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sábado, 31 de outubro de 2015

João 20.1-31 - REENCARNOU? NÃO! RESSUSCITOU? SIM!

O Evangelho de João é o livro que foi escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo. Estamos vendo o capítulo 20, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 20
Como é que teremos vida no nome de Jesus? A resposta é do próprio texto: CRENDO EM JESUS!
Foi no primeiro dia da semana, no domingo, que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. Portanto, ele está vivo e cumprirá o que disse que voltaria. Estamos aguardando! A morte não pode com o Senhor da vida e teve de recuar, pela primeira vez, e ceder seu reino e lugar ao Senhor que ali estava por obra do Pai e para a nossa salvação.
Foi um dia histórico, um dia registrado em nossa história e testemunhado pelos homens que fazem a história. Assim, também hoje estamos aguardando um dia na história, um outro “domingo” em que Jesus voltará para cumprir a sua palavra que disse que voltaria para cá novamente.
Ao terceiro dia ressuscitou! O momento da ressuscitação não foi testemunhado por homem algum, mas ele levantou homens e mulheres aos quais lhes apareceu para serem suas testemunhas de que, de fato, ressuscitou dos mortos. Maria Madalena foi uma delas!
João 20 narra em detalhes este momento e eu fiz uma pregação sobre isso que se encontra no seguinte link: http://pt.scribd.com/doc/46870291/Pregacao-A-Ressurreicao-de-Cristo-Jo-20-1-18
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O MINISTÉRIO ALCANÇA O CLÍMAX (18.1-20.31) - continuação.
Como já dissemos, a morte e a ressurreição de Jesus foram acontecimentos extraordinários e comprovaram que ele é o Messias e o Filho de Deus.
Dos versos primeiro ao último do capítulo 20, veremos esse ministério alcançando o seu clímax.
Os quatro Evangelhos relatam os principais acontecimentos da prisão, do julgamento, da crucificação e da ressurreição de Jesus. 
Essa 4ª parte foi dividida em três seções principais: A. A prisão e julgamento de Jesus (18.1-19.16) – já vimos; B. A crucificação, a morte e o sepultamento de Jesus (19.17-42) – já vimos; e, C. A ressurreição e os aparecimentos de Jesus (20.1-31) – veremos agora.
C. A ressurreição e os aparecimentos de Jesus (20.1-31).
A ressurreição e as manifestações de Jesus. Depois de registrar a descoberta do túmulo vazio (vs. 1-9), João relata o aparecimento de Jesus a Maria Madalena (vs. 10.18), aos discípulos (vs. 19-23) e a Tomé (vs. 24-31).
Os quatro Evangelhos apresentam relatos de aparecimentos após a ressurreição que se complementam e que, combinados com At 1.3-8; 1Co 15.5-8, indicam treze manifestações:
ü  Sete em Jerusalém ou arredores.
ü  Quatro na Galileia.
ü  Uma no monte das Oliveiras.
ü  Uma na estrada para Damasco.
O túmulo vazio.
João descreve claramente a ressurreição de Jesus como um acontecimento histórico e físico. Assim como os outros escritores do Novo Testamento, João acreditava que a ressurreição de Jesus era essencial para a salvação (cf. 1 Co 15.12ss.).
Essa expressão do vs. 1 de que ainda era muito escuro, não é necessariamente conflitante com Mc 16.2 (“ao despontar do sol’”.). E possível que João esteja se referindo ao momento em que partiram, e Marcos ao momento em que chegaram ao túmulo. Também é possível que Maria Madalena tenha ido ao túmulo mais cedo do que as mulheres mencionadas em Marcos.
O fato é que ela foi ao sepulcro para encontrar o corpo de Jesus, mas encontrou o túmulo vazio e era de madrugada do domingo. Por ter encontrado vazio o túmulo é que ela correu ao encontro de Pedro e João.
A primeira pessoa do plural na narrativa quando disseram que tiraram o Senhor do sepulcro e não sabiam onde o colocaram indica que várias mulheres foram ao túmulo, conforme afirmam os outros Evangelhos.
São as mesmas mulheres que fizeram vigília aos pés da cruz, talvez com exceção de Maria, a mãe de Jesus, que não é mencionada aqui. Apesar do que Jesus havia lhes dito, nem Maria Madalena nem os discípulos estavam esperando a ressurreição (cf. vs. 9).
Aquilo foi um alvoroço e Pedro e João correram para ver os fatos e confirmar o que acontecera.
João olhou rapidamente e confirmou que nada havia sido mudado de lugar dentro do sepulcro; então, Pedro e João inspecionaram o sepulcro mais detalhadamente.
Os lençóis de linho estavam arrumados (vs. 7). Se alguém tivesse violado o túmulo e retirado o corpo, esses lençóis não estariam ali, e o que foi usado para cobrir a cabeça de Jesus possivelmente estaria jogado descuidadamente, e não "deixado num lugar à parte" (vs. 7).
João ao ver aquilo, está escrito que viu e creu o que significa que aqueles panos que envolviam Jesus mantinham o formato do corpo, mas ali não havia corpo.
Eles ainda não tinham compreendido a Escritura. Só mais tarde, como resultado da instrução de Jesus, é que eles compreenderiam a sua ressurreição como o cumprimento necessário das profecias (Lc 24.26-27,44-47; At 2.25-32; 13.35-37).
Fica evidente que os discípulos não esperavam uma ressurreição, e que também não tentaram inventá-la para que se encaixasse em suas próprias preconcepções.
