segunda-feira, 28 de julho de 2014
segunda-feira, julho 28, 2014
Jamais Desista
Jó 18:1-21 - SEGUNDO DISCURSO DE BILDADE CONTRA JÓ
C. O segundo ciclo de discursos –
15:1 – 21:34.
Estamos, agora, nessa parte “C”, que foi
dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35 – já
vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16 – já vista. 3. Bildade –
18:1 – 21 – veremos agora. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29. 5. Zofar
– 20:1 – 29. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
3. Bildade – 18:1 – 21.
Agora, novamente, como foi da última vez, é
a oportunidade de fala de Bildade. A ordem das falas, das réplicas e das
respostas de Jó parecem padrão.
Esta segunda série de discursos nada
acrescenta em relação à primeira série. Os discursos continuam vazios,
justamente por faltarem neles vida, prática, convivência, alinhamento entre a
teoria e a prática.
Na sua repreensão a Jó, a crueldade é
notória além do que ela era dirigida a uma pessoa que naquele momento precisava
primeiro de acolhida, amor, compreensão.
Bildade ao repreender Jó dá a entender que
ele era o ofendido e Jó o ofensor, no entanto Jó estava sofrendo. Será que
esqueceram disso? Uma característica interessante em Jó é que em nenhum momento
ele ficou calado com relação às críticas de seus companheiros.
Jó sempre tinha uma resposta e sempre se
defendia apelando para sua consciência e hombridade; além disso, Jó sempre se
dirigia a Deus em suas respostas. Jó era uma pessoa de caráter que não abria mão
disso.
Depois de repreender, se volta para o seu
mesmo discurso pronunciado anteriormente baseado na afirmação da sabedoria
proverbial.
Fala de certas coisas coerentes, mas que
pessimamente aplicadas. Principalmente porque Jó não era aquela pessoa que eles
pensavam que era.
Acho que esses amigos não eram aqueles
amigos que temos de verdade que confiam na gente, que acreditam em tudo o que
falamos e está disposto a nos ajudar.
Ele fala da morte e do desaparecimento ou
fim do ímpio. O livro de salmos fala tanto disso. Toda a Bíblia nos aponta que
um dia isso tudo vai mudar e a sua promessa par nós é que viveremos eternamente
com o Senhor.
Jó 18:1 Então respondeu Bildade, o
suíta, e disse:
Jó
18:2 Até quando poreis fim às palavras?
Considerai
bem, e então falaremos.
Jó
18:3 Por que somos tratados como animais,
e
como imundos aos vossos olhos?
Jó
18:4 Oh tu, que despedaças a tua alma na tua ira,
será
a terra deixada por tua causa?
Remover-se-ão as rochas do seu
lugar?
Jó 18:5 Na verdade, a luz dos ímpios se
apagará,
e
a chama do seu fogo não resplandecerá.
Jó
18:6 A luz se escurecerá nas suas tendas,
e
a sua lâmpada sobre ele se apagará.
Jó
18:7 Os seus passos firmes se estreitarão,
e
o seu próprio conselho o derrubará.
Jó
18:8 Porque por seus próprios pés é lançado na rede,
e
andará nos fios enredados.
Jó
18:9 O laço o apanhará pelo calcanhar,
e
a armadilha o prenderá.
Jó
18:10 Está escondida debaixo da terra uma corda,
e
uma armadilha na vereda.
Jó
18:11 Os assombros o espantarão de todos os lados,
e
o perseguirão a cada passo.
Jó
18:12 Será faminto o seu vigor,
e
a destruição está pronta ao seu lado.
Jó
18:13 Serão devorados os membros do seu corpo;
sim,
o primogênito da morte devorará os seus membros.
Jó
18:14 A sua confiança será arrancada da sua tenda,
onde
está confiado,
e
isto o fará caminhar para o rei dos terrores.
Jó
18:15 Morará na sua mesma tenda,
o
que não lhe pertence;
espalhar-se-á
enxofre sobre a sua habitação.
Jó
18:16 Por baixo se secarão as suas raízes
e
por cima serão cortados os seus ramos.
Jó
18:17 A sua memória perecerá da terra,
e
pelas praças não terá nome.
Jó
18:18 Da luz o lançarão nas trevas,
e
afugentá-lo-ão do mundo.
