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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Jó 18:1-21 - SEGUNDO DISCURSO DE BILDADE CONTRA JÓ

Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
C. O segundo ciclo de discursos – 15:1 – 21:34.
Estamos, agora, nessa parte “C”, que foi dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16 – já vista. 3. Bildade – 18:1 – 21 – veremos agora. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29. 5. Zofar – 20:1 – 29. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
3. Bildade – 18:1 – 21.
Agora, novamente, como foi da última vez, é a oportunidade de fala de Bildade. A ordem das falas, das réplicas e das respostas de Jó parecem padrão.
Esta segunda série de discursos nada acrescenta em relação à primeira série. Os discursos continuam vazios, justamente por faltarem neles vida, prática, convivência, alinhamento entre a teoria e a prática.
Bildade acusa Jó pela segunda vez. O seu discurso pode ser dividido assim: primeiro ele repreende Jó – vs 1 ao 4. Depois, repete a sua exposição anterior sobre o destino dos ímpios – dos vs 5 ao 21; comparar com 8:8 a 19.
Na sua repreensão a Jó, a crueldade é notória além do que ela era dirigida a uma pessoa que naquele momento precisava primeiro de acolhida, amor, compreensão.
Bildade ao repreender Jó dá a entender que ele era o ofendido e Jó o ofensor, no entanto Jó estava sofrendo. Será que esqueceram disso? Uma característica interessante em Jó é que em nenhum momento ele ficou calado com relação às críticas de seus companheiros.
Jó sempre tinha uma resposta e sempre se defendia apelando para sua consciência e hombridade; além disso, Jó sempre se dirigia a Deus em suas respostas. Jó era uma pessoa de caráter que não abria mão disso.
Depois de repreender, se volta para o seu mesmo discurso pronunciado anteriormente baseado na afirmação da sabedoria proverbial.
Fala de certas coisas coerentes, mas que pessimamente aplicadas. Principalmente porque Jó não era aquela pessoa que eles pensavam que era.
Acho que esses amigos não eram aqueles amigos que temos de verdade que confiam na gente, que acreditam em tudo o que falamos e está disposto a nos ajudar.
Ele fala da morte e do desaparecimento ou fim do ímpio. O livro de salmos fala tanto disso. Toda a Bíblia nos aponta que um dia isso tudo vai mudar e a sua promessa par nós é que viveremos eternamente com o Senhor.
Jó 18:1 Então respondeu Bildade, o suíta, e disse:
                Jó 18:2 Até quando poreis fim às palavras?
                               Considerai bem, e então falaremos.
                Jó 18:3 Por que somos tratados como animais,
                               e como imundos aos vossos olhos?
                Jó 18:4 Oh tu, que despedaças a tua alma na tua ira,
                               será a terra deixada por tua causa?
                                               Remover-se-ão as rochas do seu lugar?
Jó 18:5 Na verdade, a luz dos ímpios se apagará,
                e a chama do seu fogo não resplandecerá.
                Jó 18:6 A luz se escurecerá nas suas tendas,
                               e a sua lâmpada sobre ele se apagará.
                Jó 18:7 Os seus passos firmes se estreitarão,
                               e o seu próprio conselho o derrubará.
                Jó 18:8 Porque por seus próprios pés é lançado na rede,
                               e andará nos fios enredados.
                Jó 18:9 O laço o apanhará pelo calcanhar,
                               e a armadilha o prenderá.
                Jó 18:10 Está escondida debaixo da terra uma corda,
                               e uma armadilha na vereda.
                Jó 18:11 Os assombros o espantarão de todos os lados,
                               e o perseguirão a cada passo.
                Jó 18:12 Será faminto o seu vigor,
                               e a destruição está pronta ao seu lado.
                Jó 18:13 Serão devorados os membros do seu corpo;
                               sim, o primogênito da morte devorará os seus membros.
                Jó 18:14 A sua confiança será arrancada da sua tenda,
                               onde está confiado,
                                               e isto o fará caminhar para o rei dos terrores.
                Jó 18:15 Morará na sua mesma tenda,
                               o que não lhe pertence;
                                               espalhar-se-á enxofre sobre a sua habitação.
                Jó 18:16 Por baixo se secarão as suas raízes
                               e por cima serão cortados os seus ramos.