Qualquer ajeitamento aqui iria ser uma tragédia, mas a verdade não geraria isso, antes deixariam as pessoas perplexas. Ninguém na terra iria conseguir montar um palco tão grande com atores tão perfeitos, se não a própria verdade dos fatos. Depois de terem visto e testemunhado o que viram, voltaram para casa.
O aparecimento de Jesus a Maria Madalena.
Maria, não voltou. Ficou ali como se esperasse por algo. Jesus apareceu primeiramente a Maria Madalena, sua serva humilde e amada.
Foi ai que seus olhos foram abertos e ela pode ver dois anjos vestidos de branco.
Observa-se aqui uma pequena diferença entre os relatos dos quatro Evangelhos (Mt 28.2 registra um anjo; Mc 16.5, um varão e Lc 24.4, dois homens, que também são chamados de "anjos" em Lc 24.23).
Não existe necessariamente contradição, uma vez que os anjos devem ter aparecido em forma humana e que um deles foi destacado, talvez por ter sido aquele que falou.
O que Maria viu também difere ligeiramente do que as outras mulheres testemunharam, uma vez que ela ficou sozinha no túmulo depois de que Pedro e João partiram.
Os anjos conversam com ela e perguntam por que ela estava chorando e ela responde que o seu Senhor tinha sido levado dali. Foi nesse momento que ela se virou e viu ali também a Jesus, porém não o reconheceu.
Mateus diz que Jesus já havia aparecido uma vez ao grupo de mulheres que estavam a caminho de Jerusalém para avisar os discípulos sobre o túmulo vazio (Mt 28.8-10).
Os discípulos não creram nas mulheres (Lc 24.11,22-23) e, ao que parece, a própria Maria quase não acreditou.
Em algumas ocasiões, depois de sua ressurreição, Jesus não foi reconhecido de imediato (vs. 20; 21 4). É possível que algumas pessoas não o tenham reconhecido devido ao ceticismo e à dor da perda, ao passo que outras foram sobrenaturalmente impedidas de reconhecê-lo (Lc 24.16,31).
Além disso, havia tanto semelhanças quanto diferenças entre o corpo natural e o corpo ressurreto de Jesus, porém outros diferentes, e é possível que sua aparência tenha passado por uma mudança qualitativa (1Co 15.35-49).
Como os anjos, Jesus também pergunta por que ela estaria chorando e o que ela estaria procurando. Ela pensava que aquele que falava com ela fosse o jardineiro. E ela então apela para ele para, que se soubesse, logo falasse onde estaria o corpo de Jesus.
Ao que Jesus lhe disse: “Maria!”. Foi ai que ela o reconheceu e o chamou de Raboni! (Raboni significa Mestre).
A voz de Jesus chamando "Maria" revelou claramente a sua identidade. Essa forma de tratamento enfatiza o termo "Rabi" (“meu mestre’”.) e era usada em oração para dirigir-se a Deus. No entanto, uma vez que João fornece a tradução "Mestre", é pouco provável que tenha sido usada para se referir à divindade de Jesus.
Ela ficou muito feliz e quis demonstrar isso ao seu Senhor, porém ele a advertiu que não o retivesse ali.
Mt 28.9 registra que as mulheres abraçaram os pés de Jesus e, posteriormente, Tomé o tocou (vs. 27), indicando que não era impróprio tocar no corpo ressurreto de Cristo.
O comentário feito a Maria lembrou-a de que ele não havia meramente se recuperado, mas sim, verdadeiramente ressuscitado.
Ela não devia "detê-lo" como se fosse um ser terreno que havia se recuperado de uma enfermidade; antes, devia reconhecê-lo como aquele cuja ressurreição era o início de sua ascensão ao céu.
Por isso, ela foi impedida de demonstrar a familiaridade afetuosa que havia demonstrado antes de sua morte.
No entanto, recebeu uma ordem do Senhor para ir e anunciar aos seus irmãos que ele tinha ressuscitado. Sem dúvida, uma referência aos seus discípulos (a mesma expressão é usada em Mt 28.10).
Seria para ela dizer a eles que ele estaria voltando para o seu Pai e vosso Pai, para o seu Deus e vosso Deus. Jesus articulou uma distinção entre a sua condição única de Filho e a condição de filhos redimidos e adotados dos discípulos. Do mesmo modo, sua relação com o Pai é diferente da relação com os seres humanos redimidos.
O aparecimento de Jesus aos discípulos.
Maria Madalena obedeceu ao Senhor e anunciou aos discípulos.
Ao cair da tarde daquele dia, do primeiro dia da semana, estando os discípulos com portas fechadas por medo dos judeus, Jesus entrou e pôs-se no meio deles.
É provável que o grupo incluísse outros além dos dez apóstolos (os doze menos Judas Iscariotes e Tomé). Veja At 1.14, onde está registrado que as mulheres, Maria (a mãe de Jesus), seus irmãos e, provavelmente, outros (Barsabás e Matias; At 1.23) estavam reunidos no cenáculo depois da ascensão de Jesus.
O relato dizendo que as portas estavam fechadas dá a impressão de que o Cristo ressurreto podia atravessar portas fechadas (veja também o vs. 26), e não que ele as destrancou sobrenaturalmente como em At 12.10.
Esse fato é relevante para as discussões acerca da natureza do corpo ressurreto (1Co 15.35-49).
A primeira ministração a eles quando surgiu no meio deles, do nada, foi que a paz estivesse com eles! Uma saudação comum (repetida no vs. 21) e muito bem recebida, uma vez que talvez esperassem uma repreensão pela covardia de terem abandonado Jesus no momento de sua prisão.