Jó
18:19 Não terá filho nem neto entre o seu povo,
e
nem quem lhe suceda nas suas moradas.
Jó
18:20 Do seu dia se espantarão os do ocidente,
assim
como se espantam os do oriente.
Jó
18:21 Tais são, na verdade, as moradas do perverso,
e
este é o lugar do que não conhece a Deus.
Eu não vejo a hora de chegar o grande dia
em que o Senhor voltar pela segunda vez para estar para sempre conosco e
ressuscitarmos dos mortos.
Triunfar sobre a morte para nunca mais
morrermos, será algo que não temos condições, no presente, de se quer imaginar.
Jó falará disso em sua resposta. Enquanto Bildade mostra o fim, Jó fala da
ressurreição dos mortos pela fé.
...
domingo, 27 de julho de 2014
domingo, julho 27, 2014
Jamais Desista
Jó 17:1-16 - JÓ ESTÁ TODO VOLTADO PARA DEUS AO RESPONDER A ELIFAZ
Ainda estamos na parte II, de cinco, de
nossa divisão proposta, que está tratando do diálogo entre Jó e os seus amigos.
C. O segundo ciclo de discursos –
15:1 – 21:34.
Estamos, agora, nessa parte “C”, que foi
dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35 – já
vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16 – estamos vendo agora. 3.
Bildade – 18:1 – 21. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29. 5. Zofar – 20:1
– 29. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
b. Lamento para Deus – 16:7 a 17:16 - continuação.
Jó continua com a sua oração iniciada em
16:7. Ele usou os sete primeiros versículos do capítulo 16 para,
sarcasticamente, responder a Elifaz e agora, ele estava diante de Deus,
continuando com as suas orações.
Ele reconhece a ação de Deus e o seu
controle, mas percebe que o tempo está passando veloz levando embora tudo o que
ele tinha. Se não bastasse isso, ainda estava ele cercado de zombadores e seus
olhos cheios de contemplarem as suas provocações.
Parecia que o universo todo conspirava
contra ele. Parecia que todos estavam ali prontos somente para ouvir da sua
boca impropérios contra o seu Deus, mas Jó permanecia fiel.
Jó se sentia uma abominação e um provérbio
dos povos por causa de sua condição, mas mesmo assim, teimosamente, insistia em
sua tese da inocência, da soberania de Deus e a da manutenção de sua
fidelidade.
Como manter a esperança quando não se tem o
que esperar senão aquilo que seu coração crê?
Por que Jó não desistiu de vez e buscou o
suicídio ou a morte ou a depressão profunda, mas ao invés disso buscou a vida,
buscou a Deus e lutou com todas as suas forças?
Jó era um homem de fé! Por isso que
sustentou-se nela para nos provar a nós que devemos igualmente nos sustentarmos
nela para o que der e vier.
Hoje, por exemplo, nós os crentes estamos
rodeados da palavra de Deus em tantas promessas que nenhuma desculpa poderíamos
apresentar diante de Deus que justificasse uma vida longe da fé.
Com a chegada e a revelação de Cristo
Jesus, tudo mudou. Ele veio e se manifestou e abriu a sua boca em parábolas e
nos ensinou e nos instruiu.
Suas palavras finais, durante a sua fase
terrestre foram de que voltaria em breve para buscar e estar entre os crentes
para sempre, pelos séculos dos séculos. Amém!
Jó, ao contrário, passou pela prova
sozinho. Nem a palavra tinha, mas apenas o seu coração de crente e sua
esperança baseada na sua vida com Deus.
Jó 17:1 O meu espírito se vai
consumindo,
os
meus dias se vão apagando,
e só tenho perante mim a
sepultura.
Jó 17:2 Deveras estou cercado de zombadores,
e
os meus olhos contemplam as suas provocações.
Jó
17:3 Promete agora, e dá-me um fiador para contigo;
quem
há que me dê a mão?
Jó
17:4 Porque aos seus corações encobriste o entendimento,
por
isso não os exaltarás.
Jó
17:5 O que denuncia os seus amigos, a fim de serem despojados,
também
os olhos de seus filhos desfalecerão.
Jó
17:6 Porém a mim me pôs por um provérbio dos povos,
de
modo que me tornei uma abominação para eles.
