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quinta-feira, 28 de março de 2013

Salmo 70: 1-5 - PETIÇÃO POR AUXÍLIO DIVINO

Salmo de Davi que como sempre, sempre estava diante de Deus apresentando a sua oração e a sua vida nos inspirando a buscar a Deus mais um pouquinho. Vale à pena, irmãos, termos paciência e lutarmos sem jamais desistirmos.
Diante das mazelas e circunstâncias de nossas vidas, devemos ser como ele foi que logo a Deus apresentava a sua oração. Praza-te, dá-te pressa... era seu pedido por causa da agonia das perseguições e contratempos que enfrentava. Seu pedido era por livramento e por socorro por que havia uma perseguição brutal contra a sua pessoa.
Quem dera fôssemos gerenciadores das nossas próprias circunstâncias e pudéssemos escolher entre uma ou outra, ou nenhuma, no entanto, não podemos e ainda devemos, nelas, glorificar a Deus, uma vez que para isso vivemos, para isso estamos aqui, para isso nos deixou Deus ao nos salvar e não nos levou logo embora consigo, antes permite que aqui ainda estejamos nessa terra.
Sendo assim, não vivemos para comprar, vender, casar, investir, mas para glorificarmos a Deus em todas essas coisas que enfrentaremos na qual necessitaremos comprar, vender, casar, investir. Eu quero dizer que o foco e o objetivo de nossa vida não está nas coisas, nem no sucesso, nem na fama, nem nos resultados, antes em Cristo.
Quando temos Cristo por alvo para sermos como ele foi, como propõe o livro “Em seus passos, o que faria Jesus?”, então estaremos glorificando a Deus em tudo o que fizermos, sermos ou termos.
Ele finalmente contrasta o fim de cada um. Vergonha, vexame, ignomínia, retrocesso aos que se comprazem no mal e folguedo, rejubilo aos que buscam e aos que amam a salvação de Deus.
No comentário de Calvino, em sua introdução, vemos que este salmo é apenas uma parte do quadragésimo salmo, e a inscrição ‘para chamar à lembrança’ talvez tenha sido feito para acomoda-los para ser usado em alguma outra ocasião especial.
Este salmo é apenas uma parte do quadragésimo, e a inscrição, para chamar a lembrança, talvez seja projetada para indicar isso; Davi tirou esses cinco versos desse outro salmo e os acomodou para serem usados em alguma ocasião particular. Só devo aqui repetir as palavras do texto; e encaminharia o leitor para a interpretação para o lugar apropriado.
Ao músico-chefe de David, para chamar a lembrança..
Sl 70:1 Praza-te,
ó Deus,
em livrar-me;
dá-te pressa,
ó SENHOR,
em socorrer-me.
Sl 70:2 Sejam envergonhados
e cobertos de vexame
os que me demandam a vida;
tornem atrás e cubram-se de ignomínia
os que se comprazem no meu mal.
Sl 70:3 Retrocedam por causa da sua ignomínia os que dizem:
Bem-feito! Bem-feito!
Sl 70:4 Folguem e em ti se rejubilem
todos os que te buscam;
e os que amam a tua salvação digam sempre:
Deus seja magnificado!
Sl 70:5 Eu sou pobre e necessitado;
ó Deus,
apressa-te em valer-me,
pois tu és o meu amparo
e o meu libertador.
SENHOR,
não te detenhas!

A certeza do salmista é expressa no último versículo quando afirmando ser pobre e necessitado, põe toda a sua confiança e esperança em Deus que vai se apressar em ampará-lo e em libertá-lo, apesar dele mesmo. O Senhor não se deterá por nada! Qual é a sua certeza, caro leitor?
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br

...


Não vos conformeis - VINACC

Amigo, irmão, desejando ver o documento original, favor visitar o site: http://tempora-mores.blogspot.com/ - eu republiquei aqui por que me identifiquei com a mensagem - Desperta Povo de Deus! Desperta irmão! Desperta Noiva de Cristo!