Ele disse isso e logo lhes mostrou as suas marcas e feridas da crucificação nas mãos e em seu lado. As marcas deixadas pelas feridas da crucificação (cf. vs. 25), que identificavam Jesus e confirmavam que ele não era um fantasma.
Ele novamente lhes ministra a paz e, ato contínuo, os envia, como o Pai o enviou: “assim como o Pai me enviou, eu também vos envio”. Essa é uma síntese da comissão dada por Jesus aos discípulos (Mt 28.18-20 e Lc 24.44-53 apresentam a comissão em mais detalhes). Jesus é o exemplo supremo de evangelismo e missões.
Em seguida, ele sopra neles dizendo para receberem o Espírito Santo. Não se trata de uma referência ao poder para o ministério, que foi outorgado no Pentecoste, mas sim à ordenação formal dos onze discípulos para o apostolado. Quanto ao contexto veterotestamentário do papel do Espírito Santo em ordenações oficiais, veja a nota sobre SI 51.11.
Ele explica com mais detalhes que se de alguns perdoarem os pecados, eles estariam perdoados. Palavras semelhantes às de Mt 16.19; 18.18.
Como fundamento da igreja (Ef 2.20), os apóstolos deram início ao processo, continuado pela igreja (1Co 5.4), de declarar em nome de Deus, a retenção e o perdão dos pecados.
Isso ocorre em relação à pregação do evangelho e à operação da disciplina eclesiástica.
O aparecimento de Jesus a Tomé.
João inclui o aparecimento de Jesus a Tomé para tratar da questão da dúvida entre os discípulos de Jesus.
Da primeira vez, Tomé não estava presente quando o Senhor apareceu a todos. Apesar do testemunho de todos, Tomé continuava cético. Ele desafiava os demais dizendo que somente creria se colocasse as suas mãos e dedos nas feridas de Jesus.
Passou-se ainda uma semana e Jesus novamente surge no meio deles, mesmo estando trancadas as portas. Novamente ministra a paz para eles, em primeiro lugar.
Em seguida, ele chama a Tomé: “Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia" – vs. 28.
Ao que Tomé exclamou: “Senhor meu e Deus meu!”. Uma das confissões mais claras e singelas da divindade de Cristo no Novo Testamento.
Os dois termos mais sublimes, "Senhor" (equivalente à designação "Yahweh" do Antigo Testamento) e "Deus”, são usados em conjunto e dirigidos inequivocamente a Jesus como reconhecimento de sua natureza divina. Cristo aceitou esse reconhecimento sem hesitação. Devemos isso a Tomé!
Jesus viu que crera, mas disse que mais bem-aventurados são os que não viram e, mesmo assim, creram. Ao mesmo tempo em que louva a fé de Tomé, Jesus pronuncia uma bênção sobre aqueles que viriam a crer mediante o testemunho dos discípulos (17.20; cf. 1Pe 1.8-9). Essa bênção introduz o motivo pelo qual o Evangelho foi escrito (vs. 30-31).
Está escrito que ainda muitos outros sinais ocorreram. Nenhum dos Evangelhos afirma apresentar um registro exaustivo ou rigorosamente cronológico (cf. 21.25). Algumas das supostas dificuldades interpretativas podem ser explicadas tendo-se em mente esse princípio.
Estes, porém, foram registrados para que creiais – vs. 31. Essa declaração resume sucintamente a teologia desse Evangelho: os sinais registrados devem conduzir o leitor à fé em Jesus não apenas como um operador de milagres, mas como "o Cristo, o Filho de Deus", o Verbo eterno e plenamente divino de Deus. Pela fé, encontramos vida naquele que é a própria fonte da vida (6.32-58).
Convém observar que a verdadeira fé, por meio da qual somos abençoados, é suscitada pela leitura dessa narrativa dos milagres de Jesus, apesar de não termos testemunhado esses fatos pessoalmente.
Jo 20:1 No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada,
sendo ainda escuro,
e viu que a pedra estava revolvida.
Jo 20:2 Então,
correu e foi ter com Simão Pedro
e com o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes:
Tiraram do sepulcro o Senhor,
e não sabemos onde o puseram.
Jo 20:3 Saiu, pois, Pedro e o outro discípulo
e foram ao sepulcro.
Jo 20:4 Ambos corriam juntos,
mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro
e chegou primeiro ao sepulcro;
Jo 20:5 e, abaixando-se,
viu os lençóis de linho;
todavia, não entrou.
Jo 20:6 Então, Simão Pedro,
seguindo-o,
chegou e entrou no sepulcro.
Ele também viu os lençóis,
Jo 20:7 e o lenço que estivera
sobre a cabeça de Jesus,
e que não estava com os lençóis,
mas deixado num lugar à parte.
Jo 20:8 Então,
entrou também o outro discípulo,
que chegara primeiro ao sepulcro,
e viu,
e creu.
Jo 20:9 Pois ainda não tinham
compreendido a Escritura,
que era necessário ressuscitar
ele dentre os mortos.
Jo 20:10 E voltaram os discípulos outra vez para casa.
Jo 20:11 Maria, entretanto,
permanecia junto à entrada do túmulo, chorando.
Enquanto chorava,
abaixou-se,
e olhou para dentro do túmulo,
Jo 20:12 e viu dois anjos vestidos de branco,
sentados onde o corpo de Jesus fora posto,
um à cabeceira
e outro aos pés.
Jo 20:13 Então, eles lhe perguntaram:
Mulher, por que choras?
Ela lhes respondeu:
Porque levaram o meu Senhor,
e não sei onde o puseram.