                Jó 18:17 A sua memória perecerá da terra,
                               e pelas praças não terá nome.
                Jó 18:18 Da luz o lançarão nas trevas,
                               e afugentá-lo-ão do mundo.
                Jó 18:19 Não terá filho nem neto entre o seu povo,
                               e nem quem lhe suceda nas suas moradas.
                Jó 18:20 Do seu dia se espantarão os do ocidente,
                               assim como se espantam os do oriente.
                Jó 18:21 Tais são, na verdade, as moradas do perverso,
                               e este é o lugar do que não conhece a Deus.
Eu não vejo a hora de chegar o grande dia em que o Senhor voltar pela segunda vez para estar para sempre conosco e ressuscitarmos dos mortos.
Triunfar sobre a morte para nunca mais morrermos, será algo que não temos condições, no presente, de se quer imaginar. Jó falará disso em sua resposta. Enquanto Bildade mostra o fim, Jó fala da ressurreição dos mortos pela fé.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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domingo, 27 de julho de 2014

Jó 17:1-16 - JÓ ESTÁ TODO VOLTADO PARA DEUS AO RESPONDER A ELIFAZ

Ainda estamos na parte II, de cinco, de nossa divisão proposta, que está tratando do diálogo entre Jó e os seus amigos.
Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
C. O segundo ciclo de discursos – 15:1 – 21:34.
Estamos, agora, nessa parte “C”, que foi dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16 – estamos vendo agora. 3. Bildade – 18:1 – 21. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29. 5. Zofar – 20:1 – 29. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
b. Lamento para Deus – 16:7 a 17:16 - continuação.
Jó continua com a sua oração iniciada em 16:7. Ele usou os sete primeiros versículos do capítulo 16 para, sarcasticamente, responder a Elifaz e agora, ele estava diante de Deus, continuando com as suas orações.
Ele reconhece a ação de Deus e o seu controle, mas percebe que o tempo está passando veloz levando embora tudo o que ele tinha. Se não bastasse isso, ainda estava ele cercado de zombadores e seus olhos cheios de contemplarem as suas provocações.
Parecia que o universo todo conspirava contra ele. Parecia que todos estavam ali prontos somente para ouvir da sua boca impropérios contra o seu Deus, mas Jó permanecia fiel.
Jó se sentia uma abominação e um provérbio dos povos por causa de sua condição, mas mesmo assim, teimosamente, insistia em sua tese da inocência, da soberania de Deus e a da manutenção de sua fidelidade.
Como manter a esperança quando não se tem o que esperar senão aquilo que seu coração crê?
Por que Jó não desistiu de vez e buscou o suicídio ou a morte ou a depressão profunda, mas ao invés disso buscou a vida, buscou a Deus e lutou com todas as suas forças?
Jó era um homem de fé! Por isso que sustentou-se nela para nos provar a nós que devemos igualmente nos sustentarmos nela para o que der e vier.
Não havia palavra de Deus para Jó naquele seu caso, no entanto, jamais abriu mão de sua fé em um Deus pessoal que é soberano e que se levanta para fazer justiça e juízo na terra.
Hoje, por exemplo, nós os crentes estamos rodeados da palavra de Deus em tantas promessas que nenhuma desculpa poderíamos apresentar diante de Deus que justificasse uma vida longe da fé.
Com a chegada e a revelação de Cristo Jesus, tudo mudou. Ele veio e se manifestou e abriu a sua boca em parábolas e nos ensinou e nos instruiu.
Suas palavras finais, durante a sua fase terrestre foram de que voltaria em breve para buscar e estar entre os crentes para sempre, pelos séculos dos séculos. Amém!
Jó, ao contrário, passou pela prova sozinho. Nem a palavra tinha, mas apenas o seu coração de crente e sua esperança baseada na sua vida com Deus.
Jó 17:1 O meu espírito se vai consumindo,
                os meus dias se vão apagando,
                                e só tenho perante mim a sepultura.
                 Jó 17:2 Deveras estou cercado de zombadores,
                               e os meus olhos contemplam as suas provocações.
                Jó 17:3 Promete agora, e dá-me um fiador para contigo;
                               quem há que me dê a mão?
                Jó 17:4 Porque aos seus corações encobriste o entendimento,
                               por isso não os exaltarás.