Posted: 27 Mar 2013 11:11 AM PDT


A Visão Nacional Para a Consciência Cristã (VINACC) lançou há alguns dias a carta/manifesto abaixo. Trata-se de um resumo das pregações que foram feitas no XV Encontro Para a Consciência Cristã,  em Campina Grande-PB. Eu e Augustus estivemos lá no ano passado e no ano que vem (2014), Solano também estará, além de muitos outros (veja a lista). 

O tema deste ano foi baseado em Romanos 12.1-2, texto que usei para a exposição no domingo, explorando a não conformidade com um culto falsificado e que não se expressa em vida de adoração a Deus.  Os pregadores durante as 7 noites do evento foram  Hernandes Dias Lopes, Geremias do Couto, Renato Garcia Vargens, Aurivan Marinho, Mauro Meister, José Bernardo e Ricardo Bitun. O texto abaixo, fruto das observações de cada sermão, é uma exortação bíblica e relevante para a Igreja Evangélica no Brasil. Vale a leitura.

Mauro

Não vos conformeis
Carta da 15ª Consciência Cristã


A Igreja Brasileira, solidamente representada no XV Encontro para a Consciência Cristã, realizado em Campina Grande de 6 a 12 de fevereiro de 2013, incumbiu-se de avaliar a situação do movimento evangélico em nossa nação, à luz da convocação que o apóstolo Paulo fez aos crentes em Roma, para a prática da teologia que ensinou nos onze primeiros capítulos da carta que lhes escreveu: "Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional  de vocês.  Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."

Vivemos tempos de grande inquietude para aqueles que decidiram conhecer, praticar e ensinar as Escrituras como a Palavra de Deus. Por todo lado se ouve de heresias, mundanismo, desvio e promiscuidade com toda sorte de ideias de homens: por fraqueza e ignorância, por conveniência e prazer, por ganância e apostasia. Os lobos passeiam livremente pelo meio do rebanho e dilaceram as ovelhas e o dano que fazem nos horroriza; não podemos observá-lo passivamente. Exortamos e animamos a igreja a tomar-se de um inconformismo santo que a impulsione à mudança. Nós chamamos a Noiva a encher-se de um descontentamento que a leve à transformação no íntimo, cremos que somente assim experimentaremos as coisas boas e desejáveis que Deus quer para nós.

Não vos conformeis com a amargura
A felicidade exaustivamente propagandeada nos comerciais de televisão é fugidia. De fato, vivemos em um mundo cada vez mais infeliz, amargurado, cheio de angústias, desespero e perplexidade. A infelicidade serve apenas aos mercadores de sonhos e envolve as pessoas em uma inútil e ansiosa corrida. Nesse cenário a depressão é uma pandemia que afeta a Igreja tanto quanto o mundo e enfraquece a motivação para a transformação e para o serviço. Sabemos que a alegria do Senhor é a nossa força, mas nossa alegria é roubada todos os dias: a) pelas circunstâncias, quando não conhecemos a grandeza de Deus; b) pelas pessoas, quando não exercemos o perdão; c) pelo dinheiro, quando amamos as coisas materiais; d) pela preocupação quando nos falta fé. Deixemos de lado essa tristeza mundana e abracemos a alegria no Senhor nosso Deus.

Não vos conformeis com a soberba
A arrogância do ser humano chega a tal ponto que ele se achou dono da verdade, cada um de sua própria e particular verdade. As pessoas tornaram-se tão evidentes aos próprios olhos que não podem mais enxergar o próximo e são incapazes de ver Deus. A Igreja tem sido afetada por esse orgulho, por essa vaidade, e sofrido as mesmas consequências que em Babel: Como Igreja, estamos separados, divididos, não nos entendemos e não servimos a Deus, porque estamos cultuando mais a homens e aos desejos da carne, porque estamos construindo para nossa própria glória, achando que podemos atingir o céu por nossos próprios méritos. Deus, em sua graça insuperável, poderia nos lembrar de que somos pó, mas temos fugido disso: a) quando rejeitamos o sofrimento; b) quando desprezamos o autocontrole; c) quando valorizamos nossos próprios desejos; d) quando ignoramos os planos de Deus para nós. Venha Igreja! Gloriemo-nos em nossas fraquezas, pois quando estamos fracos é que somos fortes.