Jo 20:14 Tendo dito isto,
voltou-se para trás
e viu Jesus em pé,
mas não reconheceu que era Jesus.
Jo 20:15 Perguntou-lhe Jesus:
Mulher, por que choras?
A quem procuras?
Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu:
Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.
Jo 20:16 Disse-lhe Jesus:
Maria!
Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico:
Raboni (que quer dizer Mestre)!
Jo 20:17 Recomendou-lhe Jesus:
Não me detenhas;
porque ainda não subi para meu Pai,
mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes:
Subo para meu Pai
e vosso Pai,
para meu Deus
e vosso Deus.
Jo 20:18 Então, saiu Maria Madalena anunciando aos discípulos:
Vi o Senhor!
E contava que ele lhe dissera estas coisas.
Jo 20:19 Ao cair da tarde daquele dia,
o primeiro da semana,
trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus,
veio Jesus,
pôs-se no meio e disse-lhes:
Paz seja convosco!
Jo 20:20 E, dizendo isto,
lhes mostrou as mãos e o lado.
Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor.
Jo 20:21 Disse-lhes, pois, Jesus outra vez:
Paz seja convosco!
Assim como o Pai me enviou,
eu também vos envio.
Jo 20:22 E, havendo dito isto,
soprou sobre eles e disse-lhes:
Recebei o Espírito Santo.
Jo 20:23 Se de alguns perdoardes os pecados,
são-lhes perdoados;
se lhos retiverdes,
são retidos.
Jo 20:24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Jo 20:25 Disseram-lhe, então, os outros discípulos:
Vimos o Senhor.
Mas ele respondeu:
Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
e ali não puser o dedo,
e não puser a mão no seu lado,
de modo algum acreditarei.
Jo 20:26 Passados oito dias,
estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos,
e Tomé, com eles.
Estando as portas trancadas,
veio Jesus,
pôs-se no meio e disse-lhes:
Paz seja convosco!
Jo 20:27 E logo disse a Tomé:
Põe aqui o dedo
e vê as minhas mãos;
chega também a mão
e põe-na no meu lado;
não sejas incrédulo,
mas crente.
Jo 20:28 Respondeu-lhe Tomé:
Senhor meu e Deus meu!
Jo 20:29 Disse-lhe Jesus:
Porque me viste, creste?
Bem-aventurados os que não viram e creram.
Jo 20:30 Na verdade,
fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais
que não estão escritos neste livro.
Jo 20:31 Estes, porém, foram registrados
para que creiais que Jesus é o Cristo,
o Filho de Deus,
e para que,
crendo,
tenhais vida em seu nome.
E Tomé? Tinha ficado de fora como parecendo aquele que tinha sido excluído, mas ele estava era tendo a oportunidade de ser bem-aventurado e desperdiçou por causa da dúvida ou da incredulidade.
Como iremos ter vida em seu nome? O próprio texto responde: CRENDO NELE!
A Deus toda glória! 
p/ pr. Daniel Deusdete.
...


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

João 19 1-42 - ESTÁ CONSUMADO!

O Evangelho de João é o livro que foi escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo. Estamos vendo o capítulo 19, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 19
Aqui temos o dilema de Pilatos que diante do Senhor tem de tomar uma decisão. Existe uma decisão certa, mas ele não vai toma-la, antes tomará outra decisão e com isso encaminhará o Senhor para seu fim.
Era plano de Deus e sua vida estava para ser derramada em sacrifício pela vida dos homens que Deus preparou de antemão para serem salvos. Pilatos estava com medo, mas mesmo assim agirá dando desculpas de que suas mãos estão livres e limpas do sangue de Jesus.
Não aguentando as pressões dos judeus e das circunstâncias acaba cedendo e entregando Jesus para a crucificação sem nele achar qualquer crime. Um absurdo! Ele tinha autoridade para tirar Jesus dali porque tinha recebido essa autoridade de Deus e o Senhor reconheceu isso, mas mesmo assim, contra o bom-senso e a sua consciência, condenou o inocente.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O MINISTÉRIO ALCANÇA O CLÍMAX (18.1-20.31) - continuação.
Como já dissemos, a morte e a ressurreição de Jesus foram acontecimentos extraordinários e comprovaram que ele é o Messias e o Filho de Deus.
Dos versos primeiro ao último do capítulo 20, veremos esse ministério alcançando o seu clímax.
Os quatro Evangelhos relatam os principais acontecimentos da prisão, do julgamento, da crucificação e da ressurreição de Jesus. 
Essa 4ª parte foi dividida em três seções principais: A. A prisão e julgamento de Jesus (18.1-19.16) – concluiremos agora; B. A crucificação, a morte e o sepultamento de Jesus (19.17-42) – veremos agora; e, C. A ressurreição e os aparecimentos de Jesus (20.1-31).
A. A prisão e julgamento de Jesus (18.1-19.16) - continuação.
Essa seção é constituída de três subseções principais: a. A prisão de Jesus (18.1-18) – já vimos; b. O julgamento perante Anás (18.19-27) – já vimos; e c. O julgamento perante Pilatos (18.28-19.16) – concluiremos agora.
c. O julgamento perante Pilatos (1 8.28-19.16) - continuação.
Nós vimos que o Evangelho de João apresenta um relato do julgamento de Jesus diante das autoridades romanas em três fases distintas:
(1)   Perante Pilatos (18.28-38).
(2)   Perante Herodes (Lc 23.5-12).
(3)   Novamente perante Pilatos (18.39-19.16).
João relata apenas a primeira e a terceira fase, mas o faz de modo bem mais detalhado que os outros Evangelhos.