                Jó 17:5 O que denuncia os seus amigos, a fim de serem despojados,
                               também os olhos de seus filhos desfalecerão.
                Jó 17:6 Porém a mim me pôs por um provérbio dos povos,
                               de modo que me tornei uma abominação para eles.
                Jó 17:7 Pelo que já se escureceram de mágoa os meus olhos,
                               e já todos os meus membros são como a sombra.
                Jó 17:8 Os retos pasmarão disto,
                               e o inocente se levantará contra o hipócrita.
                Jó 17:9 E o justo seguirá o seu caminho firmemente,
                               e o puro de mãos irá crescendo em força.
                Jó 17:10 Mas, na verdade, tornai todos vós e vinde;
                               porque sábio nenhum acharei entre vós.
                Jó 17:11 Os meus dias passaram, e malograram os meus propósitos,
                               as aspirações do meu coração.
                Jó 17:12 Trocaram a noite em dia; a luz está perto do fim,
                               por causa das trevas.
                Jó 17:13 Se eu esperar, a sepultura será a minha casa;
                               nas trevas estenderei a minha cama.
                Jó 17:14 A corrupção clamo:
                               Tu és meu pai;
                                               e aos vermes:
                                                               Vós sois minha mãe e minha irmã.
                Jó 17:15 Onde, pois, estaria agora a minha esperança?
                               Sim, a minha esperança, quem a poderá ver?
                Jó 17:16 As barras da sepultura descerão
                               quando juntamente no pó teremos descanso.
Jó encerra sua fala a Elifaz e agora se levanta, novamente, para sua réplica, Bildade.
Jó permanece fiel em toda a casa de Deus resistindo a tudo somente pela sua fé, sua crença pessoal em um Deus pessoal. Jó nada tinha em que ancorar a sua fé, mas ele pode ser considerado um exemplo para todos nós.
Abraão, provavelmente, seu contemporâneo, foi tido para nós como o pai da fé porque creu em Deus que lhe falara.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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sábado, 26 de julho de 2014

Semeando mensagens em todo o mundo

Agora mesmo, faça-nos uma visita!
A vida que Deus nos deu é uma só e o seu convite é para que o glorifiquemos por meio dela. Qual a melhor forma de assim fazermos, senão divulgando a sua palavra por meio de mensagens escritas e faladas?

Estamos empenhados nisso e acreditamos no que fazemos!

Nossos livros se baseiam totalmente na Bíblia e apresentam, todos eles, uma cosmovisão não dualista do mundo. Pelo contrário, cremos que Deus está no controle de tudo e de todas as coisas. Tudo o que ele criou, ele também sustenta até agora. É por causa de seus eternos propósitos, os quais se cumprirão quer queiramos, quer não, que a vida é sempre renovada apesar das mazelas e circunstâncias "inadministráveis" as quais estamos todos sujeitos.

As sinópses de nossos livros estão disponíveis em nossos sites. Também recomendamos conhecer http://issuu.com/danielbarreto4 ​haja vista que você terá acesso completo em alguns livros com visualização digital agradável e muito amigável.

Jó 16:1-22 - UM AMIGO DEVE CONFIAR NO OUTRO

Ainda estamos na parte II, de cinco, de nossa divisão proposta, que está tratando do diálogo entre Jó e os seus amigos.
Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
C. O segundo ciclo de discursos – 15:1 – 21:34.
Estamos no segundo ciclo de discursos: Jó e seus amigos novamente trocam entre si palavras na forma de discursos, seguindo uma ordem exata, como na primeira série de discursos. Era como se fosse o direito à réplica, comum nos debates, principalmente nos políticos.
Continuemos com essa parte “C”, que estará sendo dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16 – veremos agora. 3. Bildade – 18:1 – 21. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29. 5. Zofar – 20:1 – 29. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16.
Jó dá a Elifaz a sua resposta. E podemos também dividi-la em duas partes. 1. A repreensão cínica – 16:1-6. 2. Lamento para Deus – 16:7 a 17:16.
1. A repreensão cínica – 16:1-6.
Como vimos, Jó mantém o seu estilo de resposta, primeiramente se voltando para seu interlocutor dando-lhe sua resposta à altura, mantendo sempre a sua fé e preservando a sua consciência a despeito de tudo; depois, se voltando para Deus com sua perseverante oração em busca de sabedoria e entendimento dos fatos.