Não vos conformeis com o pecado
Ló, separando-se de Abrão, escolhendo as campinas verdejantes, tão aprazíveis que se pareciam com o Jardim do Senhor, ficando cada vez mais perto de Sodoma e Gomorra e finalmente perdendo tudo, é um modelo do que acontece com a Igreja e com os crentes hoje. A cobiça dos olhos tem atraído, seduzido, gerado pecado e morte. A ganância pelas coisas materiais, pelo sucesso a todo custo, a busca insana pela aceitação do mundo e pela fama têm sido tão envolventes e ilusórias que os crentes se aproximam do pecado achando que estão encontrando a bênção de Deus. O pecado se torna aceitável e tão comum que às vezes parece obrigatório. Nesses dias chamamos a Igreja para reagir, nós a conclamamos a: a) odiar o pecado como Deus o odeia; b) fugir do pecado como Deus ordenou; c) buscar a santidade como Deus é santo; d) denunciar o pecado falando o que Deus diz sobre ele. Confiados de que temos recebido na graça os recursos para uma vida em santidade, chamamos os crentes a serem amigos de Deus, porque os amigos do mundo são inimigos de Deus.

Não vos conformeis com a igreja
Quando as igrejas estão se conformando com o mundo, não podemos nos conformar com elas. A Igreja sempre lutou contra heresias: Os judaizantes e os gnósticos no primeiro século, os ataques à humanidade ou à divindade de Cristo, a mercantilização da salvação na Idade Média, a negação da Verdade na modernidade, a contaminação da verdade na pós-modernidade. A diferença é que hoje a crise que a Igreja enfrenta é eclesial. As pessoas percebem que as igrejas têm se desviado do plano de Deus e, com isso, as abandonam e menosprezam. O inconformismo que a Palavra de Deus exige de nós nada tem a ver com essa atitude de descompromisso. A Igreja é uma instituição divina e se expressa institucionalmente. Somos chamados a enfrentar o mundanismo e o pecado dentro dela, não pelo abandono, mas lutando para que seja a Igreja que Cristo quer: a) igreja com a missão de Cristo; b) igreja com a confissão de Cristo; c) igreja com a revelação de Cristo; d) igreja com a autoridade de Cristo. Não nos conformemos! Há esperança para a Igreja do século XXI, pois é Deus quem estabelece a revelação que a mantém. Portanto, trabalhemos por uma igreja que cumpra o propósito dado pelo Senhor segundo os recursos que Ele mesmo provê.

Não vos conformeis com o culto
O culto que oferecemos a Deus nesse mundo tem sido marcado pela alienação e pelo simplismo. As pessoas nos conhecem mais por nossas obrigações do que por nossas motivações, mais por nossos costumes do que por nosso pensamento. Nossa adoração a Deus não tem produzido os resultados que Deus espera de nós, em nossas vidas ou nas vidas daqueles que nos observam. Mas Deus nos chama para um culto em que nos ofereçamos continuamente em santidade ao Senhor, de modo que isso seja primeiro agradável a Ele e, assim, se torne agradável a nós. Esse culto que devemos oferecer a Deus deve ser: a) fundamentado em sólido conhecimento das Escrituras; b) caracterizado pelo dar de nós mesmos; c) distinguido pela renovação de nossa mente; d) resultante na experimentação da vontade de Deus. Não nos conformemos com um culto que não seja aceitável a Deus. Seja o nosso culto um sinal da presença de Deus para todos os homens, um testemunho incontestável da graça salvadora de Jesus. Ofereçamos a Ele um culto que o agrade verdadeiramente e comecemos isso, como Paulo, pelo ensino da sã doutrina.