Jó
17:7 Pelo que já se escureceram de mágoa os meus olhos,
e
já todos os meus membros são como a sombra.
Jó
17:8 Os retos pasmarão disto,
e
o inocente se levantará contra o hipócrita.
Jó
17:9 E o justo seguirá o seu caminho firmemente,
e
o puro de mãos irá crescendo em força.
Jó
17:10 Mas, na verdade, tornai todos vós e vinde;
porque
sábio nenhum acharei entre vós.
Jó
17:11 Os meus dias passaram, e malograram os meus propósitos,
as
aspirações do meu coração.
Jó
17:12 Trocaram a noite em dia; a luz está perto do fim,
por
causa das trevas.
Jó
17:13 Se eu esperar, a sepultura será a minha casa;
nas
trevas estenderei a minha cama.
Jó
17:14 A corrupção clamo:
Tu
és meu pai;
e
aos vermes:
Vós
sois minha mãe e minha irmã.
Jó
17:15 Onde, pois, estaria agora a minha esperança?
Sim,
a minha esperança, quem a poderá ver?
Jó
17:16 As barras da sepultura descerão
quando
juntamente no pó teremos descanso.
Jó encerra sua fala a Elifaz e agora se
levanta, novamente, para sua réplica, Bildade.
Jó permanece fiel em toda a casa de Deus
resistindo a tudo somente pela sua fé, sua crença pessoal em um Deus pessoal.
Jó nada tinha em que ancorar a sua fé, mas ele pode ser considerado um exemplo
para todos nós.
Abraão, provavelmente, seu contemporâneo,
foi tido para nós como o pai da fé porque creu em Deus que lhe falara.
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sábado, 26 de julho de 2014
sábado, julho 26, 2014
Jamais Desista
Semeando mensagens em todo o mundo
Agora mesmo, faça-nos uma visita!
A vida que Deus nos deu é uma só e o seu convite é para que o glorifiquemos por meio dela. Qual a melhor forma de assim fazermos, senão divulgando a sua palavra por meio de mensagens escritas e faladas?
Estamos empenhados nisso e acreditamos no que fazemos!
Nossos livros se baseiam totalmente na Bíblia e apresentam, todos eles, uma cosmovisão não dualista do mundo. Pelo contrário, cremos que Deus está no controle de tudo e de todas as coisas. Tudo o que ele criou, ele também sustenta até agora. É por causa de seus eternos propósitos, os quais se cumprirão quer queiramos, quer não, que a vida é sempre renovada apesar das mazelas e circunstâncias "inadministráveis" as quais estamos todos sujeitos.
As sinópses de nossos livros estão disponíveis em nossos sites. Também recomendamos conhecer http://issuu.com/danielbarreto4 haja vista que você terá acesso completo em alguns livros com visualização digital agradável e muito amigável.
sábado, julho 26, 2014
Jamais Desista
Jó 16:1-22 - UM AMIGO DEVE CONFIAR NO OUTRO
Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E
SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
C. O segundo ciclo de discursos –
15:1 – 21:34.
Estamos no segundo ciclo de discursos: Jó e
seus amigos novamente trocam entre si palavras na forma de discursos, seguindo
uma ordem exata, como na primeira série de discursos. Era como se fosse o
direito à réplica, comum nos debates, principalmente nos políticos.
Continuemos com essa parte “C”, que estará
sendo dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35 –
já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16 – veremos agora. 3.
Bildade – 18:1 – 21. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29. 5. Zofar – 20:1
– 29. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16.
Jó dá a Elifaz a sua resposta. E podemos
também dividi-la em duas partes. 1. A repreensão cínica – 16:1-6. 2. Lamento
para Deus – 16:7 a 17:16.
1. A repreensão cínica – 16:1-6.
Como vimos, Jó mantém o seu estilo de
resposta, primeiramente se voltando para seu interlocutor dando-lhe sua
resposta à altura, mantendo sempre a sua fé e preservando a sua consciência a
despeito de tudo; depois, se voltando para Deus com sua perseverante oração em
busca de sabedoria e entendimento dos fatos.
Percebemos Jó descartando o discurso de
Elifaz como uma repetição repugnante de uma perspectiva defeituosa sobre o
sofrimento.