Percebemos Jó descartando o discurso de Elifaz como uma repetição repugnante de uma perspectiva defeituosa sobre o sofrimento.
Cinicamente, Jó retrucou a Elifaz por ele ter aplicado os provérbios tradicionais à sua situação. Bem poderia Elifaz estar consolando ele e como amigo compreendendo sua dor, mas a sua opção era o encontro da culpa.
Por quê? Admitindo a culpa e buscando o perdão, o mal cessaria e sua dor seria consolada e ele ouviria novamente a voz de Deus? O que se passava com Elifaz e o que ele buscava?
Os amigos deveriam em primeiro lugar confiar nele e não acusá-lo. Toda relação começa com a confiança e quando não há confiança na relação, como pode ela se perpetuar?
Se a sua premissa for o mal em relação ao seu próximo, como poderá haver relacionamento? Há pessoas que tem receio de confiar na outra com medo de ser traída ou enganada, mas eu prefiro ser traído e enganado do que trair a minha confiança com aquele que estou me relacionando.
Jó já demonstrava cansaço não somente da extensão dos discursos, mas porque eles nada diziam que fosse útil.
2. Lamento para Deus – 16:7 a 17:16.
O desabafo de Jó diante de Deus é muito profundo. Sua oração é a oração de um crente, de um justo que vive pela fé, como nos diz o escritor de Hebreus que o justo de Deus andaria pela fé e não poderia recuar, senão, nele não estaria o seu espírito – Hb 10:38.
Ele reconhece a ação de Deus sobre a sua vida, mas não põe em Deus a culpa no sentido de estar sendo Deus contrário à sua natureza, ou seja, sendo maligno. Ele compreende que o mal não poderia tocá-lo sem que tivesse que passar por seu Deus.
Por que o mal o teria atingido? Ele anseia por respostas, uma vez que não encontra justificativas em sua conduta para castigos divinos. Como é fácil trairmos nossa fé...
Estaria Jó cedendo aos argumentos de seus amigos que associavam piamente seus sofrimentos a comportamentos que tivesse tido? Quem tem as respostas?
Certa vez Jesus falou sobre essa questão que principalmente é sustentada em Jó de que os sofrimentos estão associados, como castigos, a prática de pecados muito graves.
Lucas 13:1 E, Naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
Lucas 13:2 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas?
Lucas 13:3 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
Lucas 13:4 E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Silo é e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém?
Lucas 13:5 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
O verso 1 de Lucas 13 fala de ter Pilatos cometido algo muito grave. Matar uma pessoa enquanto esta oferecia sacrifícios era considerado algo particularmente terrível. Esse incidente registrado nesse verso primeiro, sem dúvida contribuiu para reforçar a reputação de Pilatos como um homem muito cruel.
Naquela época – qual época não é assim? – era crido que as desgraças eram resultados de pecados muito graves, porém, Jesus negou que esses galileus tivessem cometido qualquer ato que merecesse um fim tão trágico.
Todos nós somos pecadores. Jesus insistiu para as pessoas se arrependerem, do contrário morreriam. Por terem sido mortos subitamente, aqueles galileus não tiveram tempo de arrependimento. Assim, Jesus advertiu às pessoas que se arrependam enquanto ainda há tempo, pois poderá não haver outra oportunidade de fazê-lo.
Como sempre fazia, mais uma vez, Jó volta-se para Deus e desabafa. Como nos diz a BEG, no vs 9,  a ilustração é a de um leão. Alguns pensam que a frase deveria ser traduzida por “[ele] fareja e dilacera”. Nos vs 12 a 14, é empregada a ilustração descritiva de um guerreiro.
No verso 19, vemos uma crença em Jó de que nos céus deveria haver uma testemunha, ideia totalmente descartada por Elifaz no seu primeiro discurso – 5:1. No entanto, isso deu a Jó esperanças que tudo poderia ficar bem algum dia. Era como se Jó vislumbrasse pela fé seu redentor e seu advogado, Jesus Cristo, o Justo.
Jó parecia dar a entender que esperava que alguém nas regiões celestiais falasse em seu favor, como um Mediador entre Deus e os homens.