Não vos conformeis com o silêncio
A Igreja foi chamada para comunicar o Evangelho e ensinada por Cristo a fazê-lo na pregação, no ensino, no testemunho e na representação. Como crentes em Cristo não podemos nos calar a qualquer pretexto ou em qualquer situação. Devemos obedecer a Deus primeiro, não aos homens, e responder a quem quer que questione a esperança que recebemos em Cristo. Mas a Igreja tem se calado nas escolas e universidades, nos locais de trabalho e nos lugares públicos, com os amigos e os vizinhos, às vezes com a própria família. Os crentes têm emudecido por causa das leis, para não perder os amigos ou clientes, para não perder o status ou o emprego, temendo multas e prisão. A Igreja tem sido afrontada com mentiras e calúnias, ameaçada e desprezada, e não tem sido capaz de responder, porque teme coisa que acha pior. Nesse cenário somos chamados a: a) não ter medo como as pessoas do mundo; b) não ficarmos alarmados diante da perseguição; c) termos Cristo como único Senhor, único dono de nossa vida; d) nos prepararmos para responder a qualquer pessoa que questione a esperança que temos em Cristo. Rompamos o silêncio e anunciemos o Evangelho, respondamos a qualquer pessoa e em qualquer situação, a tempo e fora de tempo!

Não vos conformeis com a morte
Muitos líderes têm deixado uma lacuna de integridade, um vazio de direção, uma ausência de paz no meio da Igreja. Nosso povo, muitas vezes, está perplexo, confuso, inseguro e isso causa temor e angústia acerca do futuro da Igreja. Essa era a situação de Israel no início do livro de Isaías. O inimigo estava às portas, o pecado consumia o povo e o rei morreu deixando um trono vago. Nessa situação o profeta teve uma visão que a Igreja Brasileira também precisa ter: a) uma visão da soberania de Deus; b) uma visão da santidade de Deus; c) uma visão da miséria humana; d) uma visão dos meios para a salvação. Depois dessa visão Isaías pode ser comissionado para o ministério que denuncia o pecado e que anuncia a restauração. Diante dos problemas e dificuldades que enfrentamos na Igreja nesses dias, não podemos nos conformar com a mesmice, não podemos nos entregar à estagnação, não podemos nos conformar com uma igreja morta. Deus reina soberano, Ele é santo, Ele ama a nós pecadores e proveu meios para nos salvar, portanto, apresentemo-nos para a missão que Ele anuncia. A revelação dessas coisas deve ser continuamente enfatizada aos crentes, até que, inconformados, clamem contra o pecado e celebrem a alegria da salvação.

Aos trinta dias do encerramento do 15° Encontro para a Consciência Cristã, em 12 de março de 2013, nós reafirmamos, juntos, que não nos conformamos com a estagnação da presente era, antes buscamos mudança pela renovação de nossa mente.
Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com/