Em seguida, de Caifás os judeus levaram Jesus para o Pretório - residência oficial do governador romano, Pôncio Pilatos – vs. 18.28. Eles o levaram lá para não se contaminarem, principalmente por causa da Páscoa.
O capítulo 19 começa com Pilatos mandando açoitar Jesus, como se isso fosse resolver todas as coisas. Uma das maiores autoridades constituídas, ali, entre os homens cometendo um erro brutal ao dar início à execução da maior autoridade não somente da terra, mas do mundo inteiro.
O açoite romano era extremamente doloroso, pois era executado com um chicote de couro com ganchos de metal que rasgavam a pele. É possível que Pilatos esperasse comover os acusadores de Jesus ao permitir que testemunhassem esse castigo brutal.
Os soldados demonstraram um prazer sádico em atormentar Jesus e escarnecer dele como o rei dos judeus. Eles até teceram uma coroa de espinhos e a puseram na sua cabeça. Vestiram-no com uma capa de púrpura, e, chegando-se a ele, diziam: "Salve, rei dos judeus! " E batiam-lhe no rosto.
Com isso esperava Pilatos estar já agradando aos que queriam aquele homem morto, mas era ledo engano. Pilatos não via nele os crimes de que o acusavam – vs. 2-4.
Zombando, ao ver Jesus todos desfigurado, sangrando, ferido e sujo, usando a coroa de espinhos e a capa de púrpura, disse para eles que ali estava o homem deles, todo humilhado, ou seja, um coitado.
Era esse um modo natural de Pilatos apresentar o acusado, mas, ao mesmo tempo, uma declaração providencialmente apropriada: ali estava, de fato, aquele que reúne em si tudo o que a humanidade poderia e deveria ser. Ele é o último Adão, o cabeça de uma nova humanidade remida (1Co 15.45).
Ao vê-lo assim, não resistiram e pediram que fosse crucificado. Eram eles os principais sacerdotes e os guardas. O ódio dos principais sacerdotes era tanto que eles acabaram se transformando nos líderes de uma turba.
Pilatos, finalmente, desistiu e disse para eles que o tomassem e eles mesmos o crucificassem. Pilatos se irritou de tal modo que não considerou que os judeus não tinham permissão de realizar uma crucificação, ou então simplesmente ofereceu essa resposta sarcástica ao pedido dos judeus.
Ele insistiu que não achava nele crime algum. Pela terceira vez, Pilatos proclamou a inocência de Jesus (18.38; 19.4,6); essa narrativa corresponde ao relato de Lucas (Lc 23.4,14,22).
Os judeus insistiam com ele que Jesus tinha de morrer, pois se declarou Filho de Deus, o que na verdade era mesmo. A declaração se refere ao crime de blasfêmia do qual os judeus acusaram Jesus (Lv 24.16).
Diante disso, Pilatos ficou ainda mais atemorizado. Talvez a mensagem de sua esposa (Mt 27.19) tenha abalado Pilatos; nesse momento, Jesus foi retratado como uma figura sobrenatural. 
O temor em seu coração não o fez agir em favor do Filho de Deus e Pilatos estava mesmo assustado com o que estava permitindo que tivesse sequência. Perguntou para Jesus de onde ele era afinal, mas Jesus não lhe deu resposta.
Fica evidente aqui e ao longo de todo julgamento que Jesus não estava tentando se libertar. Sua recusa em resistir à prisão e ao julgamento fazia parte do seu sacrifício voluntário.
Pilatos não gostou desse silêncio de Jesus e o provocou dizendo que tinha sobre ele autoridade para poder soltá-lo, ou não. Jesus lhe responde que nenhuma autoridade terias sobre ele, se o seu Pai não lhe tivesse dado.
Jesus reconhecia o plano soberano de Deus que inclina até mesmo a perversidade de seus acusadores e a covardia de Pilatos. Pedro (At 2.23) e a igreja primitiva (At 4.28) também deram testemunho desse fato.
Diante disso, Pilatos fez de tudo para soltá-lo, mas seus esforços não eram firmes, pois ele também estava cedendo às pressões contrárias que sofria naqueles momentos. Os judeus apelaram dizendo que se ele o livrasse, não estaria sendo ele amigo de César – vs. 12.
Uma declaração extraordinária vinda de judeus do século 1. O povo judeu havia sido sujeitado à autoridade de uma sucessão de impérios durante quase seis séculos e em várias ocasiões havia lutado contra os gregos e romanos para obter sua independência (como voltariam a fazer no final do século 1). No entanto, em termos comparativos, seu ódio contra Jesus os torna "amigos de César".
Ouvindo isso, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se na cadeira de juiz.
Estava chegando a parasceve pascal - para os judeus, o dia de preparação do sábado ou para uma festa que coincidia com o sábado. Acredita-se, em geral, que se trata de uma referência ao dia de preparação para a comemoração da Páscoa (ou seja, quinta--feira).
Nesse caso, o Evangelho de João mostra Jesus sendo crucificado no mesmo dia em que os cordeiros pascais eram sacrificados (13.1-17.26), mas essa ideia parece conflitante com o registro dos Evangelhos sinóticos, de acordo com os quais a crucificação de Jesus aconteceu na sexta-feira.
É provável, porém, que a referência aqui seja ao dia de preparação para o sábado da Semana de Páscoa (ou seja, sexta-feira, pois o termo grego para -dia de preparação se refere, em geral, à sexta-feira antes do sábado semanal).
Eis aqui o vosso rei, dizia Pilatos sentado naquela cadeira de juiz. Até o último instante, Pilatos se referiu a Jesus como "rei dos judeus". É possível que essa designação representasse um esforço final de sua parte de comover os judeus; se era essa a sua intenção, não foi bem-sucedida.
