Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos. Ainda, estamos na parte II, no capítulo 31, mas na última seção F. Ressaltamos novamente que entre os oráculos
de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) e as profecias de
esperança e restauração (caps. 33-48), Ezequiel, o profeta, o filho do homem,
incluiu uma seção de oráculos contra outras nações.
II. PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
(25.1-32.32).
A. Amom (25.1-7) – já vista; B. Moabe (25.8-11) – já vista; C. Edom (25.12-14) – já vista; D. Filístia (25.15-17) – já vista; E. Fenícia (26.1-28.26) – já vista; F. Egito (29.1-32.32) – estamos vendo.
F. Egito (29.1-32.32) - continuação.
Como já dissemos, nesses quatro capítulos
finais desta parte II, estamos vendo que Ezequiel profetizou contra o Egito, um
dos grandes impérios do mundo antigo.
Também fizemos a seguinte proposta de
divisão dessa seção “F”: 1. Julgamento contra o Egito (29.1-6) – já vimos; 2. Segundo julgamento contra o
Egito (29.17-21) – já vimos; 3. Lamento sobre o Egito (30.1-19) – já vimos; 4. Terceiro julgamento contra
o Egito (30.20-26) – já vimos; 5.
Quarto julgamento contra o Egito (31.1-18) – veremos agora; 6. Lamento por Faraó (32.1-16); 7. Lamento pelo
Egito e por Faraó (32.17-32).
5. Quarto julgamento contra o Egito (31.1-18).
Até o versículo 18, veremos Ezequiel em um
quarto julgamento contra o Egito. Ezequiel descreve o julgamento que viria
sobre o Egito apesar de suas glórias.
Ele começa dizendo que também aconteceu no
undécimo ano, no terceiro mês, no primeiro dia do mês, do reinado de Joaquim - junho
de 587 a.C. -, que veio a palavra do Senhor para ele se dirigir a Faraó, rei do
Egito e à sua multidão.
Jerusalém se encontrava nas últimas semanas
do cerco que terminaria com a destruição da cidade.
O rei do Egito estava se achando o mais
importante e principal dos reis e buscava entre os homens quem pudesse se
comparar a ele em grandeza.
Ezequiel, então, inexplicavelmente, começa
falando da Assíria. Cremos que ele usou o destino da Assíria como uma
advertência ao Egito; o poderoso império assírio havia desmoronado entre os
anos de 640 a 609 a.C.
A BEG nos diz que alguns estudiosos
consideram improvável que, num oráculo contra o Egito (vs. 2,18), o foco
principal fosse a Assíria (vs. 3-17).
A alteração de uma consoante no texto
poderia modificar a tradução "Assíria" (1) para "cipreste"
ou (2) "a que a equipararei?", um paralelo condizente com a última
cláusula do v. 2.
Qualquer das traduções resolveria o que
parece ser uma referência imprópria à Assíria.
Ele (o Egito ou a Assíria?) é comparado ao
cedro. Os cedros eram grandes árvores que se erguiam por dezenas de metros e
viviam por milhares de anos oferecendo metáforas adequadas para reinos e
dinastias.
Anteriormente Ezequiel usara imagem
semelhante (veja 17.20-24). Essa árvore assemelhava-se àquela do sonho de Nabucodonosor
(Dn 4.1-12,19-27). Compare a generosa descrição de Ezequiel dessa árvore com a
extravagante descrição de Tiro como um navio (27 3-11).
Nós iremos admitir que a profecia era mesmo
contra o rei do Egito que estava se achando o maioral entre todos e que a
Assíria aqui é usada para fazer um paralelo com ele.
Dos versos 3 ao 18, ele fala expondo a declaração
de soberba do rei do Egito, de Faraó.
Começa descrevendo de onde ele surgiu e que
era formoso e que cresceu muito por causa das muitas águas junto às suas raízes
– vs. 7. Foi o abismo que fê-lo crescer e as águas que o nutriram. Elas
formavam uma corrente caudalosa que corria em torno da sua plantação e enviava
os seus regatos a todas as árvores do campo.
Foi por isso que se elevou a sua estatura
acima de todas as outras e se multiplicaram os seus ramos e se alongaram as
suas varas por causa das muitas águas.
As aves dos céus buscavam nela se aninhar e
todos os animais do campo geravam debaixo dos seus ramos e à sua sombra
abrigavam muitos povos.
Era de fato mui formoso na sua grandeza e
na extensão de seus ramos, isto tudo, repetido diversas vezes, porque a sua
raiz estava junto às muitas águas.
Tão famoso e formoso era que despertou a
inveja de todas as árvores do Édem que havia no jardim de Deus.
Por causa disso, Deus o entregaria na mão
da mais poderosa das nações para receber o tratamento devido. Deus o estava
lançando fora – vs. 11.
Então seria vítima dos estrangeiros que não
se apiedariam dele e cortariam os seus ramos, quebrariam os seus renovos sobre
os montes e por todos os vales.
Em consequência, todos os povos da terra se
retirariam de sua sombra e o deixariam, mas as aves dos céus e todos os animais
do campo habitariam em suas ruínas.
Agora – vs. 14 – todos eles estão entregues
à morte, até as partes inferiores da terra, no meio dos filhos dos homens,
juntamente com os que descem à cova. Isso para que nenhuma de todas as árvores
junto às águas se exaltasse na sua estatura, nem levantasse a sua copa no meio
dos ramos espessos, nem se levantassem na sua altura os seus poderosos, sim,
todos os que bebem água.
Deus diz no verso 15 que no dia em que ele
desceu ao Seol, ele fez que houvesse luto; ele cobriu o abismo, por causa dele,
e reteve as suas correntes, e assim, foi detida as grandes águas; e fez que o
Líbano o pranteasse; e que todas as árvores do campo por causa dele
desfalecessem.
Deus faria tremer as nações com o som de
sua queda naquele momento em que o fizesse descer ao Seol justamente com os que
descem à cova.
Isso faria com que todas as árvores do Édem,
a flor e o melhor do Líbano, todas as que bebem águas, se consolariam nas
partes inferiores da terra. Ele não desceria sozinho, estas seriam ajuntadas a
ele.
Agora, Deus, por meio de seu profeta, volta
a questão inicial deste capítulo: a quem,
pois, és semelhante em glória e em grandeza entre as árvores do Eden? – vs.
18.