quarta-feira, 27 de março de 2013

Salmo 69: 1-36 - O LAMENTO DO MESSIAS

Salmo de Davi em que ele primeiro está a enfrentar um inimigo cruel e injusto que arma armadilhas para o justo cair e que não tem temor a Deus, antes somente quer arruinar o justo e trazer a ele injustiças. Davi chega a dizer o quão poderosos são os que o querem destruir e o que os impediria se não somente a graça bendita de Deus?
Os homens violentos são assim mesmo e não tem temor de Deus em seus olhos. Acham que podem tudo e ferem o justo. A perseguição que Davi sofria era grande e ela foi aplicada pelo Espírito Santo ao Messias, àquele que haveria de vir, conforme fosse a semente messiânica que sairia ali de Davi até chegar em José, pai adotivo de Jesus.
Davi não se justifica diante de Deus, mas confessa a sua culpa e admite o quão é tolo, estulto e culpado, mas clama a Deus que o livre apesar dele. Por amor àqueles que Deus lhe tem confiado, ele intercede e pede a graça abundante de Deus. Em seguida à sua confissão, ele começa a declarar suas palavras em oração, crendo que Deus o ouve e que o livrará pela sua graça.
Sem dúvida um salmo bom de se meditar e orar, principalmente por quem está enfrentando problemas com pessoas inescrupulosas que estão querendo tirar proveito da nossa boa fé em Deus.
Abaixo, o comentário de Calvino deste salmo messiânico, mas somente a sua introdução. Ele faz uma associação entre este salmo o e o salmo 22.
Existe uma estreita semelhança entre este salmo e o vigésimo segundo. Nos versículos iniciais, Davi se queixa da crueldade bárbara de seus inimigos e dos erros penosos que lhe causaram. Mas a sua mente, afirma ele, não foi reduzida a tal estado de angústia para impedir que ele confia pacientemente na proteção de Deus, ou para desencorajá-lo de continuar no curso incondicional de uma vida santa e reta . Ele prefere testemunhar que sua piedade e a coragem e atividade que ele manifestou na manutenção dos interesses da glória divina foram a causa da hostilidade que ele assumiu pela generalidade dos homens. Depois de voltar a reclamar de não ser menos vergonhosamente do que cruelmente oprimido por seus inimigos, ele invoca Deus para visitá-los com merecido castigo. Ao fim, exultante como se ele tivesse obtido seus desejos mais elevados, ele se compromete a conceder a Deus um sacrifício solene de louvor.
Ao músico-chefe de Shoshannim de David.
Já falamos em outro lugar da palavra Shoshannim. Seu significado apropriado é incerto e obscuro; mas a conjetura mais provável é que foi o início de alguma música. Se, no entanto, qualquer um preferiria considerá-lo como o nome de algum instrumento musical, não tenho objeções. Mas a opinião de alguns que este salmo foi composto na estação da primavera, quando os lírios começam a florescer, é totalmente infundado e frívolo. Antes de prosseguir, teremos que observar que Davi escreveu esta oda inspirada não tanto em seu próprio nome, como em nome de toda a Igreja, de cuja cabeça ele era um tipo eminente, como será mais caro trazido na sequência. Isto é altamente digno de nosso aviso, de que, a partir desta consideração, podemos levar a contemplar com maior atenção a representação que é dada aqui da condição comum de todo o povo de Deus. Além disso, é altamente provável que Davi não compreendeu aqui apenas um tipo de perseguição, mas todos os males que ele sofreu ao longo de muitos anos.
Sl 69:1 Salva-me,
ó Deus,
porque as águas me sobem até à alma.
Sl 69:2 Estou atolado em profundo lamaçal,
que não dá pé;
estou nas profundezas das águas,
e a corrente me submerge.
Sl 69:3 Estou cansado de clamar,
secou-se-me a garganta;
os meus olhos desfalecem de tanto esperar por meu Deus.
