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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Salmo 38: 1-11 - ARREPENDIMENTO DO PECADOR

Outro belo salmo de Davi em que sua queixa é bem forte e sua angústia aumentada por causa das aflições e perseguições de seu coração tanto internamente, por causa de seus pecados, quanto externamente, por causa dos seus inimigos.
Como ele mesmo diz, ele está sendo perseguido pelo seu próprio Senhor, mas ao invés de endurecer o seu coração como é bem o nosso costume quanto somos advertidos e censurados pelo amor de nosso Deus, Davi se derrete diante de Deus como a cera diante do sol.
O Senhor que é rico em misericórdia e graça, recebe seus lamentos e queixas em forma de salmo que é cantado e orado no mais profundo de seu coração. 
Calvino na sua introdução sobre este salmo vai falar disso.
Davi, sofrendo sob uma doença severa e perigosa, como pode ser conjeturado, reconhece que ele é castigado pelo Senhor, e pede que ele afaste sua raiva dele. Para que, de forma mais eficaz, induza a Deus a ter piedade dele, ele lamenta diante dele a severidade de suas aflições em uma variedade de detalhes. Estes devemos considerar separadamente, e em ordem.
Um salmo de David para lembrar. [48]
O título deste salmo refere-se ao seu assunto. Alguns supõem que é o início de uma música comum, porque em outros salmos o início da música, para a sintonia de que foram configurados, é geralmente prefixado: mas essa interpretação é antinatural e sem fundamento. Em vez disso, eu prefiro pensar que o título indica que Davi compôs este salmo como um memorial para si próprio, assim como para outros, para que ele não devesse esquecer o castigo pelo qual Deus o afligiu. Ele sabia com que facilidade e rapidez os castigos com que Deus nos visita, e que deveriam servir como meio de instrução para nós toda a nossa vida, escapam da nossa mente. Ele também estava atento a sua alta chamada; pois, como ele era nomeado mestre e professor sobre toda a Igreja, era necessário que o que quer que ele próprio aprendesse em particular, pelo ensino divino, deveria ser conhecido e apropriado ao uso de todos, para que todos pudessem lucrar com isso. Assim, somos admoestados de que é um exercício muito lucrativo, muitas vezes, recordar a lembrança dos castigos com os quais Deus nos afligiu pelos nossos pecados.
Sl 38:1 Não me repreendas,
SENHOR, na tua ira,
nem me castigues
no teu furor.
Sl 38:2 Cravam-se em mim as tuas setas,
e a tua mão recai sobre mim. Sl 38:3
Não há parte sã na minha carne,
por causa da tua indignação;
não há saúde nos meus ossos,
por causa do meu pecado.
Sl 38:4 Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniqüidades;
como fardos pesados,
excedem as minhas forças.
Sl 38:5 Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas,
por causa da minha loucura.
Sl 38:6 Sinto-me encurvado
e sobremodo abatido,
ando de luto o dia todo.
Sl 38:7 Ardem-me os lombos,
e não há parte sã na minha carne.
Sl 38:8 Estou aflito e mui quebrantado;
dou gemidos por efeito do desassossego do meu coração.
Sl 38:9 Na tua presença,
Senhor,
estão os meus desejos todos,
e a minha ansiedade não te é oculta.
Sl 38:10 Bate-me excitado o coração,
faltam-me as forças,
e a luz dos meus olhos,
essa mesma já não está comigo.
Sl 38:11 Os meus amigos e companheiros
afastam-se da minha praga,
e os meus parentes ficam de longe.
Sl 38:12 Armam ciladas contra mim
os que tramam tirar-me a vida;
os que me procuram fazer o mal
dizem coisas perniciosas
e imaginam engano todo o dia.
Sl 38:13 Mas eu,
como surdo,
não ouço
e, qual mudo,
não abro a boca.
Sl 38:14 Sou, com efeito,
como quem não ouve
e em cujos lábios não há réplica.
Sl 38:15 Pois em ti, SENHOR, espero;
tu me atenderás, Senhor, Deus meu.
Sl 38:16 Porque eu dizia:
Não suceda que se alegrem de mim
e contra mim se engrandeçam quando me resvala o pé.
Sl 38:17 Pois estou prestes a tropeçar;
a minha dor está sempre perante mim.
Sl 38:18 Confesso a minha iniquidade;
suporto tristeza por causa do meu pecado.