A resposta é que Faraó e toda a sua
multidão, diz o Senhor Deus, seria precipitado juntamente com as árvores do
Édem às partes inferiores da terra e no meio dos incircuncisos jazeria com os
que foram mortos à espada.
Ez 31:1 Também sucedeu, no ano undécimo,
no terceiro mês,
ao primeiro
do mês, que veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez
31:2 Filho do homem, dize a Faraó, rei do Egito,
e
à sua multidão:
A
quem és semelhante na tua grandeza?
Ez 31:3 Eis
que o assírio era como um cedro do Líbano,
de
ramos formosos, de sombrosa ramagem e de alta estatura;
e
a sua copa estava entre os ramos espessos.
Ez 31:4 As
águas nutriram-no, o abismo fê-lo crescer;
as
suas correntes corriam em torno da sua plantação;
assim
ele enviava os seus regatos a todas
as
árvores do campo.
Ez 31:5 Por
isso se elevou a sua estatura
sobre
todas as árvores do campo,
e
se multiplicaram os seus ramos, e se alongaram
as
suas varas, por causa das muitas águas
nas
suas raízes.
Ez 31:6 Todas
as aves do céu se aninhavam nos seus ramos;
e
todos os animais do campo
geravam
debaixo dos seus ramos;
e
à sua sombra habitavam todos os grandes povos.
Ez 31:7 Assim
era ele formoso na sua grandeza,
na
extensão dos seus ramos, porque a sua raiz
estava
junto às muitas águas.
Ez 31:8 Os
cedros no jardim de Deus não o podiam esconder;
as
faias não igualavam os seus ramos,
e
os plátanos não eram como as suas varas;
nenhuma
árvore no jardim de Deus se assemelhava a ele
na
sua formosura.
Ez 31:9
Formoso o fiz pela abundância dos seus ramos;
de
modo que tiveram inveja dele todas as árvores do Edem
que
havia no jardim de Deus.
Ez 31:10 Portanto assim diz o Senhor
Deus:
Como se elevou na sua estatura, e se levantou
a sua copa
no
meio dos espessos ramos,
e
o seu coração se ufanava da sua altura,
Ez 31:11 eu o
entregarei na mão da mais poderosa das nações,
que
lhe dará o tratamento merecido.
Eu
já o lancei fora.
Ez 31:12
Estrangeiros, da mais terrível das nações, o cortarão,
e
o deixarão; cairão os seus ramos sobre os montes
e
por todos os vales,
e os seus
renovos serão quebrados junto
a
todas as correntes da terra;
e todos os
povos da terra se retirarão da sua sombra,
e
o deixarão.
Ez 31:13
Todas as aves do céu habitarão sobre a sua ruína,
e
todos os animais do campo estarão sobre os seus ramos;
Ez 31:14 para
que nenhuma de todas as árvores junto às águas
se
exalte na sua estatura, nem levante a sua copa no meio
dos
ramos espessos, nem se levantem na sua altura
os
seus poderosos,
sim,
todos os que bebem água;
porque
todos eles estão entregues à morte,
até
as partes inferiores da terra,
no
meio dos filhos dos homens,
juntamente
com os que descem a cova.
Ez 31:15 Assim diz o Senhor Deus:
No dia em que
ele desceu ao Seol, fiz eu que houvesse luto;
cobri
o abismo, por sua causa, e retive as suas correntes,
e
detiveram-se as grandes águas;
e
fiz que o Líbano o pranteasse;
e
todas as árvores do campo
por
causa dele desfaleceram.
Ez 31:16
Farei tremer as nações ao som da sua queda,
quando
o fizer descer ao Seol juntamente com
os
que descem à cova; e todas as árvores do Edem
a
flor e o melhor do Líbano,
todas as que
bebem águas,
se consolarão
nas partes inferiores da terra;
Ez 31:17
também juntamente com ele descerão ao Seol,
ajuntar-se
aos que foram mortos à espada;
sim,
aos que foram seu braço,
e
que habitavam à sua sombra no meio das nações.
Ez 31:18 A
quem, pois, és semelhante em glória e em grandeza
entre
as árvores do Eden?
Todavia
serás precipitado juntamente
com
as árvores do Eden
às partes inferiores
da terra;
no
meio dos incircuncisos jazerás
com
os que foram mortos à espada:
este é Faraó
e toda a sua multidão,
diz
o Senhor Deus.
O orgulho de Faraó estava fazendo ele cair
e com ele caem todos os orgulhosos.
“Certa vez um aluno falou ao outro que Deus
precisava dele para uma grande obra, mas o outro respondeu quase imediatamente
que Jesus só falou uma vez que precisava de alguém – e esse alguém era um
jumento” (Mc 11.3)[1].
Aquele que se exalta será humilhado, mas
aquele que se humilhar será exaltado – Pv 8.13; 16.18; Is 14:13,14; Ob 1.3; Mt 23.12;
Lc 14.7-11; Jo 3.30; Fp 2. 3,5-8; I Pe 5.6.
Diz o mesmo artigo citado de Nortert Lieth “A revista alemã "Focus" publicou
uma reportagem sobre o tema "Eu, eu, eu". Ela tratava do culto ao eu
– que aumenta cada vez mais em meio à nossa população – no qual cada um se
considera cada vez mais importante. Cresce a sociedade que quer levar vantagem
em tudo, que não recua diante de nenhum meio para alcançar seus objetivos. É
indiferente se outros têm de sofrer com isso – o que importa é que se consiga o
primeiro lugar. Um dos lemas em curso entre a juventude é: "Eu sou mais
eu".”.
Para estes vale este capítulo em que Deus
promete fazer descer ao Seol todo orgulho do rei do Egito, dele e de todos a
sua volta que são semelhantes a ele ou que pactuam de suas obras malignas.
Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos. Ainda, estamos na parte II, no capítulo 30, seção F.
Ressaltamos novamente que entre os oráculos
de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) e as profecias de
esperança e restauração (caps. 33-48), Ezequiel, o profeta, o filho do homem,
incluiu uma seção de oráculos contra outras nações.
II. PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
(25.1-32.32).
A. Amom (25.1-7) – já vista; B. Moabe (25.8-11) – já vista; C. Edom (25.12-14) – já vista; D. Filístia (25.15-17) – já vista; E. Fenícia (26.1-28.26) – já vista; F. Egito (29.1-32.32) – continuaremos vendo.
F. Egito (29.1-32.32) - continuação.
Como já dissemos, nesses quatro capítulos
finais desta parte II, estamos vendo que Ezequiel profetizou contra o Egito, um
dos grandes impérios do mundo antigo.