Sl 69:4 São mais que os cabelos de minha cabeça
os que, sem razão, me odeiam;
são poderosos os meus destruidores,
os que com falsos motivos são meus inimigos;
por isso, tenho de restituir o que não furtei.
Sl 69:5 Tu, ó Deus,
bem conheces a minha estultice,
e as minhas culpas não te são ocultas.
Sl 69:6 Não sejam envergonhados por minha causa
os que esperam em ti, ó SENHOR, Deus dos Exércitos;
nem por minha causa
sofram vexame os que te buscam, ó Deus de Israel.
Sl 69:7 Pois tenho suportado afrontas por amor de ti,
e o rosto se me encobre de vexame.
Sl 69:8 Tornei-me estranho
a meus irmãos
e desconhecido
aos filhos de minha mãe.
Sl 69:9 Pois o zelo da tua casa me consumiu,
e as injúrias dos que te ultrajam caem sobre mim.
Sl 69:10 Chorei,
em jejum está a minha alma,
e isso mesmo se me tornou em afrontas.
Sl 69:11 Pus um pano de saco por veste
e me tornei objeto de escárnio para eles.
Sl 69:12 Tagarelam sobre mim
os que à porta se assentam,
e sou motivo para cantigas de beberrões.
Sl 69:13 Quanto a mim,
porém, SENHOR,
faço a ti,
em tempo favorável,
a minha oração.
Responde-me, ó Deus,
pela riqueza da tua graça;
pela tua fidelidade em socorrer,
Sl 69:14 livra-me do tremedal,
para que não me afunde;
seja eu salvo dos que me odeiam
e das profundezas das águas.
Sl 69:15 Não me arraste a corrente das águas,
nem me trague a voragem,
nem se feche sobre mim a boca do poço.
Sl 69:16 Responde-me, SENHOR,
pois compassiva é a tua graça;
volta-te para mim
segundo a riqueza das tuas misericórdias.
Sl 69:17 Não escondas o rosto ao teu servo,
pois estou atribulado;
responde-me
depressa.
Sl 69:18 Aproxima-te de minha alma
e redime-a;
resgata-me
por causa dos meus inimigos.
Sl 69:19 Tu conheces
a minha afronta,
a minha vergonha
e o meu vexame;
todos os meus adversários estão à tua vista.
Sl 69:20 O opróbrio
partiu-me o coração,
e desfaleci;
esperei por piedade,
mas debalde;
por consoladores,
e não os achei.
Sl 69:21 Por alimento
me deram fel
e na minha sede me
deram a beber vinagre.
Sl 69:22 Sua mesa
torne-se-lhes diante deles em laço,
e a prosperidade,
em armadilha.
Sl 69:23 Obscureçam-se-lhes os olhos,
para que não vejam;
e faze que sempre lhes vacile o dorso.
Sl 69:24 Derrama sobre eles a tua indignação,
e que o ardor da tua ira os alcance.
Sl 69:25 Fique deserta a sua morada,
e não haja quem habite as suas tendas.
Sl 69:26 Pois perseguem a quem tu feriste
e acrescentam dores àquele a quem golpeaste.
Sl 69:27 Soma-lhes iniquidade à iniquidade,
e não gozem da tua absolvição.
Sl 69:28 Sejam riscados do Livro dos Vivos
e não tenham registro com os justos.
Sl 69:29 Quanto a mim,
porém,
amargurado e aflito,
ponha-me o teu socorro,
ó Deus,
em alto refúgio.
Sl 69:30 Louvarei com cânticos o nome de Deus,
exaltá-lo-ei com ações de graças.
Sl 69:31 Será isso muito mais agradável ao SENHOR
do que um boi ou um novilho com chifres e unhas.
Sl 69:32 Vejam isso os aflitos
e se alegrem;
quanto a vós outros
que buscais a Deus,
que o vosso coração reviva.
Sl 69:33 Porque o SENHOR
responde aos necessitados
e não despreza os seus prisioneiros.
Sl 69:34 Louvem-no
os céus e a terra,
os mares
e tudo quanto neles se move.
Sl 69:35 Porque Deus salvará Sião
e edificará as cidades de Judá,
e ali habitarão
e hão de possuí-la.
Sl 69:36 Também a descendência dos seus servos
a herdará,
e os que lhe amam o nome
nela habitarão.
Aqui já no final do salmo, aquela palavra de esperança aos que buscam o Senhor para que os seus corações revivam uma vez que o Senhor responde aos necessitados e não despreza os seus prisioneiros. Assim, neste meu momento particular de luta, eu tenho certeza de que Deus me ouve e me responde.