Sl 38:19 Mas os meus inimigos
são vigorosos e fortes,
e são muitos os que sem causa me odeiam.
Sl 38:20 Da mesma sorte,
os que pagam o mal
pelo bem são meus adversários,
porque eu sigo o que é bom.
Sl 38:21 Não me desampares,
SENHOR;
Deus meu,
não te ausentes de mim.
Sl 38:22 Apressa-te em socorrer-me,
Senhor,
salvação minha.
Quando meditamos neste salmo, podemos pensar a princípio que somente há lamentos e queixas e dores e um pedido de misericórdia final feito juntamente com um misto de esperança que não se sabe nem o quê nem o porquê de tais coisas. No entanto, não é assim. Temos aqui um homem segundo o coração de Deus que sabia o que fazia e por que fazia.

Seu pedido ao Senhor de socorro, de pressa e para não desampará-lo reflete na sua alma o tamanho e a dificuldade que ele estava passando. Davi sabia, era um homem de fé, que Deus estava no controle de tudo.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Salmo 37: 1-40 - TEMPORÁRIA, A FELICIDADE DOS PERVERSOS

Interessante este salmo de Davi bem característico de contraste entre os ímpios e os justos. O Espírito de Deus logo nos anima no vs. 1 a permanecermos firmes apesar dos pesares da aparente prosperidade dos malfeitores. A palavra é categórica e precisa em afirmar que os ímpios serão exterminados da terra e os justos a herdarão.
O salmo primeiro que é a porta de abertura do livro de salmos também fala e contrasta ambos. A cada dia me convenço de que não é fácil não ser ímpio e ainda ter de passar a eternidade na companhia do diabo e de seus anjos. O melhor a se fazer é se voltar para Deus enquanto ainda dá tempo!
A melhor opção para o homem é a justiça e o temor a Deus considerando que as aventuras deste mundo e suas desventuras logo, logo irão passar e aí no final da vida, qual será o resultado ou a colheita disso, se não dores, lamentos e uma terrível expectativa?
Agora a expectativa dos justos é algo excepcional, mesmo extraordinária. Como estou lendo/ouvindo O SER DE DEUS E SUAS OBRAS – A providência e a sua realização histórica, de Heber Carlos de Campos, ed. Cultura Cristã, ontem, enquanto dirigia de volta de meu trabalho para casa, eu vinha meditando sobre o momento em que Deus vier e restaurar todas as coisas.
Vejam a introdução apenas do comentário de Calvino deste salmo:
Este salmo, cujo título foi composto por Davi, contém instruções muito interessantes. Uma vez que os fiéis, enquanto fazem a sua peregrinação terrena, vêem coisas estranhamente confusas no mundo, eles suportam de bom grado seu sofrimento na esperança de dias melhores. Quanto mais ousadamente, qualquer homem despreza Deus e corre para todo o excesso de maldade, tanto mais feliz parece ele viver. E uma vez que a prosperidade parece ser um sinal do favor de Deus para com os ímpios, que conclusões podem ser tiradas a não ser que o mundo é governado pelo acaso, e que a fortuna tem a soberania, ou então que esse deus não faz diferença entre o bem e o mal? O Espírito de Deus, por isso, nos exorta e nos fortalece neste salmo contra esses terríveis assaltos de tal tentação. Por mais grande que seja a prosperidade que os ímpios desfrutam por um tempo, ele declara a felicidade de serem transitórios e evanescentes, e, portanto, são miseráveis, enquanto a alegria de que se vangloriam é amaldiçoada; enquanto os servos piedosos e devotos de Deus nunca deixam de ser felizes, mesmo no meio de suas maiores calamidades, porque Deus cuida deles e, finalmente, vem em auxílio na devida temporada. Isso, de fato, é paradoxal e totalmente repugnante à razão humana. Pois, como bons homens, muitas vezes sofrem pobreza extrema, e permanecem longos tempos sob muitos problemas, e são carregados com reprovações e erros, enquanto o triunfo do perverso e do profano é regalado com prazeres, não possamos supor que Deus não se preocupe com as coisas que são feitas na Terra? É por esta razão que, como já disse, a doutrina desse salmo é tanto mais lucrativa; porque, retirando nossos pensamentos do aspecto atual das coisas, nos obriga a confiar na providência de Deus, até estender a mão para ajudar aqueles que são seus servos e exigir ao impiedoso um relato estrito de suas vidas, como de ladrões e assaltantes que maltrataram sua generosidade e bondade paternal.