Jó 16:1 Então respondeu Jó, dizendo:
                Jó 16:2 Tenho ouvido muitas coisas como estas;
                               todos vós sois consoladores molestos.
                Jó 16:3 Porventura não terão fim essas palavras de vento?
                               Ou o que te irrita, para assim responderes?
                Jó 16:4 Falaria eu também como vós falais,
                               se a vossa alma estivesse em lugar da minha alma,
                                               ou amontoaria palavras contra vós,
                                                               e menearia contra vós a minha cabeça?
                Jó 16:5 Antes vos fortaleceria com a minha boca,
                               e a consolação dos meus lábios abrandaria a vossa dor.
                Jó 16:6 Se eu falar, a minha dor não cessa, e, calando-me eu,
                               qual é o meu alívio?
                Jó 16:7 Na verdade, agora tu me tens fatigado;
                               tu assolaste toda a minha companhia,
                Jó 16:8 Testemunha disto é que já me fizeste enrugado,
                               e a minha magreza já se levanta contra mim,
                                               e no meu rosto testifica contra mim.
                Jó 16:9 Na sua ira me despedaçou, e ele me perseguiu;
                                rangeu os seus dentes contra mim;
                                               aguça o meu adversário os seus olhos contra mim.
                Jó 16:10 Abrem a sua boca contra mim;
                               com desprezo me feriram nos queixos,
                                               e contra mim se ajuntam todos.
                Jó 16:11 Entrega-me Deus ao perverso,
                               e nas mãos dos ímpios me faz cair.
                Jó 16:12 Descansado estava eu, porém ele me quebrantou;
                               e pegou-me pela cerviz, e me despedaçou;
                                               também me pôs por seu alvo.
                Jó 16:13 Cercam-me os seus flecheiros; atravessa-me os rins,
                               e não me poupa, e o meu fel derrama sobre a terra,
                Jó 16:14 Fere-me com ferimento sobre ferimento;
                               arremete contra mim como um valente.
                Jó 16:15 Cosi sobre a minha pele o cilício,
                               e revolvi a minha cabeça no pó.
                Jó 16:16 O meu rosto está todo avermelhado de chorar,
                               e sobre as minhas pálpebras está a sombra da morte:
                Jó 16:17 Apesar de não haver violência nas minhas mãos,
                               e de ser pura a minha oração.
                Jó 16:18 Ah! terra, não cubras o meu sangue
                               e não haja lugar para ocultar o meu clamor!
                Jó 16:19 Eis que também agora a minha testemunha está no céu,
                               e nas alturas o meu testemunho está.
                Jó 16:20 Os meus amigos são os que zombam de mim;
                               os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus.
                Jó 16:21 Ah! se alguém pudesse contender com Deus pelo homem,
                               como o homem pelo seu próximo!
                Jó 16:22 Porque decorridos poucos anos,
                               eu seguirei o caminho por onde não tornarei.
Jó continuará com seu discurso resposta a Elifaz, se bem que agora está totalmente voltado para Deus em sua busca incessante pelo reino de Deus e a sua justiça.
O seu clamor pelo seu redentor, pelo seu mediador, pelo seu salvador, pelo seu remidor, pelo seu advogado é forte dentro de suas falas e pensamentos.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Jó 15:1-35 - COMEÇA A SEGUNDA SÉRIE DE DISCURSOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS

Esta é a parte II, de cinco, de nossa divisão proposta, que está tratando do diálogo entre Jó e os seus amigos. 
Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
C. O segundo ciclo de discursos – 15:1 – 21:34.
O segundo ciclo de discursos começa agora no capítulo 15 e vai até o capítulo 21. O primeiro ciclo começou no 4 e terminou no 14. Jó e seus amigos novamente trocam entre si palavras na forma de discursos, seguindo uma ordem exata, como na primeira série de discurso. Era como se fosse o direito à réplica, comum nos debates, principalmente nos políticos.
Nós já vimos, na parte “B” a primeira série de discursos que em linhas gerais consiste nas declarações de seus três amigos e nas respostas comoventes que Jó lhes dá.
Para cada discurso de um de seus amigos, uma resposta de Jó à altura da pergunta. Elas começam tímida e receosa por causa do estado em que se encontrava Jó, mas a busca da explicação do fenômeno Jó parecia inquietar as mentes e corações de seus amigos.