Cinicamente, Jó retrucou a Elifaz por ele
ter aplicado os provérbios tradicionais à sua situação. Bem poderia Elifaz
estar consolando ele e como amigo compreendendo sua dor, mas a sua opção era o
encontro da culpa.
Os amigos deveriam em primeiro lugar
confiar nele e não acusá-lo. Toda relação começa com a confiança e quando não
há confiança na relação, como pode ela se perpetuar?
Se a sua premissa for o mal em relação ao
seu próximo, como poderá haver relacionamento? Há pessoas que tem receio de
confiar na outra com medo de ser traída ou enganada, mas eu prefiro ser traído
e enganado do que trair a minha confiança com aquele que estou me relacionando.
Jó já demonstrava cansaço não somente da
extensão dos discursos, mas porque eles nada diziam que fosse útil.
2. Lamento para Deus – 16:7 a 17:16.
O desabafo de Jó diante de Deus é muito
profundo. Sua oração é a oração de um crente, de um justo que vive pela fé,
como nos diz o escritor de Hebreus que o justo de Deus andaria pela fé e não
poderia recuar, senão, nele não estaria o seu espírito – Hb 10:38.
Ele reconhece a ação de Deus sobre a sua
vida, mas não põe em Deus a culpa no sentido de estar sendo Deus contrário à
sua natureza, ou seja, sendo maligno. Ele compreende que o mal não poderia
tocá-lo sem que tivesse que passar por seu Deus.
Por que o mal o teria atingido? Ele anseia
por respostas, uma vez que não encontra justificativas em sua conduta para
castigos divinos. Como é fácil trairmos nossa fé...
Estaria Jó cedendo aos argumentos de seus
amigos que associavam piamente seus sofrimentos a comportamentos que tivesse
tido? Quem tem as respostas?
Certa vez Jesus falou sobre essa questão
que principalmente é sustentada em Jó de que os sofrimentos estão associados,
como castigos, a prática de pecados muito graves.
Lucas 13:1 E, Naquele mesmo tempo, estavam
presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos
misturara com os seus sacrifícios.
|
Lucas 13:2 E, respondendo Jesus,
disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos
os galileus, por terem padecido tais coisas?
|
Lucas 13:3 Não, vos digo; antes, se não vos
arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
|
Lucas 13:4 E aqueles dezoito, sobre os
quais caiu a torre de Silo é e os matou, cuidais que foram mais culpados do
que todos quantos homens habitam em Jerusalém?
|
Lucas 13:5 Não, vos digo; antes, se não vos
arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
|
O verso 1 de Lucas 13 fala de ter Pilatos cometido
algo muito grave. Matar uma pessoa enquanto esta oferecia sacrifícios era
considerado algo particularmente terrível. Esse incidente registrado nesse
verso primeiro, sem dúvida contribuiu para reforçar a reputação de Pilatos como
um homem muito cruel.
Naquela época – qual época não é assim? –
era crido que as desgraças eram resultados de pecados muito graves, porém,
Jesus negou que esses galileus tivessem cometido qualquer ato que merecesse um
fim tão trágico.
Todos nós somos pecadores. Jesus insistiu
para as pessoas se arrependerem, do contrário morreriam. Por terem sido mortos
subitamente, aqueles galileus não tiveram tempo de arrependimento. Assim, Jesus
advertiu às pessoas que se arrependam enquanto ainda há tempo, pois poderá não
haver outra oportunidade de fazê-lo.
Como sempre fazia, mais uma vez, Jó
volta-se para Deus e desabafa. Como nos diz a BEG, no vs 9, a ilustração é a de um leão. Alguns pensam
que a frase deveria ser traduzida por “[ele] fareja e dilacera”. Nos vs 12 a
14, é empregada a ilustração descritiva de um guerreiro.
No verso 19, vemos uma crença em Jó de que
nos céus deveria haver uma testemunha, ideia totalmente descartada por Elifaz
no seu primeiro discurso – 5:1. No entanto, isso deu a Jó esperanças que tudo
poderia ficar bem algum dia. Era como se Jó vislumbrasse pela fé seu redentor e
seu advogado, Jesus Cristo, o Justo.
Jó parecia dar a entender que esperava que
alguém nas regiões celestiais falasse em seu favor, como um Mediador entre Deus
e os homens.