Um salmo de David.
Sl 37:1 Não te indignes
por causa dos malfeitores,
nem tenhas inveja
dos que praticam a iniquidade.
Sl 37:2 Pois eles dentro em breve definharão
como a relva e murcharão como a erva verde.
Sl 37:3 Confia no SENHOR
e faze o bem;
habita na terra
e alimenta-te da verdade.
Sl 37:4 Agrada-te do SENHOR,
e ele satisfará os desejos do teu coração.
Sl 37:5 Entrega o teu caminho ao SENHOR,
confia nele,
e o mais ele fará.
Sl 37:6 Fará sobressair a tua justiça
como a luz
e o teu direito,
como o sol ao meio-dia.
Sl 37:7 Descansa no SENHOR
e espera nele,
não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho,
por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios.
Sl 37:8 Deixa a ira,
abandona o furor;
não te impacientes;
certamente, isso acabará mal.
Sl 37:9 Porque os malfeitores serão exterminados,
mas os que esperam no SENHOR possuirão a terra.
Sl 37:10 Mais um pouco de tempo,
e já não existirá o ímpio;
procurarás o seu lugar
e não o acharás.
Sl 37:11 Mas os mansos
herdarão a terra
e se deleitarão na abundância de paz.
Sl 37:12 Trama o ímpio contra o justo
e contra ele ringe os dentes.
Sl 37:13 Rir-se-á dele o Senhor,
pois vê estar-se aproximando o seu dia.
Sl 37:14 Os ímpios arrancam da espada
e distendem o arco para abater o pobre e necessitado,
para matar os que trilham o reto caminho.
Sl 37:15 A sua espada, porém,
lhes traspassará o próprio coração,
e os seus arcos serão espedaçados.
Sl 37:16 Mais vale o pouco do justo
que a abundância de muitos ímpios.
Sl 37:17 Pois os braços dos ímpios
serão quebrados,
mas os justos,
o SENHOR os sustém.
Sl 37:18 O SENHOR conhece os dias dos íntegros;
a herança deles permanecerá para sempre.
Sl 37:19 Não serão envergonhados nos dias do mal
e nos dias da fome se fartarão.
Sl 37:20 Os ímpios, no entanto,
perecerão,
e os inimigos do SENHOR
serão como o viço das pastagens;
serão aniquilados
e se desfarão em fumaça.
Sl 37:21 O ímpio
pede emprestado e não paga;
o justo,
porém, se compadece e dá.
Sl 37:22 Aqueles a quem o SENHOR abençoa
possuirão a terra;
e serão exterminados aqueles a quem amaldiçoa.
Sl 37:23 O SENHOR firma os passos do homem bom
e no seu caminho se compraz;
Sl 37:24 se cair,
não ficará prostrado,
porque o SENHOR o segura pela mão.
Sl 37:25 Fui moço e já, agora, sou velho,
porém jamais vi o justo desamparado,
nem a sua descendência a mendigar o pão.
Sl 37:26 É sempre compassivo
e empresta,
e a sua descendência
será uma bênção.
Sl 37:27 Aparta-te do mal
e faze o bem,
e será perpétua a tua morada.
Sl 37:28 Pois o SENHOR ama a justiça
e não desampara os seus santos;
serão preservados para sempre,
mas a descendência dos ímpios
será exterminada.
Sl 37:29 Os justos herdarão a terra
e nela habitarão para sempre.
Sl 37:30 A boca do justo
profere a sabedoria,
e a sua língua
fala o que é justo.
Sl 37:31 No coração,
tem ele a lei do seu Deus;
os seus passos não vacilarão.
Sl 37:32 O perverso espreita ao justo
e procura tirar-lhe a vida.
Sl 37:33 Mas o SENHOR não o deixará nas suas mãos,
nem o condenará quando for julgado.
Sl 37:34 Espera no SENHOR,
segue o seu caminho,
e ele te exaltará para possuíres a terra;
presenciarás isso quando os ímpios forem exterminados.
Sl 37:35 Vi um ímpio prepotente
a expandir-se qual cedro do Líbano.
Sl 37:36 Passei,
e eis que desaparecera;
procurei-o,
e já não foi encontrado.
Sl 37:37 Observa o homem íntegro
e atenta no que é reto;
porquanto o homem de paz terá posteridade.
Sl 37:38 Quanto aos transgressores,
serão, à uma, destruídos;
a descendência dos ímpios
será exterminada.