Pelo que, conforme já explicamos, elas progrediam em atrevimento e descuidado com a situação de seu amigo que sofria, mais parece que estavam ali querendo achar culpa em Jó ou em serem advogados de Deus do que verdadeiro amigo que consola o outro nas necessidades.
Os discursos fazem referência a muitas perspectivas diferentes e possíveis explicações, mas todas são insuficientes, naturalmente por lhes faltar elementos para isso.
Se destaca em tudo isso, uma outra característica interessante em Jó, além de sua grande fé inabalável e sua imperturbável consciência: a sua perseverante vida de oração e de palavras dirigidas a Deus em desabafo na busca do seu reino e da sua justiça.
Começaremos, agora, essa parte “C”, que estará sendo dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16. 3. Bildade – 18:1 – 21. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29. 5. Zofar – 20:1 – 29. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
1. Elifaz – 15:1 – 35.
Elifaz, agora faz seu segundo discurso. E podemos também dividi-lo em duas partes. 1. Perguntas e Acusações – 15:1-16. 2. A afirmação da sabedoria proverbial – 15:17 – 35.
1. Perguntas e Acusações – 15:1-16.
Afastando-se da abordagem diplomática que tinha mostrado em seu primeiro discurso, Elifaz, o temanita, começa uma série veloz de perguntas e acusações tentando expor com sarcasmo o que considera ser a arrogância de Jó.
São acusações fortes por meio de suas perguntas sarcásticas que faz contra o justo Jó de quem Deus deu testemunho a seu favor. Elifaz parece convencido de seus argumentos, por isso não alivia seus ataques mordazes contra Jó.
No entanto, Jó estava convencido de sua inocência e jamais iria trair a sua consciência por qualquer que fosse o motivo.
Aquela sua confiança em sua inocência fazia Elifaz ranger os dentes de raiva e por isso não poupava em suas palavras, em seus julgamentos e em suas conclusões.
São palavras fortes, duras, contumazes de alguém cujo coração era de gelo e de cinzas o seu sangue. Ele dizia que era a iniquidade quem ensinava a sua boca – boca de Jó - as respostas que dizia.
2. A afirmação da sabedoria proverbial – 15:17 – 35.
Depois de desabafar e deixar seu coração insensato sem freios na fala, Elifaz pede para Jó se lembrar do que os sábios do passado haviam dito.
Depois de uma introdução simples pedindo a Jó que o ouvisse – vs 17 – 19 -, ele recita um poema sobre o destino do ímpio.
Faz uso de inúmeras metáforas para expressar a ideia de que são os ímpios, e não os justos, que sofrem nas mãos de Deus, consequentemente, Jó devia ser um ímpio.
A sua conclusão não deixava alternativas para Jó senão concordar com suas argumentações, mas não era isso que Jó tinha em mente, nem seria isso que ele iria fazer.
Jó estava muito convencido de sua inocência e sua fé em Deus jamais o deixaria trair suas convicções.
Palavras certas na boca de pessoas ímpias não deixam de continuarem certas, mas dão a falsa impressão de que quem fala é certo, quando na verdade não é.
Satanás, muito astuto, poderia anunciar o evangelho da forma correta, mas nunca com a intenção de dar glórias a Deus, antes com a pura intenção de anunciar a todos que quem fala a verdade é maior do que a verdade que ele fala.
Por isso que devemos tomar cuidado com certos discursos e com certas falas inteligentes de pessoas cujos princípios vão de encontro à graça de Deus.
Jó 15:1 Então respondeu Elifaz o temanita, e disse:
                Jó 15:2 Porventura proferirá o sábio vã sabedoria?
                               E encherá do vento oriental o seu ventre,
                Jó 15:3 Arguindo com palavras que de nada servem,
                               e com razões, de que nada aproveita?
                Jó 15:4 E tu tens feito vão o temor,
                               e diminuis os rogos diante de Deus.
                Jó 15:5 Porque a tua boca declara a tua iniquidade;
                               e tu escolhes a língua dos astutos.
                Jó 15:6 A tua boca te condena, e não eu,
                               e os teus lábios testificam contra ti.
                Jó 15:7 És tu porventura o primeiro homem que nasceu?
                               Ou foste formado antes dos outeiros?