Também fizemos a seguinte proposta de
divisão dessa seção “F”: 1. Julgamento contra o Egito (29.1-6) – já vimos; 2. Segundo julgamento contra o
Egito (29.17-21) – já vimos; 3. Lamento sobre o Egito (30.1-19) – veremos agora; 4. Terceiro julgamento
contra o Egito (30.20-26) – também
veremos agora; 5. Quarto julgamento contra o Egito (31.1-18); 6. Lamento
por Faraó (32.1-16); 7. Lamento pelo Egito e por Faraó (32.17-32).
3. Lamento sobre o Egito (30.1-19).
Até o versículo 19, veremos Ezequiel e seu
lamento sobre o Egito. Também é este o único oráculo não datado de Ezequiel
contra o Egito. Pode ter sido pronunciado entre janeiro e abril de 587 a.C.
(29.1; 30.20).
Apesar disso, segue o padrão de outras
profecias e a ele, Ezequiel, o filho do homem, veio a palavra do Senhor para
dizer, em nome de Deus, que era para eles gemerem, pois estava perto aquele
dia, o dia do Senhor, dia de nuvens, o tempo das nações.
O Egito, a Etiópia, e Pute, e Lude, e todo
o povo da Arábia, e Cube, e os filhos da terra da aliança, todos eles iriam
sentir a espada do Senhor e grande angústia.
Além desses, também todos os que sustentam
o Egito, pois descerá a sua soberba desde Migdol até Sevene, onde todos cairão
à espada.
Com isso ficarão desolados no meio das
terras assoladas e as suas cidades desertas e, somente, nesse momento é que
virão a saber que o Senhor é Deus. Somente quando o Senhor puser fogo no Egito
e todos os que o auxiliam forem destruídos.
A cidade e toda sua população, com grandes
multidões serão destruídas e desembainharão as suas espadas contra o Egito e
encherão de mortos a terra a ponto de os rios secarem e a terra ser vendida nas
mãos dos maus. Ela a terra será assolada e a sua plenitude será estragada pelas
mãos dos estranhos, o Senhor estava falando.
A destruição atingirá os seus ídolos e com
isso fará Deus cessar de Mênfis as suas imagens e não haverá mais príncipe no
Egito e no Egito será posto o seu temor – vs. 13.
Patros será assolada e mesmo Zoã, que fica
no delta leste rio Nilo. Também conhecida corno Tânis. Seu furor também seria
derramado sobre Pelúsio, ou Sim, uma fortaleza na costa do Mediterrâneo e na
fronteira nordeste do Egito.
Esta terá grande angústia e Tebas
igualmente será destruída, mesmo Mênfis terá adversários em pleno dia.
Os jovens de Áven ou Om e Pi-Besete
igualmente cairão à espada. Áven ficava junto ao vértice sul do deita do Nilo;
um importante centro religioso e Pi-Besete - única menção encontrada na Bíblia
- ficava localizada no delta leste e sede do governo durante a vigésima
terceira e a vigésima segunda dinastias do Egito (950-750 a.C.). Ambas as
cidades seriam levadas ao cativeiro.
Tapenes, finalmente, nesse dia ficaria
escura quando os jogos do Egito fossem quebrados e nela fosse cassada a sua
soberba quando uma nuvem a cobrir e todos os seus filhos e filhas fossem
tomados em cativeiro.
Neste exato momento, todos haveriam de
saber que o Senhor é Deus – vs. 19. Uma péssima hora de se saber isso, bem
poderiam ter sabido antes e tomado providências para não se chegar a este
extremo.
4. Terceiro julgamento contra o Egito (30.20-26).
Até o versículo 26, veremos um terceiro
julgamento contra o Egito. Novamente Deus declarou que destruiria o Egito.
Dessa vez a profecia encontrou seu lugar no
espaço-tempo. Foi no undécimo ano, no mês primeiro, aos sete dias do mês, do
reino de Joaquim; abril de 587 a.C. que veio a ele, Ezequiel a palavra do
Senhor dizendo a ele, filho do homem, que logo iria quebrar o braço de Faraó,
rei do Egito, sem que lhe fossem dados remédios curativos, nem ligaduras para
ligar novamente a fim de evitar mesmo que apanhasse de uma espada.
Era este um símbolo do poderio militar
quebrado. O Faraó Hofra havia enviado um exercito para auxiliar Zedequias, mas
ele foi rechaçado (Jr 37.1-10, cf. Ez 29.6-7; 17.15-17). A Jerusalém cercada e
os exilados haviam esperado que o Egito derrotasse a Babilônia, mas esse
oráculo nega essa esperança. Ao contrário, a Babilônia deixaria o Egito
derrotado.
Ez 30:1 De novo veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 30:2 Filho
do homem, profetiza, e dize:
Assim
diz o Senhor Deus:
Gemei:
Ah!
aquele dia!
Ez 30:3
Porque perto está o dia, sim, perto está o dia do Senhor;
dia
de nuvens será, o tempo das nações.
Ez 30:4 E uma
espada virá ao Egito,
e
haverá angústia na Etiópia,
quando
caírem os traspassados no Egito;
o
seu povo será levado para o cativeiro
e
serão destruídos os seus fundamentos.
Ez 30:5
Etiópia, e Pute, e Lude, e todo o povo da Arábia, e Cube,
e
os filhos da terra da aliança cairão juntamente com eles
à
espada.
Ez 30:6 Assim diz o Senhor:
Também cairão
os que sustêm o Egito,
e
descerá a soberba de seu poder;
desde
Migdol até Sevené cairão nela à espada,
diz
o Senhor Deus.
Ez 30:7 E
ficarão desolados no meio das terras assoladas;
e
as suas cidades estarão no meio das cidades desertas.
Ez 30:8 E
saberão que eu sou o Senhor,
quando
eu puser fogo ao Egito,
e
forem destruídos todos os que lhe davam auxílio.
Ez 30:9
Naquele dia sairão mensageiros de diante de mim em navios,
para
amedrontarem os etíopes descuidados;
e
sobre eles haverá angústia, como no dia do Egito;
pois
eis que já vem.
Ez 30:10 Assim diz o Senhor Deus:
Também farei
cessar do Egito a multidão,
por
mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia.
Ez 30:11 Ele
e o seu povo com ele, os terríveis dentre as nações,
serão
introduzidos para destruírem a terra;
e
desembainharão as suas espadas contra o Egito,
e
encherão a terra de mortos.