Sl 37:39 Vem do SENHOR
a salvação dos justos;
ele é a sua fortaleza
no dia da tribulação.
Sl 37:40 O SENHOR os ajuda
e os livra;
livra-os dos ímpios
e os salva,
porque nele buscam refúgio.
Como sempre, em seus salmos, a palavra final de Davi e do Espírito Santo para nós é de vitória. Não é a seca e nojenta promessa da palavra da teologia da prosperidade cujo foco é a coisa e não o Provedor, bendito para sempre. Deus prometeu estar conosco todos os dias e em nenhum momento irá nos abandonar ou nos esmagar, antes nos coroar. Glórias a Deus!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Salmo 36: 1-12 - A MALÍCIA HUMANA E A BENIGNIDADE DIVINA

O salmo 36 começa falando do ímpio como aquele em que há nele transgressão. O que se espera encontrar numa serpente? Seu veneno. Assim, no ímpio a sua transgressão. Ele não sossega, nem encontra paz se não estiver maquinando algo terrível sendo a sua execução pior ainda do que o planejado.
O estranho é que ele planeja sendo muito cuidadoso em seus planejamentos. Usando da inteligência que Deus deu a todas as suas criaturas, a sua chance de sucesso é potencializada. Ele executa o mal e se ri dizendo para si mesmo que ele é o cara. Como pode ser livre uma pessoa que livremente planeja e põe em execução seus planos malignos? Jesus explicou-lhes:Em verdade, em verdade vos asseguro: todo aquele que pratica o pecado é escravo do pecado.” (Jo 8.34).
Pode a serpente se livrar de sua peçonha e ser não-serpente produzindo ao invés de veneno remédio que venha a curar ao invés de matar? A serpente não pode agir contrariamente à sua natureza, nem assim o ímpio, por isso que sua liberdade não é livre, antes escrava de sua natureza ímpia.
Ele não pode pecar à vontade diante dos olhos daquele em que um dia iremos ter de prestar contas de todos os nossos atos, pensamentos e omissões. Então ele usa uma máscara para se esconder e fugir de si mesmo. A sua máscara são as desculpas que ele arruma, principalmente a mais famosa delas: não há Deus!
Davi medita, se aprofunda examinando a mente pervertida de um ímpio e em seguida se volta para seu Deus em oração profunda pedindo-lhe atenção. Depois, então, medita e fala da justiça, da benignidade, do juízo e da soberania de Deus.
O Comentário de Calvino, apenas a introdução, fala:
Quase todos os intérpretes concordam que, neste salmo, Davi, em geral, expressa sua admiração e espanto pela bondade de Deus, porque, no exercício de seu favor e misericórdia, ele dá oportunidade aos perversos, que, apesar disso, o desprezam. A opinião que eu formei é um pouco diferente. Penso que o profeta santo, perturbado e assediado pelos homens perversos e ímpios, primeiro queixa-se de sua depravação, e então busca refúgio na infinita bondade de Deus, que se estende não apenas a todos os homens em geral, mas em particular e maneira especial para seus próprios filhos; e isso ele faz para consolar, e, por assim dizer, respirar, com a certeza de que ele será finalmente entregue, uma vez que Deus é favorável a ele. Isso é evidente a partir da conclusão do salmo, no qual ele se arma e fortalece contra todos os assaltos dos ímpios, ao refletir que ele está seguro sob a proteção de Deus.
Para o principal músico. Um salmo de Davi, servo de Jeová.
Por que a denominação, o servo de Deus, é atribuída a Davi apenas neste lugar e no décimo oitavo salmo, e não em outros lugares, não pode ser constatada positivamente, a menos que tenha sido vitorioso em um conflito. De todos os outros o mais difícil, ele provou ele mesmo ser um guerreiro valente e um campeão invencível à vista de Deus. Sabemos quão rara e singular é uma virtude, quando a impiedade prevalece sem restrições, e quando a sombra de sua obscuridade escurece nossa visão espiritual, nosso olhar, não obstante, pelo olho da fé, para a providência de Deus, que, ao descartar nossas mentes para a paciência, pode nos manter constantemente no temor de Deus.
Sl 36:1 Há no coração do ímpio
a voz da transgressão;
não há temor de Deus
diante de seus olhos.
Sl 36:2 Porque a transgressão o lisonjeia
a seus olhos e lhe diz que a sua iniquidade
não há de ser descoberta, nem detestada.