                Jó 15:8 Ou ouviste o secreto conselho de Deus
                               e a ti só limitaste a sabedoria?
                Jó 15:9 Que sabes tu, que nós não saibamos?
                               Que entendes, que não haja em nós?
                Jó 15:10 Também há entre nós encanecidos e idosos,
                               muito mais idosos do que teu pai.
                Jó 15:11 Porventura fazes pouco caso das consolações de Deus,
                               e da suave palavra que te dirigimos?
                Jó 15:12 Por que te arrebata o teu coração,
                               e por que piscam os teus olhos?
                Jó 15:13 Para virares contra Deus o teu espírito,
                               e deixares sair tais palavras da tua boca?
                Jó 15:14 Que é o homem, para que seja puro?
                               E o que nasce da mulher, para ser justo?
                Jó 15:15 Eis que ele não confia nos seus santos,
                               e nem os céus são puros aos seus olhos.
                Jó 15:16 Quanto mais abominável e corrupto é o homem
                               que bebe a iniquidade como a água?
Jó 15:17 Escuta-me, mostrar-te-ei; e o que tenho visto te contarei
                Jó 15:18 (O que os sábios anunciaram,
                               ouvindo-o de seus pais, e o não ocultaram;
                Jó 15:19 Aos quais somente se dera a terra,
                               e nenhum estranho passou por entre eles):
                Jó 15:20 Todos os dias o ímpio é atormentado,
                               e se reserva, para o tirano, um certo número de anos.
                Jó 15:21 O sonido dos horrores está nos seus ouvidos;
                               até na paz lhe sobrevém o assolador.
                Jó 15:22 Não crê que tornará das trevas,
                               mas que o espera a espada.
                Jó 15:23 Anda vagueando por pão, dizendo: Onde está?
                               Bem sabe que já o dia das trevas lhe está preparado, à mão.
                Jó 15:24 Assombram-no a angústia e a tribulação;
                               prevalecem contra ele, como o rei
                                               preparado para a peleja;
                Jó 15:25 Porque estendeu a sua mão contra Deus,
                               e contra o Todo-Poderoso se embraveceu.
                Jó 15:26 Arremete contra ele com a dura cerviz,
                               e contra os pontos grossos dos seus escudos.
                Jó 15:27 Porquanto cobriu o seu rosto com a sua gordura,
                               e criou gordura nas ilhargas.
                Jó 15:28 E habitou em cidades assoladas,
                               em casas em que ninguém morava,
                                               que estavam a ponto de fazer-se montões de ruínas.
                Jó 15:29 Não se enriquecerá, nem subsistirá a sua fazenda,
                               nem se estenderão pela terra as suas possessões.
                Jó 15:30 Não escapará das trevas;
                               a chama do fogo secará os seus renovos,
                                               e ao sopro da sua boca desaparecerá.
                Jó 15:31 Não confie, pois, na vaidade, enganando-se a si mesmo,
                               porque a vaidade será a sua recompensa.
                Jó 15:32 Antes do seu dia ela se consumará;
                               e o seu ramo não reverdecerá.
                Jó 15:33 Sacudirá as suas uvas verdes, como as da vide,
                               e deixará cair a sua flor como a oliveira,
                Jó 15:34 Porque a congregação dos hipócritas se fará estéril,
                               e o fogo consumirá as tendas do suborno.
                Jó 15:35 Concebem a malícia, e dão à luz a iniquidade,
                               e o seu ventre prepara enganos.
Veja o que diz Isaías 59:4 - Ninguém há que clame pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade.
Também Judas, em seu livro diz: Judas 1:14 a 16 - E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse.
Paulo, o apóstolo, por duas vezes fala do ventre deles que Elifaz citou:
Romanos 16:18 porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos.
Filipenses 3:19 O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas.
Eles concebem malícia, dão a luz iniquidade e o seu ventre prepara enganos! Ele, Elifaz fala dos ímpios, e não é que está falando de si mesmo? Por isso que a palavra certa pode estar sendo pronunciada de forma até certa, mas com a boca errada, não com o objetivo de dar glórias a Deus, mas de chamar a atenção do ouvinte para o autor da fala, contra Deus.
No presente caso, Jó está certo e Elifaz errado. É por isso que a justiça é do Senhor e não do palrador.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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