonstrou que a vitória assíria
sobre o Egito e a Etiópia em 610 a.C, fora um resultado direto do julgamento de
Deus.
Deus chama Isaías de seu servo – vs 3 - querendo
dizer e referenciar a um homem de confiança que fora colocado numa posição elevada
da administração divina.
Outros exemplos interessantes citados pela
BEG:
·
Moisés
foi servo e amigo de Deus – Ex 14:31; Nm 12:7-8; Dt 34:5).
·
Abraão
(Sl 105:42).
·
Jacó
(Ez 28:25).
·
Josué
(Js 24:29).
·
Davi
(37:35; II Sm 3:18; Sl 132:10).
·
O servo sofredor (52:13 – 53:12).
·
Grupo
de pessoas como os profetas (44:26).
·
Israel
restaurado (41:8,9; 42:1,19; 43:10; 44:1-2,21; 45:4; 48:20; 49:3,5-7).
Servir a Deus ou ser chamado e reconhecido
por seu servo é um grande privilégio. Os servos de Deus podem até sofrer nesse
mundo contrário a Deus e aos seus mandamentos e alianças, mas, ao final, lhes
és prometida uma grande herança como servos do Senhor (54:17; 63:17; 65:
8-9,13-15; 66:14).
Isaías, o servo do Senhor, deveria caminhar,
por sinal e prodígio contra o Egito e a Etiópia, desse jeito – parcialmente vestido
ou despido e descalço - por 3 anos – vs 3 - ou, conforme os cálculos hebraicos, por um período
de, pelo menos, uns quatorze meses.
Esse período tanto poderia se referir ao
período da duração do tempo da caminhada dele, como também da duração do tempo
antes que o sinal fosse cumprido.
O sinal profético (8:18; Dt 13:1-2; 28:46;
Jr 32:20) destacava a estupidez de se confiar no Egito e na Etiópia porque
eles, como muitas outras nações, cairiam diante dos assírios.
O rei da Assíria citado no verso 4, foi Esar-Hadorn
que cumpriu essa profecia em 670 a.C. Foi ele quem destruiu a esperança dos
israelitas na Assíria e a glória deles no Egito – vs 5. Se aqueles dois caíram,
o que seria deles diante da Assíria?
Assim, muitas vezes são os nossos olhos
postos na força terrena e no poder das armas ou das obras, mas nem sempre nosso
socorro vem disso, mas do Senhor.
Ezequias começou a confiar na ajuda do
Egito contra os assírios, mas Isaías, por pura graça divina, o persuadiu a
confiar, em vez disso, em Deus (30:1-2; 31:2).
O sinal demonstrado pelo servo do Senhor tinha
o objetivo de levar o povo de Judá a perceber que a coalizão Etiópia/Egito, por
mais que parecesse invencível ou competitiva, era frágil e que seria tolice
confiar no seu poder político ou militar como ajuda contra a Assíria.
Uma vez que o Egito não fora capaz de
resgatar Asdode da Assíria, como alguém poderia esperar escapar do julgamento
de Deus levado a cabo por meio da Assíria?
Is 20:1 No ano em que Tartã, enviado por
Sargom, rei da Assíria,
veio
a Asdode, e guerreou contra ela, e a tomou,
Is
20:2 Nesse mesmo tempo falou o SENHOR
por
intermédio de Isaías, filho de Amós, dizendo:
Vai,
solta o cilício de teus lombos,
e
descalça os sapatos dos teus pés.
E
ele assim o fez, indo nu e descalço.
Is
20:3 Então disse o SENHOR:
Assim
como o meu servo Isaías andou três anos nu
e
descalço, por sinal e prodígio sobre o Egito
e
sobre a Etiópia,
Is
20:4 Assim o rei da Assíria levará em cativeiro os presos do Egito,
e
os exilados da Etiópia, tanto moços como velhos,
nus
e descalços, e com as nádegas descobertas,
para
vergonha do Egito.
Is
20:5 E assombrar-se-ão, e envergonhar-se-ão,
por
causa dos etíopes, sua esperança,
como
também dos egípcios, sua glória.
Is
20:6 Então os moradores desta ilha dirão naquele dia:
Vede
que tal é a nossa esperança,
à
qual fugimos por socorro,
para
nos livrarmos
da
face do rei da Assíria!
Como
pois escaparemos nós?
Como podemos pensar também nós em
escaparmos do juízo de Deus que virá sobre todos os que o rejeitam para sempre?
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