Sl 36:3 As palavras de sua boca
são malícia e dolo;
abjurou o discernimento
e a prática do bem.
Sl 36:4 No seu leito,
maquina a perversidade,
detém-se em caminho que não é bom,
não se despega do mal.
Sl 36:5 A tua benignidade, SENHOR,
chega até aos céus,
até às nuvens,
a tua fidelidade.
Sl 36:6 A tua justiça
é como as montanhas de Deus;
os teus juízos,
como um abismo profundo.
Tu, SENHOR,
preservas os homens e os animais.
Sl 36:7 Como é preciosa,
ó Deus,
a tua benignidade!
Por isso, os filhos dos homens
se acolhem à sombra das tuas asas.
Sl 36:8 Fartam-se da abundância da tua casa,
e na torrente das tuas delícias lhes dás de beber.
Sl 36:9 Pois em ti
está o manancial da vida;
na tua luz,
vemos a luz.
Sl 36:10 Continua a tua benignidade
aos que te conhecem,
e a tua justiça,
aos retos de coração.
Sl 36:11 Não me calque o pé da insolência,
nem me repila a mão dos ímpios.
Sl 36:12 Tombaram os obreiros da iniquidade;
estão derruídos
e já não podem levantar-se.

Queridos, não é fácil não ser ímpio e ainda ter de passar a vida toda no inferno junto com o diabo e seus anjos. Se você está lendo e meditando nesta palavra, por favor, dê uma chance para você mesmo. Pare e reflita na sua vida. Deus em Jesus Cristo quer te dar nova vida e esperança. Conclui Davi seu salmo falando que os obreiros da iniquidade estão destruídos e já não podem mais se levantar.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Salmo 35: 1-28 - CASTIGO DOS ADVERSÁRIOS

O Salmo 35 é mais um salmo de Davi e se percebe nele a angústia que havia em sua alma por causa da multidão de inimigos que estavam querendo a sua ruína. O pior de seus inimigos era o próprio Saul que tinha muita inveja de Davi por que o Espírito Santo que nele estava saiu dele e foi pousar em Davi.
Agora, havia em Saul um espírito maligno que o atormentava e que justamente era aliviado quando Davi cantava seus salmos diante dele. Saul o perseguia cruelmente e incitava todos quanto podia para fazerem o mesmo e Davi alegava a sua inocência e apresentava a sua oração a Deus.
Ele cria e não perdeu jamais a sua fé em Deus, embora tivesse que sofrer muito por causa das circunstâncias adversas a ele e a todos os seus. Se fosse eu ou você diante do que Davi teve de enfrentar, será que suportaríamos com paciência e estaríamos sempre orando a Deus como ele orava?
Davi cria em Deus tanto que suas orações eram profundas. Ele não jogava com Deus nem queria impor-lhe culpas ou responsabilidades. Davi simplesmente buscava ao Senhor e acreditava no livramento de Deus.
Ele conclui o salmo como sempre fazia com palavras de esperança, de vitória e de exaltação e glorificação ao nosso Deus.
Veja parte do comentário de Calvino, apenas a introdução, sobre este salmo:
Enquanto Saul era inimigo de Davi, os nobres que naquele tempo possuíam autoridade, tinham (de acordo com o espírito subserviente que sempre prevalece nos tribunais dos reis) conspirado ansiosamente para destruir um homem inocente. Eles também conseguiram induzir o povo comum a participar com eles em seu ódio e crueldade, de modo que todos eles, do mais alto para o mais baixo, se inflamaram com o ódio implacável contra ele. Mas, como ele sabia que a maior parte deles foi incansavelmente impelida para isso pelo erro, pela loucura e pela ignorância do verdadeiro estado de coisas, ele contabilizava apenas os seus inimigos que, por malícia deliberada e maldade, se esforçavam assim para agradar a Saul , a fim de obter o seu favor. Contra eles, Davi invoca Deus para vingança. E, primeiro, como ele não estava consciente de nenhum crime, ele alega sua inocência diante de Deus; e, em segundo lugar, quando procuraram infligir um castigo imerecido sobre ele, ele implora a Deus por libertação. Depois que ele se queixou de sua crueldade e impiedade, ele chama sobre eles o castigo que eles mereciam. Além disso, ele tinha confiança no oráculo de Deus, que havia sido falado por Samuel e na unção sagrada que recebera, portanto, ele esperava uma ocasião melhor. Enquanto isso, iria em todo tempo dar testemunho da sua gratidão. Finalmente, ele conclui o salmo dizendo que, depois de ter sido vitorioso, celebrará os louvores de Deus toda a vida dele.