No verso 16, temos finalmente a sua anuência entregando Jesus para ser crucificado e ai, os soldados se encarregaram de Jesus.
Posteriormente, Pilatos ordenou que esse título fosse escrito e colocado no alto da cruz (vs. 19), talvez como maneira de insultar os judeus em retaliação por o haverem pressionado a executar Jesus.
Eles o retrucavam dizendo que não tinham rei, senão César! Vinda dos judeus, essa proclamação representava uma traição a Deus. Definitivamente, os judeus rejeitaram a Jesus e o rejeitam até ao dia de hoje, século XXI, e continuarão a rejeitá-lo até reconhecerem que o messias que estão aguardando é falso, sendo o próprio filho do diabo.
B. A crucificação, a morte e o sepultamento de Jesus (19.17-42).
Veremos dos versos 17 ao 42, a crucificação, a morte e o sepultamento de Jesus. João registra vários detalhes desses acontecimentos para mostrar a importância deles e para que os seguidores de Jesus nunca se esquecessem do que seu Mestre havia feito por eles na cruz.
Jesus agora tinha a cruz para carregar. Foi o que ele recebeu dos homens: uma cruz para nela ser crucificado. As cruzes tinham várias formas. O fato de uma inscrição ter sido colocada sobre a cabeça de Jesus (Mt 27.37) dá certa credibilidade à forma em que ela é normalmente retratada.
Simão Cireneu foi forçado a carregar a cruz de Jesus, talvez devido à fraqueza de Jesus depois do açoitamento brutal. Apesar do que afirma a tradição, as Escrituras não falam que Jesus caiu três vezes sob o peso da cruz. Ele estava indo para um lugar chamado Caveira, que em aramaico era Gólgota.
Ao chegar em seu destino, o crucificaram.
A crucificação era um modo de execução extremamente doloroso, que envolvia grande sofrimento por causa dos pregos nas mãos e nos pés, da tensão dos músculos e tendões em todo o corpo, da grande dificuldade de respirar, das dores de cabeça intensas, febre alta e muita sede. Também envolvia a vergonha de ser exposto nu aos olhos do público.
Jesus foi crucificado ao lado de dois ladrões. Dois criminosos que mereciam a pena de morte (Lc 23.4), foram crucificados juntamente com Jesus, um detalhe que cumpriu as profecias (Is 53.12; Lc 22.37) e deu a Jesus a oportunidade de mostrar o seu poder salvador ao resgatar um homem que estava à beira da morte eterna.
Pilatos então mandou preparar uma placa e pregá-la na cruz, com a seguinte inscrição: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS – vs. 19.
Os quatro Evangelhos registram a inscrição de Pilatos com pequenas variações que devem, talvez, ser atribuídas ao fato de terem sido escritas em três línguas, aramaico, latim e grego.
A forma apresentada por João - "Jesus Nazareno" - possui um tom semita. Era costume colocar junto ao criminoso uma inscrição declarando o motivo da condenação. O mais importante, e mais irônico, é que essas palavras reconheciam Jesus oficialmente como Rei.
Houve protestos com relação ao que fora escrito. Os principais sacerdotes diziam que a inscrição era uma ofensa à sua nação. É possível que fosse justamente essa a intenção de Pilatos, pois ele se recusou a mudar as suas palavras. Depois de ceder na questão principal, ele se mostrou inflexível quanto a esse detalhe. Pilatos respondeu: "O que escrevi, escrevi" – vs. 22.
Tendo sido crucificado, apanharam as vestes de Jesus. Uma túnica tecida sem costura não era uma vestimenta incomum na antiguidade. O registro desse detalhe é importante, não pelo valor da túnica, mas por deixar clara a humilhação profunda de Jesus: ao oferecer-se como sacrifício, absolutamente tudo lhe foi tirado. Esse fato também cumpre a profecia de SI 22.18.
A lista apresentada no vs. 25 pode ser entendida de modo mais apropriado como unia referência a quatro mulheres. Se considerarmos que a irmã da mãe de Jesus é Maria, mulher de Clopas, obviamente chegaremos à conclusão que as duas irmãs se chamavam Maria.
E possível que o Clopas citado aqui seja o mesmo mencionado em Lc 24.18, e também o mesmo homem chamado Alfeu, pai dos apóstolos Tiago e Mateus (Mt 10.3; Mc 2.14; 3.18; Lc 6.15).
Convém observar a coragem dessas quatro mulheres. Algumas delas estavam presentes no sepultamento (Mt 27.61; Mc 15.47) e na ressurreição de Jesus (Mt. 28.1; Mc 16.1; Jo 20.1-18).
Jesus estava na cruz e viu abaixo dele sua mãe e o discípulo amado, João. Ele diz para ela e para ele. Mulher, eis ai teu filho; e ao discípulo, eis ai a sua mãe.
Jesus não realizou a sua obra na cruz na condição de filho de Maria, mas sim, de Mediador da nova aliança. No entanto, é admirável que num momento de dor física e angústia mental intensas, o Senhor tenha pensado nos outros, como indicam suas três primeiras declarações na cruz (Lc 23.34.43: Jo 19.26-27).
O cuidado terno de Jesus por sua mãe é demonstrado na provisão de um lar mais apropriado até do que aquele que ela teria com seus próprios filhos (Mt 13.55.56; Jo 7.5; 19.26-27).
 Passou-se um tempo e Jesus pode ver que tudo estava concluído, ou tudo já estava consumado. A quinta e a sexta declarações na cruz foram proferidas pouco antes da morte de Jesus.