Ez 30:12 E eu
secarei os rios, e venderei a terra,
entregando-a
na mão dos maus,
e
assolarei a terra e a sua plenitude pela mão dos estranhos;
eu,
o Senhor, o disse.
Ez 30:13 Assim diz o Senhor Deus:
Também
destruirei os ídolos, e farei cessar de Mênfis as imagens;
e
não mais haverá um príncipe na terra do Egito;
e
porei o temor na terra do Egito.
Ez 30:14 E
assolarei a Patros, e porei fogo a Zoã,
e
executarei juízos em Tebas;
Ez 30:15 e
derramarei o meu furor sobre Pelúsio,
a
fortaleza do Egito, e exterminarei a multidão de Tebas;
Ez 30:16
também atearei um fogo no Egito;
Pelúsio
terá angústia,
Tebas
será destruída,
e
Mênfis terá adversários em pleno dia.
Ez 30:17 Os
mancebos de Om e Pi-Besete cairão à espada,
e
estas cidades irão ao cativeiro.
Ez 30:18 E em
Tapanes se escurecerá o dia,
quando
eu quebrar ali os jugos do Egito,
e
nela cessar a soberba do seu poder;
quanto a ela,
uma nuvem a cobrirá,
e
suas filhas irão ao cativeiro.
Ez 30:19
Assim executarei juízos no Egito,
e
saberão que eu sou o Senhor.
Ez 30:20 E sucedeu no ano undécimo, no
mês primeiro, aos sete do mês,
que veio a
mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 30:21
Filho do homem, eu quebrei o braço de Faraó, rei do Egito;
e
eis que não foi atado para se lhe aplicar remédios
curativos,
nem se lhe porão ligaduras para o atar,
para
torná-lo forte,
a
fim de pegar na espada.
Ez 30:22 Portanto assim diz o Senhor
Deus:
Eis que eu
estou contra Faraó, rei do Egito,
e
quebrarei os seus braços,
assim
o forte como o que já foi quebrado;
e farei
cair da sua mão a espada.
Ez 30:23 E
espalharei os egípcios entre as nações,
e
os dispersarei pelas terras.
Ez 30:24 Mas
fortalecerei os braços do rei de Babilônia,
e
pôr-lhe-ei na mão a minha espada;
quebrarei,
porém, os braços de Faraó,
e diante
daquele gemerá como quem está mortalmente ferido.
Ez 30:25 Eu
sustentarei os braços do rei de Babilônia,
mas
os braços de Faraó cairão;
e
saberão que eu sou o Senhor,
quando
eu puser a minha espada
na
mão do rei de Babilônia,
e ele a
estender sobre a terra do Egito.
Ez 30:26 E
espalharei os egípcios entre as nações,
e
os dispersarei pelas terras;
saberão
assim que eu sou o Senhor.
Os braços de Faraó foram quebrados e os da
Babilônia foram fortalecidos e neles postos a espada do Senhor, pelo que também
seria sustentada e os braços de Faraó cada vez mais fracos.
Também aqui, semelhantemente, neste exato
momento, de derrota e fraqueza do Egito, eles haveriam de saber que o Senhor é
Deus – vs. 25. Quando Deus colocar a sua espada nas mãos dos babilônios eles
haveriam de saber.
Os egípcios seriam, portanto, espalhados
entre as nações e dispersos por todas as terras e assim saberão novamente que o
Senhor é Deus.
Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos. Ainda, estamos na parte II, no capítulo 29, seção F.
Ressaltamos que entre os oráculos de
advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) e as profecias de
esperança e restauração (caps. 33-48), Ezequiel, o profeta, o filho do homem,
incluiu uma seção de oráculos contra outras nações.
II. PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
(25.1-32.32).
A. Amom (25.1-7) – já vista; B. Moabe (25.8-11) – já vista; C. Edom (25.12-14) – já vista; D. Filístia (25.15-17) – já vista; E. Fenícia (26.1-28.26) – já vista; F. Egito (29.1-32.32) – começaremos agora.
F. Egito (29.1-32.32).
Nesses quatro capítulos finais desta parte
II, veremos que Ezequiel profetizou contra o Egito, um dos grandes impérios do
mundo antigo. Todas as profecias são datadas (29.1,17; 30.20; 31.1; 32.1,17),
com exceção do oráculo que se inicia em 30.1.
Os capítulos seguem o padrão geral visto na
seção anterior: um primeiro julgamento contra o Egito (29.1-16), um segundo
julgamento (29.17-21), um lamento sobre o Egito (30.1-19), um terceiro
julgamento (30.20-26), um quarto julgamento (31.1-18), um lamento por Faraó
(32.1-16) e um lamento sobre o Egito e sobre Faraó (32.17-32).
Propomos, destarte, seguindo a BEG a
seguinte divisão dessa seção “F”: 1. Julgamento contra o Egito (29.1-6) – veremos agora; 2. Segundo julgamento
contra o Egito (29.17-21) – veremos
também agora; 3. Lamento sobre o Egito (30.1-19); 4. Terceiro julgamento
contra o Egito (30.20-26); 5. Quarto julgamento contra o Egito (31.1-18); 6.
Lamento por Faraó (32.1-16); 7. Lamento pelo Egito e por Faraó (32.17-32).
1. Julgamento contra o Egito (29.1-6).
No primeiro julgamento contra o Egito que
vai até o verso 16, Ezequiel condenou o Egito à destruição.
Aconteceu no décimo ano, no décimo mês, aos
doze dias do mês do reinado de Joaquim; janeiro de 587 a.C., cerca de um ano
depois que Nabucodonosor instituiu o cerco contra Jerusalém - 24.1 – que veio
ao seu profeta a palavra de Deus dizendo para ele dirigir o seu rosto contra
Faraó e, consequentemente, contra todo o Egito.
Era para ele falar e dizer que Faraó, rei
do Egito, era o grande dragão, ou crocodilo, que pousava no meio dos seus rios
e que dizia que o rio era seu e que o tinha feito para si mesmo.
Ezequiel equipara o Egito – estamos nos
baseando no texto da BEG - a um monstro do mar (vs. 2-5). O termo usado poderia
designar tanto os abundantes crocodilos do Nilo, como o monstro do mar que
representava o caos na mitologia do antigo Oriente Próximo.