Jó 16:1 Então respondeu Jó, dizendo:
Jó
16:2 Tenho ouvido muitas coisas como estas;
todos
vós sois consoladores molestos.
Jó
16:3 Porventura não terão fim essas palavras de vento?
Ou
o que te irrita, para assim responderes?
Jó
16:4 Falaria eu também como vós falais,
se
a vossa alma estivesse em lugar da minha alma,
ou
amontoaria palavras contra vós,
e
menearia contra vós a minha cabeça?
Jó
16:5 Antes vos fortaleceria com a minha boca,
e
a consolação dos meus lábios abrandaria a vossa dor.
Jó
16:6 Se eu falar, a minha dor não cessa, e, calando-me eu,
qual
é o meu alívio?
Jó
16:7 Na verdade, agora tu me tens fatigado;
tu
assolaste toda a minha companhia,
Jó
16:8 Testemunha disto é que já me fizeste enrugado,
e
a minha magreza já se levanta contra mim,
e
no meu rosto testifica contra mim.
Jó
16:9 Na sua ira me despedaçou, e ele me perseguiu;
rangeu os seus dentes contra mim;
aguça
o meu adversário os seus olhos contra mim.
Jó
16:10 Abrem a sua boca contra mim;
com
desprezo me feriram nos queixos,
e
contra mim se ajuntam todos.
Jó
16:11 Entrega-me Deus ao perverso,
e
nas mãos dos ímpios me faz cair.
Jó
16:12 Descansado estava eu, porém ele me quebrantou;
e
pegou-me pela cerviz, e me despedaçou;
também
me pôs por seu alvo.
Jó
16:13 Cercam-me os seus flecheiros; atravessa-me os rins,
e
não me poupa, e o meu fel derrama sobre a terra,
Jó
16:14 Fere-me com ferimento sobre ferimento;
arremete
contra mim como um valente.
Jó
16:15 Cosi sobre a minha pele o cilício,
e
revolvi a minha cabeça no pó.
Jó
16:16 O meu rosto está todo avermelhado de chorar,
e
sobre as minhas pálpebras está a sombra da morte:
Jó
16:17 Apesar de não haver violência nas minhas mãos,
e
de ser pura a minha oração.
Jó
16:18 Ah! terra, não cubras o meu sangue
e
não haja lugar para ocultar o meu clamor!
Jó
16:19 Eis que também agora a minha testemunha está no céu,
e
nas alturas o meu testemunho está.
Jó
16:20 Os meus amigos são os que zombam de mim;
os
meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus.
Jó
16:21 Ah! se alguém pudesse contender com Deus pelo homem,
como
o homem pelo seu próximo!
Jó
16:22 Porque decorridos poucos anos,
eu
seguirei o caminho por onde não tornarei.
Jó continuará com seu discurso resposta a
Elifaz, se bem que agora está totalmente voltado para Deus em sua busca
incessante pelo reino de Deus e a sua justiça.
O seu clamor pelo seu redentor, pelo seu
mediador, pelo seu salvador, pelo seu remidor, pelo seu advogado é forte dentro
de suas falas e pensamentos.
...
sexta-feira, 25 de julho de 2014
sexta-feira, julho 25, 2014
Jamais Desista
Jó 15:1-35 - COMEÇA A SEGUNDA SÉRIE DE DISCURSOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS
Esta é a parte II, de cinco, de nossa
divisão proposta, que está tratando do diálogo entre Jó e os seus amigos.
Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E
SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
O segundo ciclo de discursos começa agora
no capítulo 15 e vai até o capítulo 21. O primeiro ciclo começou no 4 e
terminou no 14. Jó e seus amigos novamente trocam entre si palavras na forma de
discursos, seguindo uma ordem exata, como na primeira série de discurso. Era como
se fosse o direito à réplica, comum nos debates, principalmente nos políticos.
Nós já vimos, na parte “B” a primeira série
de discursos que em linhas gerais consiste nas declarações de seus três amigos
e nas respostas comoventes que Jó lhes dá.
Para cada discurso de um de seus amigos,
uma resposta de Jó à altura da pergunta. Elas começam tímida e receosa por
causa do estado em que se encontrava Jó, mas a busca da explicação do fenômeno
Jó parecia inquietar as mentes e corações de seus amigos.