A provação mais angustiante - o ato de tomar sobre si, de maneira substitutiva, a ira de Deus contra o pecado (Mt 27.46; Mc 15.34), que foi acompanhado de trevas - havia chegado ao fim.
Para que ainda a Escritura se cumprisse ele disse que tinha sede – vs. 28. É notável que numa situação de aflição extrema o Senhor se preocupe em cumprir as Escrituras. Na verdade, outras duas das sete declarações na cruz estão intimamente relacionadas com o Antigo Testamento (Mt 27, 46 é uma citação do SI 22.1 e Lc 23.46 cita o Sl 31.5; cf. Sl 69.21; 22.15).
Assim que provou, Jesus pode dizer que tudo estava consumado. Corresponde ao que João relatou no vs. 28. Para muitos, o sepultamento é o início da exaltação de Cristo, uma vez que ele foi poupado do procedimento romano habitual de deixar o corpo de um criminoso na cruz durante vários dias.
Deixar os corpos na cruz teria contaminado a terra (Dt 21.23). É interessante observar que os judeus se aliaram aos romanos para cometer um homicídio e depois fizeram questão de que se cumprisse uma lei cerimonial judaica, a preparação.
Esse excesso de dor – o quebrar das pernas - podia, por si mesmo, causar a morte. Certamente dificultava a respiração, uma vez que a pessoa não podia mais se apoiar nas pernas para respirar. No caso de Jesus nem foi necessário. Também isso aconteceu por causa das Escrituras que diziam que nenhum de seus ossos seriam quebrados.
Para certificar-se da morte de Jesus, o soldado abriu o lado de Jesus com uma lança. João coloca esse detalhe junto com a descrição dos preparativos para o sepultamento nos vs. 39-40, e também a designação específica do sepulcro no v. 41, a fim de eliminar qualquer dúvida de que Jesus não estivesse morto.
Tanto o ato de traspassar o seu lado quanto o fato de seus ossos não terem sido quebrados cumpriram as Escrituras do Antigo Testamento (vs. 36-37).
Sua morte sem ossos quebrados cumpriu as exigências rituais de Nm 9.12, também prefiguradas em SI 34.20. O trespassamento cumpriu Zc 12.10.
João inclui o detalhe de sair sangue e água do lado de Jesus como um depoimento tanto da realidade do corpo físico de Jesus quanto de sua morte. E possível que também indique uma ruptura do coração que ocorre somente em casos de agonia extrema.
Alguns comentaristas veem nesse fato um significado simbólico e associam-no a 1Jo 5.6-8:
Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade.
Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.
E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num. (1 João 5:6-8).
Foi depois dessas coisas que aparece José de Arrematei-a, um simpatizante secreto de Jesus, mencionado nos quatro Evangelhos como relacionado ao sepultamento de Jesus. Não é citado em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Com a permissão de Pilatos, ele pode ter acesso ao corpo para poder prepará-lo para o sepultamento.
Também Nicodemos ajudou José na preparação do corpo. Nicodemos tinha levado cerca de trinta e quatro quilos de uma mistura de mirra e aloés. Nicodemos fora mencionado anteriormente duas vezes nesse Evangelho (3.1; 7.50).
Nicodemos providenciou uma grande quantidade de especiarias aromáticas para a unção do corpo de Jesus. As mulheres fiéis estavam presentes durante o sepultamento (Mt 27.61; Mc 15.47; Lc 23.55).
Tomando o corpo de Jesus, os dois o envolveram em faixas de linho, juntamente com as especiarias, de acordo com os costumes judaicos de sepultamento e o colocaram num jardim, onde havia um sepulcro novo, onde ninguém jamais fora colocado.
Num jardim, foi criado o primeiro homem à imagem e à semelhança de Deus.
Num jardim, foi ressuscitado o segundo homem, o segundo Adão que é o resgate do primeiro.
Era esse o Dia da Preparação para os judeus e visto que o sepulcro ficava perto, colocaram Jesus ali. A obra de salvação do homem estava quase completa.
Jo 19:1 Então, por isso, Pilatos
tomou a Jesus
e mandou açoitá-lo.
Jo 19:2 Os soldados,
tendo tecido uma coroa de espinhos,
puseram-lha na cabeça
e vestiram-no com um manto de púrpura.
Jo 19:3 Chegavam-se a ele e diziam:
Salve, rei dos judeus!
E davam-lhe bofetadas.
Jo 19:4 Outra vez saiu Pilatos e lhes disse:
Eis que eu vo-lo apresento,
para que saibais que eu não acho nele crime algum.
Jo 19:5 Saiu, pois, Jesus
trazendo a coroa de espinhos
e o manto de púrpura.
Disse-lhes Pilatos:
Eis o homem!
Jo 19:6 Ao verem-no,
os principais sacerdotes
e os seus guardas gritaram:
Crucifica-o! Crucifica-o!
Disse-lhes Pilatos:
Tomai-o vós outros
e crucificai-o;
porque eu não acho nele crime algum.
Jo 19:7 Responderam-lhe os judeus:
Temos uma lei,
e, de conformidade com a lei,
ele deve morrer,
porque a si mesmo se fez Filho de Deus.
Jo 19:8 Pilatos,
ouvindo tal declaração,
ainda mais atemorizado ficou,
Jo 19:9 e, tornando a entrar no pretório, perguntou a Jesus:
Donde és tu?
Mas Jesus não lhe deu resposta.
Jo 19:10 Então, Pilatos o advertiu:
Não me respondes?