Eu não irei clamar para Deus falar comigo, não! Eu irei clamar para Deus abrir meus ouvidos para ouvir a sua voz que já está falando e me instruindo em tudo. Dá-nos ouvidos, Senhor, para ouvirmos a sua voz em meio aos vozes das tempestades que nos querem sufocar.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
...


terça-feira, 26 de março de 2013

Salmo 68: 1-35 - A VITÓRIA DE DEUS SOBRE OS SEUS INIMIGOS

Quem sou eu para comentar um salmo tão fantástico e impressionante como este. Davi fez este salmo em alegria e por causa da vitória que Deus lhe deu sobre os seus inimigos. Agora ele é rei e reconhece a Deus conduzindo o seu povo, por seu intermédio, como outrora Deus sempre fez e sempre fará.
Deus separou um povo escolhido para ele mesmo e este povo é a sua igreja que hoje não mais ocupa uma nação específica, mas em todas as nações encontraremos aqueles que são cristãos e que se reúnem para a sua glória e louvor. Por meio da igreja, hoje Deus fala ao mundo. A igreja, no entanto, não são os seus templos ostentosos, mas seu povo temente a Deus que ainda insiste em andar com Deus.
No verso 11 deste salmo, estamos nós, anunciados por Davi, anunciados pelo Espírito Santo, a proclamarmos a todas as nações em todos os reinos a palavra das boas novas, a mensagem de salvação que Cristo deu a sua igreja. Nós temos uma missão maravilhosa a cumprirmos, como podemos perder tempo com aquilo que não é pão nem satisfaz?
No comentário de Calvino, na sua introdução, ele diz que o salmo foi feito para celebrar as vitórias as quais, através de Deus, Davi tem ganhado sobre os seus inimigos. Agora que ele foi feito rei, deduz-se, em paralelo, que a Igreja foi levada a uma condição estabelecida, e que Deus, que parecia ter partido, agora finalmente ergue o seu trono, como se fosse reinar, e de fato reina, no meio de tudo isso. Foi Deus quem projetou a igreja para representar a glória de Deus depois de ser manifestada em Cristo.
Neste salmo foi o propósito de Davi celebrar as vitórias que, através da benção de Deus, ele ganhou sobre seus inimigos; mas, nos versículos iniciais, elogia o poder e a bondade de Deus em geral, como se vê no governo do mundo em geral. Deste modo, ele passa para a consideração do que Deus havia feito ao redimir seu povo escolhido e das provas contínuas de cuidados paternais que ele havia manifestado à posteridade de Abraão. Ele então prossegue para o assunto que ele teve mais particularmente em vista, perseguindo-o extensivamente e em termos da descrição mais exaltada; elogiando o sinal de exibição do poder divino que ele, e toda a nação com ele, tinham experimentado. Agora que ele tinha sido feito rei, ele infere que a Igreja foi levada a uma condição regular, e que Deus, que parecia ter partido, agora erguesse o trono, por assim dizer, no meio dela, e reinou. Nesse caso, evidentemente, parece que ele planejou, tipicamente, representar a glória de Deus depois da manifestação de Cristo.
Para o principal músico. Um salmo ou canção de Davi.
Sl 68:1 Levanta-se Deus;
dispersam-se os seus inimigos;
de sua presença fogem os que o aborrecem.
Sl  68:2 Como se dissipa a fumaça,
assim tu os dispersas;
como se derrete a cera ante o fogo,
assim à presença de Deus perecem os iníquos.
Sl  68:3 Os justos, porém,
se regozijam, exultam na presença de Deus
e folgam de alegria.
Sl  68:4 Cantai a Deus,
salmodiai o seu nome;
exaltai o que cavalga sobre as nuvens.
SENHOR é o seu nome,
exultai diante dele.
Sl  68:5 Pai dos órfãos
e juiz das viúvas
é Deus em sua santa morada.