A Bíblia chama essa criatura mitológica de
"monstro marinho", "dragão", "leviatã" (em
algumas traduções) ou "Raabe" (32.2; Jó 3.8; 7.12; 26.12-13; 41.1; SI
74.13-14; 89.10; Is 27.1; 51.9; cf. Ap 12.13; 20.2); o termo Raabe era também
uma designação poética para o Egito (Jó 9.13; SI 87.4; Is 30.7).
Na mitologia das culturas que rodeavam
Israel, esse monstro marinho era um deus que competia com outros deuses, mas na
Bíblia ele era simplesmente outra criatura viva submissa ao comando de Yahweh.
Ele se dizia rei, deus, e que tinha os rios
sob o seu domínio e que ainda os tinha criado para ele mesmo, no entanto, o
Criador Bendito, tal qual um pescador iria lançar sobre ele a sua isca presa
num anzol e iria fisgá-lo, ou pescá-lo juntamente com os outros peixes dos seus
rios que se apegariam às suas escamas e todos seriam tirados dos rios.
Deus arrancaria esse monstro do mar com
tanta facilidade quanto os pescadores arrastam o peixe que serve de alimento,
mas Deus o deixaria apodrecendo na praia - 28.2-10.
Depois de tirado dos rios seriam lançados
no deserto e seus corpos seriam expostos a todo tipo de animal terrestre e
celeste, servindo, assim, como pasto – vs. 5.
As aves e os animais foram dados como
alimento para a humanidade (Gn 1.30; 9.2); o reverso desse relacionamento era
urna maldição pactual comum (32.4; Dt 28.26; SI 79.2; Is 17.4-6; Jr 7.33; 15.3;
16.4; 19.7; 34.20).
Por conta de tudo isso, os moradores do
Egito iriam saber que o Senhor é Deus, principalmente porque tem sido um bordão
de cana para a casa de Israel. A descrição de Ezequiel do Egito como uma cana
quebrada relembra os comentários semelhantes feitos pelo comandante assírio a
Ezequias (2Rs 18.21,24).
Porquanto tinha o Egito dito que o rio era
seu e que o tinha criado para si, o Senhor não o pouparia de jeito algum e
lançaria sobre ele a sua espada e exterminaria dali tanto homens como animais e
toda a terra do Egito se tornaria em desolação e deserto – vs. 7-10. Pela
segunda vez, aqui, Deus afirma que após isso, saberiam que o Senhor é Deus.
Isso se cumpriria desde Migdol até Sevene.
Isto é, do norte ao sul. Migdol ficava no norte do Egito, provavelmente no
delta leste do Nilo; era uma localidade na rota do êxodo (Ex 14.2; cf. Ez 30.6;
Nm 33.7; Jr 44.1; 46.14). Sevene ficava ao sul do Egito, junto à primeira
catarata do Nilo; era o ponto terminal para a navegação em águas profundas e
representava a fronteira sul do Egito.
O seu castigo duraria 40 anos. É difícil
fixar um período histórico definido de quarenta anos para um exílio egípcio; o
número pode ter sido simbólico em vez de representar um período definido. O seu
deserto seria tão terrível que nem pé de animal ou de homem haveria de passar
por ela, nos 40 anos – vs. 11.
Seria assim tornada a terra do Egito em
desolação no meio das terras assoladas, ficando deserta por 40 anos e com os
egípcios espalhados entre as nações e disperso pelos países. Ao final desse
tempo seriam ajuntados os egípcios que foram espalhados e restaurados do
cativeiro e Deus os faria voltar à terra de Patros, à sua terra natal, a partir
do qual se tornariam, doravante, um reino humilde.
Na verdade, depois de sua época áurea de
grandes conquistas e importância no cenário mundial, o Egito nunca mais se
levantou e atualmente é um país sem expressão alguma que depende em grande
parte de seu turismo para ganhar fundos e se manter entre as nações, de forma
bem humilde.
O Egito nunca reconquistou o poderio e a
bravura militar que havia caracterizado a sua história no período bíblico – vs.
15. Israel que antes se confiava neles, agora nem olhava mais para ele, nem
olhará pois nunca mais se exaltará sobre as nações, sendo diminuídos para que
não mais dominem e, via de regra, pela terceira vez neste capítulo, saberiam
que o Senhor é Deus.
Verdade! Quer uma prova da existência de
Deus? A sua palavra proferida nos tempos do Egito e até hoje – século XXI - preservada
de que o Egito nunca mais se ergueria sobre as nações.
2. Segundo julgamento contra o Egito (29.17-21).
Dos versos de 17 ao 21, um segundo
julgamento contra o Egito. Ezequiel pronunciou um segundo e extenso discurso
contra o Egito.
A palavra do Senhor veio ao seu profeta no
tempo e no espaço, conforme registrada: no vigésimo sétimo ano, no mês primeiro,
no primeiro dia do mês, do reinado de Joaquim. O dia de ano-novo, abril de 571
a.C., dezesseis anos depois do oráculo anterior (29.1).
O cerco erguido por Nabucodonosor contra
Tiro durou treze anos (veja a nota sobre 26.7), terminando provavelmente no ano
anterior a essa profecia de Ezequiel (572 a.C.). O cerco havia sido demorado e
caro, e não compensou o esforço.
Para compensá-lo, Deus estaria dando a ele,
Nabucodonosor, rei da Babilônia, toda a terra do Egito para ser totalmente
dele. E aí poderia tomar de todo despojo e roubar toda presa – vs. 19 – e isso
seria a sua paga para ele e seu exército, como se fosse isso a sua recompensa,
pois trabalhou para Deus e Deus lhe pagaria com a terra do Egito.
Ez 29:1 No décimo ano, no décimo mês, no
dia doze do mês,
veio a mim a
palavra do Senhor, dizendo:
Ez
29:2 Filho do homem, dirige o teu rosto contra Faraó,
rei
do Egito, e profetiza contra ele
e
contra todo o Egito.
Ez 29:3 Fala, e dize:
Assim diz o
Senhor Deus:
Eis-me
contra ti, ó Faraó, rei do Egito,
grande
dragão, que pousas no meio dos teus rios,
e
que dizes:
O
meu rio é meu, e eu o fiz para mim.
Ez 29:4 Mas
eu porei anzóis em teus queixos,
e
farei que os peixes dos teus rios se apeguem
às
tuas escamas;
e tirar-te-ei
dos teus rios, juntamente com todos os peixes
dos
teus nos que se apegarem as tuas escamas.
Ez 29:5 E te
lançarei no deserto, a ti e a todos os peixes dos teus rios;
sobre
a face do campo cairás;
não
serás recolhido nem ajuntado.