Os discursos fazem referência a muitas
perspectivas diferentes e possíveis explicações, mas todas são insuficientes,
naturalmente por lhes faltar elementos para isso.
Se destaca em tudo isso, uma outra
característica interessante em Jó, além de sua grande fé inabalável e sua imperturbável
consciência: a sua perseverante vida de oração e de palavras dirigidas a Deus
em desabafo na busca do seu reino e da sua justiça.
Começaremos, agora, essa parte “C”, que
estará sendo dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1
– 35. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16. 3. Bildade – 18:1 – 21. 4. A
resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29. 5. Zofar – 20:1 – 29. 6. A resposta de Jó
a Zofar – 21:1 – 34.
1. Elifaz – 15:1 – 35.
Elifaz, agora faz seu segundo discurso. E podemos
também dividi-lo em duas partes. 1. Perguntas e Acusações – 15:1-16. 2. A
afirmação da sabedoria proverbial – 15:17 – 35.
1. Perguntas e Acusações – 15:1-16.
Afastando-se da abordagem diplomática que
tinha mostrado em seu primeiro discurso, Elifaz, o temanita, começa uma série veloz
de perguntas e acusações tentando expor com sarcasmo o que considera ser a
arrogância de Jó.
São acusações fortes por meio de suas
perguntas sarcásticas que faz contra o justo Jó de quem Deus deu testemunho a
seu favor. Elifaz parece convencido de seus argumentos, por isso não alivia
seus ataques mordazes contra Jó.
No entanto, Jó estava convencido de sua
inocência e jamais iria trair a sua consciência por qualquer que fosse o
motivo.
Aquela sua confiança em sua inocência fazia
Elifaz ranger os dentes de raiva e por isso não poupava em suas palavras, em
seus julgamentos e em suas conclusões.
São palavras fortes, duras, contumazes de
alguém cujo coração era de gelo e de cinzas o seu sangue. Ele dizia que era a
iniquidade quem ensinava a sua boca – boca de Jó - as respostas que dizia.
2. A afirmação da sabedoria proverbial – 15:17 – 35.
Depois de desabafar e deixar seu coração
insensato sem freios na fala, Elifaz pede para Jó se lembrar do que os sábios
do passado haviam dito.
Depois de uma introdução simples pedindo a
Jó que o ouvisse – vs 17 – 19 -, ele recita um poema sobre o destino do ímpio.
Faz uso de inúmeras metáforas para
expressar a ideia de que são os ímpios, e não os justos, que sofrem nas mãos de
Deus, consequentemente, Jó devia ser um ímpio.
A sua conclusão não deixava alternativas
para Jó senão concordar com suas argumentações, mas não era isso que Jó tinha
em mente, nem seria isso que ele iria fazer.
Jó estava muito convencido de sua inocência
e sua fé em Deus jamais o deixaria trair suas convicções.
Palavras certas na boca de pessoas ímpias não
deixam de continuarem certas, mas dão a falsa impressão de que quem fala é
certo, quando na verdade não é.
Satanás, muito astuto, poderia anunciar o
evangelho da forma correta, mas nunca com a intenção de dar glórias a Deus,
antes com a pura intenção de anunciar a todos que quem fala a verdade é maior
do que a verdade que ele fala.
Por isso que devemos tomar cuidado com
certos discursos e com certas falas inteligentes de pessoas cujos princípios
vão de encontro à graça de Deus.
Jó 15:1 Então respondeu Elifaz o
temanita, e disse:
Jó
15:2 Porventura proferirá o sábio vã sabedoria?
E
encherá do vento oriental o seu ventre,
Jó
15:3 Arguindo com palavras que de nada servem,
e
com razões, de que nada aproveita?
Jó
15:4 E tu tens feito vão o temor,
e
diminuis os rogos diante de Deus.
Jó
15:5 Porque a tua boca declara a tua iniquidade;
e
tu escolhes a língua dos astutos.
Jó
15:6 A tua boca te condena, e não eu,
e
os teus lábios testificam contra ti.
Jó
15:7 És tu porventura o primeiro homem que nasceu?
Ou
foste formado antes dos outeiros?
Jó
15:8 Ou ouviste o secreto conselho de Deus
e
a ti só limitaste a sabedoria?
Jó
15:9 Que sabes tu, que nós não saibamos?