Sl  68:6 Deus faz que o solitário
more em família;
tira os cativos para a prosperidade;
só os rebeldes habitam em terra estéril.
Sl  68:7 Ao saíres,
ó Deus,
à frente do teu povo,
ao avançares
pelo deserto,
Sl  68:8 tremeu a terra;
também os céus gotejaram à presença de Deus;
o próprio Sinai se abalou na presença de Deus,
do Deus de Israel.
Sl  68:9 Copiosa chuva derramaste,
ó Deus,
para a tua herança;
quando já ela estava exausta,
tu a restabeleceste.
Sl  68:10 Aí habitou a tua grei;
em tua bondade,
ó Deus,
fizeste provisão para os necessitados.
Sl  68:11 O Senhor deu a palavra,
grande é a falange das mensageiras das boas-novas.
Sl  68:12 Reis de exércitos fogem e fogem;
a dona de casa reparte os despojos.
Sl  68:13 Por que repousais entre as cercas dos apriscos?
As asas da pomba são cobertas de prata,
cujas penas maiores têm o brilho flavo do ouro.
Sl  68:14 Quando o Todo-Poderoso ali dispersa os reis,
cai neve sobre o monte Zalmom.
Sl  68:15 O monte de Deus é Basã,
serra de elevações é o monte de Basã.
Sl  68:16 Por que olhais com inveja,
ó montes elevados,
o monte que Deus escolheu para sua habitação?
O SENHOR habitará nele para sempre.
Sl  68:17 Os carros de Deus são vinte mil,
sim, milhares de milhares.
No meio deles, está o Senhor;
o Sinai tornou-se em santuário.
Sl  68:18 Subiste às alturas,
levaste cativo o cativeiro;
recebeste homens por dádivas,
até mesmo rebeldes,
para que o SENHOR Deus habite no meio deles.
Sl  68:19 Bendito seja o Senhor
que, dia a dia,
leva o nosso fardo!
Deus é a nossa salvação.
Sl  68:20 O nosso Deus
é o Deus libertador;
com Deus,
o SENHOR,
está o escaparmos da morte.
Sl  68:21 Sim,
Deus parte a cabeça dos seus inimigos
e o cabeludo crânio do que anda nos seus próprios delitos.
Sl  68:22 Disse o Senhor:
De Basã os farei voltar,
fá-los-ei tornar das profundezas do mar,
Sl  68:23 para que banhes o pé em sangue,
e a língua dos teus cães tenha o seu quinhão dos inimigos.
Sl  68:24 Viu-se,
ó Deus,
o teu cortejo,
o cortejo do meu Deus,
do meu Rei,
no santuário.
Sl  68:25 Os cantores iam adiante,
atrás, os tocadores de instrumentos de cordas,
em meio às donzelas com adufes.
Sl  68:26 Bendizei a Deus nas congregações,
bendizei ao SENHOR,
vós que sois da estirpe de Israel.
Sl  68:27 Ali, está o mais novo,
Benjamim,
que os precede, os príncipes de Judá,
com o seu séquito,
os príncipes de Zebulom
e os príncipes de Naftali.
Sl  68:28 Reúne,
ó Deus,
a tua força,
força divina que usaste a nosso favor,
Sl  68:29 oriunda do teu templo em Jerusalém.
Os reis te oferecerão presentes.
Sl  68:30 Reprime a fera dos canaviais,
a multidão dos fortes como touros e dos povos com novilhos;
calcai aos pés os que cobiçam barras de prata.
Dispersa os povos que se comprazem na guerra.
Sl  68:31 Príncipes vêm do Egito;
a Etiópia corre a estender mãos cheias para Deus.
Sl  68:32 Reinos da terra,
cantai a Deus,
salmodiai ao Senhor,
Sl  68:33 àquele que encima os céus,
os céus da antiguidade;
eis que ele faz ouvir a sua voz, voz poderosa.
Sl  68:34 Tributai glória a Deus;
a sua majestade está sobre Israel,
e a sua fortaleza,
nos espaços siderais.
Sl  68:35 Ó Deus,
tu és tremendo nos teus santuários;
o Deus de Israel,
ele dá força
e poder ao povo.
Bendito seja Deus!

Quisera eu ter mais tempo que o que agora possuo para mergulhar com mais profundidade nessas águas deliciosas deste belo salmo de Davi que fala do reino, do rei, da igreja, de Cristo e dos que anunciam as boas novas: eu e você!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br

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