Aos animais
da terra e às aves do céu te dei por pasto.
Ez 29:6 E
saberão todos os moradores do Egito que eu sou o Senhor,
porque
tu tens sido um bordão de cana para a casa de Israel.
Ez 29:7
Tomando-te eles na mão, tu te quebraste
e
lhes rasgaste todo o ombro; e quando em ti se apoiaram,
tu
te quebraste, fazendo estremecer todos os seus lombos.
Ez 29:8 Portanto, assim diz o Senhor
Deus:
Eis que eu
trarei sobre ti a espada,
e
de ti exterminarei homem e animal.
Ez 29:9 E a
terra do Egito se tornará em desolação e deserto;
e
saberão que eu sou o Senhor.
Porquanto
disseste:
O
rio é meu, e eu o fiz;
Ez 29:10 por
isso eis que eu estou contra ti e contra os teus rios;
e
tornarei a terra do Egito em desertas e assoladas solidões,
desde
Migdol de Sevené até os confins da Etiópia.
Ez 29:11 Não
passará por ela pé de homem,
nem
pé de animal passará por ela,
nem
será habitada durante quarenta anos.
Ez 29:12
Assim tornarei a terra do Egito em desolação
no
meio das terras assoladas,
e
as suas cidades no meio das cidades assoladas
ficarão
desertas por quarenta anos;
e espalharei
os egípcios entre as nações,
e
os dispersarei pelos países.
Ez 29:13 Pois assim diz o Senhor Deus:
Ao cabo de
quarenta anos ajuntarei os egípcios dentre os povos
entre
os quais foram espalhados.
Ez 29:14 E
restaurarei do cativeiro os egípcios,
e
os farei voltar à terra de Patros, à sua terra natal;
e
serão ali um reino humilde;
Ez 29:15 mais
humilde se fará do que os outros reinos,
e
nunca mais se exalçará sobre as nações;
e
eu os diminuirei, para que não mais dominem
sobre
as nações.
Ez 29:16 E
não será mais a confiança da casa de Israel
e
a ocasião de ser lembrada a sua iniqüidade,
quando
se virarem para olhar após eles;
antes
saberão que eu sou o Senhor Deus.
Ez 29:17 E sucedeu que, no ano vinte e
sete, no mês primeiro,
no primeiro
dia do mês, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez
29:18 Filho do homem,
Nabucodonosor,
rei de Babilônia,
fez
com que o seu exército prestasse
um
grande serviço contra Tiro.
Toda cabeça
se tornou calva, e todo ombro se pelou;
contudo
não houve paga da parte de Tiro para ele,
nem
para o seu exército,
pelo
serviço que prestou contra ela.
Ez 29:19 Portanto, assim diz o Senhor
Deus:
Eis que eu
darei a Nabucodonosor, rei de Babilônia,
a
terra do Egito; assim levará ele a multidão dela,
como
tomará o seu despojo e roubará a sua presa;
e
isso será a paga para o seu exército.
Ez 29:20 Como
recompensa do serviço que me prestou,
pois
trabalhou por mim, eu lhe dei a terra do Egito,
diz
o Senhor Deus.
Ez 29:21
Naquele dia farei brotar um chifre para a casa de Israel;
e
te concederei que abras a boca no meio deles;
e
saberão que eu sou o Senhor.
Bem naquele dia, Deus faria brotar ali um chifre
para a casa de Israel. No original, "chifre", este era um símbolo do
poder político (Dt 33.17; 1 Sm 2.10; 2Sm 22.3; SI 18.2; 75.4-5,10; 89.24;
92.10; 112.9; 132.17; 148.14; Jr 48.25; Lm 2.3,17, Dn 7.7-8,20-21; Zc 1.1841;
Ap 17.12). Esse oráculo contra o Egito termina com esperança para Israel;
compare com 28.24-26.
Naquele dia, Ezequiel poderá falar
livremente, pois o Senhor iria conceder isso a ele que abriria a boca no meio
deles e, dessa forma, novamente, saberão que o Senhor é Deus - 24.27; 33.22.
Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos. Ainda, estamos na parte II, no capítulo 28, o último dessa parte II.
Ressaltamos que entre os oráculos de
advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) e as profecias de
esperança e restauração (caps. 33-48), Ezequiel, o profeta, o filho do homem,
incluiu uma seção de oráculos contra outras nações.
II. PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
(25.1-32.32).
A. Amom (25.1-7) – já vista; B. Moabe (25.8-11) – já vista; C. Edom (25.12-14) – já vista; D. Filístia (25.15-17) – já vista; E. Fenícia (26.1-28.26) – concluiremos agora; F. Egito
(29.1-32.32).
E. Fenícia (26.1-28.26) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 28, estamos
vendo as palavras proféticas contra a Fenícia, vizinhos de Israel,
principalmente Tiro (26.1-28.19).
Os capítulos foram divididos em cinco
subseções, cada uma introduzida pela frase "veio a mim a palavra do SENHOR": 1. Profecia de julgamento
contra Tiro (26.1-21) – já vimos; 2.
Lamento por Tiro (27.1-36) – já vimos;
3. Profecia de julgamento contra o rei de Tiro (28.1-10) – veremos agora; 4. Lamento pelo rei de Tiro (28.11-19) – veremos agora; e, 5. Profecia de
julgamento contra Sidom (28.20-26) –
veremos agora também.
3. Profecia de julgamento contra o rei de Tiro (28.1-10).
Neste capítulo veremos um lamento do
profeta por Tiro.
Até o verso 10, veremos o oráculo de
julgamento contra o rei de Tiro. Ezequiel prosseguiu com seus anúncios de
julgamento sobre Tiro, mas dessa vez ele voltou a sua atenção para o seu rei.
A palavra do Senhor veio novamente ao seu
profeta para ele se dirigir, especificamente, agora contra o rei de Tiro que
tinha se elevado e muito o seu coração afirmando, inclusive, ser deus e que na
cadeira dos deuses se assentava, no meio dos mares, ou no coração dos mares.
Na mitologia de grande parte do antigo
Oriente Próximo (ver BEG), as profundezas da água ou o oceano primitivo
simbolizavam a morte e o caos.
Em vários relatos da criação descobertos
por arqueólogos, um deus ou deuses matam um dragão ou monstro do mar chamado
"o Mar" como parte da criação, subjugando, assim, a ameaça de caos à
ordem criada.