Não sabes que tenho autoridade
para te soltar
e autoridade para te crucificar?
Jo 19:11 Respondeu Jesus:
Nenhuma autoridade terias sobre mim,
se de cima não te fosse dada;
por isso, quem me entregou a ti
maior pecado tem.
Jo 19:12 A partir deste momento,
Pilatos procurava soltá-lo,
mas os judeus clamavam:
Se soltas a este,
não és amigo de César!
Todo aquele que se faz rei
é contra César!
Jo 19:13 Ouvindo Pilatos estas palavras,
trouxe Jesus para fora
e sentou-se no tribunal,
no lugar chamado Pavimento, no hebraico Gabatá.
Jo 19:14 E era a parasceve pascal,
cerca da hora sexta;
e disse aos judeus:
Eis aqui o vosso rei.
Jo 19:15 Eles, porém, clamavam:
Fora! Fora!
Crucifica-o!
Disse-lhes Pilatos:
Hei de crucificar o vosso rei?
Responderam os principais sacerdotes:
Não temos rei,
senão César!
Jo 19:16 Então, Pilatos
o entregou para ser crucificado.
Jo 19:17 Tomaram eles, pois, a Jesus;
e ele próprio,
carregando a sua cruz,
saiu para o lugar chamado Calvário,
Gólgota em hebraico,
Jo 19:18 onde o crucificaram
e com ele outros dois,
um de cada lado,
e Jesus no meio.
Jo 19:19 Pilatos escreveu
também um título
e o colocou no cimo da cruz;
o que estava escrito era:
JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS.
Jo 19:20 Muitos judeus leram este título,
porque o lugar em que Jesus fora crucificado
era perto da cidade;
e estava escrito em
hebraico, latim e grego.
Jo 19:21 Os principais sacerdotes diziam a Pilatos:
Não escrevas:
Rei dos judeus,
e sim que ele disse:
Sou o rei dos judeus.
Jo 19:22 Respondeu Pilatos:
O que escrevi escrevi.
Jo 19:23 Os soldados, pois,
quando crucificaram Jesus,
tomaram-lhe as vestes
e fizeram quatro partes,
para cada soldado uma parte;
e pegaram também a túnica.
A túnica, porém,
era sem costura,
toda tecida de alto a baixo.
Jo 19:24 Disseram, pois, uns aos outros:
Não a rasguemos,
mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá
- para se cumprir a Escritura:
Repartiram entre si as minhas vestes
e sobre a minha túnica lançaram sortes.
Assim, pois, o fizeram os soldados.
Jo 19:25 E junto à cruz estavam
a mãe de Jesus,
e a irmã dela,
e Maria,
mulher de Clopas,
e Maria Madalena.
Jo 19:26 Vendo Jesus sua mãe
e junto a ela o discípulo amado, disse:
Mulher, eis aí teu filho.
Jo 19:27 Depois, disse ao discípulo:
Eis aí tua mãe.
Dessa hora em diante,
o discípulo a tomou para casa.
Jo 19:28 Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado,
para se cumprir a Escritura, disse:
Tenho sede!
Jo 19:29 Estava ali um vaso cheio de vinagre.
Embeberam de vinagre uma esponja
e, fixando-a num caniço de hissopo,
lha chegaram à boca.
Jo 19:30 Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse:
Está consumado!
E, inclinando a cabeça,
rendeu o espírito.
Jo 19:31 Então, os judeus,
para que no sábado
não ficassem os corpos na cruz,
visto como era a preparação,
pois era grande o dia daquele sábado,
rogaram a Pilatos
que se lhes quebrassem as pernas,
e fossem tirados.
Jo 19:32 Os soldados
foram
e quebraram as pernas
ao primeiro
e ao outro que com ele tinham sido crucificados;
Jo 19:33 chegando-se, porém, a Jesus,
como vissem que já estava morto,
não lhe quebraram as pernas.
Jo 19:34 Mas um dos soldados lhe abriu o lado
com uma lança,
e logo saiu sangue e água.
Jo 19:35 Aquele que isto viu testificou,
sendo verdadeiro o seu testemunho;
e ele sabe que diz a verdade,
para que também vós creiais.
Jo 19:36 E isto aconteceu para se cumprir a Escritura:
Nenhum dos seus ossos será quebrado.
Jo 19:37 E outra vez diz a Escritura:
Eles verão aquele a quem traspassaram.
Jo 19:38 Depois disto, José de Arimatéia,
que era discípulo de Jesus,
ainda que ocultamente pelo receio que tinha dos judeus,
rogou a Pilatos lhe permitisse tirar o corpo de Jesus.
Pilatos lho permitiu.
Então, foi José de Arimatéia
e retirou o corpo de Jesus.
Jo 19:39 E também Nicodemos,
aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite,
foi, levando cerca de cem libras de um composto
de mirra e aloés.
Jo 19:40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus
e o envolveram em lençóis com os aromas,
como é de uso entre os judeus
na preparação para o sepulcro.
Jo 19:41 No lugar onde Jesus fora crucificado,
havia um jardim,
e neste, um sepulcro novo,
no qual ninguém tinha sido ainda posto.
Jo 19:42 Ali, pois, por causa
da preparação dos judeus
e por estar perto o túmulo,
depositaram o corpo de Jesus.
Jesus morreu! O inocente que não tinha pecado se fez pecado por nós. O justo morreu pelo injusto para fazer deste um justificado pelo seu sangue. Deus não nos fez justos em Cristo Jesus, antes, fomos justificados pelo Justo.
A Deus toda glória! 
p/ pr. Daniel Deusdete.
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