Que
entendes, que não haja em nós?
Jó
15:10 Também há entre nós encanecidos e idosos,
muito
mais idosos do que teu pai.
Jó
15:11 Porventura fazes pouco caso das consolações de Deus,
e
da suave palavra que te dirigimos?
Jó
15:12 Por que te arrebata o teu coração,
e
por que piscam os teus olhos?
Jó
15:13 Para virares contra Deus o teu espírito,
e
deixares sair tais palavras da tua boca?
Jó
15:14 Que é o homem, para que seja puro?
E
o que nasce da mulher, para ser justo?
Jó
15:15 Eis que ele não confia nos seus santos,
e
nem os céus são puros aos seus olhos.
Jó
15:16 Quanto mais abominável e corrupto é o homem
que
bebe a iniquidade como a água?
Jó 15:17 Escuta-me, mostrar-te-ei; e o
que tenho visto te contarei
Jó
15:18 (O que os sábios anunciaram,
ouvindo-o
de seus pais, e o não ocultaram;
Jó
15:19 Aos quais somente se dera a terra,
e
nenhum estranho passou por entre eles):
Jó
15:20 Todos os dias o ímpio é atormentado,
e
se reserva, para o tirano, um certo número de anos.
Jó
15:21 O sonido dos horrores está nos seus ouvidos;
até
na paz lhe sobrevém o assolador.
Jó
15:22 Não crê que tornará das trevas,
mas
que o espera a espada.
Jó
15:23 Anda vagueando por pão, dizendo: Onde está?
Bem
sabe que já o dia das trevas lhe está preparado, à mão.
Jó
15:24 Assombram-no a angústia e a tribulação;
prevalecem
contra ele, como o rei
preparado
para a peleja;
Jó
15:25 Porque estendeu a sua mão contra Deus,
e
contra o Todo-Poderoso se embraveceu.
Jó
15:26 Arremete contra ele com a dura cerviz,
e
contra os pontos grossos dos seus escudos.
Jó
15:27 Porquanto cobriu o seu rosto com a sua gordura,
e
criou gordura nas ilhargas.
Jó
15:28 E habitou em cidades assoladas,
em
casas em que ninguém morava,
que
estavam a ponto de fazer-se montões de ruínas.
Jó
15:29 Não se enriquecerá, nem subsistirá a sua fazenda,
nem
se estenderão pela terra as suas possessões.
Jó
15:30 Não escapará das trevas;
a
chama do fogo secará os seus renovos,
e
ao sopro da sua boca desaparecerá.
Jó
15:31 Não confie, pois, na vaidade, enganando-se a si mesmo,
porque
a vaidade será a sua recompensa.
Jó
15:32 Antes do seu dia ela se consumará;
e
o seu ramo não reverdecerá.
Jó
15:33 Sacudirá as suas uvas verdes, como as da vide,
e
deixará cair a sua flor como a oliveira,
Jó
15:34 Porque a congregação dos hipócritas se fará estéril,
e
o fogo consumirá as tendas do suborno.
Jó
15:35 Concebem a malícia, e dão à luz a iniquidade,
e
o seu ventre prepara enganos.
Veja o que diz Isaías 59:4 - Ninguém há que clame pela justiça, ninguém
que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando
mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade.
Também Judas, em seu livro diz: Judas 1:14 a
16 - E destes profetizou também Enoque, o
sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos;
Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas
as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras
palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. Estes são murmuradores,
queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca
diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse.
Paulo, o apóstolo, por duas vezes fala do
ventre deles que Elifaz citou:
Romanos
16:18 porque esses tais não
servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas,
enganam o coração dos incautos.
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Filipenses
3:19 O destino deles é a
perdição, o deus deles é o ventre, e a glória
deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas.
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Eles concebem malícia, dão a luz iniquidade
e o seu ventre prepara enganos! Ele, Elifaz fala dos ímpios, e não é que está
falando de si mesmo? Por isso que a palavra certa pode estar sendo pronunciada
de forma até certa, mas com a boca errada, não com o objetivo de dar glórias a
Deus, mas de chamar a atenção do ouvinte para o autor da fala, contra Deus.
No presente caso, Jó está certo e Elifaz
errado. É por isso que a justiça é do Senhor e não do palrador.
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