Os deuses, então, governam sobre o mar. Na
Bíblia, o mar não representa qualquer ameaça para Deus; Deus o controla com
facilidade.
Na descrição de Ezequiel, o rei de Tiro, em
razão da imensa riqueza, bravura e segurança da ilha, considerava-se como um
deus reinando sobre o mar (cf SI 29.10; Ap 17.1,15). Mas o mar (como um símbolo
da morte) o engoliria (26.19-20; 28.8).
Apesar de assim crer e se chamar de deus,
assentando-se em seu trono, no coração dos mares – vs. 2 –, ele não passava de
um homem e não de um deus.
Dos versos de 3 ao 10, o senhor descreve um
pouco mais dele e nos surpreende com alguns fatos:
·Era
mais sábio do que Daniel.
·Nenhum
segredo poderia se ocultar dele.
·Tinha
muita sabedoria e entendimento e com isso alcançou facilmente riquezas, prata e
muito ouro.
·Habilidoso
e muito sábio no comércio.
Por conta disso tudo, o rei de Tiro deixou
seu coração elevá-lo, exaltá-lo, a ponto de ser considerado como se fosse de um
deus. Em resposta, Deus, o verdadeiro Senhor iria trazer sobre ele alguns
juízos bem terríveis.
·Os
estrangeiros, os mais terríveis deles, o atacariam.
·Eles
usariam as suas espadas contra a formosura da sua sabedoria e manchariam o seu
resplendor.
·Eles
o fariam descer à cova, sendo morto de forma transpassada.
·Sua
morte se daria no meio dos mares, onde julgava se assentar como deus.
Depois de morto, poderia ainda dizer que
era deus? Pergunta retórica. Não, ele não poderia afirmar mais isso. Nas mãos
de estrangeiros ele seria morto, afirmou em sua palavra o Senhor Deus, único e
verdadeiro Deus e Senhor.
4. Lamento pelo rei de Tiro (28.11-19).
Dos versos de 11 ao 19, veremos um lamento
pelo rei de Tiro. O julgamento predito para o rei de Tiro levou ao lamento por
ele.
A lamentação sobre o rei de Tiro é também
muito curiosa e cheia de mistério, como foi o fato de ele ser considerado mais
sábio do que Daniel – vs. 3.
Vejamos algumas de suas características
peculiares e especiais:
·Ele
era o selo da perfeição.
·Era
cheio de sabedoria e perfeito em formosura.
·Esteve
no Éden, jardim de Deus.
·Ele
se cobria de toda pedra preciosa: a cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita,
o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. (São dez pedras
preciosas, quase todas elas da mesma que é citada em Apocalipse 21:19 e 20 que
narram os fundamentos do muro da cidade adornados de 12 pedras preciosas:
üO
primeiro fundamento era de jaspe;
üo
segundo, de safira;
üo
terceiro, de calcedônia;
üo
quarto, de esmeralda;
üo
quinto, de sardônica;
üo
sexto, de sárdio;
üo
sétimo, de crisólito;
üo
oitavo, de berilo;
üo
nono, de topázio;
üo
décimo, de crisópraso;
üo
undécimo, de jacinto;
üo
duodécimo, de ametista.
·Nele
se faziam os seus tambores e os seus pífaros e no dia em que ele foi criado,
foram preparados.
·Foi
ele colocado com o querubim da guarda e esteve sobre o monte santo de Deus.
·Andou
no meio das pedras afogueadas.
·Ele
era perfeito em seus caminhos, desde o dia em que foi criado, até que nele se
achou iniquidade.
·Pela
abundancia de seu comércio, teve o coração cheio de violência, e pecou, pelo
que foi lançado, profanado, fora do monte de Deus.
·Foi
expulso pelo querubim da guarda do meio das pedras afogueadas.
·Elevou-se
o seu coração por causa da sua formosura.
·Corrompeu-se
a sua sabedoria por causa do seu resplendor.
·Por
terra foi lançado e diante dos reis foi exposto para que fosse contemplado.
·Pela
multidão das suas iniquidades, na injustiça do seu comércio, profanou os seus santuários.
·Deus
fez sair do meio dele um fogo que o consumiu e se tornou em cinza sobre a
terra, à vista de todos os que o contemplavam.
·Todos
os que o conheciam entre os povos estavam espantados dele porque chegou a um
fim horrível.
·Por
fim, não mais existirá.
Na verdade, o rei de Tiro era Etbaal. A BEG
nos diz que Ezequiel descreveu o favor de Deus para com Etbaal, descrevendo-o
como um ser primitivo, uma figura como Adão, a coroa e epítome da criação,
vivendo num jardim paradisíaco feito por Deus. O rei glorioso permaneceu nesse
lugar até que a iniquidade foi encontrada nele (v. 15). Alguns intérpretes
avaliam Ezequiel descrevendo o rei de Tiro como se fosse Satanás, um ser
glorioso que caiu da graça (1Tm 3.6).
Ezequiel conjugou duas imagens com respeito
ao lugar de habitação de Deus: um jardim (Gn 2-3) e uma montanha (Êx 19.23; Dt
33.2; SI 43.3; 48.1; 87.1; 99.9; Is 27.13; 56.7; 57.13; 66.20; Ez 20.40; Ap
21.10).
O templo integrou esses temas: estava
localizado no monte Sião e decorado com motivos florais de um jardim (1 Rs
6.29,32,35; 7.18,20,22,36,42; 2Cr 3.5; Ez 40.16,22,26,31,34,37, 41.18-20,25-27).
O que dizer dessa descrição e o apontamento
dessas características não peculiares a homem algum dessa terra, nem mesmo comparável
a Adão que foi o primeiro homem?
5. Profecia de julgamento contra Sidom (28.20-26).
Aqui, novamente veio ao profeta a palavra
do Senhor que dos versos 20 ao 26 fala do oráculo de julgamento contra Sidom.
Sidom era comumente mencionada ao lado de Tiro, seu parceiro comercial,
localizado 40 km ao sul, na costa Mediterrânea.
O Senhor manda dizer que era contra Sidom e
que no meio dela seria glorificado e somente assim saberiam que ele é o Senhor
ou seja, somente quando nela o Senhor executar os seus juízos e nela se
santificar.
Peste e sangue seriam enviados contra ela e
também a espada por todos os lados e novamente lhe é dito que dessa forma haveriam
de saber que o Senhor é Deus.