Um salmo de Davi.
Sl 35:1 Contende,
SENHOR,
com os que contendem comigo;
peleja
contra os que contra mim pelejam.
Sl 35:2 Embraça o escudo e o broquel
e ergue-te em meu auxílio.
Sl 35:3 Empunha a lança
e reprime o passo aos meus perseguidores;
dize à minha alma:
Eu sou a tua salvação.
Sl 35:4 Sejam confundidos e cobertos de vexame
os que buscam tirar-me a vida;
retrocedam e sejam envergonhados
os que tramam contra mim.
Sl 35:5 Sejam como a palha ao léu do vento,
impelindo-os o anjo do SENHOR.
Sl 35:6 Torne-se-lhes o caminho
tenebroso e escorregadio,
e o anjo do SENHOR os persiga.
Sl 35:7 Pois sem causa
me tramaram laços,
sem causa
abriram cova para a minha vida.
Sl 35:8 Venha sobre o inimigo
a destruição, quando ele menos pensar;
e prendam-no os laços que tramou ocultamente;
caia neles para a sua própria ruína.
Sl 35:9 E minha alma
se regozijará no SENHOR
e se deleitará na sua salvação.
Sl 35:10 Todos os meus ossos dirão:
SENHOR,
quem contigo se assemelha?
Pois livras o aflito daquele que é demais forte para ele,
o mísero e o necessitado, dos seus extorsionários.
Sl 35:11 Levantam-se iníquas testemunhas
e me argúem de coisas que eu não sei.
Sl 35:12 Pagam-me o mal pelo bem,
o que é desolação para a minha alma.
Sl 35:13 Quanto a mim, porém,
estando eles enfermos,
as minhas vestes eram pano de saco;
eu afligia a minha alma
com jejum e em oração me reclinava sobre o peito,
Sl 35:14 portava-me como se eles fossem meus amigos ou meus irmãos;
andava curvado, de luto, como quem chora por sua mãe.
Sl 35:15 Quando, porém, tropecei,
eles se alegraram e se reuniram;
reuniram-se contra mim;
os abjetos, que eu não conhecia,
dilaceraram-me sem tréguas;
Sl 35:16 como vis bufões em festins,
rangiam contra mim os dentes.
Sl 35:17 Até quando, Senhor,
ficarás olhando?
Livra-me a alma das violências deles;
dos leões, a minha predileta.
Sl 35:18 Dar-te-ei graças
na grande congregação,
louvar-te-ei
no meio da multidão poderosa.
Sl 35:19 Não se alegrem de mim
os meus inimigos gratuitos;
não pisquem os olhos
os que sem causa me odeiam.
Sl 35:20 Não é de paz que eles falam;
pelo contrário,
tramam enganos contra os pacíficos da terra.
Sl 35:21 Escancaram contra mim a boca e dizem:
Pegamos! Pegamos! Vimo-lo com os nossos próprios olhos.
Sl 35:22 Tu, SENHOR, os viste;
não te cales; Senhor,
não te ausentes de mim.
Sl 35:23 Acorda e desperta
para me fazeres justiça,
para a minha causa,
Deus meu e Senhor meu.
Sl 35:24 Julga-me, SENHOR,
Deus meu, segundo a tua justiça;
não permitas que se regozijem contra mim.
Sl 35:25 Não digam eles lá no seu íntimo:
Agora, sim! Cumpriu-se o nosso desejo!
Não digam:
Demos cabo dele!
Sl 35:26 Envergonhem-se e juntamente sejam cobertos de vexame
os que se alegram com o meu mal;
cubram-se de pejo e ignomínia
os que se engrandecem contra mim.
Sl 35:27 Cantem de júbilo e se alegrem
os que têm prazer na minha retidão;
e digam sempre:
Glorificado seja o SENHOR,
que se compraz na prosperidade do seu servo!
Sl 35:28 E a minha língua
celebrará a tua justiça e o teu louvor todo o dia.

Então sejamos também como Davi e vamos celebrar o nosso Deus que a todos dá liberalmente de sua graça e misericórdia. Hoje é mais um dia que o Senhor nos fez, portanto, nos alegremos nele!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
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