Quando isso acontecesse à casa de Israel,
nunca mais teria espinho que a ferisse, nem abrolho que lhe causasse dores
entre os que se achavam ao seu redor e que a desprezavam e novamente assim,
saberiam que o Senhor é Deus.
Deus levaria o seu povo de volta para a sua
terra. Israel floresceria, uma vez que as nações que haviam sido suas
adversárias estariam eliminadas.
Ez 28:1 De novo veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 28:2 Filho
do homem, dize ao príncipe de Tiro:
Assim
diz o Senhor Deus:
Visto
como se elevou o teu coração, e disseste:
Eu sou um
deus,
na
cadeira dos deuses me assento,
no
meio dos mares;
todavia tu és
homem, e não deus,
embora
consideres o teu coração como se fora
o
coração de um deus.
Ez 28:3 com
efeito és mais sábio que Daniel;
não
há segredo algum que se possa esconder de ti.
Ez 28:4 Pela
tua sabedoria e pelo teu entendimento
alcançaste
para ti riquezas,
e
adquiriste ouro e prata nos teus tesouros.
Ez 28:5 Pela
tua grande sabedoria no comércio
aumentaste
as tuas riquezas,
e por causa
das tuas riquezas eleva-se o teu coração;
Ez 28:6 portanto, assim diz o Senhor Deus:
Pois que
consideras o teu coração como se fora o coração de um deus,
Ez
28:7 por isso eis que eu trarei sobre ti estrangeiros,
os
mais terríveis dentre as nações,
os quais
desembainharão as suas espadas contra a formosura
da
tua sabedoria, e mancharão o teu resplendor.
Ez 28:8 Eles
te farão descer à cova;
e
morrerás da morte dos traspassados, no meio dos mares.
Ez 28:9 Acaso
dirás ainda diante daquele que te matar:
Eu
sou um deus?
mas
tu és um homem, e não um deus,
na
mão do que te traspassa.
Ez 28:10 Da
morte dos incircuncisos morrerás,
por
mão de estrangeiros; pois eu o falei, diz o Senhor Deus.
Ez 28:11 Veio mais a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 28:12
Filho do homem, levanta uma lamentação
sobre
o rei de Tiro, e dize-te:
Assim diz o
Senhor Deus:
Tu
eras o selo da perfeição,
cheio
de sabedoria e perfeito em formosura.
Ez 28:13
Estiveste no Éden, jardim de Deus;
cobrias-te
de toda pedra preciosa:
a
cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita,
o
berilo, o jaspe, a safira, a granada,
a
esmeralda e o ouro.
Em ti se
faziam os teus tambores e os teus pífaros;
no
dia em que foste criado foram preparados.
Ez 28:14 Eu
te coloquei com o querubim da guarda;
estiveste
sobre o monte santo de Deus;
andaste
no meio das pedras afogueadas.
Ez
28:15 Perfeito eras nos teus caminhos,
desde
o dia em que foste criado,
até
que em ti se achou iniqüidade.
Ez
28:16 Pela abundância do teu comércio
o
teu coração se encheu de violência, e pecaste;
pelo
que te lancei, profanado,
fora
do monte de Deus,
e
o querubim da guarda te expulsou
do
meio das pedras afogueadas.
Ez
28:17 Elevou-se o teu coração por causa
da
tua formosura, corrompeste a tua sabedoria
por
causa do teu resplendor;
por
terra te lancei;
diante
dos reis te pus, para que te contemplem.
Ez 28:18 Pela
multidão das tuas iniqüidades,
na
injustiça do teu comércio,
profanaste
os teus santuários;
eu, pois, fiz
sair do meio de ti um fogo,
que
te consumiu a ti,
e
te tornei em cinza sobre a terra,
à
vista de todos os que te contemplavam.
Ez
28:19 Todos os que te conhecem entre os povos
estão
espantados de ti;
chegaste
a um fim horrível, e não mais existirás,
por
todo o sempre.
Ez 28:20 Novamente veio a mim a palavra
do Senhor, dizendo:
Ez 28:21
Filho do homem, dirige o teu rosto para Sidom,
e
profetiza contra ela, Ez 28:22 e dize:
Assim
diz o Senhor Deus:
Eis-me contra
ti, ó Sidom, e serei glorificado no meio de ti;
e
saberão que eu sou o Senhor,
quando
nela executar juizos e nela me santificar.
Ez 28:23 Pois
lhe enviarei peste e sangue nas suas ruas;
e
os traspassados cairão no meio dela,
estando
a espada contra ela por todos os lados;
e
saberão que eu sou o Senhor.
Ez 28:24 E a
casa de Israel nunca mais terá espinho que a fira,
nem
abrolho que lhe cause dor,
entre
os que se acham ao redor deles
e
que os desprezam;
e saberão que
eu sou o Senhor Deus.
Ez 28:25 Assim diz o Senhor Deus:
Quando eu
congregar a casa de Israel dentre os povos
entre
os quais estão espalhados,
e eu me
santificar entre eles, à vista das nações,
então
habitarão na sua terra que dei a meu servo, a Jacó.
Ez 28:26 E
habitarão nela seguros; sim,
edificarão
casas, e plantarão vinhas,
e
habitarão seguros,
quando eu
executar juízos contra todos
os
que estão ao seu redor
e
que os desprezam;
e saberão que
eu sou o Senhor seu Deus.
Os profetas muitas vezes descreviam a
futura bênção de Deus para Israel em termos de prosperidade agrícola (36.29-30;
1 Rs 4.25; 2Rs 18.31; Is 36.16; 65.21-22; Jr 32.15; JI 3.18; Am 9.13-15; Mq 4.4;
Zc 3.10), como é o caso aqui:
·Edificarão
casas.
·Plantarão
vinhas.
·Habitarão
seguros.
No entanto, somente quando o Senhor executasse
o seu juízo contra todos os que a rodeavam e que a desprezavam e, novamente,
pela quarta vez, somente neste trecho de 20 a 26, é que saberão que o Senhor é
Deus.
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Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
"OS IDOSOS"
-
"Nascemos nos anos 30-40-50-60-70."
"Nós crescemos nos anos 50-60-70-80."
"Estudamos nos anos 60-70-80-90."
"Estávamos namorando nos anos 70-80-90."...
O Nascimento e a Infância de Jesus
-
*O NASCIMENTO E A INFÂNCIA DE JESUS*
Neste breve sumário iremos ver os fatos relacionados com o nascimento de
Jesus. Eles estão ausentes no Evangelho de...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
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A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...